Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 8 de 8
Filter
Add filters








Year range
1.
Rev. bras. educ. méd ; 44(1): e004, 2020. tab
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1092498

ABSTRACT

Resumo: Introdução: Este artigo relata pesquisa realizada em um hospital público universitário do Rio de Janeiro. A partir da compreensão do ser humano como ser biopsicossocial, abre-se espaço para a investigação de componentes culturais que podem influenciar as pessoas em suas formas de enfrentamento da doença. Foram investigadas as percepções de um grupo de médicos em relação à presença de crenças religiosas de seus pacientes, bem como a inclusão do tema na formação médica. A pesquisa destaca a presença de característica cultural de certos grupos de indivíduos: crença em algo que transcende a realidade natural e que pode assumir variadas formas. Métodos: Foram entrevistados 41 médicos mediante entrevistas semiestruturadas orientadas por questões abertas abordando opiniões, condutas e atitudes com relação às crenças religiosas e espirituais e o seu papel no contexto assistencial. Utilizou-se como base teórica a Teoria das Representações Sociais de Moscovici e como abordagem metodológica o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Resultados: Os discursos revelaram a percepção do grupo investigado de que não houve nenhum preparo na formação médica para responder às demandas provocadas pelo tema, mas a experiência na assistência os conduziram à percepção de que crenças compõem o perfil de muitos pacientes e que estas podem ser relevantes no trabalho médico. Atividades educativas e consulta à literatura científica já produzida sobre esse tema não fizeram parte da formação. O encontro com a realidade tem sido feita com base no "bom senso" do profissional médico a partir de experiências pessoais e profissionais. Conclusão: Os discursos mostram que responder às demandas provocadas pelas crenças tem sido feito com dificuldades na prática médica, mesmo trabalhando em um hospital universitário que produz pesquisas e estimula constantemente a atualização científica. Na ausência de suporte conceitual qualificado para a prática médica, os sujeitos esforçam-se para aprender nas trocas profissionais e por iniciativas de estudos próprios. Trata-se, assim, de uma questão que demanda resposta apropriada no contexto da formação médica.


Abstract: Introduction: This article reports research on a conducted at a public university hospital in Rio de Janeiro. We understand the human being as a biopsychosocial being. Thus, there is opportunity to investigate cultural components that can influence people when they are coping diseases. The perceptions of a group of physicians regarding their patients's religious beliefs, as well as the inclusion of the subject in medical training were investigated. The research highlights the presence of cultural characteristics of some groups of people, such as believing in something that transcends the natural reality and that can take many forms. Methods: A total of 41 physicians were interviewed through semi-structured, open-ended interviews addressing opinions, behaviors, and attitudes regarding religious and spiritual beliefs and their role in the care context. The Theory of Social Representations of Moscovici as the theoretical base and the Collective Subject Discourse (DSC) as the methodological approach. Results: The discourses revealed of the investigated group's perception that there was no training in medical education to deal with the topic. On the other hand, experience in care led them to the perception that beliefs make up the profile of many patients, and these may be relevant in medical work. Educational activities and consultation of the scientific literature previously produced on this topic were not part of the training. The encounter with reality has been carried out based on "good sense" of the medical professional based on personal and professional experiences. Conclusion: The discourses show that dealing with patients' beliefs has been carried out with difficulties in medical practice, even when working in a university hospital that produces research and constantly encourages scientific updates. In the absence of qualified conceptual support for the medical practice, the individuals strive to learn through professional exchanges and through their own study initiatives. It is, therefore, an issue that demands an appropriate response in the context of medical training.

