Consumo de oxigênio durante anestesia quantitativa / Oxygen consumption in quantitative anesthesia

O consumo de oxigênio basal diminui durante a anestesia geral. Neste ensaio clínico, duplo cego e de forma aleatória, o autor empregou um sistema fechado de inalaçäo para medir o consumo de oxigênio durante anestesia geral com halotano, enflurano e isoflurano em três grupos de vinte pacientes adultos, estado físico I ou II (ASA) escalados para diferentes tipos de cirurgia. O propósito do estudo foi correlacionar o consumo de oxigênio com a profundidade normal de uma anestesia clínica. Consentimento verbal foi obtido de todos os enfermos Temazepam (0.3 mg kg-v) foi administrado por via oral 60 a 90 min antes da cirurgia como medicaçäo pré-anestésica. A induçäo foi realizada com dose única de etomidato (0.4 mgkg-v) e succinilcolina (1 mgkg-v) por via venosa. Após a conexäo do paciente ao sistema de inalaçäo, foram injetadas doses padronizadas de anestésico líquido (iguais para os três grupos aos 0 e 1 min no ramo expiatório do sistema; as doses subsequentes injetadas aos 2§, 3§, 4§, etc. min variaram em volume de acordo com a pressäo arterial sistólica. O relaxamento muscular foi obtido com vecuronio por via venosa. O fluxo de oxigênio foi medido imediatamente antes da injeçäo do anestésico líquido; o consumo real de 02 foi estimado após o cálculo do vazamento do sistema de inalaçÝo empregando a fraçäo inspirada de oxigênio entre os 4 e 64 min de anestesia. Em geral, a fraçäo inspirada de oxigênio foi mantida entre 45 e 75 por cento. O vazamento médio da mistura gasosa foi da ordem de 25.7 ml min-v para os três grupos. Näo houve diferenças significativas no consumo real de oxigênio nos três grupos de enfermos; em média (para os três agentes) o consumo real estimado de O2 foi de 12 por cento menor que o previsto. A anestesia foi mantida com pressäo arterial normal

O uso do isoflurano em anestesias para neurocirurgia / Use of isoflurane in neurosurgical anesthesia

O objetivo do estudo foi verificar as qualidades do isoflurano como agente de manutençäo de anestesias para neurocirurgia, em comparaçäo com a neuroleptoanalgesia II-(NLA-II), técnica esta que já tem longa aceitabilidade para este procedimento. Com isso, avaliou-se se o isoflurano é superior aos outros agentes anestésicos inalatórios halogenados, os quais elevam significativamente a PIC, dificultando o fechamento da calota, em neurocirurgia crânio-encefálica, pondo estruturas nobres do SNC sob risco de lesäo. A PIC näo pode ser medida por dificuldades técnicas. Entretanto, os sinais indiretos mostraram que ela variou de modo semelhante tanto no grupo NLA-II quanto no grupo isoflurano, indicando que este anestésico hinalatório é uma boa opçäo para neuroanestesias, propiciando também uma baixíssima toxicidade, uma recuperaçäo mais precoce e a possibilidade de induzir hipotensäo arterial quando desejada

Induçäo da anestesia pelo método quantitativo: estudo comparativo com enflurano, halotano e esoflurano / Quantitative anesthesia induction: a comparative study with enflurane, halothane and isoflurane

Neste estudo clínico o enflurano, isoflurano e o halotano foram usados como agentes de induçäo através do método quantitativo de anestesia. Participaram do estudo 60 pacientes adultos, de ambos os sexos (20 em cada grupo), estado físico I ou II (ASA), sem doença cardiopulmmonar, e escalados para diferentes tipos de cirurgia. Diazepam foi usado como medicaçäo pré-anestésica em todos os casos, por via oral, na dose de 0,2 a 0,4 mg.Kg-1. As pressöes arteriais sistólica e diastólica, a freqüência cardíaca, bem como o relaxamento muscular foram os parâmetros básicos de avaliaçäo da facilidade ou näo da intubaçäo orotraqueal. Ao mesmo tempo foram medidos os volumes gastos de anestésicos, bem como o fluxo de oxigênio administrado por um período mínimo de 3 min, pequena dose de tiopental sódico, seguida de dose paralisante de relaxante muscular, precediam o fechamento do sistema de inalaçäo; após a dose inicial (priming), duas outras doses foram injetadas no ramo expiratório do sistema de inalaçäo nos minutos 1 e 4. A média de idade dos pacientes foi de 36,7 ñ 10,8 anos no grupo do enflurano, 41,5 ñ 9,9 anos no grupo do isoflurano, 41,5 ñ 9,9 anos no grupo do isoflurano e 40,6 ñ 10,6 anos no grupo do halotano. A dose média de diazepam foi de 0,22 ñ 0,09mg.Kg-1 no grupo do enflurano, 0,25 ñ 0,10 mg.Kg-1 no grupo do isoflurano e 0,23 ñ 0,07 mg.Kg-1 no grupo do halotano. A dose média de tiopental sódico para a hipnose dos pacientes foi de 1,35 ñ 0,15 mg.Kg-1 no grupo do enflurano, 1,4 ñ 0,11 mg.Kg-1 no grupo do halotano. O brometo de pancurônio foi usado nas quantidades de 0,086 ñ 0,005 mg. Kg-1 0,079 ñ 0,007 mg.Kg-1 e 0,08 ñ 0,006 mg.Kg-1 respectivamente nos grupos do enflurano, isoflurano e halotano. O fluxo médio de oxigênio empregado foi cerca de 260,0 ñ 38,3 ml.min-1 no grupo do isoflurano e 250,0 ñ 53,8 ml.min-1 no grupo do halotano...

