Considerations about IQ and human capital in Brazil / Considerações sobre QI e capital humano no Brasil

ABSTRACT

Brazil became the ninth largest and fastest-growing economy in the world. In addition, Brazil has acquired a leading position in the Latin American region. Recently, a positive correlation between the mean IQ of countries and their capacity to achieve economic growth has been found by psychological science. However, several studies led by the British psychologist Richard Lynn have reported a mean IQ of 87 for Brazil, which seems to be insufficient for explaining the current Brazilian economical performance. The present article shows data of cognitive performance of 1192 Brazilian adults (46% males) recruited from the general population of Minas Gerais state, and 1641 University students recruited in universities from Amazonia, Bahia, Minas Gerais and São Paulo states. Raven's Standard (general population) and Advanced (University students) Progressive Matrices were the instruments used. The Raven scales are the most preferred tests in studies regarding national cognitive performance. The results indicated a mean IQ of 89 in the general population, thus a value not very different from Lynn's estimative. However, the cognitive performance of top human capital, concentrated in Brazilian public universities, was indistinguishable from the performance of participants in universities of developed countries. The human capital with high cognitive performance is the only segment of society able to produce and to upgrade technologies, move up the development ladder and catch up with developed countries. Thus, it was concluded that the national mean IQ is not a good indicator of the potential for Brazilian intellectual and economic leadership in the Latin American region. Instead, one of the best indicators could be the magnitude (and quality) of the top human capital of Brazil, which was estimated in 20 millions of people. This number rivals the human capital of developed countries in both quality and potential.(AU)

RESUMO

O Brasil se tornou a nona maior economia e a de mais rápido crescimento mundial. Além disso, o Brasil alcançou uma posição de liderança na América Latina. Recentemente, foi encontrada pela ciência psicológica uma correlação positiva entre o QI médio dos países e sua capacidade de crescimento econômico. No entanto, vários estudos, liderados pelo psicólogo britânico Richard Lynn, relatam um QI médio de 87 para o Brasil, o que parece ser insuficiente para explicar seu desempenho econômico atual. O presente artigo mostra os dados do desempenho cognitivo de 1192 adultos brasileiros (46% homens) recrutados da população geral de Minas Gerais e 1641 estudantes de universidades da Amazônia, Bahia, Minas Gerais e São Paulo. Os instrumentos utilizados foram as Matrizes Progressivas de Raven, Escala Geral (população geral) e Avançada (estudantes universitários). As escalas de Raven são os testes mais utilizados em estudos sobre diferenças cognitivas em nível nacional. Os resultados indicaram um QI médio de 89 na população geral, um valor não muito diferente da estimativa de Lynn. No entanto, o desempenho cognitivo do capital humano de alto nível, concentrado nas universidades públicas brasileiras, foi indistinguível do desempenho dos participantes de universidades de países desenvolvidos. O capital humano com alto desempenho cognitivo é o único segmento da sociedade capaz de produzir e aprimorar tecnologias, elevar a escala de desenvolvimento e alcançar os países desenvolvidos. Assim, concluiu-se que o QI médio nacional não é um bom indicador para o potencial brasileiro de liderança intelectual e econômica na América Latina. Em vez disso, um dos melhores indicadores poderia ser a magnitude (e qualidade) do capital humano de alto nível do Brasil, que foi estimado em 20 milhões de pessoas. Este número compete com o capital humano de países desenvolvidos, tanto em qualidade quanto em potencial.(AU)