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1.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 42(12): 793-799, Dec. 2020. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-1156069

ABSTRACT

Abstract Objective To find out which was the opinion of residents in obstetrics and gynecology about the advantages and disadvantages of medical abortion as compared with surgical procedures. Method Cross-sectional multicenter study among residents in obstetrics and gynecology from 21 maternity hospitals located in 4 different geographical regions of Brazil, using a self-responded questionnaire with 31 questions related to their opinion and experience on providing abortion services. Results Most residents agreed that "being less invasive" (94.7%), "does not require anesthesia" (89.7%), "can be accompanied during the process" (89.1%), "prevents physical trauma" (84.4%) were the main advantages of medical abortion. Conclusion Residents perceived both clinical and personal issues as advantages of medical abortion.


Resumo Objetivo Descobrir qual foi a opinião dos residentes em ginecologia e obstetrícia sobre as vantagens e desvantagens do aborto medicamentoso em relação aos procedimentos cirúrgicos. Métodos Estudo multicêntrico transversal entre residentes de ginecologia e obstetrícia de 21 maternidades localizadas em 4 diferentes regiões geográficas do Brasil, utilizando um questionário autorrespondido com 31 questões relacionadas à sua opinião e experiência na prestação de serviços de aborto. Resultados A maioria dos residentes concordou que "ser menos invasivo" (94,7%), "não necessitar de anestesia" (89,7%), "poder ser acompanhado durante o processo" (89,1%), "prevenir trauma físico" (84,4%) foram as principais vantagens do aborto medicamentoso. Conclusão Os residentes perceberam tanto questões clínicas como pessoais como sendo vantagens do aborto medicamentoso.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Pregnancy , Adult , Prenatal Care , Attitude of Health Personnel , Abortion, Induced , Internship and Residency , Brazil , Cross-Sectional Studies , Obstetrics
2.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(supl.1): e00187918, 2020. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1055640

ABSTRACT

O aborto medicamentoso ou farmacológico tem demonstrado ser um meio eficaz para a interrupção da gravidez. Entretanto, o treinamento de provedores no uso do misoprostol tem sido limitado. O presente artigo tem como objetivo identificar o grau de conhecimento dos médicos residentes em Ginecologia e Obstetrícia sobre aborto medicamentoso. Realizou-se um estudo transversal multicêntrico com residentes regularmente inscritos no programa de residência em Ginecologia e Obstetrícia de vinte e um hospitais de ensino. Foi utilizado um questionário de autorresposta. As respostas corretas a cada uma das alternativas foram identificadas e uma variável de resposta binária (≥ P70, < P70) foi definida pelo percentil 70 do número de perguntas sobre o misoprostol. Quatrocentos e sete médicos residentes devolveram o questionário, sendo que 404 estavam preenchidos e três em branco. A maioria (56,3%) dos residentes tinha até 27 anos de idade, era do sexo feminino (81,1%) e não vivia junto com um(a) companheiro(a) (70%). A maior proporção (68,2%) estava cursando o primeiro ou segundo ano da residência. Apenas 40,8% dos participantes acertaram 70% ou mais das afirmativas. Na análise múltipla, cursar o terceiro ano de residência ou superior (OR = 2,18; IC95%: 1,350-3,535) e ter participado do atendimento a uma mulher com abortamento induzido ou provavelmente induzido (OR = 4,12; IC95%: 1,761-9,621) mostraram-se associados a um maior conhecimento sobre o tema. Entre os médicos brasileiros residentes em Ginecologia e Obstetrícia, o conhecimento sobre o aborto medicamentoso é muito reduzido e constitui um obstáculo para o bom atendimento dos casos de interrupção legal da gestação.


