HIV-1-mother-to-child transmission and associated characteristics in a public maternity unit in Presidente Prudente, Brazil / Transmissão vertical do HIV e características associadas em maternidade pública em Presidente Prudente, Brasil

ABSTRACT

In children, vertical transmission is the main form of HIV infection. Our aim was to determine the prevalence of HIV-1 vertical transmission in mother-infant pairs in a public maternity ward in Presidente Prudente, SP. Additionally; we sought to identify characteristics associated with this form of transmission. The files of 86 HIV-1-infected mothers and their newborns referred to a Public Hospital from March 2002 to March 2007 were analyzed. The HIV-1-RNA viral load of the newborns was determined by bDNA. The HIV-1 vertical-transmission rate was 4.6 percent. Children that were born in the pre-term period and breastfed were at a higher risk of HIV-1 infection (p = 0.005 and p = 0.017 respectively) than children born at term and not breastfed. Prophylactic therapy with zidovudine after birth for newborns was associated with a lower risk of infection (p = 0.003). The number of newborns weighing < 2,500 g was significantly higher for infected children (p = 0.008) than for non-infected newborns. About 22.9 percent of mothers did not know the HIV-1 status of their newborns eight months after delivery. The study suggests that it is necessary to increase the identification of HIV-1 infection in pregnant women and their newborns as well as to offer and explain the benefits of ARV prophylaxis.

RESUMO

A transmissão vertical é a principal forma de infecção pelo HIV em crianças. Nosso objetivo foi determinar a prevalência da transmissão vertical do HIV em maternidade pública em Presidente Prudente, SP. Além disso, procuramos identificar características associadas a essa forma de transmissão. De março de 2002 a março de 2007, os prontuários de 86 mães HIV-1 positivo e seus bebês, nascidos na maternidade de Hospital Público foram analisadas. A carga viral do HIV-1-RNA dos recém-nascidos foi determinada por bDNA. A prevalência da transmissão vertical pelo HIV-1 foi de 4,6 por cento. Crianças nascidas a pré-termo e amamentadas tiveram um risco maior de infecção (p = 0,005 e p = 0,017, respectivamente), comparado com crianças nascidas a termo e não amamentadas. A profilaxia com zidovudina depois do nascimento para os recém-nascidos foi associada ao menor risco de infecção (p = 0,003). O número de recém-nascidos com peso < 2.500 g foi maior entre as crianças infectadas (p = 0,008), comparado com crianças não infectadas. Oito meses depois do parto 22,9 por cento das mães não tinham conhecimento da infecção de seus bebês pelo HIV. O presente estudo sugere a necessidade em aumentar a identificação do HIV em gestantes e seus bebês e explicar e oferecer os benefícios da profilaxia antiretroviral.