Tratamento cirúrgico da luxaçäo recidivante anterior do ombro com ligamento artificial / Surgical treatment of anterior recurring dislocation of the shoulder with artificial ligament

O objetivo deste trabalho foi desenvolver um método de tratamento da luxaçäo recidivante de ombro que alcançasse resultados satisfatórios com um mínimo de morbidade, de tempo de recuperaçäo pós-operatória e de limitaçäo da rotaçäo externa. Com esse propósito, foram operados 12 pacientes com luxaçäo recidivante anterior do ombro, unilateral, durante o período de 1986 a 1989, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Todos os pacientes eram neurologicamente normais e a causa da primeira luxaçäo fora traumática. A correçäo da instabilidade foi obtida através da reconstruçäo do ligamento glenoumeral inferior com uma prótese artificial de partes moles de poliéster fixada no terço médio inferior da glenóide e no colo umeral. O pós-operatório consistiu em tipóia por cinco dias, após o que o paciente era liberado de qualquer tipo de imobilizaçäo. Nenhum dos pacientes apresentou infecçäo e apenas um teve reluxaçäo após traumatismo severo. A limitaçäo de movimento foi mínima em cinco pacientes e näo maior que o necessário no transoperatório para impedir a luxaçäo. Concluimos que esta técnica pode vir a ser uma boa opçäo quando o paciente necessitar de rápida recuperaçäo

Profilaxia da trombose venosa profunda (TVP) no paciente cirúrgico: uma revisäo sobre o uso de heparina / Prophylaxis of deep-vein thrombosis (DVT) in surgical patient: a review on heparin use

Os autores revisam aspectos do uso da heparina na prevençäo primária da Trombose Venosa Profunda (TVP) no paciente cirúrgico. Säo relacionadas as indicaçöes, forma de utilizaçäo e esquemas alternativos, perspectivas, riscos e complicaçöes do uso da heparina na profilaxia da TVP. A heparina em mini-doses reduz tanto a incidência de TVP como de embolia pulmonar no pós-operatório de pacientes de risco, com exceçäo daqueles submetidos a cirurgias ortopédicas do joelho e quadril, prostatectomia suprapúbica e cirurgias pélvicas extensas por doença maligna. O esquema de administraçäo geralmente preconizado é o uso de 5000 UI, por via subcutânea, duas horas antes do procedimento e, após, a cada oito ou doze horas até a franca deambulaçäo do paciente. Esquemas alternativos tem sido estudados, mas apresentam limitaçöes para sua utilizaçäo. A maior incidência de hematomas na ferida operatória é a única complicaçäo hemorrágica comprovada. Trombocitopenia e necrose cutânea säo complicaçöes raras do uso da heparina

Antipsicóticos: efeitos adversos e interaçöes farmacológicas / Antipsychotic drugs: adverse effects and pharmacological interactions

Revisam-se os efeitos adversos sobre o sistema nervoso autônomo, o sistema nervoso central, o sistema endócrino, assim como outros efeitos mais raros, decorrentes do uso de fármacos antipsicóticos, salientando o possível mecanismo de produçäo de alguns deles e abordando seu manejo terapêutico. Descrevem-se também, interaçöes farmacológicas entre antipsicóticos e outros fármacos de uso prevalente