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1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(9): e00069521, 2021. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-1345633

ABSTRACT

The understanding of health care demands and possible access barriers may support policymaking and best practices targeting the lesbian, gay, bisexual, transgender, and related identities (LGBT+) population. The aims of the Brazilian LGBT+ Health Survey were to characterize the LGBT+ population during the COVID-19 pandemic and to specify the characteristics of the COVID-19 pandemic in this population. This is a cross-sectional online study, with a convenience sample of 976 individuals identified as LGBT+, aged 18 years or older from Brazil. It allows investigations of sexuality, discrimination, internal homophobia, health-related behaviors, and health care access. The study adopts a conceptual framework (i.e., validated tools and measures) common to other epidemiological studies, allowing comparisons. We describe the study methodology, some descriptive results, and health-selected indicators compared with the Brazilian National Health Survey. Most of the respondents were from Southeast Region (80.2%), mean aged 31.3 (± 11.5 years). Regarding COVID-19, 4.8% tested positive. Both weekly episodes of discrimination (36%) and depression prevalence (24.8%) were high among the LGBT+ population in Brazil, highlighting mental health and homophobia as major concerns in the LGBT+ context during the pandemic. Although a decade has passed since the institution of the Brazilian National Policy for Comprehensive LGBT Health, appropriate training of health professionals to offer adequate services is still needed. Knowledge of the specific health demands of this group might guide person-centered best practices, promote sexual minority high-acceptance settings, and contribute to higher equity during the pandemic.


A compreensão das demandas de cuidados de saúde e das possíveis barreiras ao acesso pode apoiar a formulação de políticas e as melhores práticas voltadas para a população de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e identidades relacionadas (LGBT+). O Inquérito Nacional de Saúde LGBT+ teve como objetivos caracterizar a população LGBT+ durante a pandemia da COVID-19 e especificar as características da pandemia da COVID-19 nessa população. Este é um estudo transversal online com uma amostra de conveniência de 976 indivíduos identificados como LGBT+ com idade 18 anos ou mais, no Brasil. O inquérito permite a investigação da sexualidade, discriminação, homofobia interna, comportamentos relacionados à saúde e acesso a cuidados de saúde. O inquérito adota um arcabouço conceitual (p.ex.: ferramentas e medidas validadas) comum a outros estudos epidemiológicos, o que permite comparações. O artigo descreve a metodologia do inquérito, alguns resultados descritivos e indicadores de saúde selecionados, em comparação com a Pesquisa Nacional de Saúde. A maioria dos participantes era do Sudeste (80,2%), com média de idade de 31,3 (± 11,5 anos). Com relação à COVID-19, 4,8% testaram positivos. As taxas de episódios semanais de discriminação (36%) e de prevalência de depressão (24,8%) eram altas na população LGBT+ brasileira, o que destaca a saúde mental e a homofobia como preocupações no contexto LGBT+ durante a pandemia. Embora tenha transcorrido uma década desde a implementação da Política Nacional de Saúde Integral LGBT, ainda é necessário treinamento de profissionais de saúde para oferecer serviços adequados. O conhecimento das demandas específicas de saúde nesse grupo pode orientar melhores práticas centradas na pessoa, promover ambientes de acolhimento de minorias sexuais e contribuir para maior equidade durante a pandemia.


La compresión de las demandas de cuidados de salud y las posibles barreras de acceso a los mismos pueden apoyar en la creación de políticas y realización de mejores prácticas, enfocando a la población lesbiana, gay, bisexual, transgénero e identidades relacionadas (LGBT+). Los objetivos de la Encuesta Brasileña sobre la Salud LGBT+ fueron caracterizar a la población LGBT+ durante la pandemia de COVID-19 y especificar las características de la pandemia COVID-19 en esta población. Se trata de un estudio transversal en línea, con una muestra de conveniencia de 976 individuos brasileños identificados con el colectivo LGBT+, con una edad comprendida entre 18 años o más. Permite investigaciones de sexualidad, discriminación, homofobia interna, comportamientos relacionados con la salud, y acceso a cuidados de salud. El estudio adopta un marco conceptual común (p.ej., herramientas validadas y medidas) respecto a otros estudios epidemiológicos, permitiendo comparaciones. Expusimos la metodología de estudio, algunos resultados descriptivos, así como indicadores de salud seleccionados comparados con la Encuesta Nacional de Salud. La mayoría de quienes respondieron eran originarios de la región sureste (80,2%), la media de edad fue 31,3 (± 11,5 años). Respecto al COVID-19, 4,8% dieron positivo tras las pruebas. Tanto los episodios semanales de discriminación (36%) y prevalencia depresión (24,8%) fueron altos entre la población LGBT+ en Brasil, resaltando la salud mental y la homofobia como principales preocupaciones en el contexto LGBT+ durante la pandemia. A pesar de que ha pasado una década desde la institución de la Política Nacional de Salud Integral LGBT, sigue siendo necesario un entrenamiento apropiado de profesionales de salud para ofrecer servicios adecuados. El conocimiento de las demandas específicas de salud de este grupo puede llevar a mejores prácticas centradas en estas personas, promover contextos de alta aceptación de minorías sexuales, así como contribuir a una equidad más alta durante la pandemia.


Subject(s)
Humans , Female , Adult , Transgender Persons , Sexual and Gender Minorities , COVID-19 , Brazil/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Pandemics , SARS-CoV-2 , Health Services Accessibility
2.
Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. (Online) ; 19(4): 837-849, Sept.-Dec. 2019. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-1057125

ABSTRACT

Abstract Objectives: we investigated the lifetime prevalence of abortion and life contexts and reasons reported for first abortion among women living (WLHA) and not living with HIV/AIDS(WNLHA). Methods: representative samples of 975 users of public health care reference network for HIV/AIDS and of 1,003 users of the primary care public services in São Paulo municipality were selected by cluster-stratified sampling and answered an electronic socio-behavioral questionnaire. Results: the prevalence of abortion was 11.9% (CI95%9.8-13.9) among WLHA and 3.0% (CI95%2.4-5.7) for WNLHA.Most abortions (128) among WLHA occurred before diagnosis and 28 after diagnosis or during pregnancy when diagnosis was given. The majority of women did not use any contraception at the time of the first abortion. The use of misoprostol was the most reported method. Having HIV was very important in deciding to abort for half of the WLHA. Absence of marital life and the lack of desire to have children were the most reported reasons by both groups. Conclusions: the similarity in contexts and reasons to abort among WLHA and WNLHA suggests that they share experiences molded by gender and social inequalities that affect their ability to access sexual and reproductive health resources and services.


