Da ação à operação: o caminho da aprendizagem: J. Piaget e P. Freire

RESUMO

Procura extrair e organizar uma teoria da aprendizagem a partir da obra de Jean Piaget complementada pela obra de Paulo Freire. Pretende dar ao educador brasileiro um instrumento teórico apto a interagir com a sua prática, e que, ao mesmo tempo em que supere o empirismo associacionista e o apriorismo gestaltista, proponha uma aprendizagem mediante construções e tomadas de consciência, ações e reflexões, uma aprendizagem pela praxis construída tanto pelo educando quanto pelo educador uma aprendizagem ativa operatória. Para elaborar esta teoria trabalha vários termos que expressam estruturas construídas ativamente pelo processo de adaptação cognitiva. Caracteriza a ação através da descrição do processo adaptativo, pois é por ele que o indivíduo se liga ao meio, superando a dicotomia razão x real. Explica a possibilidade da passagem da inteligência sensório-motora ao conceito, ou seja, da ação à operação. Demonstra como a ação atingindo a reversibilidade, inicialmente no plano do concreto depois no do abstrato, transforma-se em operação que não deixa de ser ainda uma ação, mas é uma ação “significante” e não mais física. Aborda Paulo Freire enquanto seu conceito de “praxis” aproxima-se do conceito de “construção” e de “operação” de Piaget, ao mesmo tempo que complementa uma “teoria da aprendizagem” segundo Piaget no que concerne a uma aprendizagem que atende as características sócio-econõmico-culturais brasileiras (AU)