Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 20 de 55
Filter
1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 40(2): e00073823, 2024. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534118

ABSTRACT

Abstract: Excessive sodium intake is a major global public health issue and the identification of dietary sources and temporal trends in its consumption are a key to effective sodium reduction policies. This study aims to update estimates of sodium intake and its dietary sources in Brazil according to the NOVA food classification system. Records of 7-day food purchases of households from the Brazilian Household Budgets Survey of 2002-2003, 2008-2009, and 2017-2018 were converted into nutrients using food composition tables and the mean availability was estimated per 2,000kcal/day. Mean daily sodium available for consumption in Brazilian households has increased from 3.9 to 4.7g per 2,000kcal, from 2002-2003 to 2017-2018, over twice the recommended levels of sodium intake. From 2002-2003 to 2017-2018, the processed culinary ingredients, including table salt, represented the largest dietary source of sodium, although their participation in dietary sodium was reduced by 17% (66.6% to 55%), while the percentage of dietary sodium from processed foods increased by 20.3% and from ultra-processed foods increased by 47.6% (11.3% to 13.6% and 17% to 25.1%, respectively). In conclusion, the total household sodium availability remains high and has increased over time in Brazil, yet the participation of different dietary sources of sodium have gradually changed.


Resumo: A ingestão excessiva de sódio é um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo e a identificação de fontes alimentares e tendências temporais no seu consumo são fundamentais para a elaboração de políticas eficazes de redução de sódio. Este estudo tem como objetivo atualizar as estimativas de ingestão de sódio e suas fontes alimentares no Brasil de acordo com o sistema de classificação NOVA. Os registros de compras de alimentos no período de 7 dias de famílias das Pesquisas de Orçamentos Familiares de 2002-2003, 2008-2009 e 2017-2018 foram convertidos em nutrientes utilizando tabelas de composição de alimentos. A disponibilidade média foi estimada em 2.000kcal/dia. A média diária de sódio disponível para consumo nos domicílios brasileiros aumentou de 3,9 para 4,7g por 2.000kcal, de 2002-2003 a 2017-2018, mais do que o dobro dos níveis recomendados de ingestão desse nutriente. De 2002-2003 a 2017-2018, os ingredientes culinários processados, incluindo o sal de cozinha, representaram a maior fonte de sódio, embora a sua participação no sódio dietético tenha sido reduzida em 17% (de 66,6% para 55%), enquanto a porcentagem de sódio dietético dos alimentos processados aumentou 20,3% e dos alimentos ultraprocessados aumentou 47,6% (11,3% para 13,6% e 17% para 25,1%, respectivamente). Concluindo, a disponibilidade total de sódio nos domicílios permanece alta e tem aumentado ao longo do tempo no Brasil, mas a participação de diferentes fontes dietéticas de sódio mudou gradualmente.


Resumen: La ingesta excesiva de sodio es uno de los principales problemas de salud pública en todo el mundo, y la identificación de las fuentes alimentarias y tendencias temporales en su consumo son esenciales para desarrollar políticas efectivas de reducción de sodio. Este estudio tiene como objetivo actualizar las estimaciones de la ingesta de sodio y sus fuentes alimentarias en Brasil según el sistema de clasificación NOVA. Los registros de compras de alimentos en el período de 7 días de familias de las Encuestas de Presupuestos Familiares de Brasil de 2002-2003, 2008-2009 y 2017-2018 se convirtieron en nutrientes utilizando tablas de composición de alimentos. La disponibilidad media se estimó en 2.000kcal/día. El promedio diario de sodio disponible para el consumo en los hogares brasileños aumentó de 3,9 a 4,7g por 2.000kcal, entre 2002-2003 y 2017-2018, más del doble de los niveles de ingesta recomendados de este nutriente. Entre 2002-2003 y 2017-2018, los ingredientes culinarios procesados, incluida la sal de mesa, representaron la mayor fuente de sodio, aunque su participación en el sodio dietético se redujo en un 17% (del 66,6% al 55%), mientras que el porcentaje de sodio dietético de los alimentos procesados aumentó un 20,3% y de los alimentos ultraprocesados aumentó un 47,6% (11,3% a 13,6% y 17% a 25,1%, respectivamente). En conclusión, la disponibilidad total de sodio en los hogares sigue siendo alta y ha aumentado a lo largo del tiempo en Brasil, pero la proporción de diferentes fuentes dietéticas de sodio ha cambiado gradualmente.

2.
Rev. saúde pública (Online) ; 57: 12, 2023. tab, graf
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1432148

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To evaluate sociodemographic factors associated with the consumption of ultra-processed foods and the temporal evolution of their consumption in Brazil between 2008 and 2018. METHODS The study used food consumption data of individuals aged ≥ 10 years from 2008-2009 and 2017-2018 Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF - Household Budget Surveys), grouping the foods according to the Nova classification. We used crude and adjusted linear regression models to assess the association between sociodemographic characteristics and consumption of ultra-processed foods in 2017-2018 and the temporal variation in their consumption between 2008 and 2018. RESULTS Ultra-processed foods accounted for 19.7% of calories in 2017-2018. The adjusted analysis showed that their consumption was higher in women (versus men) and the South and Southeast regions (versus North) and lower in blacks (versus whites) and rural areas (versus urban), in addition to decreasing with the increased age and increasing with higher education and income. Consumption of ultra-processed foods increased by 1.02 percentage points (pp) from 2008-2009 to 2017-2018. This increase was significantly higher among men (+1.59 pp), black people (+2.04 pp), indigenous (+5.96 pp), in the rural area (+2.43 pp), those with up to 4 years of schooling (+1.18 pp), in the lowest income quintile (+3.54 pp), and the North (+2.95 pp) and Northeast (+3.11 pp) regions. On the other hand, individuals in the highest level of schooling (-3.30 pp) and the highest income quintile (-1.65 pp) reduced their consumption. CONCLUSIONS The socioeconomic and demographic segments with the lowest relative consumption of ultra-processed foods in 2017-2018 are precisely those that showed the most significant increase in the temporal analysis, pointing to a trend towards national standardization at a higher level of consumption.


RESUMO OBJETIVO Avaliar fatores sociodemográficos associados ao consumo de alimentos ultraprocessados e a evolução temporal do consumo no Brasil entre 2008 e 2018. MÉTODOS Foram utilizados dados do consumo alimentar de indivíduos com idade ≥ 10 anos das Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009 e 2017-2018. Os alimentos foram agrupados segundo a classificação Nova. Modelos de regressão linear brutos e ajustados foram utilizados para avaliar a associação entre características sociodemográficas e o consumo de ultraprocessados em 2017-2018 e a variação temporal de seu consumo entre 2008 e 2018. RESULTADOS Alimentos ultraprocessados representaram 19,7% das calorias em 2017-2018. A análise ajustada mostrou que seu consumo foi maior no sexo feminino ( versus masculino) e nas regiões Sul e Sudeste ( versus Norte), e menor em negros ( versus brancos) e na área rural ( versus urbana), além de diminuir com o aumento da idade e aumentar com escolaridade e renda. O consumo de ultraprocessados aumentou 1,02 pontos percentuais (pp) de 2008-2009 a 2017-2018, sendo este aumento mais expressivo em homens (+1,59 pp), negros (+2,04 pp), indígenas (+5,96 pp), na área rural (+2,43 pp), naqueles com até 4 anos de estudo (+1,18 pp), no quinto mais baixo de renda (+3,54 pp) e nas regiões Norte (+2,95 pp) e Nordeste (+3,11 pp). Por outro lado, seu consumo se reduziu na maior faixa de escolaridade (-3,30 pp) e no quinto mais alto de renda (-1,65 pp). CONCLUSÕES Os segmentos socioeconômicos e demográficos que tiveram menor consumo relativo de ultraprocessados em 2017-2018 são justamente os que apresentaram um aumento mais expressivo na análise temporal, apontando para uma tendência de padronização nacional em um patamar de consumo mais alto.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Adult , Middle Aged , Aged , Aged, 80 and over , Young Adult , Socioeconomic Factors , Eating , Diet, Food, and Nutrition , Food, Processed
3.
Rev. saúde pública (Online) ; 57: 54, 2023. tab, graf
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1515525

