Longitudinal retrospective study on the effect of season on milk production and composition in Rio Grande do Sul, Brazil / Estudo retrospectivo longitudinal sobre o efeito da estação na produção e composição do leite no Rio Grande do Sul, Brasil

ABSTRACT

This longitudinal retrospective study evaluated production and composition of milk from dairy cows according to season on a rural property in Palmeira das Missões, Rio Grande do Sul, Brazil, between January 2009 and December 2016. Milk yield per hectare per month was the primary variable measured, along with chemical composition (total dry extract, defatted dry extract, fat, protein, and lactose), somatic cell count, and total bacterial count of milk. Production in summer (513.53 kg/ha/month) did not differ (p > 0.05) from that in fall (504.69 kg/ha/month) or spring (564.63 kg/ha/month), but production in winter (639.20 kg/ha/month) was significantly higher than in summer (p < 0.0057). The real price of milk did not differ (p > 0.05) among seasons. The total dry extract content differed (p < 0.0059) between seasons. However, the cooler fall and winter seasons favored the production of total solids. The defatted dry extract content was higher (p < 0.0001) in winter (8.65%), compared to the other seasons of the year. Fat content did not differ (p > 0.05) among seasons. Protein content differed (p < 0.0200) between summer (3.01%) and winter (3.16%), but both seasons did not differ (p > 0.05) from fall (3.13%) or spring (3.05%). Winter lactose levels (4.52%) were higher (p < 0.0011) than during other seasons. The somatic cell count did not differ (p > 0.05) among seasons, demonstrating that the evaluated herd possesses standard mammary gland health. The total bacterial count did not differ (p > 0.05) among the seasons, demonstrating that the hygiene of the facilities remains constant. As expected, the temperature and humidity index varied (p < 0.0001) with the seasons, and the deleterious effects were more pronounced in summer and spring, as they are the hottest seasons in humid subtropical environments. The results emphasize that the organized management of milk production reduces the variation in milk composition, making it easier to maintain a consistent high milk quality and also generating extra revenue.(AU)

RESUMO

Este estudo retrospectivo longitudinal avaliou a produção e a composição do leite de vacas leiteiras de acordo com a estação em uma propriedade rural em Palmeira das Missões, Rio Grande do Sul, Brasil, entre janeiro de 2009 e dezembro de 2016. A produção de leite por hectare por mês foi a principal variável mensurada, juntamente com a composição química (extrato seco total, extrato seco desengordurado, gordura, proteína e lactose), contagem de células somáticas e contagem bacteriana total de leite. A produção no verão (513,53 kg/ha/mês) não diferiu (p > 0,05) daquela no outono (504,69 kg/ha/mês) ou primavera (564,63 kg/ha/mês), mas a produção no inverno (639,20 kg/ha/mês) foi significativamente maior que no verão (p < 0,0057). O preço real do leite não diferiu (p > 0,05) entre as estações. O teor total de extrato seco diferiu (p < 0,0059) entre as estações. No entanto, as estações mais frias do outono e inverno favoreceram a produção de sólidos totais. O teor de extrato seco desengordurado foi maior (p < 0,0001) no inverno (8,65%), em relação as demais estações do ano. O conteúdo de gordura não diferiu (p > 0,05) entre as estações. O conteúdo de proteína diferiu (p < 0,0200) entre o verão (3,01%) e o inverno (3,16%), mas as duas estações não diferiram (p > 0,05) do outono (3,13%) ou da primavera (3,05%). Os níveis de lactose no inverno (4,52%) foram maiores (p < 0,0011) do que nas demais estações do ano. A contagem de células somáticas não diferiu (p > 0,05) entre as estações, demonstrando que o rebanho avaliado possui saúde padrão das glândulas mamárias. A contagem bacteriana total não diferiu (p > 0,05) entre as estações, demonstrando que a higiene das instalações permanece constante. Como esperado, o índice de temperatura e umidade variou (p < 0,0001) com as estações do ano e os efeitos deletérios foram mais pronunciados no verão e na primavera, por serem as estações mais quentes em ambientes subtropicais úmidos. Os resultados enfatizam que o manejo organizado da produção de leite reduz a variação na composição do leite, facilitando a manutenção de uma alta qualidade consistente do leite e também gerando receita extra.(AU)