Motor development of older adults: comparative study of gender and age group / Desenvolvimento motor de idosos: estudo comparativo de sexo e faixa etária

Abstract Introduction: Aging in motor development is represented by a retrogenesis process that refers to gradual losses in motor components. Intrinsic and extrinsic factors can influence this process. Objective: The aimed of this study was to evaluate and compare the motor development of older adults considering the gender and age group. Method: A total of 218 healthy older adults aged 60-79 years old were included. Four groups were formed according to gender and age group: G1 (n=64) - female, 60-69 years old; G2 (n=45) - female, 70-79 years old; G3 (n=66) - male, 60-69 years old; G4 (n=43) - male, 70-79 years old. The Motor Scale for Older Adults (MSOA) was used. Statistical analysis was performed using Kruskal Wallis and Dunn post hoc test. Results: Most of the older adults presented Motor Development within the normal range. The group of older women of 70-79 years old presented low mean values ( x ¯=87.7, SD=12.4), being statistically different when compared to the others groups. The areas: Global Coordination (p=0.001), Balance (p=0.001) and Body Scheme (p=0.012), presented significant statistical differences between the groups. In this analysis, women reached lower scores in most of the evaluated areas. Conclusion: The older women with more advanced age presented major impairment in motor development when compared to older men and older women with 60-69 years old.

Resumo Introdução: No desenvolvimento motor, o envelhecimento é representado pela retrogênese, processo que se refere às perdas gradativas nos componentes motores. Fatores intrínsecos e extrínsecos podem influenciar este processo. Objetivo: Avaliar e comparar o desenvolvimento motor de idosos considerando o sexo e a faixa etária. Método: Foram avaliados 218 idosos hígidos com idade entre 60 e 79 anos estratificados por sexo e faixa etária, constituindo quatro grupos: G1(n=64) - sexo feminino, 60-69 anos; G2 (n=45) - sexo feminino, 70-79 anos; G3 (n=66) - sexo masculino, 60-69 anos; G4 (n=43) - sexo masculino, 70-79 anos. O instrumento utilizado para coleta dos dados foi a Escala Motora para Terceira Idade (EMTI). Na análise estatística, empregou-se teste H de Kruskal Wallis e post hoc Dunn. Resultados: Observou-se que a maioria dos idosos apresentou desenvolvimento motor dentro da normalidade. O grupo do sexo feminino, 70-79 anos, foi o que apresentou valores médios inferiores ( x ¯=87,7; DP=12,4), sendo diferente estatisticamente quando comparado os grupos. Nas áreas motoras, diferenças estatísticas significantes foram encontradas entre os grupos na Coordenação Global (p=0,001), Equilíbrio (p=0,001) e Esquema Corporal (p=0,012); nesta análise, as mulheres alcançaram pontuações inferiores aos homens na maioria das áreas avaliadas. Conclusão: As mulheres idosas com idade mais avançada apresentaram maior comprometimento no desenvolvimento motor quando comparadas aos homens idosos e mulheres idosas mais jovens.

Influence of cut-points to measuer and classify the physical activity level of older adults / Influência dos pontos de corte para mensurar e classificar o nível de atividade física em idosos

ABSTRACT Accelerometers measure intensity in an indirect manner, a fact rendering the choice of cut-points (CP) fundamental. The CP for moderate and vigorous intensity of ≥ 1,952 counts is commonly used in studies on older adults, although the criteria for defining the intensities have been established for young subjects. On the other hand, the CP ≥ 1,041 counts, which was developed for older adults, is limited by the lack of maximum stress during the test. The aim of this study was to compare the weekly physical activity of older women using CP ≥ 1,952 counts and ≥ 1,041 counts. The sample consisted of 108 older women who participated in a dance group (n = 69) or in a bingo group (n = 39). The prevalence of active older women varied according to CP, increasing from 56.9% for CP ≥ 1,952 counts to 94.5% for CP ≥ 1,041 counts in the dance group (p<0.05) and from 35.9% to 74.4%, respectively, in the bingo group (p<0.05). Differences were found between groups for weekly step count (dance: 65,386 vs bingo: 46,527, p=0.05; ES: 0.91) and for total physical activity expressed as total count (dance: 3,199,913.2 vs bingo: 2,425,109.7; p=0.03; ES: 0.91). Standardization of accelerometer CP is necessary for future research involving older adults because of the differences found here for the same group.

