A sustentabilidade na adoção da consorciação de pastagens e sua influência nas propriedades do leite / Sustainability in adoption of the pasture consortium and its influence on the milk properties
Ciênc. Anim. (Impr.)
; 29(3): 72-86, 2019.
Article
em Pt
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| ID: biblio-1472513
Biblioteca responsável:
BR68.1
Localização: BR68.1
RESUMO
O uso de pastagens consorciadas de gramíneas e leguminosas promove uma série de benefícios a todo o sistema de produção. Contudo, seu emprego ainda é modesto e seus benefícios são postos a prova constantemente. Diante disto, o objetivo desta revisão é fomentar a discussão sobre o uso de pastagens consorciadas e sua relação com a produção, composição e características nutricionais do leite, além da sua relação com a sustentabilidade do sistema. De maneira geral, participações entre 20 e 30% de leguminosas no dossel forrageiro são suficientes para promover incrementos de produção de leite em comparação a sistemas exclusivamente de gramíneas. Este aumento está relacionado ao menor percentual de fibras da pastagem, o que permite maior ingestão e digestibilidade da matéria seca. Salienta-se ainda que estes efeitos não sejam lineares e que os percentuais citados devem nortear a condução dos sistemas. Quanto ao perfil nutricional do leite, os níveis de ácidos graxos insaturados (AGI) são maiores nos animais à pasto em relação aos confinados. No entanto, são menos comuns pesquisas que comparem o perfil de ácidos graxos do leite em função de pastagens mistas ou estremes, de maneira geral, leguminosas como os trevos possuem compostos secundários que podem facilitar a passagem de AGI pelo rúmen sem sofrerem ação da biohidrogenação. Além destes efeitos, o uso de pastagens consorciadas permite a redução do uso de fertilizantes nitrogenados, aspecto importante do ponto de vista ambiental. O uso de sistemas alimentares a base de pastagem consorciada de gramíneas e leguminosas pode significar melhorias na qualidade nutricional do leite, como o aumento do percentual de AGI, que são veementemente associados a uma alimentação mais saudável.
ABSTRACT
The use of intercropped grasses and legumes promotes a number of benefits to the entire production system. However, their employment is still modest and their benefits are constantly put to the test. In view of this, the purpose of this review is to promote the discussion about the use of intercropped pastures and their relationship with milk production, composition and nutritional characteristics, as well as their relationship with the sustainability of the system. In general, participation of 20 to 30% of legumes in the forage canopy is sufficient to promote increases in milk production compared to exclusively grass systems. This increase is related to the lower percentage of grazing fibers, which allows higher intake and dry matter digestibility. It should also be noted that these effects are not linear and that the percentages mentioned should guide the systems. As for the nutritional profile of milk, the levels of unsaturated fatty acids (AGI) are higher in the pasture than in the confined ones. However, research comparing the fatty acid profile of milk as a function of mixed or single pastures is generally less common, as legumes like cloves have secondary compounds that may facilitate the passage of AGI through the rumen without undergoing biohydrogenation. In addition, the use of intercropping pastures allows a reduction in the use of nitrogen fertilizers, an important aspect from the environmental point of view. The use of food systems based on intercropping grasses and legumes can mean improvements in the nutritional quality of milk, such as the increase in the percentage of AGI, which are strongly associated with a healthier diet.
Palavras-chave
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1
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Assunto principal:
Pastagens
/
Leite
/
Ácidos Graxos Insaturados
/
Hidrogenação
/
Fabaceae
Idioma:
Pt
Revista:
Ciênc. Anim. (Impr.)
Ano de publicação:
2019
Tipo de documento:
Article