2.
Rev. bras. educ. méd ; 38(1): 38-46, jan.-mar. 2014.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-718348

ABSTRACT

Pesquisa realizada em um programa de hemodiálise de um hospital público universitário do Rio de Janeiro investigou percepções de um grupo de médicos em relação à religiosidade de seus pacientes frente à doença e ao tratamento. Foi usada como base teórica a Teoria das Representações Sociais de Moscovici e a metodologia quali-quantitativa de análise do discurso do sujeito coletivo (DSC). Os discursos revelaram o reconhecimento da presença e da importância das crenças religiosas no contexto da assistência médica, sendo elas valorizadas como um recurso psicológico tanto no enfrentamento das dificuldades da doença e do tratamento, no caso dos pacientes, quanto no enfrentamento das situações difíceis vividas no exercício profissional, no caso dos médicos. Também evidenciaram a existência de dificuldades em conversar sobre o assunto com os pacientes e o silêncio sobre ele entre os colegas médicos. Os resultados encontrados indicam a necessidade de maior elaboração reflexiva sobre o assunto no grupo investigado, carência de maior investimento educacional na formação médica no que se refere às questões religiosas e maior divulgação, entre os médicos, de trabalhos publicados sobre o assunto.


The following study conducted on a hemodialysis program at a public university hospital in Rio de Janeiro investigated a group of doctors' perceptions of the role played by their patients' religiosity in their attitudes towards illness and treatment. The Moscovici Theory of Social Representations was used as a theoretical basis and a qualitative and quantitative analysis of the discourse of the collective subject (DCS) as methodology. The discourses reveal a recognition of the presence and importance of religious beliefs in the context of medical care. Such beliefs were also valued as a resource both for patients dealing with the psychological difficulties of facing illness and for doctors coping with the difficult situations experienced in professional practice. The findings also revealed difficulties in talking about the subject with patients and silence among fellow doctors. The results indicate the need for further reflective discussion on the subject in the group investigated, a lack of higher education investment into medical training with regard to religious issues, and the need for a wider dissemination of works published on the subject among physicians.

3.
Rev. bras. educ. méd ; 37(2): 226-234, abr.-jun. 2013. graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-683293

ABSTRACT

Esta pesquisa identifica e analisa a representação social sobre a morte construída por médicos intensivistas, buscando compará-la aos resultados obtidos entre os médicos docentes da Clínica Médica. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas com 27 médicos atuantes nas UTIs de um hospital universitário ligado a uma instituição de ensino superior federal do Brasil. Trabalhou-se com o conceito de Representação Social e a metodologia qualiquantitativa do discurso do sujeito coletivo (DSC). Os resultados mostraram que o contexto da UTI promove esforços de objetivação e naturalização da morte, mas não neutraliza os sentimentos vividos pelos médicos intensivistas. Estes reconhecem seu despreparo para lidar com situações que envolvem a morte e reivindicam o apoio de psicólogos e psicanalistas. Defendem, também, a UTI como espaço privilegiado para o contato e elaboração de atitudes pessoais e profissionais em relação à morte ao longo da graduação médica. Conclui-se que, pela especificidade do contexto da UTI, médicos e estudantes de Medicina podem testemunhar alcances e limites da atuação médica frente à inexorabilidade da morte humana e melhor elaborar suas percepções em relação a esse tema.


This study identifies and analyses the social representation of death according to a group of intensive care physicians, with the aim of comparing such representations with the results obtained from a clinic's medical staff. Semi-structured interviews were thus carried out with 27 physicians working at Intensive Care Units (ICUs) at a university hospital affiliated to a Brazilian federal higher education institution. The subject was further analysed based on the concept of Social Representations and on the Discourse of the Collective Subject (DCS) qualiquantitative methodology. Results demonstrate that the context of an ICU promotes efforts toward the naturalisation and objectification of death, although this does not neutralise feelings experienced by intensive care physicians. The latter acknowledge their lack of training on dealing with situations involving death, claiming assistance and support from psychologists and psychoanalysts. They defend the ICU as a privileged space for contact and the development of personal and professional behaviours regarding death, throughout the medical undergraduate course. Therefore, due to the uniqueness of the ICU context, physicians and medical students possess the ability to witness the reaches and limits of medical intervention in light of the inexorable nature of human death, and also to better formulate their opinions on the subject.