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE Evaluate changes in the Brazilian population's diet and its determinants during the covid-19 pandemic. METHODS We used diet data collected by the Datafolha Institute in 2019 (n = 1,384), 2020 (n =1,214), and 2021 (n = 1,459) from independent and representative samples of the adult population (aged 18 to 55 years) from all socioeconomic classes and geographic regions of Brazil. Food consumption was measured by checking the consumption of 22 sets of food on the day before the survey. The third cycle also included questions about changes in eating habits during the pandemic. We estimated the prevalence of consumption of the food sets in each cycle of the survey and used statistical tests for comparisons of proportions between the three cycles. RESULTS Between 2019 and 2020, we observed a significant increase in the consumption of cereals, milk, packaged snacks or salty cookies, and industrialized sauces, as opposed to a decrease in the consumption of eggs. Between 2019 and 2021 and between 2020 and 2021, on the other hand, there was a significant decrease in the consumption of cereals, vegetables, fruits, and industrialized fruit juices and an increase in the consumption of soda, sweets, cookies, sausages, industrialized sauces, and ready meals. When asked about the main changes in the purchase and preparation of meals, 46.3% of the respondents reported consuming more food prepared at home during the pandemic. Regarding changes in eating habits, 48.6% of the respondents reported a change in their eating habits during the pandemic. The main reasons for such changes were greater concern with health (39.1%) and self-reported decreased family income (30.2%). CONCLUSIONS The covid-19 pandemic had a negative impact on the diet of the population, and increased consumption of ultra-processed foods was reported for that period.


RESUMO OBJETIVO Analisar mudanças na alimentação da população brasileira e seus determinantes durante a pandemia de covid-19. MÉTODOS Foram utilizados dados de alimentação coletados pelo instituto Datafolha, em 2019 (n = 1.384), 2020 (n = 1.214) e 2021 (n = 1.459), de amostras independentes e representativas da população adulta (entre 18 e 55 anos) de todas as classes socioeconômicas e regiões geográficas do Brasil. O consumo alimentar foi aferido por meio da verificação do consumo de 22 conjuntos de alimentos no dia anterior à pesquisa. No terceiro ciclo, também foram incluídas questões sobre mudanças nos hábitos alimentares durante a pandemia. Estimou-se a prevalência de consumo dos conjuntos de alimentos em cada ciclo da pesquisa e foram utilizados testes estatísticos para comparações de proporções entre os três ciclos. RESULTADOS Observou-se, entre 2019 e 2020, aumento significativo no consumo de cereais, leite, salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados e molhos industrializados, em contraponto à diminuição do consumo de ovos. Entre 2019 e 2021 e entre 2020 e 2021, por outro lado, houve diminuição significativa no consumo de cereais, hortaliças, frutas e sucos de fruta industrializados e aumento no consumo de refrigerante, biscoito doce, recheado ou bolinho de pacote, embutidos, molhos industrializados e refeições prontas. Quando questionados sobre as principais mudanças na compra e preparo das refeições, 46,3% dos entrevistados relataram consumir mais alimentos preparados em casa durante a pandemia. Em relação a mudanças nos hábitos alimentares, 48,6% dos entrevistados relataram alteração na alimentação durante a pandemia. Os principais motivos para tais mudanças foram maior preocupação com a saúde (39,1%) e autorrelato de diminuição da renda familiar (30,2%). CONCLUSÕES A pandemia de covid-19 teve impacto negativo na alimentação da população, e foi reportado aumento no consumo de alimentos ultraprocessados durante esse período.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Aged , Aged, 80 and over , Young Adult , Coronavirus , Diet , Eating , Feeding Behavior , Food, Processed
4.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(9): e00030223, 2023. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1513911

ABSTRACT

Abstract: We aimed to investigate and compare the distribution of establishments that sell food near municipal, state, and private schools in the municipality of São Paulo, Brazil. This cross-sectional, exploratory, and census study was conducted in 3,121 schools. Circular buffers were traced around schools and concentrations or dispersions of food stores (in absolute numbers and densities) were analyzed. A p-trend was calculated to analyze how food stores density behaved as the buffer radius distance increased. Stratified regression models were built to analyze the characteristics of the food environment. Snack bars and street vendors are the most common types of establishments surrounding schools. Some categories of food stores are concentrated (such as candy stores around municipal and private schools, mini markets around municipal schools, and snack bars around private schools), whereas others (such as super and hypermarkets and fruit and vegetable stores) are dispersed around public schools. The food environment around schools shows differences regarding the instance that administers them and private schools have more food stores around them. Poor-quality food environment around schools exposes students to risk factors regarding excessive unhealthy food consumption.


Resumo: Este estudo transversal, exploratório e censitário realizado em 3.121 escolas buscou investigar e comparar a distribuição de estabelecimentos de venda de alimentos no entorno de escolas municipais, estaduais e particulares da cidade de São Paulo, Brasil. Foram traçados buffers circulares ao redor das escolas e analisadas as concentrações ou dispersões de estoques de alimentos (em números absolutos e densidades). Foi calculado o valor de p de tendencia para analisar o comportamento das densidades dos estabelecimentos com o aumento da distância do raio do buffer. As características do ambiente alimentar foram analisadas por modelos de regressão estratificada. Lanchonetes e vendedores ambulantes são os tipos de estabelecimentos mais presentes nos entornos das escolas. Algumas categorias de lojas de alimentos estão concentradas (como lojas de doces em torno de escolas municipais e particulares, minimercados em torno de escolas municipais e lanchonetes em torno de escolas particulares), e outras (como super e hipermercados e hortifrútis) estão dispersas em torno de escolas públicas. O ambiente alimentar ao redor das escolas difere de acordo com a instância que as administra, e as particulares têm mais lojas de alimentos nos arredores. O ambiente alimentar de baixa qualidade ao redor das escolas expõe os alunos a fatores de risco para o consumo excessivo de alimentos não saudáveis.


Resumen: Este estudio transversal, exploratorio y censal realizado en 3.121 escuelas, buscó investigar y comparar la distribución de los establecimientos de venta de alimentos en el entorno de escuelas municipales, estatales y privadas de la ciudad de São Paulo, Brasil. Se trazaron buffers circulares alrededor de las escuelas y se analizaron las concentraciones o dispersiones de las existencias de alimentos (en números absolutos y densidades). Se calculó el valor de p de la tendencia para analizar el comportamiento de las densidades de los establecimientos al aumentar la distancia al radio del buffer. Las características del entorno alimentario se analizaron por medio de modelos de regresión estratificada. Las cafeterías y los vendedores ambulantes son los tipos de establecimientos más presentes en el entorno de las escuelas. Algunas categorías de tiendas de alimentos están concentradas (como tiendas de dulces alrededor de las escuelas municipales y privadas, minimercados alrededor de escuelas municipales y cafeterías alrededor de escuelas privadas), y otras (como super e hipermercados y tiendas de frutas y hortalizas) están dispersas alrededor de las escuelas públicas. El entorno alimentario alrededor de las escuelas difiere según la instancia que las administra, y hay más tiendas de alimentos en las inmediaciones de las escuelas privadas. El entorno alimentario de baja calidad alrededor de las escuelas expone a los estudiantes a factores de riesgo para el consumo excesivo de alimentos poco saludables.

5.
Rev. saúde pública (Online) ; 56: 1-9, 2022. tab
Article in English | LILACS, BBO | ID: biblio-1361137

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To study the association between ultra-processed food consumption and carbon and water footprints of the Brazilian diet. METHODS Cross-sectional analysis on data collected in 2008-2009 on a probabilistic sample of the Brazilian population aged ≥ 10 years (n = 32,886). Individual food intake was assessed using two 24-hour food records, on non-consecutive days. The environmental impact of individual diets was calculated by multiplying the amount of each food by coefficients that quantify the atmospheric emissions of greenhouse gases in grams of carbon dioxide equivalent (carbon footprint) and freshwater use in liters (water footprint), both per gram or milliliter of food. The two coefficients consider the food life cycle 'from farm to fork.' Crude and adjusted linear regression models and tests for linear trends assessed the association between the ultra-processed food contribution to total energy intake (quintiles) and the diet carbon and water footprints. Potential confounders included age, sex, education, income, and region. Total energy intake was assessed as a potential mediation variable. RESULTS In the crude models, the dietary contribution of ultra-processed foods was linearly associated with the carbon and water footprints of the Brazilian diet. After adjustment for potential confounders, the association remained significant only regarding the diet water footprint, which increased by 10.1% between the lowest and highest quintile of the contribution of ultra-processed foods. Additional adjustment for total energy intake eliminated this association indicating that the dietary contribution of ultra-processed foods increases the diet water footprint by increasing energy intake. CONCLUSIONS The negative impact of ultra-processed foods on the diet water footprint, shown for the first time in this study, adds to the negative impacts of these foods, already demonstrated regarding dietary nutrient profiles and the risk for several chronic non-communicable diseases. This reinforces the recommendation to avoid ultra-processed foods made in the official Brazilian Dietary Guidelines and increasingly in dietary guidelines of other countries.


