Estudo comparativo sobre a influência do corticosteróide deflazacort (DL458) e prednisona na tolerância a glicose e a secreçäo de insulina em mulheres normais / A comparative study on the influence of the corticosteroid deflazacort (DL-458) and prednisone in the glucose tolerance and insulin secretion in healthy women

Foram avaliadas comparativamente as influências do deflazacort e da prednisona sobre a tolerância a glicose e a secreçäo de insulina em 10 mulheres sadias. As voluntárias foram submetidfas ao teste de tolerância a glicose (GTT) em três etapas, sendo as glicemias dosadas pelo método da glicose-oxidase e as insulinemias pelo teste de radioimunoensaio. Os resultados obtidos demonstram menor açäo diabetogênica do deflazacort comparado com a prednisona

Método rápido para dosagem da insulinemia por radioimunoensaio e sua aplicaçäo para a localizaçäo intra-operatória de insulinoma / Quick method of dosage of insulinemia by radioimmunoassay and its utilization for intraoperative localization of insulinoma

Desenvolvemos método rápido de dosagem de insulina para atender à necessidade de diagnóstico urgente da causa de certas hipoglicemias do recém nascido e para auxiliar na localizaçäo de insulinomas cuja situaçäo anatômica näo tenha sido definida por métodos radiológicos e ultra-sonográficos. A dosagem de insulina é realizada em 100micronl de plasma, em tampäo TRIS 100 mM, pH 7,0, com BSA a 0,25% incubados a 37-C por 40 minutos com insulina marcada com iodo 125 e anticorpo anti-insulina. A separaçäo do hormônio ligado pelo anticorpo é conseguida com polietilenoglicol (P.M. 6000) a 17% e a contagem realizada de imediato. Para apressar o ensaio, a curva padräo é preparada na véspera. Os resultados säo obtidos em 90 minutos e para sua validaçäo comparamo-los com os do método convencional, ficando evidente a sua similaridade (p>0,05). Este método rápido foi utilizado para localizaçäo intra-operatória do insulinoma de uma paciente em que, embora o diagnóstico clínico e laboratorial fosse indubitável, a localizaçäo do tumor era duvidosa após o emprego dos métodos radiológicos e ultra-sonográficos. A colheita das amostras durante o ato cirúrgico, realizada em diversos pontos da veia pancreática e na veia esplénica, e as dosagens das insulinemias pelo método rápido permitiram a orientaçäo da ressecçäo do páncreas e a retirada do tumor

Contribuiçäo ao estudo do mecanismo da pertubaçäo da homeostase glicêmica no hipertiroidismo

Objetivando investigar a natureza da influência do hipertiroidismo no metabolismo dos carboidratos e aparecimento ou agravamento do diabete que pode ocorrer, estudamos dez pacientes tirotóxicos portadores de doença de Graves antes e após o tratamento, inicialmente com propranolol e, depois, com propiltiouracil. O uso do propranolol näo interferiu com a tolerância à glicose secreçäo de insulina ou receptores para insulina em eritrócitos. O tratamento com propiltiouracil reduziu a insulinemia basal e aumentou a ligaçäo específica máxima da insulina a eritrócitos (p < 0,005). Concluímos que o hipertiroidismo induz a resistência à insulina por diminuir a ligaçäo da insulina a seus recptores específicos nos tecidos. Essa resistência à insulina exige maior secreçäo do hormônio e pode causar intolerância à glicose em indivíduos suscetíveis. Isto é, portadores de reserva pancreática diminuída em funçäo da idade ou de herança diabética

Atribuiçäo de notas a estudantes de graduaçäo em medicina através de método de auto-avaliaçäo grupal / Atribution of notes to graduation students in medicine by the methods of auto-evaluation group

Os autores aplicaram um sistema de auto-avaliaçäo grupal a 76 alunos do Curso Médico da Faculdade de Medicina da Universidade de Säo Paulo em 1975. Compararam os conceitos obtidos pelos alunos com conceitos exarados pelos docentes e com notas de prova do tipo múltipla escolha, ministrada de surpresa. Verificaram que houve 84,2% de concordância entre conceitos emitidos por alunos e professores e que, nas poucas discrepâncias havidas, a prova indicou que os conceitos emitidos pelos alunos estavam, na sua maioria, mais adequados que os dos professores. Assim sendo, recomendam que se repitam experiências deste tipo para aprimorar os esquemas de avaliaçäo e promoçäo de alunos

