Anestesia em paciente portador de distrofia muscular de Duchenne: relato de casos / Anesthesia for Duchenne muscular dystrophy patients: case reports
Rev. bras. anestesiol
; 55(4): 445-449, jul.-ago. 2005.
Artigo
em Português, Inglês
| LILACS
| ID: lil-416906
Biblioteca responsável:
BR14.1
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
Este estudo objetiva relatar dois casos de anestesia em pacientes portadores de Distrofia Muscular de Duchenne (DMD), uma doença rara, progressiva e incapacitante, e discutir sobre a conduta anestésica. O comprometimento das funções pulmonar e cardíaca, a possibilidade de ocorrência de hipertermia maligna, a maior sensibilidade aos bloqueadores neuromusculares e o aumento da morbidade pós-operatória são alguns dos desafios enfrentados pelo anestesiologista. RELATO DOS CASOS O primeiro caso foi o de um paciente pediátrico com diagnóstico de DMD e rabdomiossarcoma, agendado para exérese da lesão e esvaziamento cervical ampliado. Na avaliação pré-anestésica (anamnese, exame clínico e exames complementares) não foram detectadas alterações, exceto pela tumoração cervical. Optou-se pela técnica venosa total, com remifentanil em infusão contínua e propofol em infusão alvo-controlada, sem a utilização de bloqueadores neuromusculares. O procedimento cirúrgico teve duração de 180 minutos, sem intercorrências. O segundo caso foi de um paciente do sexo masculino, 24 anos, com diagnóstico de DMD e colelitíase com indicação cirúrgica, cuja avaliação pré-operatória revelou pneumopatia restritiva grave, com diminuições da capacidade e da reserva respiratórias, sendo necessário o uso de BIPAP nasal noturno. Neste paciente, optou-se pela intubação traqueal com sedação mínima e anestesia tópica, seguida pela técnica venosa total com remifentanil em infusão contínua e propofol em infusão alvo-controlada, sem a utilização de bloqueadores neuromusculares. Ao término, o paciente foi extubado ainda na sala de operações e imediatamente colocado no BIPAP nasal. Encaminhado à UTI, com alta no 2° PO e alta hospitalar no 3° PO.CONCLUSÕES:
A anestesia venosa total com infusão contínua de propofol e remifentanil sem bloqueadores neuromusculares constitui-se em opção segura e eficiente nos portadores de DMD.
Texto completo:
Disponível
Coleções:
Bases de dados internacionais
Base de dados:
LILACS
Assunto principal:
Piperidinas
/
Propofol
/
Anestésicos Intravenosos
/
Distrofia Muscular de Duchenne
/
Anestesia Geral
/
Anestesia Intravenosa
Limite:
Adulto
/
Criança
/
Humanos
Idioma:
Inglês
/
Português
Revista:
Rev. bras. anestesiol
Assunto da revista:
Anestesiologia
Ano de publicação:
2005
Tipo de documento:
Artigo
País de afiliação:
Brasil
Instituição/País de afiliação:
Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais/BR
/
Hospital Monte Sinai/BR
/
Universidade Federal de Juiz de Fora/BR