El aborto con medicamentos o farmacológico ha demostrado ser un medio eficaz para la interrupción del embarazo. No obstante, la capacitación de los médicos en el uso del misoprostol ha sido limitada. El objetivo de este artículo es identificar el grado de conocimiento de los médicos residentes en Ginecología y Obstetricia sobre el aborto con medicamentos. Se realizó un estudio transversal multicéntrico con residentes regularmente inscritos en el programa de residencia en Ginecología y Obstetricia de veintiún hospitales de enseñanza. Se utilizó un cuestionario de autorrespuesta. Las respuestas correctas de cada una de las alternativas fueron identificadas y una variable de respuesta binaria (≥ P70, < P70) se definió por el percentil 70 del número de preguntas sobre el misoprostol. Cuatrocientos siete médicos residentes devolvieron el cuestionario, siendo que 404 estaban cumplimentados y tres en blanco. La mayoría (56,3%) de los residentes tenía hasta 27 años de edad, eran de sexo femenino (81,1%); no vivía junto a un(a) compañero(a) (70%). La mayor proporción (68,2%) estaba cursando el primero o segundo año de residencia. Solamente un 40,8% de los participantes acertaron un 70% o más de las afirmaciones. En el análisis múltiple, estar en el tercer año de residencia o superior (OR = 2,18; IC95%: 1,350-3,535) y haber estado implicado en la atención a una mujer con aborto inducido o probablemente inducido (OR = 4,12; IC95%: 1,761-9,621) se mostraron asociados a un mayor conocimiento sobre el tema. Entre los médicos brasileños residentes en Ginecología y Obstetricia, el conocimiento sobre aborto con medicamentos es muy reducido y constituye en obstáculo para una buena atención de los casos de interrupción legal de la gestación.


Medical or drug-induced abortion has been proven as an effective means for termination of pregnancy. However, training of providers in the use of misoprostol has been limited. The current article aims to identify the degree of knowledge on medical abortion among Brazilian medical residents in Gynecology and Obstetrics. A multicenter cross-sectional study was performed with residents regularly enrolled in residency programs in Gynecology and Obstetrics in 21 teaching hospitals. A self-responded questionnaire was used. Correct responses to each of the alternatives were identified, and a binary response variable (≥ P70, < P70) was defined by the 70th percentile of the number of questions on misoprostol. Four hundred and seven medical residents returned the questionnaire, of which 404 were completed and three were blank. The majority (56.3%) of the residents were 27 years or younger, females (81.1%), and single or not living with a partner (70%). Two-thirds (68.2%) were in the first or second year of residency. Only 40.8% of the participants answered 70% or more of the questions correctly. In the multivariate analysis, enrollment in the third year of residency or greater (OR = 2.18; 95%CI: 1.350-3.535) and having participated in treatment of a woman with induced or probably induced abortion (OR = 4.12; 95%CI: 1.761-9.621) were associated with better knowledge on the subject. Among Brazilian medical residents in Gynecology and Obstetrics, knowledge on medical abortion is very limited and poses an obstacle to proper care in cases of legal termination of pregnancy.


Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Abortion, Induced , Gynecology/education , Internship and Residency , Obstetrics , Brazil , Cross-Sectional Studies , Surveys and Questionnaires
3.
Femina ; 40(6): 301-306, Nov.-Dez. 2012. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-708370

ABSTRACT

Avaliou-se a situação do atendimento às mulheres e crianças vítimas de violência sexual nos serviços públicos de saúde no Brasil, de acordo com a norma técnica do Ministério da Saúde de 1998. Desenvolveu-se um estudo de corte trasnsversal, com representatividade nacional. Realizaram-se entrevistas telefônicas com gestores municipais de saúde e responsáveis por 1.395 estabelecimentos que referiram atender mulheres e crianças que sofrem violência sexual. Apenas cerca de 8% deles seguiam um protocolo baseado na norma técnica do Ministério da Saúde. Dentre os 874 hospitais e prontos-socorros de adultos incluídos na amostra, 30, 37 e 26% referiram realizar a interrupção legal da gestação nos casos de estupro, risco de vida da mulher e malformação fetal incompatível com a vida extrauterina, respectivamente. Entretanto, apenas 5,6, 4,8 e 5,5% tinham realizado ao menos uma interrupção nos 10-14 meses anteriores à pesquisa. Observou-se, portanto, grande progresso no reconhecimento de que a violência sexual existe, é frequente e que as mulheres, crianças e adolescentes que sofrem essas agressões precisam de atendimento médico especializado. Falta, entretanto, muito esforço para que esse reconhecimento se transforme em realidade prática, a fim de que todas as mulheres e crianças agredidas sexualmente tenham o atendimento de emergência e o seguimento de que precisam.


