Your browser doesn't support javascript.
loading
Saúde bucal materno-infantil: orientação, conhecimento, práticas e atitudes de gestantes e profissionais de saúde / Maternal and Child Oral Health: guidance, knowledge, practices, and attitudes of pregnant women and healthcare professionals
Rio de Janeiro; s.n; 2023. 107 p. ilus, tab.
Tese em Português | BBO - Odontologia | ID: biblio-1530703
Biblioteca responsável: BR1141.1
Localização: BR1141.1
RESUMO
A presente dissertação consiste em dois estudos e dois produtos técnicos. O estudo 1 é uma revisão com mineração de dados de artigos provenientes de uma busca sistemática em 6 bases de dados para analisar o conhecimento de gestantes e profissionais da saúde sobre saúde bucal (SB) na gestação. Dados bibliométricos (ano de publicação e país) e do estudo (população, desenho, instrumento utilizado para avaliação e nível de conhecimento avaliado) foram coletados e analisados por meio dos softwares VantagePoint® e Microsoft Office Excel 2010®. De 5.216 artigos, 85 foram incluídos (publicados de 1964 a 2023). O Brasil é o país com maior número de publicações (n=24; 27,9%). Dentre os participantes, a maioria foi de gestantes (n=42; 49,4%), seguidas por dentistas (n=19; 22,3%), ginecologistas/obstetras (n=14; 16,4%) e enfermeiros obstetras (n=13; 15,2%). Estudos transversais foram os mais frequentes (n=80; 94,1%), com questionários como instrumentos mais utilizados (n=69; 80,2%). Em 29 (69%) estudos, o conhecimento das gestantes foi considerado ruim e, entre os profissionais de saúde, os dentistas apresentaram o maior nível de conhecimento (n=6; 31,6%). O estudo 2 desenvolveu, validou um instrumento e avaliou a influência de fatores socioeconômicos, culturais, demográficos e gestacionais sobre o nível de conhecimento, práticas e atitude de gestantes acompanhadas na Maternidade Escola da UFRJ frente a questões de SB materno-infantil (SBMI). Os dados foram obtidos por meio de um questionário, em que variáveis como renda familiar, dados sociodemográficos, escolaridade, histórico da gestação, conhecimento sobre SBMI, práticas de higiene, de consumo de açúcar, de frequência de ida ao dentista e a influência do medo a esse profissional foram analisadas. Pontuações foram atribuídas para as questões (n=7) de conhecimento (0-7) e para as de práticas/atitude (n=5) (0-5), classificados como baixo (SBMI ≤3) ou alto (SBMI >4) e negativas (pontuações <4) ou positivas (pontuações ≥4), respectivamente. Regressões lineares múltiplas foram conduzidas. Para validação estrutural e de estabilidade, foi realizada uma análise fatorial exploratória (AFE) e o índice de correlação intraclasse (ICC). AFE demonstrou validação de dois constructos de conhecimento (n=7 questões) e um de práticas/atitude (n=5 questões); e o ICC variou de 0,669 a 0,780 para o conhecimento e de 0,770 a 0,921 para práticas/atitude. Das 245 gestantes (29,6±6,8 anos), a maioria era multípara (n=153; 62,4%), com ganho de 1 a 2 salários-mínimos (n=118; 48,2%), e cursaram até o ensino médio (n=142; 58%). O baixo conhecimento para SBMI foi mais frequente (n=148; 60,4%) e foi associado às multíparas (p=0,02) e àquelas com menor nível de escolaridade (p<0,05). Das participantes, 156 (63,7%) escovavam os dentes no mínimo 3×/dia, 95 (38,8%) ainda não tinham ido ao dentista na gestação, cujo medo foi relatado (72; 29,4%). Gestantes que foram ao dentista tiveram práticas/atitude mais positivas (p=0,000) em SB e maior escolaridade (p<0,05). Os produtos 1 e 2 foram desenvolvidos como ferramentas de orientação em SB para gestantes/cuidadores e profissionais de saúde, através da criação de uma página no Instagram® (@clibin.ufrj) e um capítulo de e-book (disponível no Repositório Institucional da UFRJ), respectivamente. Em outubro/2023, a página no Instagram apresentava 672 seguidores e o e-book 449 downloads. Conclui-se que nos últimos anos, um baixo conhecimento de gestantes e profissionais da saúde sobre SB é reportado na literatura mundial; o que não foi diferente em relação ao conhecimento sobre SBMI das gestantes avaliadas no estudo 2, por meio de um questionário que demonstrou ser válido e confiável, onde se observou influência direta da multiparidade e do baixo nível de escolaridade. Em acréscimo, a ida ao dentista na gestação e maior nível escolar foram preditores de práticas/atitude positivas dessas participantes, enfatizando ainda mais a importância das novas tecnologias de orientação criadas, para promoção de SB de gestantes. (AU)
ABSTRACT
