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1.
Ciênc. rural ; 46(8): 1450-1455, Aug. 2016. graf
Article in English | LILACS | ID: lil-784206

ABSTRACT

ABSTRACT: Megaesophagus is a rare disease in ruminants characterized by regurgitation of rumen contents. In this paper it was described cases of megaesophagus in two sheep and two goats on a farm in the state of Paraíba, Northeastern Brazil. All animals showed regurgitation of rumen contents and weight loss, with a clinical course of several months. At necropsy all animals presented megaesophagus. Histological examination showed segmental muscle necrosis in the esophagus and skeletal muscles. Serum samples from one sheep and one goat were negative for the presence of blue tongue antibodies by ELISA, and whole blood and muscle samples from one goat were negative for this virus by RT PCR. Epidemiological data and pathology suggested that the disease could have been caused by some toxic plant, but known plants causing segmental muscle necrosis were not observed in the areas where the disease occurred.


RESUMO: Megaesôfago é uma enfermidade rara em ruminantes caracterizada por regurgitação do conteúdo ruminal. Neste trabalho, descrevem-se casos de megaesôfago em dois ovinos e dois caprinos no Estado da Paraíba. Todos os animais apresentaram regurgitação do conteúdo ruminal e emagrecimento, com evolução de vários meses. Nas necropsias dos animais, observou-se dilatação esofágica e, em exames histológicos, necrose muscular segmentar no esôfago e músculos esqueléticos. Não foram encontrados anticorpos para o vírus da língua azul nos soros de um ovino e um caprino pela técnica de ELISA. Sangue total e músculo de um caprino resultaram negativos para esse vírus por RT PCR. Sugere-se que a doença seja causada por alguma planta tóxica, mas não foram encontradas plantas conhecidas por causarem necrose segmentar muscular nos piquetes onde ocorreu a doença.

2.
Ciênc. rural ; 46(1): 138-143, jan. 2016. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: lil-766987

ABSTRACT

ABSTRACT: The objective of this study was to describe the epidemiological, clinical, and pathological aspects of Palicourea aeneofusca poisoning in cattle in the region of Pernambuco, Brazil and to determine if it is possible to induce food aversion by P. aeneofusca poisoning in cattle raised under extensive management conditions. To determine the occurrence of poisoning, 30 properties were visited in five municipalities of the region of Pernambuco. Three outbreaks of poisoning of cattle were monitored. To induce conditioned food aversion by the consumption of P. aeneofusca, 12 animals were randomly distributed into two groups of six animals each. Cattle were weighed and received green P. aeneofusca leaves in their trough at a dose of 35mg kg-1 body weight for spontaneous consumption. The control group (CG) animals received water (1ml kg-1 body weight) via a feeding tube after the first ingestion of the plant, while the other animals, constituting the aversion test group (ATG), underwent induced aversion with lithium chloride (LiCl - 175mg kg-1 body weight) via a feeding tube. For the ATG cattle, the aversion to P. aeneofusca induced by a single dose of LiCl persisted for 12 months. In contrast, the CG animals continued to consume the plant in all tests performed, indicating the absence of aversion. This study showed that aversive conditioning using LiCl was effective in preventing poisoning by P. aeneofusca for a period of at least 12 months.


RESUMO: O objetivo deste trabalho foi descrever os aspectos epidemiológicos, clínicos e patológicos da intoxicação por Palicourea aeneofusca em bovinos, no Agreste de Pernambuco, e comprovar se é possível induzir aversão alimentar à intoxicação por P. aeneofusca em bovinos criados sob manejo extensivo. Para determinar a ocorrência da intoxicação, foram visitadas 30 propriedades em cinco municípios do Agreste de Pernambuco. Três surtos de intoxicação em bovinos foram acompanhados. Para se induzir aversão alimentar condicionada ao consumo de P. aeneofusca, 12 bovinos foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos de seis animais cada. Os bovinos foram pesados e receberam, no cocho, folhas verdes de P. aeneofusca, na dose de 35mg kg-1 de peso corporal, para consumo espontâneo. Os bovinos do GC receberam água (1mL kg-1 de peso corporal), via sonda esofágica, após a primeira ingestão da planta, e os demais constituíram o GTA, que foram induzidos à aversão com cloreto de lítio (LiCl - 175mg kg-1 de peso corporal), via sonda esofágica. Para os bovinos do GTA, a indução de aversão a P. aeneofusca, em que se utilizou dose única de LiCl, persistiu por 12 meses. Por outro lado, os bovinos do grupo GC continuaram ingerindo a planta em todos os testes realizados, indicando a ausência de aversão. Este trabalho comprova que o condicionamento aversivo usando LiCl foi eficaz para prevenir a intoxicações por P. aeneofusca por um período de, pelo menos, 12 meses.