A study was carried out with the purpose of evaluating the situation of the care received by women and children who suffer sexual violence, and whether the public health units follow the technical guidelines launched by the Brazilian Ministry of Health in 1998. It was a cross sectional study with national representation. Telephonic interviews were held with municipal health managers and the professionals responsible for 1.395 health units providing health care to women or children. Only nearly 8% of these units followed the guidelines of the Ministry of Health. Among the 874 hospitals or emergency health care units for adults included in the sample, 30, 37 and 26% declared to carry out legal termination of pregnancy in case of rape, danges to woman's life and fetal malformation incompatible with survival after birth, respectively. However, only 5,6, 4,8 and 5,5% had carried out at least one pregnancy termination for each of the three causes during the 10-14 months before the interview. It is concluded that there was an important progress in the recognition that sexual violence against women and children exists, it is a frequent occurrence, and that women, adolescents and children who suffer sexual aggression require specialized medical care. A large effort is needed, however, to get that such recognition is translated into a situation where every woman or child who suffer violence receives the emergency care, as well as the follow up they need.


Subject(s)
Humans , Health Services , Sex Offenses , Attitude of Health Personnel , Delivery of Health Care , Child Abuse, Sexual , Health Services Accessibility , Guidelines as Topic/methods , Sex Offenses , Violence Against Women , Women's Health
4.
Rev. saúde pública ; 44(1): 70-79, Feb. 2010. tab
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: lil-538148

ABSTRACT

OBJETIVO: Avaliar a prevalência de cesariana em hospitais brasileiros. MÉTODOS: Estudo transversal com dados do Sistema Global de Dados para a Saúde Materna e Perinatal, da Organização Mundial da Saúde, para os estados de São Paulo, Pernambuco e Distrito Federal. Analisaram-se dados de 15.354 mulheres que tiveram parto entre setembro/2004 e março/2005, segundo características sociodemográficas e reprodutivas e do hospital. Foram realizadas análises bivariada - com cálculos de razões de prevalência e respectivos intervalos de confiança- e multivariada por regressão de Poisson. RESULTADOS: A razão de prevalência de cesarianas foi significativamente maior entre mulheres com maior idade, entre as casadas/unidas, e com maior índice de massa corporal. As condições apresentadas durante a gravidez ou parto, como diagnóstico de HIV da parturiente, maior peso e perímetro cefálico do recém-nascido, e maior número de consultas de pré-natal, se associaram à maior razão de prevalência de cesariana. Na análise de regressão mostraram associação direta com o desfecho: maior idade e escolaridade da parturiente; presença de hipertensão/eclâmpsia, doenças crônicas e de outras condições médicas; maior perímetro cefálico do recém-nascido, ser primípara, ter tido cesariana na última gravidez, e ter recebido analgesia peridural ou raquidiana durante o trabalho de parto. Embora a proporção de cesarianas tenha sido maior nos hospitais com índice de complexidade alto, a diferença não foi estatisticamente significante, assim como para as demais características dos hospitais. CONCLUSÕES: As condições da gravidez, do recém-nascido e as características sociodemográficas e reprodutivas da parturiente associaram-se independentemente à realização de cesariana. O índice de complexidade hospitalar não esteve associado, provavelmente pela homogeneidade da amostra de hospitais.


OBJECTIVE: To assess the prevalence of cesarean sections in Brazilian hospitals. METHODS: A cross-sectional study was carried out with data from the World Health Organization's Global Data System for Maternal and Perinatal Health, for the Brazilian states of São Paulo, Pernambuco and the Federal District. Data relating to 15,354 women who gave birth between September/2004 and March/2005 were analyzed, according to sociodemographic, reproductive, and hospital-related characteristics. Bivariate analyses - with calculations of the prevalence ratios and respective confidence intervals - and multivariate Poisson regression analyses were performed. RESULTS: The prevalence ratio of cesarean sections was significantly higher among older women, who were married/living with a partner and with higher body mass index. The following conditions during pregnancy or birth were associated with higher cesarean section prevalence ratio: parturient being diagnosed as HIV-positive, heavier weight and greater head circumference of the newborn, and more prenatal consultations. In regression analysis, the following variables showed direct association with the outcome: parturient being older and with higher schooling level, presence of hypertension/eclampsia, chronic condition or some other medical condition, newborn's greater head circumference, being primiparous, having had a cesarean in the last pregnancy and having received an epidural block or rachidian analgesic during labor. Although the proportion of cesareans was higher in hospitals with a high complexity index, the difference was not statistically significant, as well as for other characteristics of hospitals. CONCLUSIONS: The conditions of the pregnancy, newborn and the sociodemographic and reproductive characteristics of the parturient were independently associated with cesarean delivery. The hospital complexity index was not associated with cesarean delivery, probably due to the homogeneity of the...


