A família como sujeito da análise: aspectos teóricos e clínicos de uma Psicanálise Familiar / La familia como objeto de análisis: aspectos teóricos y clínicos de un Psicoanálisis de Familia

RESUMO

Os diversos conceitos acerca do que é família foram construídos e estudados ao longo da história. Da mesma forma, no âmbito da psicologia, a família se torna um objeto de estudo, porém, sem ser definida como alvo de intervenções clínicas. Com o passar do tempo, o grupo familiar e sua dinâmica tornam-se de grande importância na compreensão das relações primárias com as quais se associam a potencialização no desenvolvimento de psicopatologias, mas também qualidades e habilidades que constituem cada sujeito. Os teóricos sistêmicos, com base nos mais diversos campos da ciência moderna, foram os pioneiros na clínica com famílias ao considerá-las a força motriz na gênese de transtornos psicológicos. Por sua vez, Freud, através de seu método psicanalítico, também percebe nas primeiras relações familiares o berço das neuroses do homem, e assim constrói um vasto arcabouço teórico sobre o funcionamento do aparelho psíquico. Na tentativa de aprofundar a compreensão dinâmica que também induz comportamentos e reações no seio familiar, diversos estudiosos desenvolvem teorias e técnicas que propõe uma intersecção entre a clínica psicanalítica e a terapia familiar. Portanto, o presente artigo visa contemplar os principais aspectos teórico-clínicos que permeiam a prática do que hoje se define como psicanálise familiar. Para tal, foram consultados textos de importante referência ao tema como forma de refletir sobre o que de fato constitui a psicanálise familiar. (AU)

RESUMEN

Los diferentes conceptos sobre lo que es la familia fueron construidos y estudiados a lo largo de la historia. Del mismo modo, en el contexto de la psicología, la familia se convierte en un objeto de estudio, pero sin ser definido como un objetivo de las intervenciones clínicas. Con el tiempo el grupo familiar y su dinámica se hacen de gran importancia en la comprensión de las relaciones primarias que constituyen cada sujeto. Sistemas teóricos, basados en diversos campos de la ciencia moderna, fueron los pioneros en la clínica con familia. A su vez, Freud, a través de su método psicoanalítico, también ve las primeras relaciones familiares como el lugar de nacimiento de las neurosis del hombre, y así construye un amplio marco teórico sobre el funcionamiento del aparato psíquico. En un intento de comprender mejor la dinámica que también induce comportamientos y reacciones dentro de la familia, muchos estudiosos se desarrollan teorías y técnicas que propone un cruce entre el tratamiento psicoanalítico y la terapia familiar. Por tanto, este artículo tiene como objetivo abordar los principales aspectos teóricos y clínicos que impregnan la práctica de lo que hoy se define como el psicoanálisis familiar. Se han utilizado para este artículo textos de referencia acerca Del tema como una manera de reflexionar sobre lo que realmente constituye un psicoanálisis de familia.(AU)