Subject(s)
Humans , Child , Water , Food Handling , Brazil , Energy Intake , Cross-Sectional Studies , Diet , Eating , Fast Foods
6.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(supl.1): e00118821, 2022. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-1374866

ABSTRACT

This study objective was to describe the distribution of food consumption markers in Brazil per sociodemographic characteristics and its evolution from 2013 to 2019. Healthy food consumption markers (regular consumption of beans, fruits, vegetables, and fish, recommended consumption of red meat, and never replacing meals with snacks) and unhealthy food consumption markers (regular consumption of sweetened beverages and confectionery and excessive salt intake) were studied for adult participants of the Brazilian National Health Survey. The prevalence of food consumption markers was estimated according to sociodemographic characteristics and compared to data of 2013 and 2019. Most of the population regularly consumes beans, fruits, and vegetables, they also follows the recommendation to limit red meat consumption, and never replaces meals with snacks. The percentage of people who regularly consume sweetened beverages and perceive their salt intake as excessive is relatively low. The distribution of food consumption markers was associated with sex, age, income, race/skin color, area of dwelling, and schooling level. From 2013 to 2019, the prevalence of most food consumption markers declined, except for the regular consumption of fruits and recommended consumption of red meat, that increased 8.5% and 18.5%, respectively, and the regular consumption of vegetables, which did not vary. Healthy and unhealthy food consumption markers should be monitored to evaluate the effect of healthy eating policies implemented in the country.


O estudo teve como objetivo descrever a distribuição de marcadores de consumo alimentar no Brasil de acordo com características sociodemográficas e sua evolução entre 2013 e 2019. Foram estudados os marcadores de consumo alimentar saudável (consumo regular de feijão, frutas, verduras e peixe, consumo de carne vermelha em níveis recomendados e consumo de refeições em vez de lances) e de consumo alimentar não saudável (consumo regular de bebidas açucaradas e doces e ingestão excessiva de sal) entre os adultos que participaram na Pesquisa Nacional de Saúde. A prevalência de marcadores de consumo alimentar foi estimada de acordo com as características sociodemográficas e comparada com os dados entre 2013 e 2019. A maioria da população relata consumo regular de feijão, frutas e verduras, segue a recomendação de limitar o consumo de carne vermelha e nunca substituir refeições por lanches. É relativamente baixa a proporção de pessoas que consome bebidas açucaradas regularmente e que relata alta ingestão de sal. A distribuição de marcadores de consumo alimentar esteve associada a gênero, idade, raça/cor, área de residência e escolaridade. Entre 2013 e 2019, diminuiu a prevalência da maioria dos marcadores de consumo alimentar, exceto do consumo regular de frutas e do consumo recomendado de carne vermelha, que aumentaram em 8,5% e 18,5%, respectivamente, e do consumo regular de verduras, que não variou. Os alimentos marcadores de consumo saudável e não saudável devem ser monitorados para avaliar o efeito das políticas de alimentação saudável no país.


El objetivo del estudio fue describir la distribución de los marcadores de consumo de alimentos en Brasil, según sus características sociodemográficas y su evolución de 2013 a 2019. Se estudiaron los marcadores de consumo de comida saludable (consumo regular de frijoles, frutas, verduras, pescado, consumo recomendado de carne roja y nunca sustituir comidas por aperitivos) y marcadores de comida no saludable (consumo regular de bebidas azucaradas, repostería y consumo de sal percibido como excesivo) entre adultos de la Encuesta Nacional de Salud. La prevalencia de los marcadores de consumo de alimentos se estimó según características sociodemográficas y se comparó la prevalencia de los años 2013 y 2019. Una gran parte de la población regularmente consume frijoles, frutas y verduras y cumple la recomendación del consumo de carne roja, además, nunca sustituye comidas por aperitivos. El porcentaje de gente que regularmente consume bebidas azucaradas y percibe su consumo de sal como excesivo es relativamente más bajo. La distribución de los marcadores de consumo de alimentos estuvo asociada con sexo, edad, ingresos, raza/color de piel, lugar de residencia y nivel educativo. Desde 2013 a 2019, la prevalencia de la mayoría de los marcadores de consumo de alimentos decayó, excepto en el caso del consumo regular de frutas y consumo recomendado de carne roja, que se incrementó en un 8,5% y 18,5% respectivamente, al igual que el consumo regular de verduras, que no varió. La supervisión de los marcadores de consumo de las comidas sanas e insanas puede ser útil para evaluar el impacto de políticas de promoción de la comida sana implementadas en el país.


Subject(s)
Sodium Chloride, Dietary , Feeding Behavior , Vegetables , Brazil/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Health Surveys , Diet , Fruit
7.
Article in English | LILACS, BBO | ID: biblio-1390030

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To evaluate the trend of household food acquisition according to the NOVA classification in Brazil between 1987-1988 and 2017-2018. METHODS We used household food acquisition data from five editions of the Pesquisas de Orçamentos Familiares (Household Budget Surveys), conducted by the Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Brazilian Institute of Geography and Statistics), in the years 1987-1988, 1995-1996, 2002-2003, 2008-2009, and 2017-2018. All reported foods were categorized according to the NOVA classification. The household availability of food groups and subgroups was expressed through their share (%) in total calories, for all Brazilian families, by household situation (urban or rural), for each of the five geographic regions of the country, by fifths of the household income per capita distribution (2002-2003, 2008-2009 and 2017-2018 surveys), and for the 11 main urban regions of the country (1987-1988, 1995-1996, 2002-2003, 2008-2009 and 2017-2018 surveys). Linear regression models were used to assess the trend of increasing or decreasing food purchases. RESULTS The diet of the Brazilian population is still composed predominantly of foods in natura or minimally processed and processed culinary ingredients. However, our findings point to trends of increasing share of ultra-processed foods in the diet. This increase of 0.4 percentage points per year between 2002 and 2009 slowed down to 0.2 percentage points between 2008 and 2018. The consumption of ultra-processed food was higher among households with higher income, in the South and Southeast regions, in urban areas, and in metropolitan regions. CONCLUSION Our results indicate an increase in the share of ultra-processed foods in the diet of Brazilians. This is a worrisome scenario, since the consumption of such foods is associated with the development of diseases and the loss of nutritional quality of the diet.


RESUMO OBJETIVO Avaliar a tendência da aquisição domiciliar de alimentos de acordo com a classificação NOVA no Brasil entre 1987-1988 e 2017-2018. MÉTODOS Foram utilizados dados de aquisição domiciliar de alimentos provenientes de cinco edições da Pesquisas de Orçamentos Familiares, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, nos anos 1987-1988, 1995-1996, 2002-2003, 2008-2009 e 2017-2018. Todos os alimentos reportados foram categorizados segundo a classificação NOVA. A disponibilidade domiciliar dos grupos e subgrupos de alimentos foi expressa por meio de sua participação (%) nas calorias totais, para o conjunto das famílias brasileiras, por situação do domicílio (urbana ou rural), para cada uma das cinco regiões geográficas do país, por quintos da distribuição de renda domiciliar per capita (inquéritos de 2002-2003, 2008-2009 e 2017-2018); e para as 11 principais regiões urbanas do país (inquéritos de 1987-1988, 1995-1996, 2002-2003, 2008-2009 e 2017-2018). Modelos de regressão linear foram utilizados para avaliar a tendência de aumento ou diminuição na aquisição dos alimentos. RESULTADOS A dieta da população brasileira ainda é composta predominantemente por alimentos in natura e minimamente processados e ingredientes culinários processados. No entanto, nossos achados apontam tendências de aumento da participação de alimentos ultraprocessados na dieta. Esse aumento que foi de 0,4 pontos percentuais ao ano na primeira porção do período estudado, entre 2002 e 2009, e desacelerou para 0,2 pontos percentuais entre 2008 e 2018. O consumo de alimentos ultraprocessados foi maior entres os domicílios de maior renda, nas regiões Sul e Sudeste, na área urbana, e nas regiões metropolitanas. CONCLUSÃO Os resultados do presente estudo apontam um aumento na participação de alimentos ultraprocessados na dieta dos brasileiros. Cenário preocupante, uma vez que o consumo de tais alimentos está associado ao desenvolvimento de doenças e à perda da qualidade nutricional da dieta.