Subject(s)
Adult , Female , Humans , Infant, Newborn , Pregnancy , Young Adult , Cesarean Section/statistics & numerical data , Brazil/epidemiology , Cesarean Section/methods , Epidemiologic Studies , Socioeconomic Factors , Young Adult
5.
Cad. saúde pública ; 25(3): 625-634, mar. 2009. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-507864

ABSTRACT

A presente pesquisa descreve a percepção de gestores e profissionais de serviços públicos de saúde de municípios da Região Metropolitana de Campinas, São Paulo, Brasil, acerca do atendimento à demanda pela esterilização cirúrgica voluntária. Trata-se de estudo qualitativo, em quatro municípios, onde se realizaram entrevistas semi-estruturadas com 26 gestores e profissionais de saúde envolvidos no atendimento às solicitações de esterilização cirúrgica. Apontaram-se dificuldades para agendamento de consultas nos ambulatórios de planejamento familiar ou centros de referência e número insuficiente de cirurgias que podiam ser agendadas semanalmente nos hospitais credenciados. Enfatizou-se a falta de estrutura física e recursos humanos tanto nas unidades básicas de saúde, quanto nos ambulatórios de planejamento familiar ou centros de referência. Houve críticas aos critérios legais para autorizar a esterilização, bem como se mencionaram adaptações para torná-los mais adequados à situação de cada município. Gestores e profissionais de saúde entendiam que, apesar dos esforços empenhados, o atendimento à demanda pela esterilização cirúrgica na Região Metropolitana de Campinas estava prejudicado pela centralização em ambulatórios de planejamento familiar ou centros de referência, que, na prática, tinham que suprir as deficiências da oferta de ações de planejamento familiar em geral na rede básica de cada município.


This study describes the perceptions of public health services managers and professionals concerning provision of voluntary surgical sterilization in the Campinas Metropolitan Area, São Paulo State, Brazil. The study adopted a qualitative approach in four municipalities (counties), where semi-structured interviews were conducted with 26 health professionals and health services managers involved in the provision of surgical sterilization. The interviewees identified difficulties in scheduling visits at Outpatient Family Clinics or Reference Centers (APF/CR), and the number of available surgeries in the accredited hospitals was insufficient. They emphasized the lack of physical infrastructure and human resources for conducting family planning activities in the primary health units as well as in the APF/CR.They also criticized the legal criteria for authorizing surgical sterilization, and mentioned adaptations to make them more appropriate to the each municipality's situation. According to the health services managers and professionals, despite the efforts, meeting the demand for surgical sterilization in the Campinas Metropolitan Area was jeopardized by its centralization in the APF/CR, which in practice had to cover the gap in family planning activities in each municipality's primary care units.


Subject(s)
Humans , Attitude of Health Personnel , Administrative Personnel/psychology , Family Planning Services/statistics & numerical data , Health Personnel/psychology , Health Services Needs and Demand/statistics & numerical data , Sterilization, Reproductive/statistics & numerical data , Brazil , Community Health Centers/statistics & numerical data , Family Planning Services/standards , Health Services Needs and Demand/legislation & jurisprudence , Patient Acceptance of Health Care , Perception , Qualitative Research , Quality of Health Care , Sterilization, Reproductive/legislation & jurisprudence , Sterilization, Reproductive/psychology , Vasectomy/legislation & jurisprudence , Vasectomy/psychology , Vasectomy/statistics & numerical data
6.
Rev. saúde pública ; 40(2): 233-239, abr. 2006. tab
Article in English | LILACS | ID: lil-424044