Somatostatinoma do pâncreas / Pancreatic somatostatinoma

Os autores descrevem um caso de somatostatinoma pancreático diagnosticado no pós-operatório através de imunohistiquímica. Paciente de sexo feminino, 48 anos, apresentava dor, massa abdominal e emagrecimento, sem diabete ou litíase vesicular. Näo foi possível o estudo de níveis séricos de somatostatinoma. A tomografia computadorizada revelou massa sólida no corpo e cauda de pâncreas, englobando o baço. A arteriografia seletiva do tronco celíaco revelou tumoraçäo hipervascularizada do corpo e causa de páncreas. foi efetuada esplenopancreatectomia distal. Um nódulo metastático no fígado foi também ressecado. A imunohistoquímica, a presença de enolase neuro-especifica (NSE) definiu neoplasia neuroendócrina e a detecçäo de grande quantidade de somatostatinoma no citoplasma de células tumorais fez o diagnóstico de somtostatinoma. No pós-operatório foi efetuada quimioterapia com estreptozotocina e 5-fluoracil

Micro ITT para avaliar sensibilidade tecidual à insulina / Micro ITT to evaluate tissue sensitivity to insulin

Padronizamos prova de sensibilidade tecidual à açäo da insulina exógena in vivo, baseada na queda glicêmica precoce (período de cinco a 15 minutos após a injeçäo de insulina), utilizando insulina em baixa dose (0,025U/Kg de peso corpóreo - 1/4 da dose usual) para prevenir hipoglicemia severa e precoce e a conseqüente liberaçäo de hormônios contra-reguladores, como por exemplo o hormônio de crescimento (GH). A constante de desaparecimento da glicose no plasma (Kg) foi maior no grupo-controle normal quando comparada com o grupo obeso diabético (obeso ou de peso normal) ou pacientes com acromegalia, hipercortisolismo e lipodistrofia diabética (p<0,05). O Kg no grupo obeso também foi maior que no grupo obeso diabético (p<0,05). Näo houve elevaçäo significante nos níveis de GH. Concluímos que a avaliaçäo da sensibilidade à açäo da insulina exógena através do Micro ITT, medindo a queda glicêmica precoce, é um método prático e fidedigno, permitindo a diferenciaçäo entre pacientes normais e pacientes portadores de patologias com resistência à açäo hormonal, podendo esta prova ser utilizada em diagnóstico e pesquisa clínica

Uso de sulfoniluréias e insulina associadas para o tratamento do diabetes "mellitus" / Uso of sulfonylurea and insulin combination for diabetes mellitus treatment

Foram analisadas as principais indicaçöes do uso da associaçäo de insulina e sulfoniluréias para o tratamento do diabetes mellitus à luz de evidências contidas na literatura de que, para agirem as sulfoniluréias, é necessária a existência de maior ou menor reserva pancreática secretora de insulina. Para o sucesso terapêutico das sulfoniluréias é fundamental sua propriedade estimuladora da secreçäo de insulina endógena, ficando em plano muito secundário as hipotéticas açöes extrapancreáticas que essas drogas possuiriam. Estudamos 12 pacientes diabéticos do tipo II com falência secundaria à glibenclamida utilizada na dose de 20mg por dia e associamos insulina NPH, 10 a 20 unidades diárias por 45 a 60 dias. Suspendemos entäo a insulina e após um mês verificamos grande melhora da capacidade de secreçäo de insulina frente ao estímulo da glicose ministrada por via oral (aos 120 minutos da prova, 34,7micronU/ml na fase anterior ao uso da insulina para 54,6micronU/ml em média, p<0,01). Conseqüentemente melhorou o controle glicêmico, ou seja, em jejum de 180,2 para 118,1mg/dl (p<0,01) e aos 120 minutos de 297,7 para 191,7mg/dl (p<0,01) em média. Hipotetizamos que a insulina provavelmente corrigiu desarranjos metabólicos celulares e com isso melhoraram a capacidade pancreática de produçäo de insulina e a sensibilidade à açäo do hormônio

Hipoglicemia reativa: uma raridade clínica / Reactive hypoglycemia: a clinical rarity

A hipoglicemia reativa pós-prandial é de forma supreendente diagnosticada com grande freqüência com base em curva de tolerância à glicose oral, praticada em pacientes exibindo vários sintomas e sinais que constumam acompanhar as hipoglicemias. O estudo mais objetivo e aprofundado destes casos, na sua imensa maioria, indica que o diagnóstico estava errado, conforme concluímos no presente trabalho submetendo 17 pacientes, que haviam sido rotulados como portadores de hipoglicemia reativa, a testes de tolerância à glicose oral e à medida da glicemia por ocasiäo dos episódios sintomáticos. A hipoglicemia reativa é uma entidade bastante rara e a maioria dos diagnósticos errados se deve a confusäo com quadros ansiosos, labirínticos entre outros