ABSTRACT
Complicações decorrentes do tratamento cirúrgico de hidrocefalia são bastante frequentes. O risco do desenvolvimento de hemorragia após inserção ou retirada do cateter ventricular tem sido considerado raro. No entanto, pode desencadear hemorragia intracraniana (extradural, subdural, intracerebral e intraventricular). Os autores, num estudo compreendido no período de julho de 1992 a novembro de 2002, identificaram 20 casos de hemorragia intracraniana em decorrência do manuseio do cateter ventricular. Foram observados: nove pacientes com hematoma subdural, quatro com hematoma extradural, quatro com hematoma intraparenquimatoso, dois com hemorragia intraventicular e um com sangramento intratumoral. A idade dos pacientes, variou de 6 meses a 28 anos. Dez testes necessitaram de tratamento cirúrgico do hematoma. Óbito ocorreu em quatro dos operados. São discutidas as medidas para minimizar as complicações hemorrágicas após instalação da derivação.
Subject(s)
Humans , Infant , Child, Preschool , Child , Adolescent , Adult , Ventriculoperitoneal Shunt/adverse effects , Intracranial Hemorrhages/complications , Hydrocephalus/surgery , Hydrocephalus/etiologyABSTRACT
Fístulas arteriovenosas do couro cabeludo são complicações raras de traumatismo craniano. Apresentam-se geralmente como uma massa pulsátil, crescente e dolorosa na região do trauma. Atualmente existem relatos de fístula arteriovenosa secundária à craniotomia e a transplantes de cabelo. A arteriografia carotídea externa é utilizada como meio de diagnóstico para determinar a sua extensão e como orientação terapêutica. Os autores relatam dois casos de fístula arteriovenosa pós-traumática do couro cabeludo que foram tratadas cirurgicamente com resultado excelente.
Subject(s)
Craniocerebral Trauma , Arteriovenous Fistula/surgeryABSTRACT
Apendicite aguda em paciente portador de hidrocefalia esubmetido à derivação ventriculoperitoneal pode ser de difícildiagnóstico diferencial com quadro de infecção do shunt, em virtudedas manifestações clínicas serem semelhantes. Entretanto, a nãoidentificaçãode uma dessas afecções e a ausência de tratamentoadequado em tempo hábil poderão ocasionar danos severos.Os autores apresentam um caso de apendicite aguda em umacriança de 6 anos de idade, com diagnóstico de hidrocefaliacongênita e portadora de derivação ventriculoperitoneal. Apósa realização da apendicectomia e da antibioticoterapia sistêmica,a paciente evoluiu de maneira satisfatória, sem ser necessária aremoção do sistema de drenagem.