ABSTRACT
Os autores fazem uma revisão sobre a associação do Mycobacterium tuberculosis na etiopatogenia da artrite reumatóide (AR), polêmica iniciada quando Poncet, em 1897, descreveu um quadro poliarticular inflamatório, reativo, secundário a uma infecção tuberculosa à distância. Forestier, em 1929, instituiu o uso de sais de ouro no tratamento da AR, fármacos empregados, na época, no tratamento da tuberculose pulmonar. Em 1940, Waaler descreveu o fator reumatóide (FR), anticorpo IgM dirigido contra IgG humana, e sua associação com AR. Porém, estudos posteriores demonstraram que o mesmo é encontrado em inúmeras doenças, principalmente infecciosas, inclusive na tuberculose. Ao longo dos anos tem-se demonstrado uma resposta aumentada aos antígenos do Mycobacterium tuberculosis, em especial a sua proteína de choque térmico de 65 kDa (HSP 65 kDa), tanto na AR como em outras doenças, como arterite de Takayasu. Ocana, em 1988, demonstra que pacientes com AR e tuberculose, além de níveis muito baixos de glicose, também apresentam, no líquido pleural, níveis muito elevados de adenosina deaminase (ADA). Apesar das semelhanças clínicas e patológicas entre tuberculose e AR, de uma resposta aumentada aos antígenos micobacterianos, tanto no líquido sinovial como no sangue em pacientes com AR, várias pesquisas foram frustrantes na tentativa de demonstrar a presença in situ do Mycobacterium tuberculosis, mesmo utilizandose técnicas muito sensíveis como a de reação em cadeia de polimerase (polymerase chain reaction PCR).
Subject(s)
Humans , Rats , Animals , Arthritis, Rheumatoid , History , Mycobacterium tuberculosis , Rheumatic Diseases , TuberculosisABSTRACT
Os autores fazem uma revisão sobre o diagnóstico de sacroiliite baseado em métodos de imagens. Ressaltam que as radiografias demonstram alterações nos quadros sépticos e geralmente após a segunda semana de instalação da infecção e meses, até mesmo anos, nas espondiloartropatias soronegativas (EASN). A cintilografia óssea (CO apresenta sensibilidade alta, com especificidade questionada. A tomografia computadorizada (TC), apesar de sua maior sensibilidade em relação aos raios X, precisa de lesões morfológicas estabelecidas, não distinguindo entre lesão ativa ou inativa. Os autores enfatizam que a ressonância magnética (RM), principalmente com contraste, pode demonstrar alterações em sinóvia e osso subcondral, consideradas lesões iniciais, que podem diferenciar entre lesão ativa e inativa, e que não podem ser demonstradas por outros métodos com essa especificidade. Apresenta a vantagem adicional de poder ser usada, sem contraste, em grávidas, pela ausência de radiação