Reforma psiquiátrica e a reinserção do portador de transtorno mental na família / Psychiatric reform and re-integration of the carrier of mental disorders in the family

RESUMO

Atualmente nessa primeira década do século XXI, existem no país aproximadamente 55 mil leitos psiquiátricos. Pelo menos 20 mil são ocupados por pacientes considerados crônicos ou que, abandonados por suas famílias, transformaram-se em moradores de instituições hospitalares. A partir da reforma psiquiátrica no Brasil, em 2001, a desinstitucionalização não se restringe mais à simples substituição de modelos de tratamentos dentro do hospital, envolve também questões socioculturais. Há um deslocamento das práticas psiquiátricas clássicas para práticas de cuidado realizadas na comunidade, e mais especificamente a família. Com base nessa perspectiva, o presente artigo tem por objetivo proporcionar uma reflexão crítica sobre questões referentes à reforma psiquiátrica, que colocou um ponto de interrogação, sobre o método curativo do saber médico e no estigma do louco presente na sociedade, bem como a discussão inicia-se a partir do fato de que o portador de transtorno mental é entregue à família sem o devido conhecimento das reais necessidades e condições dela, especialmente em termos materiais, psicossociais, de saúde e qualidade de vida, aspectos esses profundamente interligados. Nesse sentido, no presente trabalho conclui-se que é necessário realizar a (re) inserção do portador de transtorno mental na família, desde que ela seja preparada para tanto, do contrário, o simples encaminhamento do portador de transtorno mental de volta para casa em pouco contribuirá para o seu pleno restabelecimento junto à sociedade.

ABSTRACT

Currently, in this first decade of century XXI, there are approximately in the country 55 thousand bedspsychiatrics. In this number, 20 thousand its are busy for patients considered chronics or that abandoned forits families, become its into hospitals inhabitancies of institution. When in 2001, with the Brazilian PsychiatricReform, the des institutionalization did not restrict it only with the simple substitution of models treatmentsof the hospital, but also involved questions social-cultural. There was a displacement of the practice classicalpsychiatric for practice of care done in the community, and more specifically with the family. Then, with basein this perspective, the present article has for objective to provide a reflection critical about questions referentsthe Reform Psychiatric that placed an point of interrogation about method curative of knowledge medicatesand in the stigma of the insane person presents in the society. The query begins especially from the fact ofthat the patients suffering from mental illnesses is delivers to family without the due knowledge of the realnecessities of the same one, in material, psicossociais terms of health and quality of live, aspects these, deeplyintegrated. In this direction, the present work concludes that is necessary to do the (re) integration of thepatients suffering from mental illness with the patient's family, since that the same one is prepared for this,oppose it, the simple return of the patients suffering from mental illness for home, little will for its totalreestablishment together the society