Effect of sugarcane treated with non-protein nitrogen and hydrolyzed with calcium oxide in the diet of dairy steers / Efeito da cana-de-açúcar tratada com nitrogênio não proteico e hidrolisada com óxido de cálcio na dieta de novilhos leiteiros

ABSTRACT

This study examines the effect of sugarcane hydrolyzed with calcium oxide (quicklime) associated with non-protein nitrogen (a mixture of urea and ammonium sulfate) on nutrient intake, rumen degradability and kinetics, intestinal digestibility and blood and urinary parameters in dairy steers. The treatments consisted of fresh sugarcane (Sc); fresh sugarcane with urea (ScUr); sugarcane hydrolyzed with quicklime (ScQl); and sugarcane hydrolyzed with quicklime plus urea (ScUrQl), maintaining a roughageconcentrate ratio (DM basis) of 7030. Four rumen-cannulated Jersey steers were used in a Latin square design for data collection. The animals were fed the respective diets for 72 days. Mineral matter intake differed across the treatments, with higher values obtained with the treatments containing quicklime. The average mineral matter intake was 0.27, 0.22, 0.54 and 0.48 kg day-¹ for the Sc, ScUr, ScQl and ScUrQl treatments, respectively. Short-chain fatty acid and ammoniacal nitrogen concentrations, pH, rumen-fluid kinetics and potential degradability of DM ("a" + "b" fractions) were not influenced by the additives. The diets containing quicklime provided an increase in calcium absorption, which averaged 18.7, 21.3, 25.8 and 26.5% for the Sc, ScUr, ScQl and ScUrQl treatments, respectively. Serum nitrogen levels were higher in the animals fed urea, averaging 12.3, 20.4, 15.3 and 21.1 mg dL-¹ urea for the Sc, ScUr, ScQl and ScUrQl treatments. However, urinary glucose and nitrogen excretion levels did not differ significantly. Hydrolysis with quicklime and the inclusion of urea in sugarcane promote increases in intake, absorbed calcium and plasma nitrogen levels.(AU)

RESUMO

Objetivou-se avaliar o efeito da cana-de-açúcar hidrolisada com óxido de cálcio (cal virgem) associado à nitrogênio não proteico (mistura de ureia com sulfato de amônio) sobre o consumo de nutrientes, degradabilidade e cinética ruminal, digestibilidade intestinal e os parâmetros sanguíneo e urinário em novilhos leiteiros. Os tratamentos testados foram a cana in natura (Ca); cana in natura com ureia (CaUr); cana hidrolisada com cal virgem (CaCal) e cana hidrolisada com cal virgem mais ureia (CaUrCal), mantendo-se em todas as dietas uma relação volumosoconcentrado, na matéria seca, de 7030, respectivamente. Quatro novilhos Jersey, canulados ruminalmente, foram utilizados num delineamento em quadrado latino para a coleta dos dados, sendo os animais alimentados durante 72 dias com as respectivas dietas. Houve diferença no consumo de matéria mineral, sendo maior nos tratamentos contendo cal virgem, com médias de 0,27, 0,22, 0,54 e 0,48 kg dia-¹ para os tratamentos Ca, CaUr, CaCal e CaUrCal, respectivamente. As concentrações de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) e nitrogênio amoniacal (N-NH3), o pH, a cinética da fase líquida ruminal, e a degradabilidade potencial (frações "a" + "b") da MS não foram influenciadas pelos aditivos. As dietas contendo cal virgem proporcionaram uma maior absorção de cálcio, com médias de 18,7, 21,3, 25,8 e 26,5% para os tratamentos Ca, CaUr, CaCal e CaUrCal, respectivamente. Os níveis de nitrogênio sérico dos animais alimentados com ureia foram superiores, com média de 12,3, 20,4, 15,3 e21,1 mg de ureia dL-¹ para os tratamentos Ca, CaUr, CaCal e CaUrCal; porém, os níveis de glicose e as excreções de nitrogênio na urina foram semelhantes. A hidrolise com cal virgem e a inclusão da ureia na cana-de-açúcar promovem aumentos nos consumos e nos níveis de cálcio absorvido e de nitrogênio plasmático.(AU)