Resumo Objetivos: investigou-se a prevalência de aborto provocado alguma vez na vida e os contextos de vida e motivos referidos para realização do primeiro aborto entre mulheres vivendo (MVHA) e não vivendo com HIV/AIDS (MNVHA). Métodos: amostras representativas de 975 usuárias da rede especializada em HIV/AIDS e de 1.003 usuárias da rede de atenção básica no município de São Paulo foram selecionadas por amostragem estratificada por conglomerados e responderam um questionário eletrônico sócio-comportamental. Resultados: a prevalência de aborto provocado foi de 11,9% (IC95%9,8-13,9) entre MVHA e de 3,0% (IC95%2,4-5,7) para MNVHA. A maioria dos abortos (128) entre MVHA ocorreu antes do diagnóstico e 28 após o diagnóstico ou na gravidez que este foi dado. A maioria das mulheres não fazia contracepção à época do primeiro aborto. O uso de miso-prostol foi o método mais referido. Ter HIV foi muito importante na decisão de abortar para metade das MVHA. Ausência de vida conjugal e o não desejo de ter filhos foram os motivos mais referidos por ambos os grupos. Conclusões: a semelhança nos contextos e motivos para a realização de aborto entre MVHA e MNVHA sugere que elas compartilham experiências moldadas por desigualdades sociais e de gênero que afetam suas possibilidades de acesso a recursos e serviços de saúde sexual e reprodutiva.


Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Adolescent , Adult , Middle Aged , Young Adult , Acquired Immunodeficiency Syndrome/epidemiology , Abortion, Induced/statistics & numerical data , Primary Health Care , Sexual Behavior , Socioeconomic Factors , Brazil/epidemiology , Abortifacient Agents , Choice Behavior , Prevalence , Cross-Sectional Studies , Misoprostol/administration & dosage , Abortion, Induced/methods , Contraception Behavior
3.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 33(12): e00057916, 2017. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-889654

ABSTRACT

Resumo: Estudo quantitativo foi conduzido no Município de São Paulo, Brasil, comparando contextos de vulnerabilidade social e o comportamento sexual e reprodutivo de uma amostra de 975 mulheres vivendo com HIV/aids (MVHA) e de 1.003 mulheres usuárias da rede de atenção básica à saúde. As MVHA são marcadas por situações de maior vulnerabilidade que, potencialmente, aumentaram o seu risco para a infecção pelo HIV e para eventos no campo reprodutivo. Comparando com mulheres usuárias da rede de atenção básica à saúde, as MVHA relataram em maiores proporções: uso de drogas, sexo em troca de dinheiro, exposição a parceiros íntimos violentos, dificuldades no acesso a serviços de prevenção e diagnóstico precoce, ocorrência de gestações não planejadas, aborto provocado e gravidez na adolescência. Parcela considerável das mulheres usuárias da rede de atenção básica à saúde compartilha as mesmas experiências, porém em menor magnitude. A identificação de contextos de vulnerabilidade e a integração de serviços de testagem anti-HIV e de saúde sexual e reprodutiva devem compor as linhas de cuidado às mulheres, tanto nos serviços especializados quanto nos de atenção básica.


Resumen: El estudio cuantitativo se realizó en el Municipio de São Paulo, Brasil, comparando contextos de vulnerabilidad social y el comportamiento sexual y reproductivo de una muestra de 975 mujeres, viviendo con VIH/SIDA (MVHA) y de 1.003 mujeres usuarias de la red de atención básica a la salud. Las MVHA se marcan por situaciones de mayor vulnerabilidad que, potencialmente, aumentaron su riesgo para la infección por el VIH y para eventos en el campo reproductivo. Comparando con mujeres usuarias de la red de atención básica a la salud, las MVHA informaron en mayor proporción de: consumo de drogas, sexo a cambio de dinero, exposición a parejas sentimentales violentas, dificultades en el acceso a servicios de prevención y diagnóstico precoz, ocurrencia de gestaciones no planeadas, aborto provocado y embarazo en la adolescencia. Una proporción considerable de las mujeres usuarias de la red de atención básica a la salud comparte las mismas experiencias, aunque en menor magnitud. La identificación de contextos de vulnerabilidad y la integración de servicios de test anti-VIH y de salud sexual y reproductiva deben formar parte de las líneas de cuidado a las mujeres, tanto en los servicios especializados, como en los de atención básica.


Abstract: This quantitative study in the city of São Paulo, Brazil, compared contexts of social vulnerability and sexual and reproductive behavior in a sample of 975 women living with HIV/AIDS (WLHIV) and 1,003 women not living with HIV, the latter recruited among users of the primary healthcare system. WLHIV experienced situations of greater vulnerability that potentially increased their risk of HIV infection and unplanned pregnancy and abortion. Compared to women users of the primary healthcare system, WLHIV reported higher rates of drug use, sex for money, exposure to intimate partner violence, difficulties in access to services for prevention and early diagnosis, unplanned pregnancies, induced abortion, and teenage pregnancy. A considerable number of the women users of the primary healthcare system shared these same experiences, but at lower rates. The identification of contexts of vulnerability and the integration of HIV testing services with sexual and reproductive health services should constitute lines of care for these women, both in specialized and primary care services.


Subject(s)
Humans , Female , Adolescent , Adult , Young Adult , Women's Health/statistics & numerical data , Acquired Immunodeficiency Syndrome/physiopathology , Acquired Immunodeficiency Syndrome/epidemiology , Reproductive Health/statistics & numerical data , Sexual Health/statistics & numerical data , Primary Health Care/statistics & numerical data , Sexual Behavior/statistics & numerical data , Socioeconomic Factors , Brazil/epidemiology , Case-Control Studies , Cross-Sectional Studies , Risk Factors , Health Surveys/methods , Age Factors , Acquired Immunodeficiency Syndrome/prevention & control , Vulnerable Populations , Early Diagnosis , Middle Aged
4.
Rev. saúde pública (Online) ; 51: 102, 2017. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-903255

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To estimate self-reported discrimination due to sexual orientation among men who have sex with men (MSM) in Brazil and to analyze associated factors. METHODS A cross-sectional study of 3,859 MSM recruited in 2008-2009 with respondent driven sampling. Data collection conducted in health centers in 10 Brazilian cities. A face-to-face questionnaire was used and rapid HIV and syphilis tests conducted. Aggregated data were weighted and adjusted odds ratio estimated to measure the association between selected factors and self-reported discrimination due to sexual orientation. RESULTS The sample was predominantly young, eight plus years of schooling, pardo (brown), single, low-income, and identified themselves as gay or homosexual. The prevalence of self-reported discrimination due to sexual orientation was 27.7% (95%CI 26.2-29.1). Discrimination was independently associated with: age < 30 years, more years of schooling, community involvement and support, history of sexual and physical violence, suicidal thoughts, and unprotected receptive anal intercourse. CONCLUSIONS The prevalence of self-reported discrimination among MSM in Brazil is high. These results challenge the assumptions that MSM-specific prevention and support programs are not required or that health professionals do not need special training to address MSM needs.


