ABSTRACT
Objetivo: a maiormincidência de traumatismo craniencefálico encontra-se nas zonas rurais. Dessa forma, tornam-se imprescindíveis estudos epidemiológicos que definam as características e a etilogia do traumatismo craniencefálico na zona rural, possibilitando estabelecer condutas, estratégias de prevenção, prioridades em pesquisas e planejamento de recursos, além da disponibilidade de profissionais capacitados e serviços de emergência, juntamente com infra-estrutura e aparelhagem adequadas para o tratamento desta patologia. Este estudo visa avaliar, epidemiologicamente, os casos de traumatismo craniencefálico ocorridos na zona rural do Estado de sergipe analisando-os quanto à idade, sexo, localização, causas do acidente, exame neurológico, exames complementares, conduta, morbidade e mortalidade. Método: foram estudados, de forma prospectiva e longitidinal, os pacientes admitidos no serviço de Neurocirurgia do Hospital Governador João Alves Filho, acometidos por TCE e residentes da zona rural do Estado de Sergipe, entre o período de 1º de setembro de 2003 e 31 de dezembro de 2004. Ao todo, 470 casos foram estudados. conclusão: Apesar desta pesquisa demonstrar que 89 por cento dos pacientes apresentaram TCE-leve e que 78 por cento dos pacientes foram liberados após atendimento inicial, o TCE na zona rural não deve ser negligenciado, pois representa um grande problema de saúde pública devido aos altos custos hospitalares com atendimentos, exames complementares, tratamento e reabilitação dos pacientes. Nossos resultados fornecem um ponto de partida para a análise das causas e prevenção do TCE na zona rural.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Infant , Child, Preschool , Child , Adolescent , Adult , Middle Aged , Craniocerebral Trauma , Rural PopulationABSTRACT
Introdução: O hematoma extradural é a mais importantelesão que ocupa espaço devido a trauma craniano, com altosíndices de mortalidade e morbidade quando o corretotratamento não é realizado. O hematoma extradural frontal éconsiderado incomum, representando cerca de 10% doshematomas extradurais: é geralmente unilateral e podeapresentar evolução subaguda ou crônica em 40% dos casos.Objetivo: Estudar 30 casos de hematoma extradural frontal eanalisar causas, achados clínicos, evolução e prognóstico.Pacientes e métodos: Foram estudados 30 pacientes,retrospectivamente, com hematoma extradural frontalchecados por tomografia computadorizada. Resultados: Vintee quatro eram homens e seis, mulheres. A idade variou entre10 e 32 anos, com média de 18 anos. As principais causasforam acidentes de trânsito e quedas. Em três casos, ohematoma foi bilateral. Coleção aguda ocorreu em 19 casos, subaguda em 5 e crônica em 6. Os achados clínicos maisimportantes foram cefaléia, vômitos e convulsões. Radiografiasde crânio detectaram fraturas em 18 casos, e a tomografiacomputadorizada foi positiva em diagnosticar o hematoma.Cirurgia foi realizada em 28 pacientes e dois casos foramtratados conservadoramente. Dois pacientes morreram emconseqüência de lesões associadas. Conclusões: 1) ohematoma extradural frontal é mais freqüente em adultosjovens; 2) sua evolução é lenta, geralmente subaguda oucrônica na maioria dos casos; 3) os achados clínicos dohematoma extradural frontal cursam com poucos sintomasneurológicos durante sua evolução; e 4) o prognóstico é bom,exceto naqueles casos com múltiplas lesões intracranianasou repercussões sistêmicas.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Craniocerebral Trauma , Hematoma, Epidural, CranialABSTRACT
Neste trabalho, os autores apresentam sua experiência em 44 casos de hematoma extradural na infância. Houve predomínio do sexo masculino com 33 casos. As principais causas foram queda acidental e acidentes de trânsito. O quadro clínico principal foi cefaléia, seguida de vômitos, hemiparesia, anisocoria, convulsões e, em 2 casos, anemia. A localização mais comum foi a região temporal, seguida da fossa posterior e, apenas 1 caso, bilateral. O exame de raios X simples de crânio demonstrou traço de fratura em 32 casos e a tomografia computadorizada foi positiva em todos pacientes. Lesões intradurais associadas estavam presentes em 8 casos. O tratamento cirúrgico foi realizado em 40 casos e o conservador, em 4. O resultado do tratamento foi excelente em 36 casos, regular em 4 e o óbito ocorreu em 4. Os casos que tiveram o diagnóstico precoce apresentavam bom nível de consciência na admissão, em que o tratamento cirúrgico realizado precocemente e na ausência de lesões intradurais associadas cursaram com bom prognóstico.