Aspectos e fundamentos de conexões entre dente-implante em próteses parciais fixas / Aspects and fundaments of connections between tooth-implant in fixed partial prosthesis

RESUMO

Os autores são quase unânimes em afirmar que a combinação de dois sistemas com grande diferença de rigidez, pode resultar em complicações biomecânicas. Não existem somente problemas ou dúvidas em se conectar dentes a implantes, existem também vantagens como transformar próteses em cantiléver em próteses fixas, possuir uma propriocepção natural dos dentes que limita a carga aplicada sobre a prótese e os implantes e a prevenção através do dente, da rotação da prótese sobre implante. Quando consideramos uma prótese sobre dentes e implantes associados, há grande possibilidade de sucesso. Insucessos ocorrem principalmente devido a fenômeno de intrusão do dente unido ao implante e constam várias possíveis teorias para tal conhecimento na literatura. Em próteses fixas de dentes unidos a implantes, encaixes rígidos e semi-rígidos têm sido utilizados e diferentes resultados clínicos foram observados. Objetivo: Comparar diferentes critérios e conexões dente-implante, apresentando possíveis teorias sobre fenômenos relacionados a tal união e relatando estudos e princípios que devem ser considerados para sua realização e viabilidade. Conclusão: O estudo da literatura não indica a melhor opção entre as conexões, pois diversos resultados foram obtidos e sucessos e insucessos foram demonstrados tanto para sistemas rígidos quanto para semi-rígidos. Saúde periodontal e distribuição de dentes devem ser consideradas. O conhecimento atual recomenda que dentes naturais e implantes sejam independentes sempre que possível e caso haja necessidade da união dente-implante, pode-se levar em conta algum tipo de mecanismo de absorção de energia, tipo conexão semi-rígida com a fêmea localizada na região implantossuportada ou utilizar uma conexão rígida com encaixe que possibilite reversibilidade em caso de insucesso. A reversibilidade em casos de insucesso e o acompanhamento posterior do paciente são fundamentais

ABSTRACT

The authors are almost unanimous in stating that the combination of two systems with a large difference in stiffness can result in biomechanical complications. There aren’t only problems or concerns in connecting teeth to implants, there are also advantages such as changing cantilevered prosthesis in fixed prosthesis, having a natural tooth propriception which limits the load applied on the prosthesis and implants, and prevention by the tooth of the prosthesis rotation over the implant. When considering an implant-tooth associated prosthesis, there is great possibility of success. Failures occur mainly due to the phenomenon of intrusion of tooth attached to the implant and there are several possible theories for such an event in literature. In bridges of teeth attached to implants, rigid and semi-rigid connections have been used and different clinical results were observed. Objective: To compare different criteria and tooth-implant connections, presenting possible theories about phenomena related to such union and reporting studies and principles to be considered for its performance and viability. Conclusion: The literature study does not indicate the best option between the connections, because many results were obtained and successes and failures have been demonstrated for both rigid systems and for semi-rigid. Periodontal health and distribution of teeth should be considered. Current knowledge recommends that natural teeth and implants are independent whenever possible and if there is need for tooth-implant union, we can use some sort of mechanism for energy absorption, like semi-rigid connection with the female located in the implant supported region or use a rigid connection with plug-in that allows reversibility in case of failure. The reversibility in cases of failure and subsequent monitoring of the patient are paramount