Análise da automedicação pediátrica em pacientes atendidos em hospital de alta complexidade / Analysis of pediatric self-medication in patients treated at a highcomplexity hospital
Mundo Saúde (Online)
; 47: e13262022, 2023.
Article
em En, Pt
|
LILACS-Express
| LILACS
| ID: biblio-1438597
Biblioteca responsável:
BR839
RESUMO
A automedicação pediátrica ocorre quando pais ou responsáveis usam medicamentos sem prescrição para tratar doenças ou sintomas reconhecidos nas crianças. Analisar o perfil da automedicação pediátrica em um hospital de alta complexidade no interior do Ceará. Trata-se de um estudo transversal baseado na técnica de entrevista, realizado com 135 pais/responsáveis de crianças com idade entre 0 a 12 anos que procuraram atendimento hospitalar entre novembro de 2020 e março de 2021. Observou-se uma prevalência de automedicação de 60%. Quanto à frequência, 43,2% dos entrevistados relataram realizar às vezes. Destes, a maioria era mãe (94,3%; p<0,0001), com 17 a 27 anos (48,6%; p<0,0001) e renda familiar de menos de 1 salário mínimo (57,1%; p=0,020); 59,3% apontaram como motivo considerar o problema de saúde simples. A principal causa da automedicação foi a febre e os medicamentos mais utilizados foram analgésicos e antipiréticos. A predominância da automedicação pediátrica pelas mães deve-se à experiência com seus outros filhos. Além disso, as condições socioeconômicas influenciaram as práticas errôneas da automedicação, pois as famílias que não possuem recursos para a consulta e compra dos fármacos acabam optando pela autoadministração. O uso indiscriminado de medicações deve ser reprimido, pois, a depender da dose, consequências graves podem ocorrer às crianças. Destaca-se a importância da equipe multiprofissional de saúde durante uma consulta pediátrica, com médicos, enfermeiros e farmacêuticos repassando aos pais informações a respeito dos medicamentos, seus benefícios e riscos, desestimulando a prática nesta faixa populacional e reduzindo os erros de medicação.
ABSTRACT
Pediatric self-medication occurs when parents or guardians use over-the-counter medications to treat recognized illnesses or symptoms in children. To analyze the profile of pediatric self-medication in a high-complexity hospital in the interior of Ceará. This is a cross-sectional study based on the interview technique, carried out with 135 parents/guardians of children aged 0 to 12 years old who sought hospital care between November 2020 and March 2021. There was a prevalence of self-medication of 60%. As for frequency, 43.2% of respondents reported doing it sometimes. Of these, the majority were mothers (94.3%; p<0.0001); aged 17 to 27 years old (48.6%; p<0.0001); family income of less than 1 minimum wage (57.1 %; p=0.020); and 59.3% indicated that their reason for medicating was that they considered the health problem as simple. The main cause of self-medication was fever, and the most used drugs were analgesics and antipyretics. The predominance of pediatric self-medication by mothers is due to their experience with their other children. In addition, socioeconomic conditions influenced the erroneous practices of self-medication, as families that do not have the resources to consult and purchase drugs end up opting for self-administration. The indiscriminate use of medications must be repressed, because, depending on the dose, serious consequences can occur to children. The importance of a multidisciplinary health team during a pediatric consultation is highlighted, with doctors, nurses, and pharmacists providing parents with information about medication, their benefits and risks, discouraging the practice in this population group and reducing medication errors.
Palavras-chave
Texto completo:
1
Coleções:
01-internacional
Base de dados:
LILACS
Tipo de estudo:
Observational_studies
/
Prevalence_studies
/
Risk_factors_studies
Idioma:
En
/
Pt
Revista:
Mundo Saúde (Online)
Assunto da revista:
Medicina
Ano de publicação:
2023
Tipo de documento:
Article
País de afiliação:
Brasil
País de publicação:
Brasil