Subject(s)
Socioeconomic Factors , Food Economics , Brazil , Industrialized Foods , Diet, Food, and Nutrition , in natura Foods
8.
Rev. saúde pública (Online) ; 56: 102, 2022. tab
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1410048

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To estimate beef consumption and its influence on carbon and water footprints, as well as to improve the nutritional quality of the Brazilian diet. METHODS The amount of beef and other foods consumed was evaluated by two 24-hour food records in a representative sample of the Brazilian population ≥ 10 years of age (n = 32,853) from 2008 to 2009. The environmental impact of the diet considered the coefficients of the carbon footprint (gCO2 and/kg) and the water footprint (liters/kg) of the foods, as well as their nutritional quality considering the nutrient composition of each food associated with the prevention of nutritional deficiencies or the increase/decrease in chronic disease risk. Linear and logistic regression models, crude and adjusted for sex, age, education, income, region, and area, were used to respectively study the association of fifths of the caloric contribution of beef with the environmental impacts of the diet and inadequate nutrient intake. RESULTS Carbon and water footprints and protein, iron, zinc, vitamin B12, saturated fat, and sodium contents were higher in the fraction of the diet composed of beef, whereas fiber and added sugar contents were higher in the fraction composed by the other foods. Dietary beef contribution was directly associated with the carbon and water footprints of the diet and the risk of saturated fat and sodium excess, besides fiber insufficiency, inversely associated with the risk of protein, iron, zinc, and vitamin B12 insufficiency. CONCLUSION Reducing beef consumption in Brazil would also reduce the carbon and water footprints of the diet, as well as the risk of chronic diseases related to food. Therefore, in order not to increase the risk of nutritional deficiencies, monitoring the increased intake of other foods rich in protein, iron, zinc, and vitamin B12 is suggested.


RESUMO OBJETIVO Estimar o consumo de carne bovina e a sua influência nas pegadas de carbono e na pegada hídrica, bem como mesurar a qualidade nutricional da dieta no Brasil. MÉTODOS A quantidade consumida de carne bovina e dos demais alimentos foi avaliada por dois registros alimentares de 24 horas em amostra representativa da população brasileira ≥ 10 anos de idade (n = 32.853) entre 2008 e 2009. O impacto ambiental da dieta considerou os coeficientes da pegada de carbono (gCO2e/kg) e da pegada hídrica (litros/kg) dos alimentos, bem como sua qualidade nutricional considerando a composição de cada alimento em nutrientes associados à prevenção de deficiências nutricionais ou ao aumento/diminuição do risco de doenças crônicas. Modelos de regressão linear e logística, brutos e ajustados para sexo, idade, escolaridade, renda, região e área, foram utilizados para estudar, respectivamente, a associação de quintos da contribuição calórica de carne bovina com os impactos ambientais da dieta e com a ingestão inadequada de nutrientes. RESULTADOS As pegadas de carbono e hídrica e os teores de proteína, ferro, zinco, vitamina B12, gordura saturada e sódio foram maiores na fração da dieta composta por carnes bovinas, enquanto o teor de fibra e de açúcar de adição foram maiores na fração composta pelos demais alimentos. A contribuição dietética de carne bovina mostrou-se associada diretamente com as pegadas de carbono e hídrica da dieta e com o risco de ingestão excessiva de gordura saturada e de sódio, além de ingestão insuficiente de fibra, associando-se inversamente com o risco de ingestão insuficiente de proteína, ferro, zinco e vitamina B12. CONCLUSÃO A redução no consumo de carne bovina no Brasil diminuiria as pegadas de carbono e hídrica da dieta, assim como o risco de doenças crônicas relacionadas à alimentação. Portanto, para não aumentar o risco de deficiências nutricionais, é sugerido o acompanhamento do aumento da ingestão de outros alimentos fontes de proteína, ferro, zinco e vitamina B12.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Nutrition Assessment , Water Use , Eating , Carbon Footprint , Meat
9.
Rev. saúde pública (Online) ; 56: 118, 2022. tab
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1424415

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To analyze the dietary patterns of Brazilian children under two years of age and assess their association with sociodemographic characteristics and health service use. METHODS This is a cross-sectional study with data from the 2013 National Health Survey (PNS). Patterns were found for two age groups by principal component analysis and their correlation with characteristics of interest was tested by linear regression models. RESULTS We found two dietary patterns for our groups. The first consisted of the consumption of fresh or minimally processed foods and the second, of ultra-processed foods. The greater adherence of children between six and 11 months to the first pattern was associated with higher per capita family income and urban residences in the most developed regions of Brazil. At 12 months or more, adherence related to white race/color, higher per capita family incomes, residence in more developed regions, and visits to private childcare. Adherence to the second pattern among children under one year of age was inversely associated with Yellow or Indigenous race/color, residence in the Brazilian Northeast, and childcare in specialized public or private services. At 12 months or more, greater adherence was directly associated with Black or Brown children who resided in more developed regions, and inversely associated with those living in the Brazilian Northeast. CONCLUSION We found two opposite dietary patterns in Brazilian children under two years of age and that several social determinants modify their chance of adhering to these patterns.


RESUMO OBJETIVO Analisar padrões alimentares de crianças brasileiras menores de dois anos e verificar a sua associação com características sociodemográficas e de utilização de serviços de saúde. MÉTODOS Estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013. A identificação dos padrões foi realizada em dois grupos etários por meio da análise fatorial por componentes principais e a correlação às características de interesse, testada por meio de modelos de regressão linear. RESULTADOS Em ambos os grupos foram identificados dois padrões alimentares: o primeiro foi caracterizado pelo consumo de alimentos in natura ou minimamente processado e o segundo marcado somente pelo consumo de alimentos ultraprocessados. A maior adesão das crianças entre seis e 11 meses ao primeiro padrão foi associada à maior renda familiar per capita, residência em área urbana e nas regiões mais desenvolvidas do país. Com 12 meses ou mais, a adesão foi relacionada com a raça/cor branca, maior renda familiar per capita, residência nas regiões mais desenvolvidas e realizar consultas de puericultura em serviços privados. No segundo padrão, a aderência entre os menores de um ano foi inversamente associada com raça/cor amarela ou indígena, residência na região Nordeste e realização de puericultura nos serviços públicos especializados ou nos privados. A partir dos 12 meses, a adesão foi diretamente associada com raça/cor preta ou parda e residência nas regiões mais desenvolvidas, e inversamente associada com residência na região Nordeste. CONCLUSÃO O estudo identificou dois padrões alimentares opostos em crianças brasileiras menores de dois anos, sendo que diferentes determinantes sociais modificam a chance de adesão a esses padrões.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Infant, Newborn , Infant , Socioeconomic Factors , Child Health Services , Infant Nutrition , Diet, Food, and Nutrition
10.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(4): 1233-1244, abr. 2021. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1285903

ABSTRACT

Resumo O objetivo deste estudo foi descrever o consumo de frutas no Brasil e a associação com a ingestão de alimentos ultraprocessados (UP) em amostra representativa de 32.900 brasileiros da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. A associação entre a participação calórica (% energia) das frutas na dieta e quintos de consumo de UP foi analisada por meio de regressão linear. Frutas representaram 5% das calorias, sendo cerca de metade (2,4%) como suco. Homens apresentaram consumo inferior ao das mulheres e houve maior consumo com aumento da idade, renda e escolaridade. Foi observada associação inversa entre consumo de frutas inteiras e UP. Dentre os indivíduos que consumiram frutas (68%) houve pouca diversidade (média: 1,16 tipos/dia). As frutas mais consumidas foram laranja, banana e maçã. Consumiu-se frutas inteiras principalmente nos horários de almoço e lanches e o consumo foi inversamente associado com a ingestão de UP no almoço, lanche da tarde e jantar. Os sucos foram mais consumidos no almoço e não variaram com o consumo de UP. Maior consumo de frutas fora do domicílio se repetiu em todos os quintos de UP. A baixa ingestão de frutas no Brasil e a associação com UP reforçam a necessidade de iniciativas de promoção da alimentação saudável.


