Avaliação geriátrica ampla e decisão terapêutica em pacientes idosos com estenose valvar aórtica grave / Comprehensive geriatric assessment and therapeutic decision in elderly patients with severe aortic valve stenosis
Porto Alegre; s.n; set. 2022.
Não convencional
em Português
| CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP
| ID: biblio-1443839
Biblioteca responsável:
BR79.1
RESUMO
INTRODUÇÃO E/OU FUNDAMENTOS A avaliação geriátrica ampla (AGA) otimiza a identificação de componentes cognitivos, psíquicos, funcionais, nutricionais e sociais que afetam a saúde do idoso, contribuindo para a predição de desfechos adversos e melhorando a decisão terapêutica. Sabe-se que, no perioperatório, a AGA é capaz de reduzir complicações pós-operatórias e tempo de internação. Assim, pode-se considerar seu uso como instrumento adicional na avaliação pré-operatória de cirurgias cardíacas. Este estudo tem como objetivo avaliar a importância da AGA como instrumento na indicação de intervenção valvar aórtica em idosos. MÉTODOS:
Estudo transversal, a partir de dados de prontuário, analisados de outubro/2018 a dezembroq2021. Selecionados pacientes com 70 anos ou mais, estenose valvar aórtica (EAo) grave e indicação de intervenção, acompanhados em ambulatório e para os quais a AGA havia sido aplicada no pré-operatório. A AGA era composta por exame clínico, avaliação de comorbidades, fragilidade (Frail), funcionalidade (Katz e Lawton), risco de depressão, função cognitiva, suporte social, risco de queda, estado nutricional e polifarmácia. Para estratificação do risco cirúrgico usou-se o EUROSCORE II. As variáveis quantitativas foram apresentadas em forma de média e desvio padrão, com valores em percentuais.RESULTADOS:
Avaliados 48 pacientes com EAo grave e indicação de intervenção. Observou-se idade média de 78,5 anos (+5,8), predomínio de homens (60%), área valvar média de 0,7cm² (+0,19) e classe funcional III em 28% dos casos. As comorbidades mais prevalentes foram hipertensão arterial sistêmica (80%) e diabetes melitos (42%). Polifarmácia identificada em 60% dos casos, fragilidade em 52%, funcionalidade comprometida em 28%, provável déficit cognitivo em 26%, risco nutricional em 33%, humor deprimido em 28% e risco de quedas em 36%. Risco social não identificado. EUROSCORE II de alto risco observado em 12% dos casos, sendo todos portadores de fragilidade. Estes pacientes foram mantidos em tratamento clínico (50%) ou submetidos a procedimento percutâneo (TAVI - 50%). Os demais, de baixo ou intermediário risco, apresentaram fragilidade associada em 11% dos casos, sendo nestes optado por tratamento clínico. DISCUSSÃO Observou-se que, na tomada de decisão, a avaliação de fragilidade foi elemento fundamental e prevaleceu em relação a avaliação de risco habitual.CONCLUSÕES:
Pode-se concluir que a AGA é ferramenta auxiliar importante na avaliação pré-operatória de idosos com EAo grave, sendo determinante na escolha da melhor terapêutica.
Texto completo:
Disponível
Coleções:
Bases de dados nacionais
/
Brasil
Base de dados:
CONASS
/
Sec. Est. Saúde SP
/
SESSP-IDPCPROD
Tipo de estudo:
Estudo observacional
/
Estudo de prevalência
/
Estudo prognóstico
Idioma:
Português
Ano de publicação:
2022
Tipo de documento:
Congresso e conferência
/
Não convencional