Apendicectomia em pacientes com idade superior a 40 anos: análise dos resultados de 217 casos / Appendectomy in patients over 40 years old: analysis of the results of 217 cases

Introdução: a baixa freqüência de apendicite aguda em pacientes acima de 40 anos indica que uma melhor análise desse grupo torna-se necessária. Método: realizamos um estudo de Coorte em 1343 pacientes submetidos a apendicectomia entre 2001 a 2005. Duzentos e dezessete pacientes apresentavam idade superior a 40 anos. Os pacientes foram divididos em 2 grupos: pacientes com idade superior (n=217) e inferior (n=1126). O Banco de Dados do Serviço em Cirurgia do Hospital Universitário Evangélico foi utilizado para fornecer os achados operatórios, os exames histopatológicos e o resultado clínico imediato. Resultados: no grupo com idade acima de 40 anos, os achados cirúrgicos demonstraram o apêndice em fase edematosa em 42,85por cento e em 26,72por cento foi identificada supuração. A incisão mediana foi realizada em 39,17por cento e o tempo de internação médio foi de 4,65 dias. No grupo com idade abaixo de 40 anos, os achados cirúrgicos demonstraram o apêndice em fase edematosa em 24,5por cento e supuração em 32,6por cento. A incisão mediana foi utilizada em 11,90por cento dos pacientes e o tempo de internação médio foi de 3,35 dias. Conclusão: nos pacientes acima de 40 anos, observamos casos mais complexos, provavelmente pelo baixo índice de suspeição.

Cirurgia laparoscópica colorretal experiência inicial / colorectal laparoscopic surgery- initial experience

No período de janeiro de 1996 a feveiro de 2001, foram operados 38 pacientes com patologias colorretais pelo método laparoscópico, sendo 15 (39,5 por cento) pacientes do sexo masculino e 23 (60,5 por cento) do sexo feminino, com idade variando de 15 a 79 anos (média de 51). Destes pacientes, 10 apresentavam megacólon; 10, doença diverticular; 7, adenocarcinoma de reto; 3, adenocarcinoma intra-mucoso de sigmóide; 2, doença diverticular e adenocarcinoma intra-mucoso de cólon esquerdo; 1, adenoma viloso plano de ceco; 2, colostomia Hartmann; 1, carcinoma espinecelular de canal anal; 1, prolapso retal; e 1, carcinoma de ceco. As cirurgias realizadas foram: 16 retossigmoidectomias, 9 sigmoidectomias, 5 amputaçöes abdominoperineal de reto (cirurgia de Miles), 2 hemicolectomias esquerda, 3 colectomias direita, 1 sacropromontofixaçäo e 2 reconstruçäo de trânsito de colostomia Hartmann. O tempo de cirurgia variou de 110 a 210 minutos com média de 177,2 minutos. O tempo médio de internamento foi de 5,2 dias. Houve 1 (2,6 por cento) conversäo por dificuldade técnica, näo ocorreu complicaçäo intra-operatória. Houve 5 (13 por cento) complicaçöes pós-operatórias, sendo 2 (5,2 por cento) deiscências de anastomose no 4§ dia de pós-operatório, 1 (2,6 por cento) obstruçäo precoce de íleo terminal por bridas, 1 (2,6 por cento) estenose de anastomose mecânica colorretal no 6§ mês de pós-operatório e 1 (2,6 por cento) abscesso de parede.

Preparo de cólon transoperatório e anastomose primária em cirurgias de emergência / Colonic preparation in the time of surgery and primary anastomosis in emergency surgeries

No período compreendido entre 1996 e 2000, 15 pacientes foram submetidos à cirurgias colorretais de emergência, com preparo de cólon transoperatório retrógrado e anastomose primária. Destes, 9(60 por cento) eram do sexo feminino, com idade variando de 25 a 60 anos e idade média de 49,7 anos. As indicaçöes para cirurgia foram: 8(53,3 por cento) tumor obstrutivo de transiçäo retossigmóide, 4(26,6 por cento) diverticulite de sigmóide, 1(6,6 por cento) megacólon chagásico, 1(6,6 por cento) ferimento por arma de fogo e 1(6,6 por cento) perfuraçäo iatrogênica de sigmóide. As cirurgias realizadas foram: 9(60 por cento) retossigmoidectomias, 4(26,6 por cento) sigmoidectomias e 2(13,3 por cento) ressecçöes segmentares de cólon sigmóide. O método de preparo transoperatório foi retrógrado, utilizando-se um aparelho valvulado fechado com 3 vias. As complicaçöes pós-operatórias foram 2(13,3 por cento) abscessos de parede abdominal, 1(6,6 por cento) fístula de baixo débito e 1(6,6 por cento) deiscência de anastomose. Conclui-se que o método de preparo de cólon transoperatório retrógrado mostrou ser eficiente, proporcionando anastomose colônica primária com segurança nas cirurgias de emergência

Análise da intoxicaçäo alcoólica em vítimas fatais de acidentes de trânsito de Curitiba / Alcohol intoxication in traffic related casualties in Curitiba

O presente estudo procura estabelecer um perfil da intoxicaçäo alcoólica em vítimas fatais de acidente de trânsito. Um total de 63 vítimas dentre 103 vítimas fatais de acidentes de trânsito ocorridos em setembro e outubro de 1995, em Curitiba foram analisadas quanto ao sexo, idade, posiçäo do veículo, uso de meios de proteçäo obrigatórios, horários e tipos dos acidentes. Considerou-se como dosagens alcoólicas positivas aquelas maiores ou iguais a 0,5 mg de álcool por decilitro de sangue, pelo método de cromatografia gasosa. A incidência de vítimas alcolizadas foi de 42,85 por cento e a dosagem alcoólica média foi de 2,26 =- 1,05 mg/dl de sangue. Foi observada a predominância de vítimas alcoolizadas em acidentes ocorridos no período noturno (58,07 por cento) de forma estatisticamente significativa. Verificou-se preponderância do sexo masculino em relaçäo ao feminino de 3/1, idade média de 33,4 +- 11,9 anos. Das vítimas alcoolizadas 45,3 por cento eram motoristas, e 81,8 por cento näo usavam cinto de segurança ou capacete. A proporçäo de vítimas alcoolizadas dentre os atropelados (43,5 por cento) era maior que a dos outros acidentes (39,5 por cento) (p=0,7). Este trabalho conclui que é grande a incidência da intoxicaçäo alcoólica relacionada a acidentes de trânsito com vítimas fatais, a maioria no período noturno, atingindo principalmente motoristas adultos jovens do sexo masculino, que näo faziam uso de meios de proteçäo, tanto em vítimas de colisöes como nos atropelamentos em proporçöes semelhantes