Bases farmacológicas para o uso de éter venoso em anestesia / Pharmacological basis of intravenous diethyl ether anesthesia

Apresentam-se as bases farmacocinéticas para o emprego do éter a 5% em soluçäo de glicose por via venosa. Descrevem-se os princípios para os cálculos das quantidades a serem administradas, de acordo com os princípios expostos por Brody e desenvolvidos por Lowe para a anestesia quantitativa. A técnica preconizada é descrita com detalhes, quando se utiliza ventilaçäo com oxigênio puro e com misturas de óxido nitroso. As vantagens e as desvantagens säo descritas, ressaltando-se a segurança associada ao baixo custo de sua aplicaçäo

O emprego do isoflurano com a técnica de baixo fluxo de gases / The use of isoflurane with low flow of gases technic

O isoflurano é um anestésico inalatório näo explosivo, isômero do enflurano, que há pouco tempo foi lançado nos Estados Unidos. Neste ensaio clínico, o isoflurano foi usado com baixos fluxos de gases e absorçäo total do dióxido de carbono. Participaram do estudo 20 pacientes, 6 homens e 14 mulheres estado físico I ou II escalados para diferentes tipos de cirurgias. Diazepam foi usado em todos os enfermos como medicaçäo pré-anestésica, por via oral, na dose de 0,2 a 0,4 mg. kg-1. A induçäo da anestesia, em todos os pacientes, foi realizada com pancuronio 1 mg, tiopental 4 a 5 mg. kg-1 e succinilcolina 1,5 mg. kg-1, para facilitar a intubaçäo orotraqueal (IOT). O teste "T" de Student foi usado na análise estatística de todos os dados. A idade média dos enfermos foi de 37,8 + ou - 14,9 anos; o pêso médio de 57,0 + ou - 10,7 kg; a duraçäo média das cirurgias foi de 177,2 + ou - 76,6 minutos. O fluxo de O2 usado foi de 271,4 + ou - 46,9 ml min-1; o número de doses injetadas foi de 11,7 + ou - 3,8; o volume médio de isoflurano injetado foi de 10,3 + ou - 3,9 ml e o volume total usado nos 20 casos foi de 206,4 ml. Os autores concluem que o isoflurano apresenta novas opçöes para o anestesiologista, particularmente quando o uso de adrenalina seja mandatório para o ato cirúrgico; além do mais, o isoflurano é um anestésico que pode ser usado com sucesso com todas as técnicas atualmente empregadas pelo anestesiologista

A nalbufina em neuroleptoanestesia: drobufina / Nalbuphine in neuroleptoanesthesia: drobufina

O cloridrato de nalbufina (Nubain) é um analgésico agonista-antagonista que tem uma potência analgésica semelhante à da morfina sem, no entanto, produzir depressäo respiratória pós-operatória. Foi usado neste ensaio clínico associado ao droperidol na técnica de neuroleptoanestesia. Foram estudados 21 padientes de ambos os sexos, com idade média de 41,5 ñ 10,1 anos, pêso corporal de 56,7 ñ 8,9 kg, estado físico I ou II (ASA), escalados para cirurgia abdominal na quase totalidade dos casos. Imediatamente antes da induçäo da anestesia eram medidas a freqüência resperatória, o volume minuto, a pressäo arterial e a freqüência cardíaca. Os parâmetros respiratórios serviram de controle para a avaliaçäo do comportamento respiratório ao final da cirurgia. A pressäo arterial foi medida a cada 5 minutos; os batimentos cardíacos e o eletrocardiograma foram monitorizados continuamente durnate a cirurgia. Para avaliaçäo hemodinâmica dos pacientes foram registradas as pressöes arteriais sistólicas e diastólicas e a freqüência cardíaca nas seguintes etapas: vista pré-operatória (controle), imediatamente antes da induçäo da anestesia (inicial), durante a intubaçä ortotraqueal (IOT), no início da cirurgia e daí em diante de 15 em 15 minutos durante o restante da 1ª hora, de 30 em 30 minutos até completar a 3ª hora e a úlrima, ao final da cirurgia. Os mesmos parâmetros eram verificados juntamente com os parâmetros respiratórios no pós-operatório imediato. A induçäo da anestesia foi realizada com 12,38 ñ 2,06 ml da mistura nalbufina/droperidol (Ddrobufina) em todos os casos. A IOT foi realizada sob a açäo do brometo de pancurônio na dose de 0,1 mg.kg elevado a menos um. A anestesia foi mantida com nalbufina em doses intermitentes, óxido nitroso 66 por cento em oxigênio e brometo de pancurônio. A duraçäo média das anestesias foi 208,8 ñ 69,5 minutos. A dose média de nalbufina foi de 359,0 ñ 154,8 mg o que equivale a 6,20 ñ 2,33 mg.kg elevado a menos um ou 0,03 ñ 0,051 µg.kg elevado a menos um. Ao final da cirurgia, depois da reversäo do efeito do relaxante muscular confirmada com a obtençäo de tétano muscular com corrente de 100HZ aplicada através de estimulador de nervo periférico, foi iniciada a avaliaçäo do comportamento hemodinâmico e respiratório no pós-operatório. Gases sangüíneos foram coletados em 10 pacientes. A análise estatística dos resultados foi feita através do teste "t" de Student