4.
Saúde Soc ; 21(3): 719-734, jul.-set. 2012. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-654493

ABSTRACT

Diferentes pesquisas já identificaram dificuldades, entre médicos, de lidar com o morrer humano, mas tais dificuldades estariam associadas a formas mais amplas e coletivas de lidar com o tema. O presente estudo buscou explorar tal perspectiva investigando grupos fora do âmbito dos profissionais da saúde. Dois grupos, cariocas e mineiros, foram entrevistados sobre suas visões e atitudes em relação ao tema morte. Todos na faixa etária 50-60 anos, com nível superior de escolaridade e padrão socioeconômico e cultural semelhantes e sem atuação em áreas relacionadas à saúde. A pesquisa foi de natureza exploratória e a metodologia de análise foi a do discurso do sujeito coletivo - (DSC) que se baseia na teoria da representação social. Os resultados sugeriram diferenças locais e de gênero. Os mineiros incluíram laços familiares e de amizade como elementos da qualidade de vida. Entre as mulheres (cariocas e mineiras) houve referências frequentes a elementos familiares como pai, mãe, avó e tia. No conjunto, cariocas e mineiros expressaram um padrão geral: preferem não pensar na morte, escolhem pensar na qualidade de vida para envelhecer bem. Ainda que o falar sobre a velhice traga relevantes reflexões, a dificuldade do falar sobre a morte revelou-se também nesse deslocamento. Se os médicos se veem hoje tateando caminhos para lidar com os limites da biomedicina, também os investigados encontram-se envolvidos com o uso de tais recursos no enfrentamento da morte. Uns e outros estão às voltas com as angústias que o tema favorece.


Subject(s)
Humans , Middle Aged , Aging , Death , Physicians , Quality of Life , Religion
5.
Rev. bras. educ. méd ; 35(4): 507-516, out.-dez. 2011. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-613508

ABSTRACT

Esta pesquisa foi realizada em instituição federal pública universitária com o objetivo de melhor conhecer visões, valores e atitudes dos médicos residentes em clínica médica em relação ao suicídio. Trabalhou-se com o conceito de representação social (Moscovici) e a metodologia qualiquantitativa do discurso do sujeito coletivo (DSC) (Lefèvre e Lefèvre). Os discursos revelaram que os médicos residentes se apresentam sensibilizados com a questão do suicídio, entretanto não familiarizados com a bibliografia especializada e nem com os procedimentos de atendimento normatizados pelo Ministério da Saúde e pela OMS. Os pesquisados revelaram dificuldades para identificar e prestar atendimento a pacientes em risco de suicídio. Conclui-se que parece faltar à formação médica (graduação e residência) maior atenção ao tema suicídio.


This research was conducted at a federal university with the aim of understanding better the visions, values and attitudes of resident physicians at medical practices in relation to suicide. The study drew on the concept of social representation (Moscovici) and employed the mixed method of discourse of the collective subject (DCS) (Lefèvre and Lefèvre). The discussions revealed that, although aware of the suicide issue, residents were not familiar with the specialist literature or with the Ministry of Health and WHO standard procedures in such cases. The residents revealed difficulties in identifying and providing care for high suicide risk patients. It is concluded that both university and residency medical training require a greater emphasis on the topic of suicide.


