Avaliação bacteriológica de queijo tipo coalho elaborado com leite das raças bovina e bubalina, comercializada em São Luís, Maranhão / Evaluation of bacterial of the coalho cheese type with milk bovine and buballine, commercialization in São Luís, Maranhão

O queijo tipo coalho é um produto muito consumido na cidade de São Luís, tanto a nível doméstico quanto comercial. Em sua fabricação utiliza-se leite in natura, que pode conter várias espécies de microrganismos patogênicos que causam risco à saúde pública. A produção deste queijo é artesanal, envolvendo várias etapas de produção realizadas através de manipulação feitas pelos próprios fornecedores, o que pode acarretar possíveis contaminações, visto que os mesmos não dispõem de condições necessárias de higiene. Com o objetivo de avaliar as condições microbiológicas do queijo tipo coalho, das raças bovinas e bubalinas, foram analisadas 20 amostras de queijo produzidas na cidade de São Luís do Maranhão, no período entre agosto de 2004 a fevereiro de 2005. Os parâmetros analisados foram a determinação do número mais provável (NMP) de coliformes total e fecal, contagem de Staphylococcus spp e pesquisa de Salmonella. Pelos resultados obtidos foi possível verificar que 6 e 4 amostras de queijo bubalino (20 por cento) apresentaram NMP para coliformes fecais superiores a 102 NMP/g. No entanto, nenhuma das amostras analisadas apresentou colônias características de Salmonella.(...) Esses resultados confirmaram que as condições higiênicas sanitárias de processamento e manipulação dos queijos comercializados não são satisfatórias e que os mesmos podem ser veículos de doenças de origem alimentar.

Aspectos higiênico-sanitários de legumes e verduras minimamente processados e congelados / Hygienic-sanitary quality of vegetables and green vegetables processed minimally and frozen

Uma grande mudança nos padrões de consumo de produtos hortícolas tem ocorrido durante a última década. A procura por alimentos saudáveis tem aumentado a cada dia e os consumidores estão mais desejoso por produtos que tenham ótima qualidade nutricional e que sejam convenientes no preparo e no consumo. Então as indústrias de alimentos, para atender a esta demanda, lançaram no mercado, frutas e hortaliças minimamente processados, preparados segundo unidades de operações apropriadas, tais como lavagem, descascamento, fatiamento, corte, etc., mantendo as mesmas qualidades dos alimentos frescos. E em virtude do aumento no consumo destes alimentos é que despertou o interesse na investigação da qualidade microbiológica dos mesmos. A pesquisa avaliou a qualidade higiênico-sanitária de amostras de legumes e verduras minimamente processados e congelados. Foram analisadas 20 amostras, obtidas no comérico varejista da cidade de São Luís-MA. As amostras foram submetidas às seguintes análises: enumeração de coliformes totais e fecais pela Técnica do Número Mais Provável (NMP), pesquisa de Escherichia coli, Salmonella, Clostridium sulfito redutor, Pseudomonas, quantificação e identificação de Staphylococcus. Realizou-se também a identificação de bactérias através de testes bioquímicos, denominados IMVIC (Indol, Vermelho de Metila, Voges-Proskauer e Citrato de Simmons), constatando a presença de bactérias das espécies Enterobacter aerogenes e Citrobacter freundii, que segundo a literatura, fazem parte da própria microflora de verduras e hortaliças. Das 20 amostras analisadas, 100 por cento encontravam-se dentro dos padrões exigidos pela legislação vigente no que se refere aos microrganismos pesquisados.

