Pedicutectomia para o tratamento de discopatia toracolombar: relato de caso

RESUMO

A discopatia toracolombar é uma afecção compressiva da coluna espinha que leva a herniação do núcleo pulposo do disco intervertebral para dentro do canal medular. Cursa com sinais brandos de dor a quadros severos de paralisia com perda da sensibilidade nos membros pélvicos. Anamnese completa, exame neurológico, radiografias simples e contrastadas são necessárias para o diagnóstico definitivo das lesões. O tratamento instituído depende do local e da gravidade das compressões, condutas conservadoras trazem benefícios em episódios únicos de cor, e recomendam-se procedimentos cirúrgicos em casos de paresia e paralisia. Neste ponto, objetiva-se com este trabalho relatar o caso de uma cadela sem raça definida, sete anos, com quadro de paresia dos membros pélvicos que após diagnóstico de discopatia toracolombar dorsolateral esquerda, entre T13-L1, foi submetida a técnica de pediculectomia como opção cirúrgica para a descompressão medular. Realizou-se também a fenestração dos discos da região para evitar recidivas. A pediculectomia consiste na criação de um “slot” na região lateral,, região do pedículo, das vértebras onde há a discopatia, preservando as facetas articulares. Após 10 dias da cirurgia, a paciente voltou a deambular com ataxia dos membros pélvicos e com 30 dias de pós-operatório a paciente voltou a andar normalmente. Comparativamente com outras técnicas, a pediculectomia, mostrou-se ser uma boa opção cirúrgica, pois, além da descompressão, propícia a retirada de material extrusado dentro do canal medular e preservam as facetas articulares das vértebras, o que provoca menor instabilidade, diminuindo assim os riscos de lusuações vertebrais, permite ainda a fenestração dos discos pelo mesmo acesso cirúrgico. Conclui-se que a pediculectomia pode ser usada na descompressão de discopatias toracolombares dorsolaterais com vantagens quando comparada a outras técnicas cirúrgicas