Subject(s)
Humans , Male , Adolescent , Adult , Young Adult , HIV Infections/epidemiology , Homosexuality, Male/statistics & numerical data , Discrimination, Psychological , Self Report , Socioeconomic Factors , Brazil/epidemiology , HIV Infections/prevention & control , Prevalence , Interviews as Topic , Surveys and Questionnaires , Risk Factors , Homosexuality, Male/psychology
5.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 32(12): e00122215, 2016. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-828400

ABSTRACT

The study analyses the relationship between AIDS-related stigma and the processes of discrimination prior to diagnosis among pregnant women living with HIV/AIDS. The fieldwork involved interviews about the life trajectories of 29 pregnant women living with HIV/AIDS, recruited at two AIDS services in Rio de Janeiro, Brazil. The analysis revealed that before HIV diagnosis, social and gender inequalities experienced by these women reduced their access to material and symbolic goods that could have enhanced educational and career prospects and their ability and autonomy to exercise sexual and reproductive rights. Being diagnosed with HIV triggered fear of moral judgment and of breakdown in social and family support networks. Given these fears, pregnant women living with HIV/AIDS opt for concealment of the diagnosis. It is necessary for health services, NGOs and government agencies to work together to face the factors that fuel stigma, such as socioeconomic and gender inequalities, taboos and prejudices related to sexuality, and also develop actions to enable women to redefine the meaning of the disease.


O estudo analisa a relação entre o estigma relacionado à AIDS e os processos de discriminação antes do diagnóstico entre gestantes vivendo com HIV/AIDS. O trabalho de campo incluiu entrevistas sobre as trajetórias de vida de 29 gestantes recrutadas em serviços de AIDS no Rio de Janeiro, Brasil. A análise mostrou que antes do diagnóstico do HIV, as desigualdades sociais e de gênero vivenciadas por essas mulheres já haviam reduzido seu acesso a bens materiais e simbólicos que poderiam ter melhorado suas perspectivas educacionais e de carreira, assim como, sua capacidade e autonomia no sentido de exercer seus direitos sexuais e reprodutivos. O diagnóstico de HIV provocava medo de julgamento moral e de desagregação nas redes de apoio sociais e familiares. Em função desses temores, as gestantes vivendo com HIV optam por ocultar o diagnóstico. É necessário que os serviços de saúde, ONGs e agências do governo colaborem para enfrentar os fatores que alimentam o estigma, tais como desigualdades socioeconômicas e de gênero, tabus e preconceitos relacionados à sexualidade, além de desenvolver ações parar empoderar as mulheres para redefinir a doença.


El estudio analiza la relación entre el estigma relacionado con el SIDA y los procesos de discriminación antes de su diagnóstico entre gestantes que viven con VIH/SIDA. El trabajo de campo incluyó entrevistas sobre las trayectorias de vida de 29 gestantes, inscritas en servicios de SIDA en Río de Janeiro, Brasil. El análisis mostró que, antes del diagnóstico del VIH, las desigualdades sociales y de género experimentadas por esas mujeres ya habían reducido su acceso a bienes materiales y simbólicos que podrían haber mejorado sus perspectivas educacionales y de carrera, así como su capacidad y autonomía, en el sentido de ejercer sus derechos sexuales y reproductivos. El diagnóstico de VIH provocaba miedo a un juicio moral y de desagregación en las redes de apoyo sociales y familiares. En función de esos temores, las gestantes viviendo con VIH optan por ocultar el diagnóstico. Es necesario que los servicios de salud, ONGs y agencias del gobierno colaboren para enfrentar los factores que alimentan el estigma, tales como desigualdades socioeconómicas y de género, tabús y prejuicios relacionados con la sexualidad, además de desarrollar acciones parar empoderar a las mujeres con el fin de redefinir la enfermedad.


Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Adult , Prejudice/psychology , Acquired Immunodeficiency Syndrome/psychology , Social Stigma , Socioeconomic Factors , Brazil , Interviews as Topic
6.
Rio de Janeiro; s.n; 2012. 332 p. ilus, mapas, tab, graf.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: lil-678790

