Efeitos do álcool etílico na prole de camundongas alcoolizadas na prenhez e o impacto no desenvolvimento do parkinsonismo experimental

RESUMO

Investigaram-se os efeitos do consumo crônico de álcool na prole de camundongas alcoolizadas na prenhez. Camundongas da linhagem C57BL/6J foram acasaladas. A presença de tampão vaginal de esperma indicava o início da prenhez. As camundongas prenhes foram distribuídas em 2 grupos no grupo dieta álcool etílico, as camundongas receberam dieta líquida rica em proteínas, ad libitum, contendo 27,5 per centde suas calorias derivadas do etanol, do 5° ao 19° dia de prenhez. O grupo dieta controle recebeu o mesmo volume de dieta, contendo quantidades isocalóricas de maltose dextrina em substituição ao etanol. Ao término do período gestacional e pós-natal as mães receberam ração e água. Os filhotes foram pesados e contados em intervalos variáveis do 6° ao 60° dia de vida pós-natal. As mães alcoolizadas e as controles ganharam peso equivalente, e consumiram volumes equivalentes de dieta durante a prenhez. A maioria das camundongas do grupo experimental completou o período gestacional, e o consumo crônico de álcool não interferiu com o número de prenhes que efetivamente chegaram a dar à luz. Porém, o número de filhotes do grupo de mães alcoolizadas foi significantemente menor que o das controles, além de ocorrer natimortalidade e teratogenia como gastrosquise. O número reduzido de filhotes foi mais pronunciado entre os machos. A massa corpórea das proles das camundongas do grupo álcool etílico aumentou do 18° ao 36° dia de vida pós-natal. Aos sessenta dias de vida pós-natal, as proles do grupo dieta controle e dieta álcool foram aleatoriamente divididas em quatro grupos. Dois lotes do grupo dieta controle receberam injeção subcutânea de toxina 1 metil 4 fenil 1,2,3,6 tetrahidropiridina (MPTP) ou solvente, sendo o mesmo realizado em dois lotes do grupo dieta álcool. Sete dias após neurotoxina, os animais foram sacrificados e seus cérebros processados para imunohistoquímica...(AU)