Subject(s)
Humans , Medical Staff, Hospital/psychology , Education, Medical/ethics , Suicide/prevention & control
6.
Rev. bras. educ. méd ; 33(3): 364-373, jul.-set. 2009. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-531849

ABSTRACT

Esta pesquisa foi realizada em instituição pública universitária com o objetivo de melhor conhecer visões, valores e atitudes dos médicos docentes em relação aos pacientes em processo de morrer. Trabalhou-se com o conceito de representação social (Moscovici) e a metodologia qualitativa de análise do discurso do sujeito coletivo (DSC) proposta por Lefèvre e Lefèvre. Os discursos dos investigados revelaram que sofrem muito os médicos, os estudantes e os pacientes diante da morte. Articulados com o predomínio da ótica da biomedicina, prevalecem o despreparo profissional e a ausência de reflexão mais abrangente sobre a morte. Os investigados parecem não perceber relações entre o que falam de si próprios e o que dizem dos estudantes. Alterações na vida institucional parecem necessárias para o enfraquecimento de uma herança não percebida e que envolve médicos, pacientes e estudantes.


This study was conducted in a public university with the aim of learning the views, values, and attitudes of medical professors toward end-of-life treatment for patients. The study focused on the concept of social representation (Moscovici) and the qualitative methodology of collective subject discourse analysis, as proposed by Lefèvre & Lefèvre. The subjects' discourses revealed that end-of-life entails extensive suffering for physicians, medical students, and patients. The predominant view of biomedicine is associated with a lack of professional preparedness and absence of more in-depth reflection on death and dying. The subjects appeared not to perceive the relations between what they say about themselves and what they say about their students. Changes in the teaching hospital's institutional life appear necessary in order to mitigate an unperceived legacy involving physicians, patients, and medical students.


Subject(s)
Humans , Attitude to Death , Faculty, Medical , Social Values , Students, Medical
7.
Rev. bras. educ. méd ; 28(2): 106-118, maio-ago. 2004.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-391915

ABSTRACT

O objetivo da pesquisa foi investigar como o tema morte é abordado no decorrer da formação médica de uma faculdade. A abordagem metodológica foi a da pesquisa qualitativa, e os dados foram coletados no início e no fim do curso de medicina. Os resultados indicaram que os estudantes reconhecem papéis relevantes para o médico no acampanhamento do processo da morte de seus pacientes, mas afirmam que não recebem formação específica para isso. Na finalização do curso, identificou-se uma mudança de foco na atenção dos estudantes: quando a família - e não mais o paciente terminal - se torna o foco de maior interesse. Outra mudança foi a percepção dos estudantes de que as situações entendidas como preferenciais para o ensino da morte não são mais aquelas referentes às interações com o paciente moribundo, mas centram-se em ambientes hospitalares e, em decorrência disto, na necessidade de um preparo técnico hospitalar. Conclui-se que tais resultados são formas de ajuste a uma realidade: como, no período de formação, não se concretizam as expectativas de formação específica para lidar com pacientes à morte, os estudantes buscam instruir-se em torno do papel de manutenção da vida humana no modelo de atendimento hospitalar e na perspectiva de reconhecimento da morte como um processo tecnicamente ordenado.


Subject(s)
Humans , Attitude to Death , Death , Teaching
8.
Interface comun. saúde educ ; 7(13): 91-108, ago. 2003. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-345730

ABSTRACT

Relatam-se resultados de pesquisa e análise de representações de pensar cientificamente no contexto da cultura organizacional de espaços acadêmicos de formação e produção científicas: laboratórios da área de Ciências Naturais, Biologia e Bioquímica. O objetivo principal foi o de, mediante exercício comparativo, ampliar a compreensão sobre como se dá a representação do pensar cientificamente, entre cientistas. A metodologia utilizada foi estudo de caso, incluindo a estratégia proposta por Lefèvre (2000) de análise do discurso do sujeito coletivo. Os resultados permitem concluir que: há diferenças entre as representações, associadas às características da cultura organizacional de cada um dos três grupos de cientistas investigados; a cultura organizacional é resultado de modos de vida nos laboratórios e como tal deve ser objeto de permanente investigação e reflexão para que se criem condições de implementação de qualidade em seus objetivos e se propiciem formas de atingi-los.


Subject(s)
Biological Science Disciplines , Learning , Thinking , Universities , Organizational Culture
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL