Papel da serotonina nas conseqüências comportamentais do estresse

RESUMO

Para testar a hipótese de que a serotonina (5-ht) modula respostas para eventos aversivos, ratos foram submetidos a 2h de imobilização forçada e testados no labirinto em cruz elevado 24h após. Os animais previamente estressados têm uma exploração reduzida, o que foi atenuado por tratamento subcrônico em clorimipramina, um bloqueador de recaptação de 5-ht (12,5mg/kg, ip, 24, 18 e 1h pré-estresse), ou por injeção pós-estresse de 5-medmt, um agonista 5-ht não seletivo (2,5mg/kg ip). O isolamento reduz a exploração nos braços abertos do labirinto em cruz elevado. Ratos também foram submetidos à cirurgia estereotáxica para implantação de cânulas no hipocampo dorsal. Entre 5 e 7 dias após a cirurgia eles foram submetidos à imobilização forçada durante 2h e imediatamente depois receberam microinjeções bilaterais de salina (0,5'MICRO'l) ou 5-medmt (20nmol) dentro do hipocampo dorsal. A droga atenuou a redução da exploração nos braços abertos, devido à imobilização forçada 24h antes. O efeito da droga foi bloqueado por microinjeção prévia de (+) way 100,135 (40nmol), um antagonista de receptores 5-ht1a. Ratos também foram submetidos à cirurgia esterotáxica para receber microinjeção de 5,7-dihidroxitriptamina nos núcleos dorsal da rafe (ndr) e mediano. A lesão no nmr aumenta a atividade exploratória na arena circular, mas não no labirinto em cruz elevado 7 dias após a cirurgia (AU)