3.
Ciênc. rural ; 45(12): 2218-2222, tab
Article in English | LILACS | ID: lil-764526

ABSTRACT

Amorimia septentrionalisis a sodium monofluoroacetate (MFA) - containing plant that causes sudden death in ruminants. The aim of this study was to determine whether the resistance to A. septentrionalispoisoning in goats conferred by the intra-ruminal inoculation with the MFA-degrading bacteria Ancylobacter dichloromethanicus and Pigmentiphaga kullaecan be transferred to susceptible goats by the transfaunation of rumen content. Two groups of 8 goats and 2 goats resistant to A. septentrionalispoisoning were used. Goats in Group 1 received four daily doses of 160ml of rumen content from resistant goats and subsequently ingested 8 daily doses of 5g kg-1 of A. septentrionalis. Goats from Group 2 (control) received only the plant. In Group 1, only 2 goats showed mild tachycardia and mild jugular vein engorgement on the 4th and 5th day, but they subsequently returned to normal, even with the continuation of plant administration. All control goats showed severe signs of intoxication and the plant administration was suspended between the 3rd and 7th day. So, the transfer of ruminal fluid from goats previously inoculated with MFA-degrading bacteria induces resistance to poisoning by A. septentrionalisin susceptible goats.


Amorimia septentrionalisé uma planta que contém monofluoracetato de sódio (MFA) e causa morte súbita em ruminantes. O objetivo deste trabalho foi determinar se a resistência à intoxicação conferida por A. septentrionalisem caprinos inoculados com as bactérias degradadoras de MFA,Ancylobacter dichloromethanicuse Pigmentiphaga kullae, pode ser transferida, por transfaunação ruminal, para outros caprinos suscetíveis. Para tanto, foram utilizados dois caprinos previamente inoculados com bactérias degradadoras de MFA e dois grupos de oito caprinos para o experimento de transfaunação, denominados Grupo 1 e Grupo 2. Os caprinos do Grupo 1 receberam 4 doses diárias de 160ml de conteúdo ruminal dos caprinos resistentes e, posteriormente, ingeriram 8 doses diárias de 5g kg-1 da planta. Os caprinos do Grupo 2 (controle) receberam apenas a planta. Dos caprinos do Grupo 1, apenas 2 animais apresentaram discreta taquicardia e leve ingurgitamento da veia jugular no 4o e 5o dia do experimento, no entanto, estes voltaram ao normal, mesmo com a continuação da administração da planta. Todos os animais do grupo controle apresentaram sinais graves de intoxicação e a administração da planta foi suspensa entre e o 3o e o 7o dia. Conclui-se que a transfaunação de líquido ruminal de caprinos previamente inoculados com bactérias degradadoras de MFA induz resistência à intoxicação por A. septentrionalisem outros caprinos susceptíveis.

