A morphometric study of the intestinal mucosa of rats submitted to omentoenteropexy / Estudo morfométrico da mucosa intestinal de ratos submetidos a omentoenteropexia

CONTEXT: The omentoenteropexy technique was developed as an alternative method for intestinal neovascularization, due to the angiogenic properties of factors from the omentum. OBJECTIVES: This study investigated changes in intestinal villi heights and crypts depths due to surgical techniques: seromiotomy with and without omentoenteropexy. METHOD: Thirty rats were operated on, after being divided into three groups, namely GI, GII and GIII with 10 rats each. In the GI rats were submitted to omentoenteropexy; rats in GII were submitted only to a seromiotomy, and in the GIII only laparotomy. Sixty days after the first surgery, the animals were sacrificed and a segment of intestine was removed for histology using Masson's trichrome technique and morphometric study of intestinal mucosa. RESULTS: The histological findings showed that seromiotomy with or without omentoenteropexy increased the length of intestinal villi when compared with GIII (only laparotomy) (analysis of variance: P = 0.0068; GI 38.88 ± 4.17; GII 39.41± 6.33; GIII 31.85 ± 5.56; GI = GII P>0.05; GII>GIII P<0.05; GI>GIII P<0.001). CONCLUSION: No differences were demonstrated in relation to crypt depths between the groups (P = 0.60). Ongoing studies are being set forth by our group to add more data on the role of omentopexy as a tool to promote neovascularization and intestinal mucosal growth.

CONTEXTO: a omentoenteropexia foi desenvolvida como técnica alternativa para a neovascularização intestinal, devido às propriedades angiogênicas de fatores provenientes do omento. OBJETIVO: Investigar as alterações nas alturas vilositárias e profundidades de cripta na mucosa intestinal de ratos submetidos a seromiotomia com e sem omentopexia. MÉTODOS: Trinta ratos foram operados após serem divididos em três grupos com 10 animais cada um. No grupo I (GI) os ratos foram submetidos seromiotomia seguida por omentoenteropexia; no grupo II (GII) foi realizada apenas a seromiotomia, e no grupo III (GIII) apenas a laparotomia. após 60 dias, os animais foram sacrificados e seus intestinos examinados histologicamente, corados pelo tricrômio de Masson, sendo realizado também estudo morfométrico da mucosa intestinal. RESULTADOS: O estudo mostrou que a altura vilositária é maior nos grupos submetidos a seromiotomia, com ou sem omentopexia, do que no grupo em que se realizou laparotomia apenas, porém entre os dois primeiros grupos não houve diferença significante (análise de variância: P = 0,0068; GI 38,88 ± 4,17; GII 39,41 ± 6,33; GIII 31,85 ± 5,56; GI = GII P>0,05; GII>GIII P<0,05; GI>GIII P<0,001). CONCLUSÕES: Não foram demonstradas diferenças quanto às profundidades de criptas entre os grupos (P = 0,60). Novos estudos estão sendo realizados por este grupo para acrescentar mais dados sobre o papel da omentopexia como forma de promover neovascularização e crescimento da mucosa intestinal.

Esofagite de refluxo em crianças: estudo histológico e morfométrico / Reflux esophagitis in children: histological and morphometric study

Racional - Refluxo gastroesofágico é afecçäo relativamente comum na infância e pode causar morbidade, havendo porém poucos estudos histológicos e morfométricos em biopsias esofágicas de crianças. Objetivo - Estudar aspectos histológicos e morfométricos da esofagite de refluxo em crianças. Material e Métodos - Foram analisadas 26 biopsias esofágicas (média de idade de 4,1 ± 3,4 anos), com diagnóstico histológico prévio de esofagite de refluxo. Refluxo gastroesofágico também foi confirmado pela radiologia em 18, pHmetria em 5 e cintilografia em 3 pacientes. O sexo masculino predominou (84,6 por cento); vômitos pós-prandiais (76,9 por cento) e broncopneumonia de repetiçäo foram os sintomas mais freqüentes. O grupo controle constou de sete crianças assintomáticas para refluxo gastroesofágico, cuja causa da morte foi meningococcemia (quatro casos) e cardiopatia congênita (três casos) (média de idade de 2,5 ± 2,3 anos). Utilizaram-se as técnicas histoquímicas hematoxilina-eosina e ácido periódico de Schiff para avaliar infiltrado inflamatório, espessura do epitélio, da camada basal e o comprimento papilar. A morfometria foi feita por meio de sistema digital conectado ao software Pro-Image. Para análise estatística utilizou-se o teste t de Student, teste de Mann-Whitney, exato de Fisher e coeficiente de correlaçäo de Pearson. Resultados - Espessura epitelial e da camada basal, comprimento papilar absoluto e relativo foram significativamente maiores no grupo de crianças com esofagite em relaçäo ao grupo controle. Eosinófilos, neutrófilos e "balloon cells" näo foram observados no grupo controle. Capilares intra-epiteliais foram observados em 11 casos de esofagite de refluxo (diâmetro médio de 59 mim), estando ausentes no grupo controle. Conclusäo - Na esofagite de refluxo houve aumento da espessura epitelial, da camada basal, do comprimento papilar (em número absoluto e relativo) em relaçäo ao controle. Houve, ainda, correlaçäo linear positiva entre espessura epitelial total, espessura da camada basal e comprimento papilar, denotando maior "turnover" das células epiteliais. Polimorfonucleares eosinófilos, neutrófilos e "balloon cells" estavam presentes somente em biopsias de crianças com esofagite, sendo portanto, indicadores específicos desta afecçäo