ABSTRACT

Na África Subsaariana, o engajamento de mulheres jovens em relacionamentos com vários parceiros em busca de benefícios materiais /financeiros, denominado de ‘sexo transacional’ temocupado um lugar de destaque para explicar a dinâmica da epidemia de HIV na região. Porém, os estudos esbarram em dificuldades conceituais e operacionais para delimitar e identificar tais práticas e analisá-las, em sua relação com o HIV/AIDS, desde uma perspectiva que contemple tanto aspectos macro-estruturais do contexto de vida das mulheres quanto aqueles de natureza micro-social observados na formação e manutenção de suas redes afetivo-sexuais. A partir de um estudo epidemiológico associado a um componente qualitativo de investigação, buscou-se com esta tese compreender a dinâmica dos relacionamentos afetivo-sexuais envolvendo trocas econômicas em uma região de fronteira internacional entre Angola e Namíbia e se e como poderiam influenciar a vulnerabilidade de jovens mulheres ao HIV/AIDS. Uma amostra de 500mulheres, com idades entre 15 a 24 anos, foram convidadas a participar por meio da técnica de amostragem com ‘recrutamento’ dirigido pelo participante ou Respondent Driven Sampling (RDS) e a todas foi aplicado um questionário sócio-comportamental por meio de um computador de bolso. Adicionalmente, entrevistas semi-estruturadas com 24 jovens angolanas e14 namibianas e observações participantes foram conduzidas no lado angolano da fronteira. Os resultados evidenciaram que há um conjunto imbricado de fatores estruturais (mudanças econômicas, crescente urbanização, processos de migração e mobilidade relacionados,representações e expectativas normativas de gênero e sexualidade, e processos de estigmatização e discriminação com base em gênero, nacionalidade, etnia e condição e posiçãosocioeconômica) que determinam oportunidades e a busca na formação de redes afetivo-sexuais e econômicas entre mulheres e a população masculina migrante, móvel e/ou autóctone,propiciando às jovens agregarem não apenas capital econômico, mas social e afetivo. Na formação e manutenção dessas redes, há claramente a presença da agência individual das mulheres que buscam acessar homens com maiores chances de lhes proporcionar a realização de seus projetos, desejos, e o acesso a recursos simbólicos e materiais; geralmente homens (vistoscomo namorados e/ou ‘amigos’) mais velhos (diferenças de idade iguais ou maiores que 10 anos) e com melhor condição e posição socioeconômica. O engajamento nesses relacionamentostrazem riscos sociais (perda de reputação, sanções familiares, falta de suporte social, episódios de discriminação e violência) e sua gestão por parte das mulheres ganha precedência à gestão do risco de transmissão do HIV/AIDS por meio, por exemplo, do uso consistente de condom. Este se mostrou reduzido, inferior a 20 por cento, e foi mais utilizado no contexto do relacionamento com os‘amigos’, parcerias ocasionais ou regulares cuja principal motivação das jovens para o relacionamento é a provisão de ajuda material / financeira, do que com os namorados. Com estes, o não uso de condom parece estar menos vinculado à barganha pelo beneficio material e/ou financeiro recebido, como é mais com os amigos, fazendo parte de uma série de obrigações vinculadas às expectativas de reciprocidade baseada na confiança, amor e intimidade estabelecida, e moldadas por assimetrias de poder marcadas por gênero, idade e condiçãosocioeconômica. A permeabilidade e os processos de mobilidade e migração nessa região de fronteira, envolvendo mulheres, jovens e adultas, inseridas em redes afetivo-sexuais e econômicas transfronteiriças reitera a necessidade de esforços conjuntos e bilaterais noenfrentamento da epidemia de HIV na fronteira Angola-Namíbia que levem em consideração as iniquidades sociais e econômicas a que estão sujeitas.


Subject(s)
Humans , Female , Border Areas , HIV Infections/epidemiology , Sex Work/ethnology , Sexual Behavior , Acquired Immunodeficiency Syndrome/epidemiology , Unsafe Sex , Disaster Vulnerability/ethnology , Africa/epidemiology , Angola/epidemiology , Epidemiologic Studies , Namibia/epidemiology , Socioeconomic Factors
7.
Rev. paul. pediatr ; 30(1): 51-56, 2012. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-618448

ABSTRACT

Avaliar parâmetros bioquímicos e fisiológicos em adolescentes do sexo feminino com sobrepeso/obesidade ou com peso corporal normal e avaliar se fatores de risco cardiovascular, postulados como componentes da síndrome metabólica, já estão presentes nessa faixa etária. MÉTODOS: Estudo transversal, tendo-se comparado a totalidade de meninas com idades entre 12 e 18 anos de um colégio de Ribeirão Preto, divididas em dois grupos: sobrepeso/obesidade (n=30) e controle (n=39). De cada menina, foram avaliados parâmetros antropométricos (peso, estatura, dobras cutâneas, circunferências do abdome e do quadril) e bioquímicos (glicose, insulina, lipidograma, ureia, creatinina, fibrinogênio, PAI-1, ferritina, sódio e microalbuminúria). RESULTADOS: As adolescentes com sobrepeso/obesidade apresentaram níveis maiores de pressão arterial, glicose, triglicérides, ácido úrico, PAI-1, fibrinogênio e insulina e níveis menores de colesterol-HDL em relação ao grupo controle. A análise de alterações e formação de clusters de fatores de risco demonstrou que 76,7 por cento das adolescentes do grupo sobrepeso apresentaram dois ou mais fatores de risco relacionados à síndrome metabólica, enquanto 79,5 por cento das adolescentes do grupo controle apresentaram nenhuma ou apenas uma alteração. Os parâmetros microalbuminúria e ferritina sérica não apresentaram alterações e diferenças entre os grupos. CONCLUSÕES: Adolescentes do sexo feminino com sobrepeso/obesidade já apresentam hipertensão, dislipidemias, disfibrinólise, hiperinsulinemia e clusters de fatores de risco cardiovascular.


To evaluate biochemical and physiological variables in overweight/obese and normal body weight female adolescents and assess whether cardiovascular risk factors, postulated as components of the metabolic syndrome, are already present in this age group. METHODS: Cross-sectional study comparing all girls aged between 12 and 18 years from a highschool in Ribeirão Preto, São Paulo, Brazil. Girls were divided in two groups: overweight/obese (n=30) and control (n=39). The following were evaluated: weight, height, skinfolds, circumferences of the abdomen and hip and biochemical parameters (glucose, insulin, lipid profile, urea, creatinine, fibrinogen, PAI-1, ferritin, sodium and microalbuminuria). RESULTS: Overweight and obese girls had higher levels of blood pressure, glucose, triglycerides, uric acid, PAI-1, fibrinogen and insulin, and lower HDL cholesterol compared with the control group. The analysis of risk factors clusters showed that 76.7 percent of adolescents from the overweight/obese group had two or more risk factors associated with metabolic syndrome, while 79.5 percent of the adolescents in the control group had one or none risk factors. Microalbuminuria and serum ferritin did not show differences between groups. CONCLUSION: Overweight/obese female adolescents already have hypertension, dyslipidemia, disfibrinolisys, hyperinsulinemia and clusters of cardiovascular risk factors.


Evaluar parámetros bioquímicos y fisiológicos en adolescentes del sexo femenino con sobrepeso/obesidad o peso corporal normal y evaluar si factores de riesgo cardiovascular, postulados como componentes del síndrome metabólico, ya están presentes en esa franja de edad. MÉTODOS: Estudio transversal, habiéndose comparado la totalidad de niñas con edades entre 12 y 18 años, de un colegio de Ribeirão Preto (Brasil), divididas en dos grupos: sobrepeso/obesidad (n=30) y control (n=39). De cada niña, se evaluaron parámetros antropométricos (peso, estatura, pliegues cutáneos, circunferencias del abdomen y de la cadera) y bioquímicos (glucosa, insulina, lipidograma, urea, creatinina, fibrinógeno, PAI-1, ferritina, sodio y microalbuminuria). RESULTADOS: Las adolescentes con sobrepeso/obesidad presentaron niveles mayores de presión arterial, glucosa, triglicéridos, ácido úrico, PAI-1, fibrinógeno e insulina y niveles menores de colesterol-HDL respecto al grupo control. El análisis de alteraciones y formación de clusters de factores de riesgo demostró que el 76,7 por ciento de las adolescentes del grupo sobrepeso presentaron dos o más factores de riesgo relacionados al síndrome metabólico, mientras que el 79,5 por ciento de las adolescentes del grupo control presentaron ninguna o solamente una alteración. Los parámetros microalbuminuria y ferritina sérica no presentaron alteraciones y diferencias entre los grupos. CONCLUSIONES: Adolescentes del sexo femenino con sobrepeso/obesidad ya presentan hipertensión, dislipidemias, disfibrinólisis, hiperinsulinemia y clusters de factores de riesgo cardiovascular.