Avaliação da qualidade bacteriológica das carnes bovina moída e suína (pernil) "in natura" e/ou refrigerada, em supermercados, frigoríficos e feiras livres do Município de São Luís, MA / Evaluation of bacteriological control of quality of the ground beef and swine (phigh) in natura and/or under refrigerator, in supermarkets, refrigerating slaughterhouse and free market in the community of São Luís, MA

A pesquisa de controle de qualidade bacteriológica das carnes bovina moída e suína (pernil), foi efetuada durante os meses de agosto a novembro de 2000 nos supermercados, frigoríficos e feiras livres no municípo de São Luís/MA. Os resultados obtidos demonstraram que 4,17 por cento das amostras analisadas encontraram-se contaminadas por Salmonella. Segundo a Portaria 451/97, de 19 de setembro de 1997, do Ministério da Saúde, não há padrão ou tolerância para o grupo de coliformes totais, coliformes fecais, S. aureus e Pseudomonas. Foram identificadas, através dos testes bioquímicos (indol, MR-VP, citrato), espécies do gênero Escherichia, Citrobacter, Salmonella, Providencia e Enterobacter.

Vida-de-prateleira de ostras de mangue (Crassostrea rhizopharae) submetidas a dois processos de embalagem e armazenadas sob refrigeraçäo / Life of shelf of oysters of swamp in vitro (Crassostrea rhizopharae) submitted two systemsof packing and stored under refrigeration

Dois sistemas de embalagens (bandeja de poliestireno expandido, envolvida com filme PVC e saco com fecho hermético), foram testados para efeito de comparaçäo da qualidade de ostras de mangue " in natura" (Crassostrea rhizophorae), quando armazenadas sob refrigeraçäo a 4§C (ñ 1§C). As ostras foram coletadas na praia do Araçagi no período de março a junho de 1999, e submetidas a avaliaçäo organoléptica e microbiológica em 10 amostras (cada amostra foi composta por 6 dúzias de ostras). Do total, 50 por cento apresentou NMP/g de coliformes fecais acima dos padröes estabelecidos pela legislaçäo vigente; 10 por cento encontrou-se fora dos padröes para contagem de bactérias psicrófilas e em 40 por cento constatou-se presença de Salmonella. As amostras armazenadas em sacos de fecho hermético apresentaram vida-de-prateleira de 12 dias, enquanto que as amostras estocadas em bandejas de poliestireno apresentaram tempo de vida máximo de 10 dias. Quanto à avaliaçäo organoléptica, observou-se que o aspecto das ostras permanecia com a retirada do líquido intravalvar.

Estudo epidemiológico da hanseníase, com base na casuística da rede pública em Goiânia - Goiás / Epidemiologicc study of Hansen's Disease based pon cases of the Public Helth Service in Goiânia-Goiás

Os dados epidemiológicos de 2010(30,16 pôr cento) dos prontuários de pacientes Hansenianos em tratamento na Rede Pública de Goiânia, foram analisados retrospectivamente. Os prontuários foram escolhidos aleatoriamente e analisados de forma descritiva, com indicaçäo de frequência e cálculos de percentual. Considerando o alto grau de endemicidade da Hanseníase no Brasil, com um total de casos notificados que correspondem a 80 pôr cento da casuística da doença na América Latina (MOTTA, 1983), em Goiás sua endemicidade (3,0/1000) é maior do que a média no Brasil (67,87/100.000) com prevalência altíssima (6,9/1000), constituindo-se portanto, num importante problema de Saúde Pública. Dos dados levantados ressaltam-se os seguintes: a) há predominância das formas clínicas polarizadas, existindo deficiência na busca de pacientes, através do exame dos comunicantes; b)a grande maioria dos pacientes encontra-se dentro da faixa etária produtiva, entre os casados e com predomínio do sexo masculino; c)o alto número de baciloscopia negativa, demonstra o tempo prolongado de tratamento a que o paciente é submetido, fato consequente à inobservância dos critérios de alta, bem como à ineficiência dos exames laboratoriais; d)maior número de registros de contactos pertencem às formas bacilíferas e e)verificou-se, quanto à procedência, que 30(1,49 pôr cento) säo dos Estados limítrofes a Goiás, 651 (32,39 pôr cento) do interior do Estado e 1.329(66,12 pôr cento) da Capital, destes 932(78,25) residem na área semi-periférica da cidade. Os autores sugerem a reestruturaçäo dos Serviços de Saúde e enfatizam a necessidade de educaçäo em saúde tanto para os profissionais quanto para os pacientes