Abstract The scope of this study was to describe the consumption of fruit in Brazil and its association with the intake of ultra-processed (UP) foods in a representative sample of 32,900 individuals from the 2008-2009 Household Budget Survey. The association between calory contribution of fruit to the diet and quintiles of UP food intake was analyzed using linear regression. Fruit accounted for just over 5% of the calories, about half of which (2.4%) was in the form of juice. Men revealed lower consumption than women, and consumption increased with increasing age, income, and schooling. An inverse association between consumption of whole fruits and UP food was observed. Among the individuals who reported consuming fruit (68%), there was little diversity (mean: 1.16 types/day). The fruit most consumed included orange, banana, and apple. Whole fruit was consumed mainly at lunchtime and as snacks. The consumption was inversely associated with UP food intake at lunch, afternoon snack, and dinner. Juices were consumed mainly at lunchtime and did not vary with UP food intake. Higher fruit consumption outside the home occurred in all quintiles of UP food intake. Low fruit intake in Brazil and the association with UP consumption highlight the need for initiatives to promote healthy eating.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Energy Intake , Fruit , Behavior , Brazil , Cross-Sectional Studies , Diet , Eating
11.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(supl.1): e00323020, 2021. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1374805

ABSTRACT

O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de escopo da literatura acerca da associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e desfechos em saúde. A busca foi realizada nas bases PubMed, Web of Science e LILACS. Foram elegíveis os estudos que avaliaram a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados identificados com base na classificação NOVA e os desfechos em saúde. O processo de revisão resultou na seleção de 63 estudos, os quais foram analisados em termos de qualidade com base em ferramenta do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. Os desfechos encontrados incluíram indicadores de obesidade, marcadores de risco metabólico, diabetes, doenças cardiovasculares, câncer, asma, depressão, fragilidade, doenças gastrointestinais e mortalidade. A evidência foi particularmente consistente para obesidade (ou indicadores relacionados a ela) em adultos, cuja associação com o consumo de ultraprocessados foi demonstrada, com efeito dose-resposta, em estudos transversais com amostras representativas de cinco países, em quatro grandes estudos de coorte e em um ensaio clínico randomizado. Grandes estudos de coorte também encontraram associação significativa entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e câncer, mesmo após ajuste para obesidade. Dois estudos de coorte demonstraram associação do consumo de alimentos ultraprocessados com depressão e quatro estudos de coorte com mortalidade por todas as causas. Esta revisão sumarizou os resultados de trabalhos que descreveram a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e as diversas doenças crônicas não transmissíveis e seus fatores de risco, o que traz importantes implicações para a saúde pública.


El objetivo de este estudio fue realizar una revisión de alcance de la literatura sobre la asociación entre el consumo de alimentos ultraprocesados y los resultados de salud. La búsqueda se realizó en las bases de datos PubMed, Web of Science y LILACS. Fueron elegibles los estudios que evaluaron la asociación entre el consumo de alimentos ultraprocesados identificados según la clasificación NOVA y los resultados de salud. El proceso de revisión resultó en la selección de 63 estudios, cuya calidad se analizó con base en una herramienta delo Instituto Nacional de Salud de Estados Unidos Los resultados encontrados incluyeron indicadores de obesidad, marcadores de riesgo metabólico, diabetes, enfermedad cardiovascular, cáncer, asma, depresión, fragilidad, enfermedad gastrointestinal y mortalidad. La evidencia fue particularmente consistente para la obesidad (o indicadores relacionados con ella) en adultos, cuya asociación con el consumo de alimentos ultraprocesados se demostró, con un efecto dosis-respuesta, en estudios transversales con muestras representativas de cinco países, en cuatro grandes estudios de cohortes y en un ensayo clínico aleatorizado. Grandes estudios de cohortes también encontraron una asociación significativa entre el consumo de alimentos ultraprocesados y el riesgo de enfermedades cardiovasculares, diabetes y cáncer, incluso después de ajustar la obesidad. Dos estudios de cohortes mostraron una asociación entre el consumo de alimentos ultraprocesados y la depresión y cuatro estudios de cohortes con mortalidad por todas las causas. Esta revisión resumió los resultados de estudios que describieron la asociación entre el consumo de alimentos ultraprocesados y las diversas enfermedades crónicas no transmisibles y sus factores de riesgo, lo que tiene importantes implicaciones para la salud pública.


The aim of this study was to conduct a literature scope review of the association between the consumption of ultra-processed foods and health outcomes. The search was carried out in the PubMed, Web of Science and LILACS databases. Studies that assessed the association between the consumption of ultra-processed foods, identified on the NOVA classification, and health outcomes were eligible. The review process resulted in the selection of 63 studies, which were analyzed in terms of quality using a tool from the National Institutes of Health. The outcomes found included obesity, metabolic risk markers, diabetes, cardiovascular diseases, cancer, asthma, depression, frailty, gastrointestinal diseases and mortality indicators. The evidence was particularly consistent for obesity (or indicators related to it) in adults, whose association with the consumption of ultra-processed foods was demonstrated, with dose-response effect, in cross-sectional studies with representative samples from five countries, in four large cohort studies and in a randomized clinical trial. Large cohort studies have also found a significant association between the consumption of ultra-processed foods and the risk of cardiovascular diseases, diabetes and cancer - even after adjusting for obesity. Two cohort studies have shown an association of ultra-processed foods consumption with depression and four cohort studies with all-cause mortality. This review summarized the studies' results that described the association between the consumption of ultra-processed foods and various non-communicable diseases and their risk factors, which has important implications for public health.


Subject(s)
Humans , Child , Adolescent , Adult , Cardiovascular Diseases/etiology , United States , Brazil , Randomized Controlled Trials as Topic , Cross-Sectional Studies , Diet/adverse effects , Obesity/etiology
12.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(supl.1): e00107220, 2021. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-1355966

ABSTRACT

The study aimed to analyze the economic impact of the adoption of optimized and nutritionally balanced diets to Brazilian families, considering the Brazilian dietary guidelines and the economic disparities of the population. Data from the Brazilian Household Budget Survey from 2008-2009 (550 strata; 55,970 households) were used. About 1,700 foods and beverages purchased by the Brazilians were classified into 4 groups according to NOVA system. Linear programming models estimated isoenergetic diets preserving the current diet as baseline and optimizing healthier diets gradually based on the "golden rule" of the Brazilian dietary guidelines, respecting nutritional restrictions for macronutrients and micronutrients (based on international recommendations) and food acceptance limits (10th and 90th percentiles of the per capita calorie distribution from the population). The diet cost was defined based on the sum of the average cost of each food group, both in the current and optimized diets (BRL per 2,000Kcal/person/day). The economic impact of the Brazilian dietary guidelines to Brazilian household budget was analyzed by comparison the cost of the optimized diets to the cost of the current diet, calculated for the total population and by income level. Three healthier diets were optimized. Current diet cost was BRL 3.37, differed among low- and high-income strata (BRL 2.62 and BRL 4.17, respectively). Regardless of income, diet cost decreased when approaching the guidelines. However, low-income strata compromised their household budget more than two times the high-income strata (20.2% and 7.96%, respectively). Thus, the adoption of healthier eating practices can be performed with the same or lower budget.


El objetivo del estudio fue analizar el impacto económico de la adopción de dietas optimizadas y nutricionalmente equilibradas en familias brasileñas, considerando las guías alimentarias y las disparidades económicas de la población. Los datos se recopilaron de la Encuesta de Presupuestos por Hogares desde 2008-2009 (550 estratos; 55 970 hogares). Se clasificaron alrededor de 1.700 comidas y bebidas, adquiridas por brasileños en 4 grupos, según el sistema NOVA. Los modelos de programación lineal estimaron dietas isoenergéticas, preservando la dieta actual como base de referencia, y optimizando las dietas más sanas gradualmente, basadas en la "regla de oro" de las guías alimentarias, respecto a restricciones nutricionales en macronutrientes y micronutrientes (basadas en recomendaciones internacionales), y los límites de aceptación alimentarios (10o y 90o percentiles de la distribución calórica per cápita de la población). El coste de la dieta se definió basado en el total del coste medio de cada grupo de comida, ambos en las dietas actual y optimizada (BRL por 2.000Kcal/persona/día). El impacto económico de las guías alimentarias para el presupuesto por hogar se analizó mediante comparación del coste de dietas optimizadas con el coste de la dieta actual, calculado para el total de población y por nivel de ingresos. Se optimizaron las tres dietas más saludables. El coste de la dieta actual fue BRL 3,37, diferenciando los estratos entre bajo- y altos-ingresos (BRL 2,62 y BRL 4,17, respectivamente). A pesar del ingreso, el coste de la dieta decreció cuando se aproximaba a las recomendaciones de las guías. No obstante, los estratos de bajos ingresos comprometieron su presupuesto doméstico más de dos veces, respecto a los estratos de ingresos más altos (20,2% y 7,96%, respectivamente). Por ello, la adopción de prácticas alimentarias más sanas se puede conseguir con el mismo presupuesto o incluso más bajo.


