Intervenção coronária percutânea no tronco da coronária esquerda não protegido na rotina da prática diária: incidência, resultados imediatos e seguimento muito tardio / Percutaneous coronary intervention in the unprotected left main coronary artery in the routine of daily practice: incidence, immediate results and very late follow-up
J. Transcatheter Interv
; 30(supl.1): 49-49, jul.,2022.
Article
em Pt
| CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP
| ID: biblio-1381324
Biblioteca responsável:
BR79.1
RESUMO
INTRODUÇÃO:
A intervenção coronária percutânea (ICP) no tronco da coronária esquerda (TCE) não protegido tem sido extensamente estudada nos últimos anos. Com o avanço tecnológico e técnico, e baseada nas evidências científicas mais recentes, tal procedimento é atualmente indicada como uma alternativa terapêutica segura e eficaz (e até mesmo preferencial) em casos selecionados.OBJETIVOS:
Reportar a incidência de ICP no TCE não protegido na prática diária em um centro terciário de referência de alto volume. Descrever o perfil clínico e os dados do procedimento, assim como a evolução clínica imediata e tardia.MÉTODOS:
A partir do banco de dados do Serviço de Hemodinâmica contendo 74.795 procedimentos percutâneos coronários diagnósticos e terapêuticos realizados entre 2008 e 2021, foram identificados 325 procedimentos de ICP realizadas no TCE não protegido com stent farmacológico, representando 1,9% do total de ICPs realizadas no período. Os dados do seguimento clínico tardio foram obtidos por meio de revisão de prontuário médico, consulta presencial ou contato telefônico.RESULTADOS:
A média das idades era 69.0 ± 14.2 anos, 43% eram do sexo feminino, 29% tinham diabetes, 26% infarto prévio, 25% insuficiência renal crônica e 11% ICP prévia. Em relação a apresentação clínica, 30% apresentaram-se com síndrome coronária aguda, sendo 26% sem supra ST e 4% (n=13) com supra ST (4/13 com choque cardiogênico). A doença multiarterial estava presente em 61% do casos, e a localização da estenose (média da estenose do diâmetro = 66,9 ± 15%) no TCE foi encontrada em 32% no óstio, 26% no corpo e 42% na bifurcação. A via de acesso radial foi utilizada em 35% dos casos e o cateter-guia 6F em 74%. O diâmetro e extensão nominais do stent eram 3,55 ± 0,38 mm e 18,8 ± 9,5 mm, respectivamente. Pós dilatação com balão foi realizada em 93% dos casos e sucesso angiográfico foi obtido em 99,2%. Durante a fase intra-hospitalar ocorreram 5 óbitos, sendo 3 em pacientes com apresentação de choque cardiogênico; logo, 0,6% de mortalidade em pacientes sem choque. No seguimento muito tardio (média de 3,8 anos), a taxa de nova revascularização da lesão alvo foi 4,4%, e a mortalidade cardíaca foi 9,8%.CONCLUSÕES:
A ICP no TCE (não protegido) na rotina da prática diária foi 1,9%, e incluiu pacientes com elevado perfil de risco. Menos da metade das lesões envolviam a bifurcação do TCE, e o implante do stent foi otimizado com pós dilatação com balão na grande maioria dos casos. O sucesso do procedimento foi elevado e as taxas de eventos adversos nas fases imediata e muito tardia foram relativamente baixas e comparáveis com as evidências mais recentes.
Texto completo:
1
Coleções:
06-national
/
BR
Base de dados:
CONASS
/
SES-SP
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SESSP-IDPCPROD
Assunto principal:
Doença da Artéria Coronariana
/
Intervenção Coronária Percutânea
Tipo de estudo:
Guideline
/
Incidence_studies
/
Prognostic_studies
/
Risk_factors_studies
/
Screening_studies
Idioma:
Pt
Revista:
J. Transcatheter Interv
Ano de publicação:
2022
Tipo de documento:
Article
/
Congress and conference