Obitos devidos a drogas ilicitas: estudo de 12 anos na populacao do Rio de Janeiro

RESUMO

Este trabalho tenta dar uma visao epidemiologica das mortes por medicamentos, envenenamento e drogas ilicitas entre a populacao do municipio do Rio de Janeiro. Os dados de uma fonte primaria registrados no Instituto Medico Legal Afranio Peixoto da cidade, entre 1973-1984, foram analisados e classificados segundo variaveis demograficas e pelas substancias quimicas acima mencionadas. Entre os resultados, verifica-se a proporcao de 1,4 por cento (em relacao ao total de mortes violentas) de mortes devidas a substancias quimicas. Os medicamentos, com o percentual de 52,3 por cento (entre o total de exames positivos para substancias quimicas) estiveram associados ao maior numero de mortes, tendo contribuido para isto a elevada frequencia de positividade para os barbituricos. Contrariamente a crenca comum, na cidade do Rio de Janeiro, as mortes associadas ao uso de drogas ilicitas foram muito poucas ao longo desses 12 anos de estudo, nao 'chegando' sequer a uma por ano.