Conversas de aprendizagem em museus de ciências: como os deficientes visuais interpretam os materiais educativos domuseu de microbiologia?
Revista Educação Especial
; 25(42): 57-74, jan.-abr.2012.
Artigo
em Português
| Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IBPROD, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IBACERVO
| ID: biblio-1067384
Biblioteca responsável:
BR78.1
Localização: BR78.1
RESUMO
Os processos de divulgação e educação em Ciências vêm tomando grandeimportância, principalmente a partir do último quarto do século passado. Osmuseus de ciências, enquanto espaços de educação não formal, têm papelimportante na ampliação e refinamento desses processos e, sendo locais abertosà população, são demandados a desenvolver propostas inclusivas. O Museu de Microbiologia do Instituto Butantan desenvolveu uma série de atividades e materiais educativos sobre microrganismos para facilitar a aproximação entre o público deficiente visual e a cultura científica. No presente estudo procurou-se compreender como os visitantes deficientes visuais interpretam os materiais desenvolvidos, verificar qual o entendimento que o uso desses materiais propicia e estudar os tipos de significados que lhes são dados. Pessoas com deficiência visual foram entrevistadas durante a exploração do material com o auxílio de um áudio-guia e as conversas geradas foram analisadas, estabelecendo-se categorias interpretativas. A categoria mais frequente foi a Estratégica de Uso(11,8%), quando os deficientes visuais manifestavam suas impressões sobrecomo utilizar o Programa MicroToque. Outras duas categorias, Afetiva de Prazer (10,2%) e Perceptiva de Identificação (8,6%) foram também encontradas. A junção das ferramentas tátil e auditiva foi fundamental para a resolução de problemas e criação de representações visuais, importantes para construção e compreensão de conceitos e facilitando a organização do pensamento teórico.Sugere-se aqui a necessidade de uma organização dos conteúdos que favoreçao estabelecimento de conversas interpretativas conceituais e também a consideração dos conhecimentos prévios de visitantes com deficiência visual na elaboração dos aparatos a eles destinados, o que poderia propiciar maior frequência de outras elaborações conversacionais.
Texto completo:
Disponível
Coleções:
Bases de dados nacionais
/
Brasil
Base de dados:
Sec. Est. Saúde SP
/
SESSP-IBACERVO
/
SESSP-IBPROD
Assunto principal:
Exposições Científicas
/
Educação de Pessoas com Deficiência Visual
/
Aprendizagem
Tipo de estudo:
Estudo de avaliação
Limite:
Humanos
Idioma:
Português
Revista:
Revista Educação Especial
Ano de publicação:
2012
Tipo de documento:
Artigo
Instituição/País de afiliação:
Instituto Butantan/BR