Incidência de fibrilação atrial e seus fatores de risco no pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio: análise de banco de dados / Incidence of atrial fibrillation and its risk factors in the postoperative period of coronary artery bypass graft surgery: database analysis
Arq. bras. cardiol
; 119(5 supl.1): 14-14, nov, 2022.
Artigo
em Português
| CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP
| ID: biblio-1399445
Biblioteca responsável:
BR79.1
RESUMO
INTRODUÇÃO:
A fibrilação atrial no período pós-operatório de cirurgia de revascularização miocárdica (FAPO) é evento frequente, com grandes implicações econômicas e clínicas, como maior tempo de internação e maiores taxas de acidente vascular cerebral.METODOLOGIA:
Foram avaliados todos os pacientes consecutivamente submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica isolada (CRM) no período de dois anos (1/1/2016 a 31/12/2017) e registrados aqueles que apresentaram FAPO e variáveis relacionados a ocorrência deste evento. As associações entre variáveis foram realizadas para avaliar-se a influência dos fatores de risco na ocorrência de fibrilação atrial na fase hospitalar, e submetidas à técnica de Regressão Logística com o método Stepwise para análise multivariada.RESULTADOS:
Dos 927 pacientes submetidos a CRM, 151 (16.3%) apresentaram FAPO. Foram identificados como fatores independentemente relacionados a ocorrência de FA, idade acima de 70 anos (OR 2.04, IC 1,416 - 2,945, p<0,001) e presença de DPOC (OR 3.44, IC 1.633 - 7.245, p 0.002). Fatores de risco como HAS, sexo, IAM prévio, DM, obesidade ou tabagismo não foram relacionados a maior chance de FAPO. Discussão Na análise do banco de dados, FAPO é arritmia sustentada mais frequente com incidência de 16,3% nesta população, sendo inferior às estatísticas globais (variando entre 20 a 50%). Identificamos como fatores de risco, após análise multivariada, que idade maior que 70 anos é independentemente relacionado a FAPO. A idade é relacionada a fibrilação atrial devido as alterações advindas do envelhecimento humano, como disfunção endotelial, catabolismo do colágeno, aumento de atividade inflamatória e alterações na matriz extracelular. Ser portador de DPOC foi associado a 3.44 a chance de apresentar FAPO. Os múltiplos e potenciais mecanismos entre DPOC e fibrilação atrial envolvem a cascata inflamatória e oxidativa induzidas por hipoxemia crônica, acidose respiratória por hipercapnia crônica, efeitos adversos do tratamento da DPOC.CONCLUSÃO:
Os fatores de risco identificados como relacionados a ocorrência de FAPO foram idade avançada (acima de 70 anos) e presença de DPOC em pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio isolada.
Texto completo:
Disponível
Coleções:
Bases de dados nacionais
/
Brasil
Base de dados:
CONASS
/
Sec. Est. Saúde SP
/
SESSP-IDPCPROD
Assunto principal:
Fibrilação Atrial
/
Revascularização Miocárdica
Tipo de estudo:
Estudo de etiologia
/
Estudo de incidência
/
Estudo prognóstico
/
Fatores de risco
/
Estudo de rastreamento
Idioma:
Português
Revista:
Arq. bras. cardiol
Ano de publicação:
2022
Tipo de documento:
Artigo
/
Congresso e conferência
Instituição/País de afiliação:
Faculdade de Ciência Médicas de Campina Grande/BR
/
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/BR
/
Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo/BR