Expressão imunoistoquímica de FGFR-2 em Glândula Salivar Labial Humana

RESUMO

As Glândulas Salivares são glândulas digestivas, responsáveis pela produção de saliva. Durante o envelhecimento, pode ocorrer uma redução de parênquima glandular, sendo este substituído por tecdo adiposo. Este processo pode ser uma das causas para ocorrência da xerostomia em indivíduos idosos. Há fatores de crescimento e receptores de fatores de crescimento produzidos pelas glândulas salivares, entre eles estão os receptor de fator de crescimento de fibroblastos 2 (FGFR-2), que está intimamente ligado ao desenvolvimento embrionário de glândulas salivares, e o receptor do fator de crescimento epitelial (EGFR), que está relacionado com o controle de estímulo da proliferação celular de diferentes tecidos, incluindo glândulas salivares. Levantamos a hipótese de que estes receptores podem estar envolvidos na manutenção do parênquima glândular, podendo a diminuição da sintese dessas proteínas ser uma das causas para a redução dos parênquimas em indivíduos idosos. Objetivo: Avaliar a expressão de FGFR-2 e EGFR em glândula salivar labial menor humana, por meio da técnica imunoistoquímica. Material e Métodos: Foi utilizado material de necrópsia para este estudo, sendo coletada a porção interna do lábio inferior de dezessete indivíduos do sexo masculino, com idade entre 30 e 95 anos. As amostras foram processadas e submetidas a análises histoquímica e himunoistoquímicas. Resultados: Tanto FGFR-2 quanto EGFR foram expressos principalmente em células ductais das glândulas labiais. em células serosas foram bem expressos, porém em menor intensidade se comparado às ductais, e em células mucosas foram pouco expressos. Apenas FGFR-2 foi expresso em núcleos, enquanto que no tecido adiposo apenas EGFR oi expresso. Conclusão: Nossos resultados mostram que o FGFR-2 e o EGFR estão presentes na glândula salivar labial menor humana adulta. Este é um indício morfológico de que há possibilidade de as células deste tecido sofrerem alterações decorrentes da ação destas proteínas. Com base nestes resultados e na literatura apresentada, concluímos que é possível que FGFR-2 e EGFR atuem na manutenção do parênquima glândulas, desde que sejam ativados pelos seus respectivos ligantes.