Autoimagem corporal em pessoas vivendo com HIV/AIDS e lipoatrofia facial / Body self-image in people living with HIV / AIDS and facial lipoatrophy

RESUMO

antirretrovirais mudou a vida das pessoas que convivem com HIV/AIDS, levando ao aumento da sobrevida, mas também está relacionada à má redistribuição da gordura corpórea e as anormalidades metabólicas, a então chamada síndrome. Dentre as áreas acometidas pela lipoatrofia a face é a região na qual a perda de gordura é mais evidente e impactante, pois as mudanças na imagem corporal podem ser extremamente significativas em termos de bem-estar psicossocial, afetando a qualidade de vida e aumentando o estigma da doença. O objetivo principal do presente trabalho foi identificar e apresentar os aspectos psicossociais relacionados à lipoatrofia facial. Foi realizado um estudo exploratório de revisão da literatura em periódicos publicados em língua portuguesa do Brasil nas bases de dados eletrônicas Scielo, Medline e Lilacs, visando aprofundar o conhecimento do problema a fim de promover reflexão e discussão. Ao longo dos estudos revisados, foi notório que as pessoas que vivem com hiv/aids constroem estratégias de estar no mundo, em um jogo de esconder e mostrar, explicitar ou calar sobre a infecção, o adoecimento e as mudanças corporais causadas por esse processo. Sendo assim, o esconder o corpo e o que ele pode tornar visível é a forma que as essas pessoas têm, muitas vezes, de preservar o segredo sobre a infecção, além da própria negação da doença, evitando atitudes de preconceito em relação à sua condição