Atividades funcionais de monócitos na lepra / ?

RESUMO

Este trabalho consiste de estudos de ativação de monócitos na lepra, em resposta a diferentes estímulos. Para investigar a presença ou não desta ativação, utilizamos parâmetros distintos tais como detecção de quimioluminescência (CL); atividade pro-coagulante (PCA); produção de tumor necrosis factor (TNF); apresentação antigênica e linpoproliferação. Investigamos ainda, se a ativação de monócitos isolados de pacientes lepromatosos (LL) se expressava do mesmo modo nestes pacientes, em diferentes condições clínicas (pacientes não tratados; pacientes em tratamento; pacientes em episódios reacionais - eritema nodosum leprosum (ENL) e reação reversa (RR); bem como no estado pós reacional). Em resumo, nossos resultados mostraram que 1. Em relação a produção de radicais livres, somente monócitos isolados e pacientes LL apresentando episódios reacionais (ENL e RR) respondem ao estímulo com forbol-miristato-acetato (PMA) em maior grau de monócitos isolados de indivíduos normais. E interessante ainda notar que, monócitos isolados destes pacientes também apresentam maior atividade basal de resposta quimioluminescente. 2. Mycobacterium leprae (M. leprae) é incapaz de induzir respostas quimioluminescente em monócitos isolados de todos os grupos estudados e, suprime a resposta ao PMA. 3. A supressão de resposta quimioluminescente ao PMA induzida pelo M. leprae, não é devido, provalvelmente, a componentes estruturais da classe peptidoglicano presente em micobactérias, desde que muramil-dipeptidio (MDP), um análogo sistético ao peptidoglicano, não altera a resposta quimioluminescente ao PMA.