ABSTRACT
INTRODUÇAO: Progressivamente, desde a década de 1980, a resistência à insulina vem sendo associada ao risco de doencas cardiovasculares e diabetes mellitus tipo 2. Um dos métodos mais empregados para sua estimativa é o índice HOMA que, embora bem estabelecido para estudos epidemiológicos, ainda carece de resultados consensuais para aplicacão mais consistente na prática clínica, campo em que ampliaria a possibilidade de antecipacão de medidas preventivas. MÉTODO: Conduzimos uma revisão sistemática nesse campo, considerando o período 2000-2004. RESULTADOS: No período, a sigla HOMA aparece em 670 artigos, dos quais 49 foram selecionados pela ênfase na utilizacão na prática clínica. A maioria traz o índice como medida de desfecho em ensaios terapêuticos e são poucos aqueles com desenho mais apropriado à avaliacão de testes de diagnóstico. DISCUSSAO: O índice HOMA apresenta uma variabilidade que reduz a sensibilidade e a especificidade do método, assim como o poder discriminatório entre resultados, o que limita seu uso na prática clínica, mas não impede sua aplicacão em estudos epidemiológicos de base populacional. CONCLUSAO: Os resultados apontam para a necessidade de uma padronizacão das condicões de realizacão do teste, a definicão de um valor de corte mais amplamente aplicável e critérios para interpretacão e utilizacão dos resultados.
Subject(s)
Humans , Glucose Tolerance Test , Blood Glucose/metabolism , Homeostasis , Insulin/blood , Insulin Resistance/physiology , Reference Values , Sensitivity and SpecificityABSTRACT
Para avaliar a prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e da hipertrofia ventricular esquerda (HVE), bem como a associação entre ambas, em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2), foram estudados 204 pacientes atendidos no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) da Universidade Federal de Campina Grande PB. Os pacientes apresentavam uma média de idade de 58,0±11,4 anos, sendo 64,2 por cento (n=131/204) do gênero feminino. A HAS esteve presente em 66,7 por cento (n=136/204) da amostra estudada, sendo mais freqüente nas mulheres (69,5 por cento), nos indivíduos dogrupo racial branco e ex-tabagistas. Observou-se uma associação estatisticamente significante entre HAS e a idade (p<0,0001), o tempo de evolução do diabetes (p<0,015), o tabagismo (p<0,009) e o aumento da circunferência abdominal (p<0,008). A HVE esteve presente em 11,3 por cento (23/204) dos pacientes, quando diagnosticada por critérios eletrocardiográficos. O ecocardiograma (ECO), realizado em 23 por cento (47/204) dos pacientes, mostrou uma prevalência de HVE de 76,6 por cento (36/47) e, apesar de ocorrer mais em hipertensos (85,2 por cento) que nos não-hipertensos (65,0 por cento), ao se avaliar a relação entre HAS e HVE, observou-se não existir associação estatisticamente significante entre essas variáveis, na amostra estudada (p>0,19). Concluiu-se que a prevalência de HAS foi de 66,7 por cento, na população estudada, relacionandose à idade, ao tempo de evolução do diabetes, ao tabagismo e ao aumento da circunferência abdominal. A HVE mostrou também uma elevada prevalência (76,6 por cento) quando avaliada utilizando-se o ECO, porém não relacionada de forma estatisticamente significante à HAS.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , /complications , Hypertension/epidemiology , Hypertrophy, Left Ventricular/epidemiology , Tobacco Use Disorder/adverse effectsABSTRACT
No sentido de se estudarem as causas de óbito em pacientes portadores da forma hepatesplênica da esquistossomose mansônica, foram examinados todos os protocolos, das autópsias de pacientes portadores dessa parasitose, realizadas no Hospital Professor Edgard Santos no período de 20 anos. Foram também analisados os protocolos dos casos de cirrose hepática autopsiados no mesmo serviço e na mesma época. Durante o período estudado foram autopsiados 160 pacientes esquistossomóticos hepatesplênicos, sendo 94 do sexo masculino e 66 do sexo feminino, com idade média de 35,2 anos. A causa de óbito mais freqüente foi hemorragia (46,9% dos casos), seguida de infecçöes (20,6%), causas cardiovasculares (14,4%) e insuficiência hepática (9,4%). Foi maior a prevalência de infecçäo em esquistossomóticos esplenectomizados (27,6%), quando comparados aos näo esplenectomizados (18,1%). No grupo de pacientes cirróticos, 80 eram do sexo masculino e 22 do feminino, com idade média de 45,6 anos. Insuficiência hepática foi a causa mais freqüente de óbito, tendo ocorrido em 42,3% dos casos, acompanhada por hemorragia (37,3%) e infecçöes (17,7%). Também, no que concerne à causa de óbito, houve uma nítida diferença entre esquistossomóticos e cirróticos
Subject(s)
Child , Adolescent , Adult , Middle Aged , Humans , Male , Female , Liver Cirrhosis/etiology , Schistosomiasis mansoni/etiology , AutopsyABSTRACT
Para estudar a relaçäo entre pielonefrite crônica experimental e hipertensäo arterial, ratos Sprague Dawley foram submetidos a inoculaçäo de bactérias (P. mirabílis e E. coli) no parênquima renal por via transcutânea. Grupos de animais foram acompanhados por 3,6 e 9 meses com tomadas mensais da tensäo arterial e realizaçäo de uroculturas no grupo de 9 meses. Ao final do período de observaçäo, os animais foram sacrificados e os rins submetidos a estudo bacteriológico e histopatológico; foram, também, realizadas uroculturas e avaliaçäo da funçäo renal pela dosagem de uréia e creatinina plasmática. Em todos os animais foram observadas, histologicamente, lesöes e pielonefrite crônica. Infecçäo ativa foi ainda encontrda em 18 (41,9//) animais por ocasiäo do sacrifício, frequentemente associada a urolitiase naqueles animais infectados por P. mirabilis. Lesöes vasculares hipertensivas dos tipo anterioloesclerose hialina e necrose fibrinóide foram encontradas nas vizinhanças, ou contíguas, às lesöes de pielonefrite crônica, correlacionando-se principalmente com aumento do nível de tensäo arterial, porem tais lesöes foram também encontradas em animais normotensos. Hipertensäo arterial foi observado em 19 (44,1// animais. Quando se fez comparaçäo das médias de tensäo arterial dos sub-grupos experimentais e controles dos 3 grupos de animais, houve diferença estatisticamente significante do aumento da tensäo arterial apenas no grupo acompanhado até 3 meses, embora nos outros dois grupos experimentais tenha-se observado um nítido aumento da média de tensäo arterial final em relaçäo à média de tensäo arterial inicial