ABSTRACT

OBJETIVO: Descrever a opinião dos médicos que participaram no Brasil do Estudo Latino-Americano de Cesárea sobre a estratégia da segunda opinião antes de decidir fazer uma cesárea. MÉTODOS: Setenta e dois médicos dos hospitais do grupo de intervenção, onde se implantou a estratégia da segunda opinião, e 70 do grupo controle auto-responderam um questionário estruturado e pré-testado. Prepararam-se tabelas descritivas para apresentar a freqüência das variáveis mais relevantes sobre a opinião dos médicos a respeito: da efetividade da implementação da estratégia da segunda opinião; se recomendariam ou não a sua implementação e as razões para não a recomendarem em instituições privadas; a factibilidade da sua implementação e as razões para não a considerarem factível em instituições privadas. RESULTADOS: Metade dos médicos dos hospitais de intervenção (50 por cento) e cerca de dois terços do grupo controle (65 por cento) consideraram que a estratégia da segunda opinião havia sido ou poderia ser eficaz para reduzir o número de cesáreas na instituição em que eles trabalhavam. A grande maioria dos médicos que responderam o questionário nos hospitais de intervenção e controle considerou que a estratégia seria factível em instituições públicas (87 por cento e 95 por cento respectivamente), mas não nas privadas (64 por cento e 70 por cento respectivamente), principalmente porque nessas últimas os médicos não aceitariam a interferência de um colega sobre a sua decisão de fazer uma cesárea. CONCLUSAO: Embora a estratégia da segunda opinião tenha sido percebida como capaz de reduzir as taxas de cesariana, os médicos não a consideraram factível fora do sistema público de saúde no Brasil.


Subject(s)
Health Knowledge, Attitudes, Practice , Hospitals, Private , Hospitals, Public , Delivery, Obstetric , Referral and Consultation
7.
Cad. saúde pública ; 20(6): 1586-1594, nov.-dez. 2004. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-390846

ABSTRACT

Descreve-se a percepção de 250 mulheres que solicitaram métodos anticoncepcionais (MAC) em um serviço público de saúde quanto à sua liberdade de escolha, a contribuição de uma ação educativa e de uma consulta para essa liberdade, a satisfação com o MAC escolhido e a continuidade de seu uso, depois de seis meses. Quase todas as mulheres (99,6 por cento) chegaram ao serviço com um MAC já escolhido e 90,0 por cento saíram usando esse método; 81,9 por cento referiram ter se sentido bastante livres para escolher o MAC e 60,0 por cento disseram que a ação educativa e a consulta aumentaram a sua liberdade. Seis meses depois, 87,3 por cento continuavam usando o mesmo MAC. Entre as mulheres que declararam alguma insatisfação com o método iniciado, foi significativamente maior a proporção das que mudaram de MAC e das que disseram que faltou alguma informação quando iniciaram o uso. A ação educativa e a consulta parecem ter atuado como legitimadores de uma escolha feita antes de as mulheres procurarem o serviço, com base em informações recebidas de outras fontes. Isto, provavelmente, contribuiu para a percepção de terem tido bastante liberdade de escolha.


Subject(s)
Contraception/methods , Family Development Planning , Women's Health Services
8.
Rev. saúde pública ; 38(4): 488-494, ago. 2004. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-363389

ABSTRACT

OBJETIVO: Conhecer a preferência de mulheres quanto às vias e formas de parto, e a opinião de médicos a respeito dessa preferência. MÉTODOS: Foram entrevistadas 656 mulheres atendidas no Sistema Unico de Saúde, em hospitais de São Paulo e Pernambuco incluídos no Estudo Latino-Americano de Cesárea (ELAC): 230 em três hospitais de intervenção, em que a estratégia da segunda opinião diante da decisão de realizar uma cesárea foi adotada como rotina, e 426 mulheres em quatro hospitais de controle, onde não houve intervenção. Os médicos responderam a um auto-questionário, sendo 77 dos hospitais de intervenção e 70 dos de controle. Para análise dos dados foram utilizados o qui-quadrado de Mantel-Haenszel, o teste Yates ou o Exacto de Fischer. RESULTADOS: Nos dois tipos de hospital, a grande maioria das mulheres declarou preferir o parto vaginal à cesárea. Essa preferência foi significativamente maior entre as entrevistadas que já haviam experimentado as duas formas de parto (cerca de 90 por cento nos dois tipos de hospital), comparadas às que haviam tido só cesáreas (72,8 por cento nos hospitais de intervenção e 77,8 por cento nos de controle). Na opinião de 45 por cento dos médicos dos hospitais de intervenção e de 55 por cento dos de hospitais de controle, a maioria das mulheres submetidas a uma cesárea sentia-se satisfeita; 81 e 85 por cento dos médicos, respectivamente, consideraram que as mulheres solicitam cesariana, porque têm medo do parto vaginal. CONCLUSÕES: O conceito de que a principal causa do aumento na taxa de cesárea é o respeito dos desejos das mulheres por parte dos médicos não tem sustentação na opinião declarada pelas mulheres. Uma melhor comunicação entre médicos e mulheres grávidas talvez possa contribuir para melhoria da situação atual.