Subject(s)
Humans , Female , Adolescent , Cardiovascular Diseases , Hyperinsulinism , Obesity/complications , Metabolic Syndrome/complications
8.
Rev. bras. epidemiol ; 14(3): 467-477, set. 2011. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-604619

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) em mulheres permanecem um desafio para a Saúde Pública: elevada prevalência, dificuldade para implantação de estratégias de diagnóstico precoce e elevada ocorrência de sequelas. OBJETIVO: Identificar a prevalência de IST em usuárias de um serviço de atenção primária à saúde em São Paulo. MÉTODOS: Mulheres de 18 a 40 anos foram convidadas para realizar autocoleta de secreção vaginal para a detecção de Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae e Trichomonas vaginalis por meio de Reacão em Cadeia da Polimerase (PCR). As mulheres também responderam a um questionário com questões demográficas e relativas à história sexual face a face ou autoaplicado por meio de um computador. RESULTADOS: Das 781 mulheres incluídas no estudo, as prevalências obtidas foram: Chlamydia trachomatis (8,4 por cento), Neisseria gonorrhoeae (1,9 por cento) e Trichomonas vaginalis (3,2 por cento). A positividade para pelo menos uma das três IST foi de 13 por cento. As variáveis associadas independentemente com maior risco de IST foram: idade menor que 20 anos, mais de dois parceiros sexuais na vida e percepção de risco para IST; o uso de preservativo como método contraceptivo foi um fator protetor. CONCLUSÃO: A prevalência encontrada em usuárias indica a necessidade da implantação de estratégias de rastreamento de IST em serviços de atenção primária.


INTRODUCTION: Sexually Transmitted Infections (STIs) in women remain a public health challenge due to high prevalence, difficulties to implement early diagnosis strategies and high rates of complications. OBJECTIVE: Identify the prevalence of STIs among users of a primary health care clinic in São Paulo. METHODS: Women, 18 to 40 years of age, were invited to self-collect vaginal specimens to be tested for Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, and Trichomonas vaginalis by Polymerase Chain Reaction (PCR). Women were also invited to answer a demographic and sexual history questionnaire, either on the computer or face-to-face. RESULTS: The prevalence of STIs obtained from the 781 women included in the study was: Chlamydia trachomatis: 8.4 percent, Neisseria gonorrhoeae: 1.9 percent, and Trichomonas vaginalis: 3.2 percent. Thirteen percent tested positive for at least one out of the three STIs. The variables associated independently with a higher risk of STIs were: age under 20-years-old, more than two lifetime sexual partners, and self-perception of STI risk. The use of condoms as a contraceptive method proved to be a protective factor. CONCLUSION: The high prevalence found among these women indicates the need for the implementation of STI screening strategies in primary care settings in Brazil.


Subject(s)
Adult , Female , Humans , Young Adult , Sexually Transmitted Diseases/diagnosis , Brazil , Early Diagnosis , Prevalence , Primary Health Care , Surveys and Questionnaires , Sexually Transmitted Diseases/epidemiology
9.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 14(4): 1085-1099, julho-ago. 2009. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-523940

ABSTRACT

No presente estudo, buscou-se identificar e comparar as características das mulheres vivendo (MVHA) e não vivendo com HIV/aids (MNVHA) que declararam ter realizado aborto alguma vez na vida. Entre novembro de 2003 e dezembro de 2004, estudo de corte transversal foi conduzido com 1.777 MVHA e 2.045 MNVHA em treze municípios brasileiros. Após ajuste por algumas variáveis confundidoras, 13,3 por cento das MVHA versus 11,0 por cento das MNVHA relataram aborto induzido na vida (p>0,05). Para ambos os grupos, as variáveis que se mostraram associadas significantemente ao relato de aborto induzido após ajuste no modelo de regressão logística múltipla foram: idade, com as mulheres mais velhas relatando maiores proporções de aborto; residir na região Norte do país; idade na primeira relação sexual (até 17 anos); ter tido três ou mais parceiros sexuais na vida; ter usado drogas alguma vez na vida e ocorrência (auto-referida) de doença sexualmente transmissível. Os resultados sugerem que, de forma geral, o perfil das mulheres que relataram a prática de aborto é bastante semelhante entre MVHA e MNVHA, e que os contextos associados à infecção pelo HIV e às práticas e decisões reprodutivas podem guardar similaridades.


This study aimed to identify and compare the characteristics of women living (WLHA) and not living with HIV/AIDS (WNLHA) regarding the report of lifetime induced abortion. Data from 1,777 MVHA and 2,045 MNVHA were collected between November 2003 and December 2004 during a crosssectional study carried out in 13 municipalities of Brazil. After adjustment for confounding variables, 13.3 percent of MVHA versus 11.0 percent of MNVHA reported induced abortion in their lifetime (p>0.05). In multivariate analysis, independent correlates of lifetime induced abortion for both groups were: age, with older women reporting greater proportions of reporting induced abortion, living in the North region of Brazil, age at sexual debut (up to 17 years old), having three or more lifetime sexual partners, having ever used drugs and self-reporting occurrence of sexually transmitted diseases. The results suggest that, in general, the characteristics of women who reported induced abortion in both groups were similar, and that the contexts associated to HIV infection and to reproductive practices and decisions among women might share similarities.


