Análise demográfica e do perfil de risco cirúrgico de pacientes submetidos rotineiramente a TAVI em hospital terciário do sistema único de saúde / Demographic and surgical risk profile analysis of patients routinely undergoing TAVI in a tertiary hospital of the unified health system
J. Transcatheter Interv
; 30(supl.1): 99-100, jul.,2022.
Artigo
em Português
| CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP
| ID: biblio-1381710
Biblioteca responsável:
BR79.1
RESUMO
INTRODUÇÃO:
Realizada pela primeira vez há 20 anos, o implante por cateter de bioprótese aórtica (TAVI) revolucionou o tratamento da estenose aórtica (EAo). Inicialmente destinado ao tratamento de pacientes (pts) de alto risco cirúrgico ou inoperáveis, evidências atuais contemplam o TAVI como terapia de escolha naqueles com idade superior a 70 anos e com risco cirúrgico intermediário, sendo considerada equivalente à cirurgia em pts de baixo risco. Em nosso país, o TAVI foi recentemente incorporada no Sistema Único de Saúde (SUS) apenas para o tratamento de pacientes inoperáveis, sendo condicionada à demonstração de custo-efetividade. Procuramos avaliar o perfil demográfico e o risco cirúrgico dos pts atualmente submetidos a TAVI em nossa instituição - hospital terciário do SUS onde o TAVI é realizado rotineiramente, conforme sua indicação baseada em evidências.MÉTODOS:
Estudo longitudinal, retrospectivo, com inclusão de pacientes submetidos consecutivamente a TAVI entre set/2020 a maio/2022. A indicação de TAVI esteve baseada em diretriz nacional da Sociedade Brasileira de Cardiologia, sendo corroborada pelo Heart Team institucional. O risco cirúrgico foi estimado pelos escores STS e EuroScore II, e considerada a presença de outros fatores que sabidamente impactam na decisão terapêutica, como a presença de fragilidade (avaliada pelo escore Essential Frailty Toolset) e aspectos anatômicos como aorta em porcelana. Pts selecionados para ensaios clínicos conduzidos na instituição foram excluídos.RESULTADOS:
No período, 92 pts foram submetidos a TAVI, com média de idade de 77 anos (± 7,35 anos), sendo 60% masculinos, com elevada prevalência de HAS (78,3%) e insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (62%); 54% apresentavam-se em classe funcional NYHA III ou IV. DPOC, insuficiência renal com clearance inferior a 30ml/min e cirurgia de revascularização prévia estiveram presentes em 17.9%, 24.4% e 17,4%, respectivamente; 46% dos pts foram considerados frágeis ou pré-frágeis. A população foi categorizada como de baixo risco cirúrgico, com EuroScore II médio de 4,86±3,82% e STS de 3.56±1.98%. Apenas 4 pts apresentavam STS >8%, e aorta em porcelana esteve presente em 4 pts (5,5%).CONCLUSÃO:
Em nossa experiência, a indicação de TAVI - alinhada às diretrizes mais atuais - resultou em população tratada composta por idosos >75 anos, com várias comorbidades e portadores de fragilidade, porém categorizados como de baixo risco cirúrgico. Apenas 8 pts foram categorizados como inoperáveis ou de alto risco cirúrgico. Apesar de incorporada ao SUS, a TAVI ainda é uma opção terapêutica com baixa disponibilidade e acesso.
Texto completo:
Disponível
Coleções:
Bases de dados nacionais
/
Brasil
Base de dados:
CONASS
/
Sec. Est. Saúde SP
/
SESSP-IDPCPROD
Assunto principal:
Substituição da Valva Aórtica Transcateter
Tipo de estudo:
Estudo de etiologia
/
Guia de prática clínica
/
Estudo observacional
/
Estudo prognóstico
/
Fatores de risco
Idioma:
Português
Revista:
J. Transcatheter Interv
Ano de publicação:
2022
Tipo de documento:
Artigo
/
Congresso e conferência
Instituição/País de afiliação:
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/BR