O objetivo desse estudo foi analisar o impacto econômico da adoção de dietas otimizadas e nutricionalmente balanceadas para famílias brasileiras, considerando as diretrizes alimentares para a população brasileira e as disparidades econômicas da população. Foram usados dados da Pesquisa Nacional de Orçamentos Familiares de 2008-2009 (550 estratos; 55.970 domicílios). Cerca de 1,7 mil alimentos e bebidas adquiridos pelos brasileiros foram classificados em quatro grupos de acordo com o sistema NOVA. Modelos de programação linear estimaram dietas isoenergéticas preservando a dieta atual como linha de base e otimizando dietas mais saudáveis gradativamente com base na "regra de ouro" das diretrizes alimentares, respeitando restrições nutricionais para macronutrientes e micronutrientes (com base em recomendações internacionais) e limites de aceitação alimentar (10º e 90º percentis da distribuição de calorias per capita da população). O custo da dieta foi definido a partir da soma do custo médio de cada grupo de alimentos, tanto na dieta atual quanto na otimizada (R$ por 2.000Kcal/pessoa/dia). O impacto econômico das diretrizes alimentares para o orçamento familiar brasileiro foi analisado comparando-se o custo das dietas otimizadas com o custo da dieta atual, calculado para a população total e por nível de renda. Três dietas mais saudáveis foram otimizadas. O custo da dieta atual era de R$ 3,37, diferindo entre os estratos de baixa e alta renda (R$ 2,62 vs. R$ 4,17). Independentemente da renda, o custo da dieta diminuiu com a abordagem das diretrizes. No entanto, os estratos de baixa renda comprometeram seu orçamento familiar mais de duas vezes que os estratos de alta renda (20,20% vs. 7,96%). Assim, a adoção de práticas alimentares mais saudáveis pode ser realizada com orçamento igual ou inferior.


Subject(s)
Humans , Diet , Fast Foods , Brazil , Energy Intake , Income
13.
Rev. saúde pública (Online) ; 55: 1-10, 2021. tab, graf
Article in English, Portuguese | LILACS, BBO | ID: biblio-1352177

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE: To estimate the carbon footprint of the Brazilian diet and of sociodemographic strata of this population. METHODS: Carbon footprint of the diet was estimated based on data from two 24-hour diet records, obtained in 2008 and 2009, from a probabilistic sample of the Brazilian population aged 10 years and over (n = 34,003) and on environmental impact coefficients of food and culinary preparations consumed in Brazil (gCO2e/kg). Means with 95% confidence intervals of food consumption (kcal/person/day) and the carbon footprint of the diet (gCO2e/person/day and in gCO2e/2,000kcal) were calculated for the population as a whole and for strata according to sex, age, income, education, macro-regions and Federative Unit. Linear regression models were used to identify significant differences (p < 0.05) in the dietary carbon footprint of different sociodemographic strata. RESULTS: The average carbon footprint of the Brazilian diet was 4,489gCO2e/person/day. It was higher for males, for the age group from 20 to 49 years and for the North and Midwest regions, and tended to increase with income and education. The pattern of association of footprint with sociodemographic variables did not change substantially with adjustment for differences in the amount of food consumed, except for a reduction in the relative excess of the footprint among males and an increase in the relative excess of the footprint in the Midwest region. CONCLUSION: The carbon footprint of the Brazilian diet exceeds by about 30% the footprint of the human diet, which could simultaneously meet the nutritional requirements of a healthy diet and the global goal of containing the increase in the planet's average temperature. The pattern of association of this footprint with sociodemographic variables can help identify priority targets for public actions aimed at reducing the environmental impacts of food consumption in Brazil.


RESUMO OBJETIVO: Estimar a pegada de carbono da dieta brasileira e de estratos sociodemográficos dessa população. MÉTODOS: A pegada de carbono da dieta foi estimada com base nos dados de dois registros alimentares de 24 horas, obtidos em 2008 e 2009, de uma amostra probabilística da população brasileira com 10 ou mais anos de idade (n = 34.003) e em coeficientes de impacto ambiental de alimentos e preparações culinárias consumidos no Brasil (gCO2e/kg). Médias com intervalos de confiança de 95% do consumo alimentar (kcal/pessoa/dia) e da pegada de carbono da dieta (gCO2e/pessoa/dia e em gCO2e/2.000kcal) foram calculadas para o conjunto da população e para estratos segundo sexo, idade, renda, escolaridade, macrorregiões e Unidade Federativa. Modelos de regressão linear foram utilizados para identificar diferenças significativas (p < 0,05) na pegada de carbono da dieta de diferentes estratos sociodemográficos. RESULTADOS: A pegada média de carbono da dieta brasileira foi de 4.489gCO2e/pessoa/dia. Foi maior para o sexo masculino, para a faixa etária de 20 a 49 anos e para as regiões Norte e Centro-Oeste, e tendeu a aumentar com a renda e a escolaridade. O padrão de associação da pegada a variáveis sociodemográficas não se alterou substancialmente com o ajuste para diferenças na quantidade consumida de alimentos, exceto por uma redução no excesso relativo da pegada entre homens e pelo aumento no excesso relativo da pegada na região Centro-Oeste. CONCLUSÃO: A pegada de carbono da dieta brasileira excede em cerca de 30% a pegada da dieta humana que poderia atender, simultaneamente, os requisitos nutricionais de uma dieta saudável e a meta global de contenção do aumento da temperatura média do planeta. O padrão de associação dessa pegada às variáveis sociodemográficas pode auxiliar na identificação de alvos prioritários para ações públicas que visem a reduzir os impactos ambientais do consumo alimentar no Brasil.


Subject(s)
Humans , Male , Adult , Middle Aged , Young Adult , Diet , Carbon Footprint , Brazil , Diet Surveys , Nutritional Requirements
14.
Article in English | LILACS, SES-SP, SESSP-ISPROD, SES-SP | ID: biblio-1370882

ABSTRACT

Objective: To investigate the association between ultra-processed food (UPF) consumption and internalising symptoms (IS) among adolescents. Design: It is a cross-sectional study. Paper-pencil survey was completed in classroom with information on UPF consumption, IS and selected covariates. IS were assessed with the Internalizing Symptoms sub-scale from the Social Behaviour Questionnaire (IS-SBQ). UPF was evaluated with a FFQ extracted from the Brazilian National School Health Survey. Crude and adjusted association between UPF and IS was investigated with structural equation models. Setting: São Paulo, SP, Brazil. Participants: A total of 2680 students, Mage = 14·85; (95 % CI 14·81, 14·88). Results: UPF consumption was associated with higher scores in IS in the crude (ß = 0·14; P < 0·001) and adjusted (ß = 0·12; P < 0·001) models. The higher the consumption of UPF, the higher is the IS score. The following variables were associated with a lower risk of UPF consumption: male sex, public school and having more meals with parents. The change in the magnitude of the standardised score was almost negligible, but the model was significantly improved with the inclusion of covariates. Conclusions: Our results provide evidence about the positive association between UPF consumption and IS among adolescents. The association, despite its low magnitude, remained significant after adjusting for potential confounders. These results are relevant considering the increase in UPF consumption worldwide and in low- and middle-income countries. Also, our study emphasises the importance of a healthy diet with a reduction in UPF consumption among adolescents.