Subject(s)
Adolescent , Adult , Female , Humans , Middle Aged , Young Adult , Abortion, Induced/statistics & numerical data , HIV Infections , Acquired Immunodeficiency Syndrome , Brazil , Young Adult
10.
Cad. saúde pública ; 25(supl.2): s321-s333, 2009. tab
Article in Portuguese | LILACS, SES-SP | ID: lil-522240

ABSTRACT

Este artigo tem como objetivo identificar os contextos de vulnerabilidade para o HIV entre mulheres brasileiras. Entre novembro de 2003 a dezembro de 2004 foi realizado um estudo de corte transversal em 13 municípios distribuídos nas cinco regiões do país, incluindo, respectivamente, 1.777 mulheres com diagnóstico positivo para HIV e 2.045 mulheres usuárias de serviços públicos de atenção à saúde da mulher sem diagnóstico conhecido de soropositividade para o HIV. A comparação entre os dois grupos mostrou que as mulheres com diagnóstico de HIV/AIDS não apresentaram um número de parceiros significativamente diferente com relação às mulheres sem diagnóstico de HIV/AIDS. No entanto, as mulheres vivendo com HIV/AIDS apresentaram início da vida sexual mais precoce, menor aderência ao uso de preservativos, e uma maior proporção dessas mulheres relatou uso de drogas, ocorrência de DST e de violência sexual na vida. Tais resultados sugerem a importância de pensar em estratégias de prevenção voltadas para o fortalecimento das mulheres e não apenas focadas em seus comportamentos individuais.


This article aims to identify contexts of vulnerability related to HIV among Brazilian women. From November 2003 to December 2004, a cross-sectional study was conducted in 13 municipalities in the five Brazilian regions. The study included 1,777 women with a positive HIV diagnosis and 2,045 women attending public health care services. There were no significant differences between the two groups concerning number of sexual partners. However, HIV-positive women had a history of earlier sexual initiation and lower frequency of condom use. Higher proportions of HIV-positive women had used drugs, had a history of previous STDs, and had been victims of sexual violence some time in their life. The findings suggest the importance of considering strategies for HIV prevention focused on women's empowerment as a whole, and not focused only on their individual behaviors.


Subject(s)
Adolescent , Adult , Female , Humans , Young Adult , HIV Infections/epidemiology , Women's Health , Brazil/epidemiology , Contraception Behavior/statistics & numerical data , Cross-Sectional Studies , HIV Infections/prevention & control , Health Knowledge, Attitudes, Practice , Marital Status , Risk-Taking , Sexual Behavior/statistics & numerical data , Socioeconomic Factors , Substance-Related Disorders/epidemiology , Vulnerable Populations , Young Adult
11.
J. pediatr. (Rio J.) ; 84(2): 136-140, Mar.-Apr. 2008. tab
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: lil-480598

ABSTRACT

OBJETIVO: Determinar, entre um grupo de crianças e adolescentes eutróficos, os valores de glicemia e insulinemia de jejum e de índice homeostasis model assessment (HOMA). MÉTODOS: Estudo de corte transversal realizado em duas escolas públicas de Ribeirão Preto (SP). Foram obtidas medidas antropométricas, dados pessoais e colhida amostra de sangue venoso de 447 crianças e adolescentes eutróficos, de ambos os sexos, com idades entre 7 e 17,9 anos, maturadores médios. Mediram-se glicemia de jejum e insulinemia de jejum e calculou-se o HOMA. Utilizando o teste de Mann-Whitney, foram realizadas comparações entre os valores obtidos para meninos e meninas em cada faixa etária. Posteriormente, utilizando o teste de Kruskal-Wallis, foram comparados os valores em cada faixa etária para meninos e meninas. RESULTADOS: Entre as meninas, os valores de glicemia apresentaram variação entre 7 a 8,9 anos (p = 0,0005). Para ambos os sexos, em relação à insulinemia, ocorreu variação de acordo com a idade (p < 0,001), com valores mais elevados na faixa de 13 a 14,9 anos. Os valores de HOMA apresentaram variação significativa de acordo com a idade (p < 0,001) para meninos e meninas, com valores crescentes até a faixa de 13 a 14,9 anos. CONCLUSÕES: Os dados apontam para a necessidade do estabelecimento de curvas de referência para os três indicadores.


OBJECTIVE: To determine fasting glycemia and insulinemia levels and the HOMA index in a group of children and adolescents with normal body mass index (BMI). METHODS: This was a cross-sectional study conducted at two public schools in Ribeirão Preto, SP, Brazil. A total of 447 children and adolescents of both sexes, with normal BMI, aged 7 to 17.9 years and of average maturity for their age, underwent anthropometric measurements and provided personal data and a sample of venous blood so that glycemia, insulinemia and HOMA index could be determined. The results obtained for boys and girls were compared for each age range using the Mann-Whitney test. The results within each age band were then compared for boys and girls using the Kruskal-Wallis test. RESULTS: Glycemia results varied from 7 to 8.9 years (p = 0.0005). Fasting insulinemia varied significantly with age in both sexes (p < 0.001), with the highest values observed among children aged 13 to 14.9 years. HOMA indices varied significantly with age in both boys and girls (p < 0.001), with values that increased progressively up to the age band of 13 and 14.9 years. CONCLUSIONS: These data demonstrate the necessity of establishing reference curves for these three indicators.


Subject(s)
Adolescent , Child , Female , Humans , Male , Blood Glucose/analysis , Fasting/blood , Homeostasis/physiology , Insulin/blood , Age Factors , Cohort Studies , Cross-Sectional Studies , Reference Values , Statistics, Nonparametric
12.
J. pediatr. (Rio J.) ; 83(2): 181-185, Mar.-Apr. 2007. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-450902

ABSTRACT

OBJETIVO: Avaliar sensibilidade e especificidade de duas tabelas de referência para circunferência abdominal em crianças na detecção de valores elevados de índice de massa corporal, colesterol total, insulinemia de jejum, leptinemia de jejum e homeostasis model assessment. MÉTODOS: Foram avaliados 624 indivíduos, de ambos os sexos, com idades entre 7 e 18 anos, provenientes de duas escolas públicas, obtendo-se amostra de sangue venoso em jejum para dosagens de insulina, glicemia, leptina e colesterol total. Peso, estatura e circunferência abdominal foram aferidos de acordo com recomendações internacionais. Foram montadas tabelas de contingência em que se compararam, de um lado, a presença ou ausência de aumento na circunferência abdominal segundo os pontos de corte propostos de Taylor et al. e Freedman et al. e, de outro, presença ou ausência de valores alterados dos parâmetros avaliados. RESULTADOS: Os valores de sensibilidade foram sempre superiores para a tabela de Taylor et al., ao contrário da especificidade, sempre mais elevada para a tabela de Freedman et al. Os valores preditivos positivos foram, em geral, bastante baixos, mostrando-se relevantes apenas para o indicador índice de massa corpórea. CONCLUSÕES: Os resultados obtidos apontam para que se considere a referência de Taylor et al. melhor do ponto de vista da triagem, selecionando indivíduos com maior probabilidade de apresentarem as alterações estudadas; por outro lado, a referência de Freedman et al. mostrou-se mais adequada para uso clínico, sendo possível a sua utilização para substituir dosagens que possam não estar ao alcance do profissional, como insulinemia e leptinemia.


