ABSTRACT
Estudaram-se retrospectivamente 27 casos de hipertensäo arterial maligna (H.A.M.), diagnosticados e tratados durante a década de 80, onde se observpu que 11 pacientes ainda permanecem vivos em diálise. Procurou-se estabelecer as possíveis variáveis que possibilitam a maior sobrevida destes pacientes, comparando-os com outros 16 casos que foram ao óbito. Nestes, salientou-se o maior uso da diálise peritonial intermitente (D.P.I.) e maior frequência de complicaçöes (p<0,05). Nos pacientes vivos foram usados 5 tipos associados de drogas: furosemide + simpaticolíticos + vasodilatadores + bloqueador de canal de cálcio (B.Ca++) + bloqueador do enzima de conversäo da angiotensina (I.E.C.A.), enquanto nos casos de óbito foram usados: furosemide + simpatícolicos + vasodilatadores. Embora näo tivesse sido observada diferença no comportamento da pressäo arterial média (PAM) de ambos os grupos de hipertensos, notou-se uma menor creatinemia pós-terapêutica nos hipertensos vivos em relaçäo àquela dos óbitos (p<0,05). Conclusäo: o esquema terapêutico anti-hipertensivo agressivo na (H.A.M.), usando drogas potentes (I.E.C.A. + B.Ca++), ao aumentar a perfusäo e preservar a funçäo renal aumentou a sobrevida dos pacientes, diminuindo a necessidade de D.P.I. e a frequência de complicaçöes graves.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Hypertension, Malignant , Angiotensin-Converting Enzyme Inhibitors , Arterial Pressure , Brazil , Calcium Channel Blockers , Peritoneal Dialysis , Retrospective Studies , Vasodilator AgentsABSTRACT
Os autores reviram 44 casos nos últimos dez anos no Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF): 31(70,45%) de Insuficiência Renal Aguda (IRA) e 13 (29,55%) de Insuficiência Renal Crônica (IRC); com idade de 3,65 mais ou menos 3,87 (0,03-11) anos, sendo a idade dos casos crônicos mais alta significativamente do que aquela dos agudos (p menor do que 0,05); 21 masculinos e 23 femininos; 30 brancos e 14 pretos. A doença básica relacionada com a nefropatia - IRA: gastroenterite (32,96%) ; septicemia (12,91%); distúrbio hidroeletrolítico grave (12,91%); IRC: glomerulonefrite cronica (46,15%) e nefropatia cronica (30,78%). Entre as complicaçöes apresentadas pela IRA: hiperpotassemia, acidose metabólica grave, estado urêmico e septicemia; IRC: uremia e septicemia. Entre os exames complementares estudados os níveis de creatinina foi maior nos crônicos e a trombocitopenia mais frequente nos agudos (p menor do que 0,05). Näo houve diferença significativa na taxa de óbito entre os casos agudos e crônicos, dialisados ou tratados conservadoramente (p maior do que 0,05). Em resumo: a nefropatia pediátrica terminal (NPT) ocorrida nos últimos 10 anos no HU-UFJF caracterizou-se pela forma de IRA, principalmente relacionada com estados infecciosos graves e com alta taxa de mortalidade.