A competência emocional dos enfermeiros na prestação de cuidados à pessoa com doença mental / The emotional competence of nurses in providing care to people with mental illness

RESUMO

Introdução: As emoções ocupam um papel fundamental e determinante no desenvolvimento pessoal e profissional dos enfermeiros, assim como na prestação de cuidados que realizam. Objetivos: Conhecer as variáveis sociodemográficas que caraterizam a população em estudo e quais as correlações existentes entre a competência emocional e as suas dimensões. Métodos: Estudo descritivo, exploratório, abordagem quantitativa, desenvolvido num hospital psiquiátrico da Região Norte de Portugal. Para recolha de informação foi utilizada Escala Veiga da Competência Emocional. A colheita de dados foi realizada durante o mês de dezembro 2021. Foram cumpridos os pressupostos da Comissão de Ética de acordo com Declaração Helsínquia. A população em estudo foi constituída por 40 enfermeiros, sendo os critérios de inclusão enfermeiros em situação laboral ativa no cuidado à pessoa com doença mental internada. Resultados: Verificou-se que na sua maioria os participantes eram do sexo feminino (58,76%), com idades compreendidas entre 26-55 anos. Quanto às habilitações académicas, a maioria dos participantes (53,4%) apresentava licenciatura, sendo que 38,9% apresentava a especialidade. Relativamente ao grau de importância, atribuído às questões situação profissional, foi considerado numa escala de Likert 1 “sem importância”, 5 “muito importante”, como sendo, muito importante “relação interpessoal com os outros”, “estabilidade emocional na relação com os outros” e “estabilidade emocional na prestação de cuidados”, 79% (n=31). Conclusão: Verificou-se correlações entre as variáveis sexo/habilitações académicas. No sexo feminino, foi possível verificar que este perceciona-se, “frequentemente”, empático na prestação de cuidados. Enfermeiros com título especialista também se percecionam como profissionais empáticos, quando comparados com enfermeiros de cuidados gerais. (AU)

ABSTRACT

Introduction: Emotions play a fundamental and decisive role in the personal and professional development of nurses and the provision of care. Objectives: To explore the sociodemographic variables that characterize the sample under study and the correlations between emotional competence and its dimensions. Methods: Descriptive, exploratory study, quantitative approach, developed in a psychiatric hospital in the Northern Region of Portugal. The collection of information was performed using the Veiga Scale of Emotional Competence. Data collection was carried out in December 2021. The Ethics Committee followed the Helsinki Declaration guidelines. The sample consisted of 40 nurses, and the inclusion criteria were nurses working with hospitalized people with mental illness. Results: Most participants were female (58.76%), aged between 26 and 55. Regarding academic qualifications, most participants (53.4%) had a degree, and 38.9% had a speciality. Concerning the degree of importance attributed to the professional situation issues, a Likert scale was used 1 «unimportant», 5 «very important», as being very important, «interpersonal relationship with others», «emotional stability in the relationship with others» and «emotional stability in care delivery», 79% (n=31). Conclusion: Correlations were found between gender and academic qualifications. It was possible to verify that women nurses “often” perceive themselves as empathetic in the provision of care. Nurses with a specialist title also perceive themselves as empathetic professionals compared to general care nurses. (AU)