OBJECTIVE: To evaluate the sensitivity and specificity of two pediatric abdominal circumference reference tables to detect abnormally high body mass index, total cholesterol, fasting blood insulin and leptin levels, and homeostasis model assessment values. METHODS: A total of 624 male and female subjects, with ages ranging from 7 to 18 years, were evaluated. All children were recruited from two public schools. Venous blood samples were collected for determination of fasting plasma insulin, glucose, leptin, and total cholesterol levels. Weight, height and abdominal circumference were assessed according to internationally accepted guidelines. Contingency tables were constructed, comparing the presence or absence of increased abdominal circumference, according to cutoff points established by Taylor et al. and Freedman et al., with the presence or absence of abnormal values in the laboratory tests. RESULTS: Sensitivity values were consistently higher for the table by Taylor et al., whereas the table by Freedman et al. showed greater specificity. Positive predictive values were quite low in general, and were only relevant for body mass index. CONCLUSIONS: Results indicate that the table by Taylor et al. is best for screening purposes, as it identifies individuals at higher risk of presenting abnormal test results. On the other hand, the reference table by Freedman et al. is more suitable for clinical practice, as it could be used to replace laboratory measurements, such as blood insulin or leptin levels, which may not be available at all sites.


Subject(s)
Adolescent , Child , Female , Humans , Male , Body Mass Index , Cholesterol/blood , Insulin/blood , Leptin/blood , Obesity/diagnosis , Waist-Hip Ratio , Biomarkers/blood , Cross-Sectional Studies , False Negative Reactions , Hyperinsulinism/blood , Obesity/blood , Predictive Value of Tests , Sex Distribution
13.
J. pediatr. (Rio J.) ; 80(3): 229-234, maio-jun. 2004. tab
Article in English | LILACS | ID: lil-362574

ABSTRACT

OBJETIVO: Avaliar fatores determinantes de anemia e deficiência de ferro em crianças de duas creches da cidade de Pontal, sudeste do Brasil. MÉTODOS: Estudo transversal foi realizado avaliando-se 192 crianças com idades entre 12 e 72 meses. Dados pessoais (idade, sexo, uso de ferro medicamentoso, duração do aleitamento materno, tipo de parto, cuidados pré-natais, peso e estatura) e dados socioeconômicos (número de co-habitantes, escolaridade dos pais e renda per capita familiar) foram obtidos e correlacionados com hemoglobina, receptores de transferrina, ferritina e anemia ferropriva. RESULTADOS: A idade foi a variável mais afetada pelo estado nutricional de ferro, correlacionando-se com maiores valores de hemoglobina e ferritina e menores valores de receptor de transferrina, sendo que menos anemia ferropriva foi detectada quanto maior a idade. As outras variáveis estudadas não apresentaram correlação com o estado nutricional de ferro. CONCLUSAO: Os dados sugerem que as estratégias de controle para essa população de crianças pré-escolares devem ser direcionadas especialmente para aquelas de menor idade.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Child, Preschool , Child , Anemia, Iron-Deficiency/epidemiology , Iron/deficiency , Poverty , Anemia, Iron-Deficiency/etiology , Brazil/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Enzyme-Linked Immunosorbent Assay , Ferritins , Hemoglobins/analysis , Logistic Models , Prevalence , Risk Factors , Receptors, Transferrin/blood , Socioeconomic Factors , Statistics, Nonparametric
14.
Rev. bras. saúde matern. infant ; 3(1): 95-112, jan.-mar. 2003.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-345707

ABSTRACT

Vários estudos têm apontado que a permanência das altas taxas de incidência e mortalidade por câncer cérvico-uterino deve-se à baixa qualidade e cobertura do teste de Papanicolaou, principalmente em países em desenvolvimento. Pretende-se analisar alguns pontos relacionados às medidas de prevenção e controle do câncer cervical quanto à efetividade do teste de Papanicolaou, a lógica operacional e científica por detrás das políticas públicas de prevenção ao câncer cervical e a cobertura do teste em países norte-americanos, europeus e na América Latina. Consideram-se, ainda, os modelos explicativos que estão sendo propostos para avaliar o acesso e a utilização deste serviço, a partir da análise dos fatores associados à realização do teste de Papanicolaou descritos pela literatura. Propõe-se uma nova abordagem na investigação destes fatores, buscando a integração e interlocução de outros aspectos de cunho social, cultural e organizacional na análise do acesso e da utilização deste exame, visando um planejamento mais coerente das ações de prevenção e promoção à saúde com as necessidades e direitos das mulheres.


Subject(s)
Vaginal Smears , Uterine Cervical Neoplasms
15.
Interface comun. saúde educ ; 7(12): 41-54, fev. 2003. graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-332473

ABSTRACT

É difícil o relato de violência sofrida por mulheres. Trata-se da invisibilidade da violência que afeta as relaçöes usuárias - profissionais, criando impasses comunicacionais. Buscou-se caracterizar este silêncio, estudando usuárias de atençäo primária na rede pública de Säo Paulo, quanto a prevalência de violência, a percepçäo de ter sofrido violência, a definiçäo de violência em geral e a nomeaçäo dada por quem a experimentou. Entrevistaram-se 322 usuárias de 15 a 49 anos, sobre agressöes física, sexual e/ou psicológica, o agressor, e a percepçäo de ter sofrido violência, solicitando-se o relato de um episódio marcante, o nome que daria a este e a definiçäo de violência em geral. Das entrevistas, 69,6 por cento referiram alguma agressäo física, psicológica ou sexual e, destas, 63,4 por cento näo consideraram haver sofrido violência na vida; 64,3 por cento relataram algum episódio marcante e 46,5 por cento atribuíram um nome ao vivido. A definiçäo de violência mais comum foi a de agressäo física (78,8 por cento), seguida pela psicológica (39,7 por cento) e sexual (24,2 por cento). Conclui-se que a maioria das mulheres que referiu alguma agressäo näo considerou haver sofrido violência na vida. Houve grande dificuldade em contar episódios e nomeá-los, e apesar de a maioria desses episódios serem do âmbito doméstico, na definiçäo de violência esta referência näo aparece.