The present dissertation consists of two studies and two technical products. The Study 1 is a data mining review of articles obtained from a systematic search across 6 databases to analyze the knowledge of pregnant women and healthcare professionals regarding oral health (OH) during pregnancy. Bibliometric data (year and country of publication) and study data (population, design, assessment instrument used, and level of knowledge assessed) were collected and analyzed using Vantage Point® and Microsoft Office Excel 2010® software. Out of 5,216 articles, 85 were included (published from 1964 to 2023). Brazil had the highest number of publications (n=24; 27.9%). Among the participants, the majority were pregnant women (n=42; 49.4%), followed by dentists (n=19; 22.3%), gynecologists/obstetricians (n=14; 16.4%), and obstetric nurses (n=13; 15.2%). Cross-sectional studies were the most frequent (n=80; 94.1%), with questionnaires being the most used instrument (n=69; 80.2%). In 29 (69%) studies, pregnant women's knowledge was considered poor, and among healthcare professionals, dentists exhibited the highest level of knowledge (n=6; 31.6%). The Study 2 developed, validated an instrument, and evaluated the influence of socioeconomic, cultural, demographic, and gestational factors on the level of knowledge, practice, and attitude of pregnant women receiving care at the Maternidade Escola da UFRJ regarding maternal and child oral health (MCOH) issues. Data were obtained through a questionnaire, in which variables such as family income, sociodemographic data, education, pregnancy history, knowledge about MCOH, hygiene practices, sugar consumption, dental visit frequency, and fear of dental professionals were analyzed. Scores were assigned for questions (n=7) of knowledge (0-7) and of practice/attitude (n=5) (0-5), classified as low (MCOH ≤3) or high (MCOH >4) and negative (scores <4) or positive (scores ≥4), respectively. Multiple linear regressions were conducted. For structural and stability validation, an exploratory factor analysis (EFA) and the intraclass correlation index (ICC) were performed. EFA demonstrated validation of two knowledge constructs (n=7 questions) and one practices/attitude construct (n=5 questions); and the ICC ranged from 0.669 to 0.780 for knowledge and from 0.770 to 0.921 for practices/attitude. Out of 245 pregnant women (29.6±6.8 years old), the majority were multiparous (n=153; 62.4%), earned 1 to 2 minimum wages (n=118; 48.2%), and had completed high school (n=142; 58%). Low knowledge about MCOH was more frequent (n=148; 60.4%) and was associated with multiparity (p=0.02) and lower educational levels (p<0.05). Among the participants, 156 (63.7%) brushed their teeth at least 3 times/day, 95 (38.8%) had not visited the dentist during pregnancy yet, and 72 (29.4%) reported fear. Pregnant women who visited the dentist had more positive practices/attitude (p=0.000) of OH and higher education (p<0.05). The Products 1 and 2 were developed as guidance tools for pregnant women/caregivers and healthcare professionals regarding OH through the creation of an Instagram® page (@clibin.ufrj) and an e-book chapter (available in the UFRJ Institutional Repository), respectively. In October of 2023, the Instagram page had 672 followers, and the e-book had 449 downloads. In conclusion, in recent years, low knowledge about OH among pregnant women and healthcare professionals has been reported in the global literature, which was not different regarding knowledge about MCOH among the pregnant women evaluated in the Study 2, which was no different in relation to the knowledge about SBMI of the pregnant women evaluated through a questionnaire that demonstrated to be valid and reliable in study 2, where it was observed the influence of multiparity and low education level. Additionally, visiting the dentist during pregnancy and a higher education were predictors of positive practices/attitude for these participants, further emphasizing the importance of the newly created guidance technologies for promoting pregnant women's OH. (AU)
Licença
C - Todos os direitos reservados
Assuntos

Texto completo: Disponível Coleções: Bases de dados nacionais Base de dados: BBO - Odontologia Assunto principal: Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde / Saúde Materno-Infantil / Pessoal de Saúde / Gestantes Limite: Feminino / Humanos / Masculino / Gravidez Idioma: Português Ano de publicação: 2023 Tipo de documento: Tese
Texto completo: Disponível Coleções: Bases de dados nacionais Base de dados: BBO - Odontologia Assunto principal: Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde / Saúde Materno-Infantil / Pessoal de Saúde / Gestantes Limite: Feminino / Humanos / Masculino / Gravidez Idioma: Português Ano de publicação: 2023 Tipo de documento: Tese
...