Subject(s)
Anxiety , Adolescent , Depression , Diet, Western , Food Handling
15.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(1): 1-14, 2021.
Article in Portuguese | LILACS, SES-SP, SESSP-ISPROD, SES-SP | ID: biblio-1370904

ABSTRACT

Alimentos ultraprocessados são marcadores de padrões alimentares não saudáveis e seu consumo é elevado entre os adolescentes. Características do ambiente alimentar escolar se associam a práticas alimentares de estudantes. O objetivo do estudo foi investigar a associação entre a presença de cantinas e a disponibilidade de alimentos ultraprocessados nas cantinas com o consumo destes alimentos, dentro da escola, entre adolescentes do 9o ano do Ensino Fundamental das redes pública e particular do Município de São Paulo, Brasil. Foi realizado um estudo transversal com dados do SP-Proso, em amostra de 2.680 adolescentes. Foram feitos modelos de regressão linear multinível para avaliar as associações entre as exposições presença de cantinas nas escolas e disponibilidade de alimentos ultraprocessados com desfechos de frequência de consumo de ultraprocessados na escola. A presença de cantinas esteve associada à maior frequência de consumo de embutidos (0,46; IC95%: 0,24; 0,68), salgadinhos de pacote (0,50; IC95%: 0,19; 0,80), guloseimas (0,82; IC95%: 0,55; 1,09) e bebidas açucaradas (0,34; IC95%: 0,06; 0,62), bem como um escore de frequência de consumo de ultraprocessados (2,37; IC95%: 1,25; 3,48). A disponibilidade de salgadinhos de pacote, guloseimas e bebidas açucaradas nas cantinas aumentou a frequência de consumo desses alimentos. Foi observado um efeito dose/resposta entre a diversidade de ultraprocessados nas cantinas e a frequência de consumo destes alimentos. Um ambiente alimentar escolar com maior disponibilidade de ultraprocessados está associado ao maior consumo dos mesmos na escola, o que aponta para a necessidade de regulamentar o comércio de alimentos dentro destas instituições.


Subject(s)
School Feeding , Adolescent , Multilevel Analysis
16.
Rev. saúde pública (Online) ; 55: 13, 2021. tab, graf
Article in English | LILACS, BBO | ID: biblio-1289979

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To describe the Nova score for the consumption of ultra-processed foods (UPF) and evaluate its potential in reflecting the dietary share of UPF in Brazil. METHODS This study was conducted in São Paulo with a convenience sample of 300 adults. Using a tablet, participants answered a 3-minute electronic self-report questionnaire on the consumption of 23 subgroups of UPF commonly consumed in Brazil, regarding the day prior the survey. Each participant score corresponded to the number of subgroups reported. The dietary share of UPF on the day prior to the survey, expressed as a percentage of total energy intake, was calculated based on data collected on a 30-minute complete 24-hour dietary recall administered by trained nutritionists. The association between the score and the dietary share of UPF was evaluated using linear regression models. The Pabak index was used to assess the agreement in participants' classification according to the fifths of Nova score and the fifths of dietary share of UPF. RESULTS The average dietary share of UPF increased linearly and significantly with the increase of the Nova score for the consumption of ultra-processed foods. We found a substantial agreement in participants' classification according to the fifths of the distribution of scores and the fifths of the dietary share of UPF (Pabak index = 0.67). Age was inversely associated with a relatively high frequency of UPF consumption (upper fifth of the distribution) for both score and dietary share of UPF. CONCLUSION The Nova score for the consumption of ultra-processed foods, obtained in a quick and practical manner, shows a good potential in reflecting the dietary share of UPF in Brazil.


RESUMO OBJETIVO Descrever o escore Nova de consumo de alimentos ultraprocessados e avaliar seu potencial para refletir, no contexto brasileiro, a participação desses alimentos na dieta. MÉTODOS Estudo realizado na cidade de São Paulo com amostra de conveniência de 300 adultos, que responderam, em cerca de três minutos, em um tablet, a um questionário eletrônico de autorrelato sobre o consumo, no dia anterior, de 23 subgrupos de alimentos ultraprocessados comumente consumidos no Brasil. O escore de cada participante correspondeu ao número de subgrupos reportados. A participação de alimentos ultraprocessados no consumo alimentar do mesmo dia, expressa como percentual da ingestão total de energia, foi calculada por meio das respostas dos participantes a recordatório alimentar completo de 24 horas aplicado em cerca de 30 minutos por nutricionistas treinados. A associação entre o escore e a participação de ultraprocessados na dieta foi estudada por modelos de regressão linear. A concordância na classificação dos participantes segundo quintos do escore e quintos da participação de alimentos ultraprocessados na dieta foi avaliada pelo índice Pabak. RESULTADOS O percentual médio de participação de alimentos ultraprocessados na dieta aumentou linear e significativamente com o aumento do escore Nova de consumo de alimentos ultraprocessados. Observou-se concordância substancial na classificação dos participantes segundo quintos da distribuição do escore e quintos da distribuição do percentual de participação de alimentos ultraprocessados na dieta (índice Pabak = 0,67). Relação inversa da idade com a frequência de consumo relativamente elevado de alimentos ultraprocessados (quinto superior da distribuição) foi observada tanto para o escore quanto para a participação de alimentos ultraprocessados na dieta. CONCLUSÃO O escore Nova de consumo de alimentos ultraprocessados, obtido de forma rápida e prática, apresenta bom potencial para refletir, no contexto brasileiro, a participação desses alimentos na dieta.


Subject(s)
Humans , Adult , Fast Foods , Food Handling , Brazil , Energy Intake , Diet
17.
Article in English | LILACS, BBO | ID: biblio-1156856

ABSTRACT

ABSTRACT This study describes body weight changes among participants of the NutriNet Brasil cohort (n = 14,259) during the covid-19 pandemic. We analyzed data reported before the pandemic onset (01/26/2020 to 03/18/2020) and about six months after (09/14/2020 to 10/19/2020). Our results show that 19.7% of the participants gained ≥ 2 kg. Weight gain was directly associated with male gender, lower education, and previous presence of overweight, and inversely associated with age. In turn, 15.2% lost ≥ 2kg, being directly associated with male gender and previous presence of overweight and inversely associated with age.


RESUMO Este estudo descreve modificações no peso corporal de participantes da coorte NutriNet Brasil (n = 14.259) ocorridas durante a pandemia de covid-19. Foram analisados dados informados em período anterior ao início da pandemia (26/01/2020 a 18/03/2020) e cerca de 6 meses após (14/09/2020 a 19/10/2020). O ganho de peso ≥ 2 kg alcançou 19,7% dos participantes, mostrando-se diretamente associado ao sexo masculino, à menor escolaridade e à presença prévia de excesso de peso, sendo inversamente associado à idade. A perda de peso ≥ 2kg alcançou 15,2% dos participantes, mostrando-se diretamente associada ao sexo masculino e à presença prévia de excesso de peso, sendo inversamente associada à idade.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Body Weight , Pandemics , COVID-19 , Brazil/epidemiology , Weight Gain , Cohort Studies , Age Factors , Overweight
18.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(3): e00040619, 2020. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-1089449

ABSTRACT

Abstract: The main objective of this study was to characterize household sociodemographic and economic patterns of different living arrangements of families with older adults in Brazil and their relationship with income and out-of-pocket health expenditure. Data were extracted from the 2008-2009 Brazilian Household Budget Survey (POF, in Portuguese) database of the Brazilian Institute of Geography and Statistics. Families with older adults represented 28% of all families, being smaller and having higher average income when compared to families without older adults. Older adults were head of the household in 85% of the families, with income based mainly on social protection policies. The families with older adult or couple as head of the household had significantly higher average monthly income. The proportion of out-of-pocket health expenditure per income quintile per capita was higher for families with one older adult or couple as head of the household, when compared to families without older adult as head of the household and even more in families without older adults at all. These findings allow the identification of potential positive impacts on the quality of life of families with older adults in Brazil. The higher household income of families with older adults is a consequence of the expansion of inclusive social protection policies for this population in the 2000s in Brazil, especially for families with lower average income levels, representing 4/5 of this population. The economic and political crisis in the 2010s have probably reduced these families' relative advantage, and this study will compare with results of the next survey.


Resumo: O estudo teve como principal objetivo caracterizar os padrões domiciliares sociodemográficos e econômicos em diferentes arranjos de moradia em famílias com idosos no Brasil e a associação com renda e gastos diretos em saúde. Os dados foram extraídos da base de dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008/2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. As famílias com idosos representavam 28% do total, eram menores e tinha uma média de renda mais elevada, comparado a famílias sem idosos. Os adultos idosos eram chefes de família em 85% do total, e com renda originária principalmente das políticas de proteção social. As famílias chefiadas por um adulto ou casal idoso tinham média de renda mensal mais elevada. A proporção de gastos diretos em saúde de acordo com o quintil de renda per capita era mais alta em famílias chefiadas com um adulto ou casal idoso, comparado a famílias com um idoso não chefe de domicílio, e mais ainda em famílias sem idosos. Os achados permitem a identificação de impactos positivos potenciais sobre a qualidade de vida de famílias com idosos no Brasil. A renda domiciliar mais alta das famílias com idosos é consequência da expansão das políticas inclusivas de políticas de proteção social para idosos no Brasil nos anos 2000, especialmente para famílias com renda mais baixa, que representam 80% dessa população. É provável que a crise econômica e política dos anos 2010 tenha reduzido a vantagem relativa dessas famílias, e o estudo atual permitirá comparações com os resultados da próxima POF.