RESUMO O acelerômetro mede a intensidade de maneira indireta, tornando fundamental a escolha do ponto de corte (PC). O PC para intensidade moderada e vigorosa de ≥ 1952 counts está disseminado em estudos com idosos, apesar dos critérios para definição das intensidades terem sido realizados com indivíduos jovens. Por outro lado, o PC de ≥ 1041 counts, que foi desenvolvido com idosos, apresenta limitações pela ausência de esforço máximo durante o teste. O objetivo deste estudo foi comparar a atividade física (AF) semanal de idosas utilizando os PC de ≥ 1952 counts e de ≥ 1041 counts. A amostra foi composta por 108 idosas que participavam do grupo baile (n=69) ou do grupo bingo (n=39). A prevalência de idosas ativas variou conforme PC, passando de 56,9% com ≥1952 counts para 94,5% com ≥1041 counts no grupo baile (p<0,05); enquanto no grupo bingo passou de 35,9% para 74,4% respectivamente (p<0,05). Diferenças foram encontradas entre os grupos em passos por semana em counts (baile: 65.386 vs bingo: 46.527; p=0,05; TE: 0.91) e AF total em counts (baile: 3.199.913,2 vs bingo: 2.425.109,7; p=0,03; ES: 0.91). Faz-se necessária a padronização do PC em acelerômetro para futuras pesquisas com idosos devido às diferenças encontradas neste estudo para um mesmo grupo.

Dança de salão: respostas crônicas na pressão arterial de hipertensos medicados / Ballroom dance: chronic responses on blood pressure in medicated hypertensives

A importância da prática de exercícios físicos para portadores de hipertensão arterial sistêmica está bem estabelecida na literatura, entretanto, a Dança de Salão, neste contexto, tem sido pouco explorada. O objetivo do estudo foi verificar o efeito crônico da prática de dança de salão sobre a pressão arterial sistêmica de hipertensos medicados. Considerou-se como amostra o número de medidas obtidas da pressão arterial dos pacientes durante a participação no programa de dança. Assim, 92 medidas da pressão arterial foram realizadas, sendo divididas em quatro grupos: 1) pressão arterial sistólica pré-programa; 2) pressão arterial sistólica pós-programa; 3) pressão arterial diastólica pré-programa e; 4) pressão arterial diastólica pós-programa. Utilizaram-se esfigmomanômetro de coluna de mercúrio e estetoscópio. Considerou-se o protocolo de mensuração da Diretriz Brasileira. A pressão arterial foi aferida antes e após cada sessão de dança. Os 23 hipertensos medicados estudados tinham idade média de 62,5±7 anos e 34,8% eram do sexo masculino. Quarenta sessões de dança foram realizadas, três vezes/semana, com duração de uma hora/sessão. O valor médio da pressão arterial sistólica pré-programa foi de 131,8±17mmHg e após 117,8±13mmHg com diferença estatística significativa (p<0,001); na pressão arterial diastólica os valores foram 70,7±6mmHg e 67,7±9mmHg (p<0,075). Pode-se concluir que a dança de salão pode contribuir para um melhor controle da pressão arterial de hipertensos medicados, o que a qualifica como possibilidade de exercício físico a ser considerado no contexto da reabilitação cardiovascular.

The importance of physical exercise for patients with systemic hypertension is well established in the literature. However, ballroom dance has been little investigated in this context. The objective of this study was to determine the chronic effect of ballroom dance on blood pressure in medicated hypertensives. The sample was the number of blood pressure measurements obtained during the patients' participation in the dance program. Thus, 92 blood pressure measurements were taken and divided into four groups: 1) pre-session systolic blood pressure, 2) post-session systolic blood pressure, 3) pre-session diastolic blood pressure, 4) post-session diastolic blood pressure. We used a mercury sphygmomanometer and stethoscope. As measuring protocol, we considered the Brazilian Guidelines. Blood pressure was measured before and after each ballroom dance session. The mean age of the 23 medicated hypertensive patients studied was 62.5 ± 7 years and 34.8% of them were male. Forty sessions were held three times a week, lasting one hour/session. The mean pre-session systolic blood pressure was 131,8 ± 17mmHg and 117,8±13mmHg after the session, with statistically significant difference (p <0.001); in diastolic blood pressure values were 70,7±6mmHg and 67,7±9mmHg (p <0.075). We conclude that ballroom dance can contribute to a better control of blood pressure in medicated hypertensive patients, which may be considered as a cardiac rehabilitation exercise.