4.
Ciênc. rural ; 44(7): 1246-1248, 07/2014.
Article in English | LILACS | ID: lil-718164

ABSTRACT

Palicourea aeneofusca contains sodium monofluoroacetate, which causes sudden death in ruminants when administered at doses of approximately 0.6g kg-1 of body weight (g kg-1). In this experiment two groups of 6 goats were used to determine the possibility to induce conditioned food aversion to P. aeneofusca. In group 1, 0.35g kg-1 of green leaves of the plant were given to six goats on days 1, 5, 10, 20, 30, 60, and 90 of the experiment. On the first day, all of the goats ingested the full amount of the plant and were treated immediately with 175mg kg-1 of lithium chloride (LiCl) through a ruminal tube. On day 5, only two goats ingested the plant, and they were treated with the same dose of LiCl. On days 10, 20, 30, 60, and 90, none of the goats ingested the plant. For another group of 6 goats, the leaves were given on days 1, 10, 20, 30, 60, and 90. All of the goats ingested the leaves on day 1 and received 1mL kg-1 body weight of water through a ruminal tube. All of these goats ingested the plant on days 10, 20, 30, 60, and 90. These results demonstrate that it is possible to induce conditioned food aversion to P. aeneofusca that persists for at least 90 days. Further experiments should be performed to determine the duration of the aversion and to induce aversion to other Palicourea species, particularly P. marcgravii, which is the most important toxic plant in Brazil.


Palicourea aeneofusca, que contém monofluoroacetato de sódio, causa morte súbita em ruminantes quando é administrada a doses de aproximadamente 0,6g kg-1 de peso vivo (g kg-1). Neste experimento, foram utilizados dois grupos de 6 caprinos para determinar a possibilidade de induzir aversão alimentar condicionada à ingestão de P. eneofusca. Para induzir aversão alimentar condicionada no grupo 1, 0.35g kg-1 de folhas verdes da planta foram administradas a seis caprinos nos dias 1, 5, 10, 20, 30, 60, e 90 do experimento. No primeiro dia, todos os caprinos ingeriram toda a planta oferecida e foram tratados imediatamente com 175mg kg-1 de carbonato de lítio (LiCl) através de sonda ruminal. No dia 5, somente dois caprinos ingeriram a planta e foram tratados com a mesma dose de LiCl. Nos dias 10, 20, 30, 60, e 90 nenhum caprino ingeriu a planta. Seis caprinos do grupo controle receberam 0.35g kg-1 de folhas nos dias 1, 10, 20, 30, 60, e 90. Todos os caprinos ingeriram as folhas no dia 1 e foram tratados com 1ml kg-1 pv de água mediante sonda ruminal. Todos os caprinos deste grupo tornaram a ingerir a planta nos dias 10, 20, 30, 60 e 90. Esses resultados demonstram que é possível induzir aversão alimentar condicionada à P. aeneofusca, que persiste por pelo menos 90 dias. Próximos experimentos deverão ser realizados para determinar a duração da aversão e para induzir aversão contra outras espécies de Palicourea, particularmente P. marcgravii, que é a planta tóxica mais importante do Brasil.

5.
Ciênc. rural ; 44(6): 1054-1059, June 2014. ilus, tab
Article in English | LILACS | ID: lil-709595

ABSTRACT

The aim of this study was to determine the duration of the resistance after the end of the ingestion of non-toxic doses of Crotalaria retusa seeds. Ten sheep were divided into 3 groups of 3 animals each and a control group with 1 sheep. To induce resistance, sheep in groups 1, 2 and 3 received 20 daily doses of 2g kg-1 of C. retusa seeds, followed by 7 daily doses of 4g kg-1. To determine the duration of resistance the sheep in groups 1, 2 and 3 were challenged orally, 3, 7 and 15 days, respectively, after receiving the last dose of 4g kg-1, with a single dose of 5g kg-1. Sheep of groups 1 and 2 did not develop overt signs of poisoning. Two sheep of group 3, challenged 15 days after the end of the resistance induction period, showed signs of acute poisoning and died. These results suggest that the induced resistance of sheep to acute poisoning by C. retusa seeds is of short duration, from 7 to 15 days.


O objetivo deste estudo foi determinar a duração da resistência após a ingestão de doses não tóxicas de sementes de Crotalaria retusa. Dez ovinos foram divididos em três grupos com três animais cada e um grupo controle com um ovino. Para induzir resistência, ovinos dos grupos 1, 2 e 3 receberam 20 doses diárias de 2g kg-1 de sementes de Crotalaria retusa, seguidos de sete doses de 4g kg-1 durante 7 dias. Para determinar a duração da resistência, ovinos dos grupos 1, 2 e 3 foram desafiados oralmente, 3, 7 e 15 dias, respectivamente, após receberem a última dose de 4g kg-1, com uma dose única de 5g kg-1. Ovinos dos grupos 1 e 2 não desenvolveram sinais de intoxicação. Dois ovinos do grupo 3, desafiados 15 dias após o período de indução de resistência, apresentaram sinais de intoxicação aguda e morreram. Estes resultados sugerem que a resistência induzida de ovinos à intoxicação aguda por sementes de C. retusa é de curta duração, de 7 a 15 dias.

6.
Ciênc. rural ; 44(5): 872-877, maio 2014. ilus, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-707032

ABSTRACT

Considerando que os principais sinais clínicos observados na intoxicação por Ipomoea asarifolia em ruminantes são tremores de intenção e incoordenação, o objetivo deste trabalho foi comprovar se I. asarifolia é tremorgênica para camundongos e o seu efeito sobre o equilíbrio, coordenação motora e força muscular. Três grupos de camundongos machos adultos da linhagem Swiss receberam ração contendo 0, 20% e 30% de folhas de I. asarifolia por 30 dias. No dia 0 e a cada cinco dias, foram mensurados o consumo de ração e água e o peso dos animais, realizando-se também testes na trave elevada, suspensão em fio e rota rod. Foram observadas alterações no equilíbrio e na cfoordenação motora na trave elevada e no rota rod, o que sugere que a planta afeta o sistema nervoso central; porém não ocorreram tremores musculares.


The main clinical signs observed in the poisoning by Ipomoea asarifolia are intention tremors and incoordination. The aim of this study was to determine if I. asarifolia is tremorgenic for mice and its effect on equilibrium, coordination and muscle strength. Three groups Swiss male mice received ration containing 0, 20% and 30% of dry I. asarifolia for 30 days. On day 0 and every five days feed and water intake and the weight of the animals were measured. At the same time the animals were tested for equilibrium, coordination and muscle strength on the elevated bar, wire suspension and rota-rod. Changes in balance and motor coordination were observed in the elevated bar and the rota-rod, suggesting that the plant affects the central nervous system. However, muscle tremors were not observed.

7.
Ciênc. rural ; 43(7): 1294-1301, jul. 2013.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-679232

ABSTRACT

No Brasil, um dos grupos mais importantes de plantas tóxicas é o das que causam morte súbita associada ao exercício. Integram esse grupo, plantas das famílias Rubiaceae, Bignoniaceae e Malpighiaceae. A nomenclatura de algumas plantas da família Malpighiaceae designadas anteriormente como Mascagnia foram reclassificadas dentro do gênero Amorimia. Dentre as espécies tóxicas de Amorimia no Brasil, encontram-se Amorimia amazonica, Amorimia exotropica, Amorimia pubiflora, Amorimia rigida, Amorimia septentrionalis, Amorimia sp. (complexo Mascagnia rigida; Mascagnia aff. rigida) e uma planta identificada como Mascagnia sepium, que provavelmente se trata de Amorimia amazonica. Em todas essas espécies, foi determinado que o princípio ativo é o monofluoroacetato de sódio (MFA). Outra espécie tóxica, Amorimia concinna, causa morte súbita em bovinos na Colômbia, mas não tem sido estabelecido que contenha MFA. Atualmente, as únicas alternativas para o controle da intoxicação são a utilização de herbicidas, a remoção manual das plantas ou o uso de cercas para evitar que os animais tenham acesso às plantas. Pesquisas demonstraram a possibilidade de utilizar a técnica de aversão condicionada para evitar que os animais ingiram A. rigida. Foi demonstrado que caprinos aumentam consideravelmente a resistência à intoxicação mediante a ingestão de quantidades não tóxicas de A. septentrionalis ou por transfaunação de conteúdo ruminal de animais resistentes para animais susceptíveis. Bactérias que hidrolisam MFA foram isoladas do solo, de folhas de A. septentrionalis e Palicourea aeneofusca e do rúmen de caprinos, sugerindo que a intoxicação possa ser prevenida pela inoculação intra-ruminal dessas bactérias.


In Brazil, one of the most important groups of toxic plants is that which causes sudden death associated with exercise, which comprises plants of the Rubiaceae, Bignoniaceae, and Malpighiaceae families. The nomenclature of some plants of the Malpighiaceae family, previously identified as Mascagnia, was modified to Amorimia. Among the species of toxic Amorimia in Brazil there are Amorimia amazonica, Amorimia exotropica, Amorimia pubiflora, Amorimia rigida, Amorimia septentrionalis, Amorimia sp. (Mascagnia rigida complex; Mascagnia aff. rigida), and a plant identified as Mascagnia sepium, which is probably Amorimia amazonica. In these species the toxic compound is sodium monofluoroacetate (MFA). Another toxic species, Amorimia concinna, causes sudden death in cattle in Colombia, but it has not been established if it contains MFA. Currently the only alternatives for controlling the poisoning is the use of herbicides, manual removal of the plants, or the use of fences to prevent animals access. Research has demonstrated the possibility of using conditioned food aversion to avoid A. rigida ingestion. It has been demonstrated that goats greatly increased resistance to poisoning by ingestion of non-toxic amounts of A. septentrionalis or by transfaunation of rumen contents from resistant to susceptible goats. Bacteria that hydrolyze MFA were isolated from soil, from leaves of A. septentrionalis and Palicourea aeneofusca and from ruminal content of goats, suggesting that toxicity can be prevented by intra-ruminal inoculation of bacteria that hydrolyze MFA.

8.
Ciênc. rural ; 43(2): 338-341, Feb. 2013. ilus, tab
Article in English | LILACS | ID: lil-665880

ABSTRACT

We report exogenous pigmentation in sheep grazing in native pastures in northeastern Brazil. The sheep carcasses from a farm were condemned at the slaughterhouse due to pigmentation of the carcasses and viscera. In visits to the farm, bluish-purple pigmentation of the mucosa was observed in the sheep. In two necropsied sheep, a bluish-purple pigment was observed in the skin, subcutaneous tissue, fat, muscles, cartilage, bones, serous membranes of the forestomachs, kidneys, adrenal glands, and the mucosa of the uterus, urinary bladder, urethra, vagina, trachea, bronchi, and bronchioles. Some bone surfaces, the intima of large arteries, tendons, muscle insertions, and ligaments had a yellow-brown or light brown pigment. However, the pigment was not observed upon histologic examination of tissues, suggesting that the pigmentation is caused by a plant. Two plants, Rhamnidium molle and Pereskia bahiensis, were fed to experimental sheep and rabbits, but did not cause pigmentation.


Descreve-se pigmentação exógena em ovinos, pastejando numa área de pastagem nativa da região nordeste do Brasil. Os ovinos de uma fazenda, destinados ao abate, tiveram as carcaças rejeitadas pelo frigorífico em virtude da pigmentação apresentada nos tecidos. Em visitas à fazenda, foi observada pigmentação azul-violeta nas mucosas de ovelhas. Em dois ovinos necropsiados, pigmento azul-violeta foi observado na pele, tecido subcutâneo, gordura, músculos, cartilagens, ossos, serosa dos pré-estômagos, rins, glândulas adrenais, mucosa do útero, bexiga urinária, uretra, vagina, traqueia, brônquios e bronquíolos. Algumas superfícies ósseas, íntima de grandes artérias, tendões, inserções musculares e ligamentos tinham pigmento castanho-amarelo ou castanho claro. No entanto, o pigmento não foi observado nos tecidos após processamento para o exame histológico, o que sugere que a pigmentação é causada por uma substância exógena, provavelmente presente em uma planta consumida. Duas plantas, Rhamnidium molle e Pereskia bahiensis, foram fornecidas experimentalmente a ovinos e coelhos, mas não causaram pigmentação.