Subject(s)
Humans , Female , Adult , Middle Aged , Battered Women , Domestic Violence , Aggression , Hospitals, Municipal , Violence
16.
Cad. saúde pública ; 19(supl.2): 303-313, 2003. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-357697

ABSTRACT

Investigou-se a prevalência da realização do teste de Papanicolaou alguma vez na vida e nos últimos três anos entre mulheres de 15 a 49 anos, o recebimento do resultado do último teste realizado e os motivos relatados para a realização ou não do exame. Um inquérito domiciliar foi realizado no Município de São Paulo em 2000, com uma amostra representativa de 1.172 mulheres selecionadas aleatoriamente em seus domicílios. Das mulheres que já tinham iniciado a vida sexual (n = 1.050), 86,1 por cento (932) realizaram o teste alguma vez na vida e 77,3 por cento (839) nos últimos três anos. Das que já realizaram o teste, 806 (87,0 por cento) receberam o resultado do último exame. Os principais motivos para a realização do último teste foram: demanda espontânea (55,5 por cento), recomendação médica (25 por cento) e presença de queixas ginecológicas (18,2 por cento). As principais razões para a não realização do exame foram: ausência de problemas ginecológicos, vergonha ou medo e dificuldades de acesso. A despeito do relativo aumento na cobertura do teste de Papanicolaou e de mais da metade das mulheres demandarem espontaneamente pelo exame, sua realização foi menor entre aquelas com as piores condições sócio-econômicas e, portanto, de maior risco para o câncer cervical.


Subject(s)
Uterine Cervical Neoplasms , Vaginal Smears , Women's Health
17.
J. bras. patol. med. lab ; 38(3): 225-231, jul.-set. 2002. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-330648

ABSTRACT

Introdução: O exame colpocitológico ou teste de Papanicolaou permite o diagnóstico precoce do câncer de colo do útero. O êxito no rastreamento desta doença dependerá, além de outros fatores, da acuidade diagnóstica do exame colpocitológico. Objetivos: Avaliar a acurácia diagnóstica da citologia cervicovaginal na detecção de lesões cervicais através da comparação citoistopatológica. Material e métodos: Avaliou-se o grau de concordância entre os exames citológico e histopatológico de 373 pacientes atendidas em um hospital universitário no período de 1990 a 1997 e foram calculados os indicadores: sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivos e negativos e as taxas de falsos positivos e falsos negativos do exame. Resultados: A taxa bruta de concordância citoistopatológica foi de 65,1 por cento. A sensibilidade do exame foi alta (96,0 por cento), no entanto sua especificidade foi baixa (51,5 por cento), significando a inclusão de muitos resultados falsos positivos. A taxa de falsos positivos foi de 48,4 por cento, enquanto a de falsos negativos foi de 4 por cento. Discussão: Apesar de a sensibilidade do teste ser alta, sua especificidade é baixa, significando que muitas mulheres seriam falsamente diagnosticadas como doentes, levando a um número elevado de resultados falsos positivos e custos desnecessários, além do potencial caráter iatrogênico que esta ação poderia assumir. No entanto, um exame altamente sensível é o teste de escolha para programas de rastreamento de câncer cervical na população feminina. Conclusões: Para garantir a acuidade diagnóstica do teste de Papanicolau são essenciais atividades de controle de qualidade nos laboratórios, tanto do procedimento colpocitológico quanto do histopatológico, permitindo, assim, o êxito na detecção precoce e no tratamento das lesões cervicais


Subject(s)
Humans , Female , Colposcopy , Uterine Cervical Diseases/diagnosis , Predictive Value of Tests , Sensitivity and Specificity , Uterine Cervical Neoplasms , Vaginal Smears
18.
Säo Paulo; s.n; 2002. 225 p. tab, ilus.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: lil-312854

ABSTRACT

Objetivos. Investigar a cobertura e os fatores associados à realizaçäo do teste de Papanicolaou entre mulheres em idade reprodutiva e os motivos relatados pelas mulheres para realizarem ou näo o teste. Métodos. Os dados coletados fizeram parte da pesquisa multi-países sobre saúde da mulher e violência doméstica, coordenada pela Organizaçäo Mundial da Saúde e realizada no município de Säo Paulo entre abril e junho de 2000. Um inquérito domiciliar foi realizado com uma amostra representativa da populaçäo feminina de 15 a 49 anos, selecionadas aleatoriamente a partir de uma amostragem de domicílios por conglomerados em múltiplos estágios. Resultados. Ao todo, 86,0 por cento das mulheres relatam Ter realizado o teste alguma vez na vida; 77,0 por cento realizaram-no nos últimos 3 anos e 56,5 por cento no últimos doze meses anteriores à entrevista. Os fatores que se mostraram associados, positivamente, à realizaçäo do teste de Papanicolau nos últimos 3 anos, após o ajuste no modelo de regressäo logística múltipla foram: ter entre 35 e 49 anos de idade; mais de três anos de vida sexual; ser casada ou em uniäo consensual; ter realizado o teste para HIV alguma vez na vida; usar métodos contraceptivos hormonais ou cirúrgicos; ter até o colegial completo ou 12 anos ou mais de estudo; ter passado por consulta médica no último mês; referir um estado de saúde bom, excelente ou regular e usar camisinha com parceiro sexual contra DSTs. As seguintes razöes foram relatadas pelas mulheres para nunca terem realizado o teste: näo ser necessário ou näo ter problemas ginecológicos (41,4 por cento); vergonha ou desconforto físico (32,7 por cento); dificuldades de acesso ao serviço de saúde (11,2 por cento); problemas financeiros ou de transporte (6,0 por cento); näo sabia o motivo (5,2 por cento); falta de interesse (4,3 por cento); näo conhecia o exame (2,6 por cento); sem recomendaçäo médica (2,6 por cento) entre outras (6,9 por cento). Conclusöes. A despeito da alta cobertura do teste de Papanicolaou observada, o acesso e a utilizaçäo deste serviço preventivo näo se mostraram eqüitativos, visto que as mulheres que realizaram o exame foram, predominantemente, aquelas de melhor nível sócio-econômico e com contato regular à assistência médica, sugerindo que a realizaçäo do teste está mais relacionada à oportunidade ou chance de sua provisäo em conjunçäo a outras atividades assistenciais do que propriamente ao status de risco para o câncer cervical


Subject(s)
Humans , Female , Adolescent , Adult , Middle Aged , Uterine Cervical Neoplasms , Vaginal Smears , Women's Health , Cluster Sampling , Cross-Sectional Studies
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