Subject(s)
Interviews as Topic , Cesarean Section , Health Knowledge, Attitudes, Practice , Women , Physicians , Natural Childbirth
9.
Rev. saúde pública ; 38(2): 172-179, abr. 2004. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-357990

ABSTRACT

OBJETIVO: Investigar os fatores relacionados à decisão das mulheres em amamentar e a duração planejada e, de fato observada, do aleitamento exclusivo entre trabalhadoras que dispõem de creche na empresa. MÉTODOS: Estudo qualitativo no qual se comparou um grupo de 15 trabalhadoras cujos bebês estavam sendo alimentados apenas com leite materno quando começaram a freqüentar a creche da empresa com outro similar que incluía mulheres cujos bebês que, ao ingressar, já estavam recebendo, além do leite materno, outros alimentos. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas e grupos focais. RESULTADOS: Evidenciaram-se como fatores relacionados à decisão de iniciar a amamentação e mantê-la ao retornar ao trabalho: o desejo de amamentar, embasado no valor que as mulheres dos dois grupos atribuíam ao aleitamento materno, bem como seus maridos e outras pessoas significativas (por exemplo: mãe, irmã, amigas). A duração do aleitamento exclusivo relacionou-se principalmente à orientação do pediatra que cuidava do bebê, que foi distinta em cada um dos grupos estudados. CONCLUSAO: A existência da creche no local de trabalho aparece como elemento relevante para a manutenção do aleitamento após a licença de maternidade, especialmente o materno exclusivo. A decisão sobre quanto tempo amamentar de forma exclusiva esteve relacionada às informações recebidas acerca do assunto antes e durante a gestação, e no pós-parto. A diferença entre os dois grupos estudados foi que as mulheres que mantiveram o aleitamento exclusivo por quase seis meses acreditavam que quanto mais tempo dessem somente o leite materno, mais benefícios o bebê teria, enquanto as mulheres do outro grupo acreditavam que três meses de aleitamento exclusivo eram suficientes.


Subject(s)
Breast Feeding , Knowledge , Child Day Care Centers , Women , Occupational Groups , Interviews as Topic , Case-Control Studies
10.
Cad. saúde pública ; 14(supl.1): 49-57, 1998. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-211552

ABSTRACT

O Brasil tem uma alta prevalência de laqueadura tubária. Alguns setores da sociedade acreditam que essa alta prevalência estaria indicando um controle da natalidade dissimulado, que visa diminuir a fecundidade nas camadas mais pobres da populaçäo. O objetivo deste trabalho é contribuir para a compreensäo das possíveis diferenças sócio-econômicas quanto à prática da laqueadura. Parra este fim, analisamos uma base de dados com 1.335 mulheres com idade de 15 a 49 anos, obtida entre mulheres de nível sócio-econômico médio-baixo ou baixo, em duas regiöes do Estado de Säo Paulo, no ano de 1991. Os resultados mostraram uma aparentemente maior prevalência de laqueadura entre as mulheres com menor nível educacional e também entre as que moravam em habitaçäo de boa qualidade. Entretanto, ao controlar por idade, essas associaçöes desapareceram, sugerindo que se deviam apenas a menor escolaridade e maiores recursos das mulheres de maior idade, sendo este último o fator mais fortemente associado à prevalência de laqueadura. Discute-se a complexidade das relaçöes entre nível sócio-econômico e ligadura tubária, incluindo a diferença sócio-econômica na prevalência de cesárea, intimamente ligada à esterilizaçäo feminina.


Subject(s)
Socioeconomic Factors , Sterilization, Tubal , Age Factors
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