9.
Ciênc. rural ; 42(6): 1070-1076, jun. 2012. ilus, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-640736

ABSTRACT

Em um levantamento, feito no período de agosto de 2009 a novembro de 2010, sobre as plantas tóxicas para ruminantes e equídeos no Cariri Cearense (municípios de Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha e Missão Velha), foram realizadas 21 entrevistas a produtores, médicos veterinários, engenheiros agrônomos e técnicos agropecuários. As intoxicações por Ipomoea asarifolia, mencionada por 38% e 19% dos entrevistados como tóxicas para bovinos e ovinos, respectivamente, e Enterolobium contotisiliquum, mencionada como tóxica para bovinos (47,6% dos entrevistados) e ovinos (4,7%) foram as mais frequentemente mencionadas. Ocorrem, também, na região, intoxicações por Mascagnia rigida (mencionada por 38% do entrevistados), Anadenanthera colubrina var. cebil (=A. macrocarpa) (14%), Ricinus communis (14%), Thiloa glaucocarpa (9%) e Sorghum halepense (4%) em bovinos, Brachiaria decumbens em ovinos e bovinos (38%), Mimosa tenuiflora em ovinos, caprinos e bovinos (38%), Manihot spp. em bovinos e caprinos (28%) e Leucaena leucocephala em ovinos e equinos (4%). Seis plantas não conhecidas anteriormente como tóxicas, mas mencionadas como causa de intoxicação pelos entrevistados, foram testadas experimentalmente em diferentes doses. Somente Casearia commersoniana resultou tóxica para caprinos na dose diária de 20g kg-1 de peso vivo por 2-4 dias. Os sinais clínicos, semelhantes aos descritos pelos produtores, foram de relutância em movimentar-se, meteorismo discreto, polaquiúria, vocalização, ingurgitamento da jugular e pulso jugular, andar cambaleante, quedas, espasticidade dos membros, movimentos de pedalagem, opistótono, taquicardia e taquipneia, seguidos de bradicardia e bradipnéia. A morte ocorreu 6 e 19 horas após o início dos sinais. Não foram encontradas lesões macroscópicas nem histológicas de significação. Conclui-se que as intoxicações por plantas são uma causa importante de perdas econômicas para a região, cuja população é de 53.473 bovinos, 4.799 caprinos, 9.149 ovinos e 7.060 equídeos.


A survey on toxic plants for ruminants and equidae was performed on the municipalities of Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha, and Missão Velha on the Ceará state, Northeastern Brazil. Twenty one interviews were realized with farmers, veterinary practitioners, agronomists and agriculture technicians. Poisonings by Ipomoea asarifolia mentioned in 38% and 19% interviews as toxic for bovines and sheep, respectively, and Enterolobium contotisiliquum, mentioned as toxic for cattle (47.6% of the interviews) and sheep (4.7%), were more frequent. Also occur in the region poisonings by Mascagnia rigida (38% of the interviews), Anadenanthera colubrina var. cebil (=A. macrocarpa) (14%), Ricinus communis (14%), Thiloa glaucocarpa (9%), and Sorghum halepense (4%) in cattle, Mimosa tenuiflora in cattle, sheep, and goats (38%), Brachiaria decumbens in sheep and cattle (38%), Manihot spp. in cattle and goats (28% ), and Leucaena leucocephala in sheep and horses (4%). Several plants previously unknown as toxic, but mentioned by the respondents as poisonous, were given to experimental animals at different doses. Only Casearia commersoniana was toxic to goats at the daily doses of 20g kg-1 body weight during 2-4 days. Clinical signs, similar to those reported by the farmers, were stiffness, mild bloat, polaquiuria, vocalization, jugular engorgement and pulsation, swaying gait, falling, spasticity, paddling movements, opisthotonos, and tachyicardia and dyspnea followed by bradycardia and bradypnea. Deaths occurred 6 and 19 hours after first clinical signs. No significant gross or histologic lesions were observed. It is concluded that poisonings by plants are important cause of losses in the region, which has a population of 53,473 bovines, 4,799 goats, 9,149 sheep, and 7,060 equidae.

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