Resumen: El objetivo principal de este estudio fue caracterizar los patrones sociodemográficos y económicos de los hogares en los que conviven familias con ancianos en Brasil, y su relación con los ingresos y gastos personales en salud. Los datos se extrajeron de la base de datos de la Encuesta de Presupuestos Familiares (POF, por sus siglas en portugués) en 2008-2009 del Instituto Brasileño de Geografía y Estadística. Las familias con ancianos representaron un 28% de todas las familias, eran pequeñas y contaban con ingresos promedio altos, cuando se compararon con las familias sin ancianos en el hogar. Los ancianos eran los cabeza de familia en un 85% de las familias, con ingresos basados principalmente en políticas de protección social. Las familias con ancianos o parejas de ancianos cabezas del hogar contaban con un promedio de ingresos significativamente más alto. La proporción de gasto personal en salud por quintil de ingresos per cápita fue mayor en las familias con una pareja o un anciano como cabeza de familia, cuando se comparó con las familias sin ancianos cabeza de familia, e incluso mayor respecto a las familias sin ancianos en el hogar. Estos resultados permitieron la identificación de potenciales impactos positivos en la calidad de vida de las familias con ancianos en Brasil. Los ingresos más altos por hogar de familias con ancianos son una consecuencia de la expansión de la protección social inclusiva en Brasil durante la primera década del 2000, especialmente para familias con niveles promedio más bajos de ingresos, representando un 4/5 de esta población. La crisis política y económica a partir del año 2010 ha reducido probablemente la ventaja relativa de estas familias, lo que permitirá comparaciones entre este estudio y los resultados de posteriores.


Subject(s)
Quality of Life , Health Expenditures , Brazil , Budgets , Income
19.
Rev. saúde pública (Online) ; 54: 91, 2020. tab
Article in English | BBO, LILACS | ID: biblio-1127240

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To describe the dietary characteristics of participants in the NutriNet Brasil cohort immediately before and during the covid-19 pandemic. METHODS Our data stem from an adult cohort created to prospectively investigate the relationship between diet and morbidity and mortality from chronic non-communicable diseases in Brazil. For this study, we selected the first participants (n = 10,116) who answered twice to a simplified questionnaire on their diet the day before, the first time when entering the study, between January 26 and February 15, 2020, and the second between May 10 and 19, 2020. The questionnaire inquiries about the consumption of healthy (vegetables, fruits and legumes) and unhealthy (ultra-processed foods) eating markers. Comparisons of indicators based on the consumption of these markers before and during the pandemic are presented for the study population and according to gender, age group, macro-region of residence and schooling. Chi-square tests and t-tests were used to compare proportions and means, respectively, adopting p < 0.05 to identify significant differences. RESULTS For all participants, we found a modest but statistically significant increase in the consumption of healthy eating markers and stability in the consumption of unhealthy food markers. This favorable pattern of dietary changes during the pandemic occurred in most sociodemographic strata. We observed a less favorable changing pattern, with a tendency to increasing consumption of healthy and unhealthy food markers, in the Northeast and North macro-regions and among people with less schooling, suggesting social inequalities in the response to the pandemic. CONCLUSIONS If confirmed, the trend of increased consumption of ultra-processed foods in underdeveloped regions and by people with less schooling is concerning, as eating these foods increases the risk of obesity, hypertension and diabetes, whose presence increases the severity and lethality of covid-19.


RESUMO OBJETIVO Descrever características da alimentação dos participantes da coorte NutriNet Brasil imediatamente antes e na vigência da pandemia de covid-19. MÉTODOS Os dados deste estudo provêm de coorte de adultos criada para investigar prospectivamente a relação entre alimentação e morbimortalidade por doenças crônicas não transmissíveis no Brasil. Para este estudo, foram selecionados os primeiros participantes (n = 10.116) que responderam por duas vezes a questionário simplificado sobre sua alimentação no dia anterior, a primeira vez ao ingressar no estudo, entre 26 de janeiro e 15 de fevereiro de 2020, e a segunda entre 10 e 19 de maio de 2020. O questionário indaga sobre o consumo de marcadores de alimentação saudável (hortaliças, frutas e leguminosas) e não saudável (alimentos ultraprocessados). Comparações de indicadores baseados no consumo desses marcadores antes e na vigência da pandemia são apresentadas para o conjunto da população estudada e segundo sexo, faixa etária, macrorregião de residência e escolaridade. Testes qui-quadrado e testes t foram utilizados para comparar proporções e médias, respectivamente, adotando-se p < 0,05 para identificar diferenças significantes. RESULTADOS Para o conjunto dos participantes, identificou-se aumento modesto, porém estatisticamente significante, no consumo de marcadores de alimentação saudável e estabilidade no consumo de marcadores de alimentação não saudável. Esse padrão favorável de mudanças na alimentação com a pandemia se repetiu na maior parte dos estratos sociodemográficos. Padrão menos favorável de mudanças, com tendência de aumento no consumo de marcadores de alimentação saudável e não saudável, foi observado nas macrorregiões Nordeste e Norte e entre pessoas com menor escolaridade, sugerindo desigualdades sociais na resposta à pandemia. CONCLUSÕES Caso confirmada, a tendência de aumento no consumo de alimentos ultraprocessados nas regiões economicamente menos desenvolvidas e por pessoas com menor escolaridade preocupa, pois a ingestão desses alimentos eleva o risco de obesidade, hipertensão e diabetes, cuja presença aumenta a gravidade e a letalidade da covid-19.


Subject(s)
Humans , Adult , Pneumonia, Viral/epidemiology , Coronavirus Infections/epidemiology , Diet/trends , Noncommunicable Diseases/mortality , Brazil , Cohort Studies , Morbidity , Pandemics , Betacoronavirus , SARS-CoV-2 , COVID-19
20.
Rev. saúde pública (Online) ; 54: 42, 2020. tab, graf
Article in English | LILACS, BBO | ID: biblio-1101857

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To describe students protected by laws and exposed to soft drinks sales and assess whether forbidding laws are associated with lower availability of these beverages. METHODS We identified laws forbidding non-government administered cafeterias or sales of soft drinks in schools in the 27 Brazilian state capitals. Data on soft drinks sales were obtained from Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2015 (PeNSE - National Survey of School Health 2015), for a representative sample of 9th graders from public and private schools. Students were attributed with the status of their school regarding the law and sale of soft drinks. Co-variables were school status (public or private), school size, geographic regions, mother's educational level, score of goods and services. We performed multivariate analyses using Poisson regression. RESULTS The total of 23 laws forbidding sales of soft drinks covered 63.0% of capitals, comprising 56.9% of students. Law coverage was higher among students from more developed regions (67.6%) and in public schools (60.6%), compared with those from less developed regions (38.0%) and private schools (45.8%). Soft drinks were available for 33.9% of students. Students attending public schools in less developed regions had the lowest availability of soft drinks, regardless of law coverage (14.8%; 12.0%); while students attending private schools in these regions had a high availability, regardless of law coverage (82.1%; 73.4%). Restrictive laws were associated with lower sales of soft drinks in more developed regions, and restrictions had a greater association with the availability of soft drinks in public schools (PR = 0.25; 95%CI = 0.15-0.41), compared with private schools (PR = 0.48; 95%CI = 0.35-0.66). CONCLUSION Laws restricting soft drinks in schools were associated with fewer sales in more developed regions. Private schools were less compliant with the law than public schools. A broadly enforced national law could reduce the availability of soft drinks in schools.


Subject(s)
Humans , Schools/legislation & jurisprudence , Carbonated Beverages , Commerce/legislation & jurisprudence , Schools/statistics & numerical data , Students/statistics & numerical data , Brazil , Surveys and Questionnaires , Public Sector/legislation & jurisprudence , Private Sector/legislation & jurisprudence , Guideline Adherence/statistics & numerical data
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL