ABSTRACT
O objetivo deste trabalho foi avaliar o estado nutricional de ferro, zinco e vitamina A de pré-escolares inseridos em um programa de educação alimentar e nutricional. Foi realizado um programa de educação alimentar e nutricional que consistiu de 6 intervenções com 54 crianças de 2 a 6 anos de idade, pais e funcionários de creches de tempo integral. Parâmetros bioquímicos (hemoglobina, ferritina, ferro sérico, zinco plasmático e eritrocitário e retinol plasmático), antropométricos (E/I, P/I, P/E e IMC/I) e dietéticos foram avaliados após 6 meses de intervenção. A maioria das crianças apresentou adequação nos índices E/I, P/I e P/E (99%, 92% e 66%, respectivamente). Segundo o IMC/I, 73% estavam eutróficos, 16% apresentaram risco de sobrepeso, 5% sobrepeso e 6% obesos. A prevalência da deficiência de anemia reduziu de 25% para 11%, a adequação do zinco plasmático aumentou de 16% para 56%, enquanto os níveis marginais de vitamina A aumentaram de 5% para 39%. Não houve mudanças nos parâmetros antropométricos e observou-se maior frequência de consumo de alimentos fontes de ferro, zinco e vitamina A. As ações de educação nutricional contribuíram para a redução da deficiência de minerais, coexistente com o excesso de peso. Intervenções em longo prazo são necessárias para a formação de hábitos alimentares saudáveis, controle do peso e redução de carências de micronutrientes.
Subject(s)
Vitamin A , Nutritional Status , Zinc , Food and Nutrition Education , Eating , Child, Preschool , Micronutrients , Mineral Deficiency , Feeding Behavior , IronABSTRACT
A deficiência de vitamina A (DVA) é considerada um problema de saúde pública em muitos países em desenvolvimento, e acomete principalmente crianças em idade pré-escolar. O objetivo deste estudo foi avaliar o estado nutricional relacionado à vitamina A em pré-escolares. O retinol sérico foi dosado em 84 pré-escolares, por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência, e avaliado segundo os valores de referência da Organização Mundial da Saúde. A avaliação clínica investigou sinais e sintomas pertinentes à DVA em 43 crianças. Foi avaliado o consumo alimentar habitual, por meio do questionário de frequência de consumo alimentar, e o consumo atual, por meio da pesagem direta dos alimentos e do registro alimentar, em 21 pré-escolares. Foi aplicado o teste exato de Fisher (α=5%) para avaliar associação entre as variáveis. A mediana de retinol sérico dos pré-escolares foi 50,6 µg/dL. Não foram encontrados níveis de retinol sérico baixos ou deficientes, mas encontrou-se uma pequena parcela (13%) de pré-escolares com níveis marginais. Nenhuma criança apresentou manifestações clínicas relacionadas à DVA. A avaliação do consumo habitual mostrou inadequação de vitamina A em 81 % dos pré-escolares. A avaliação do consumo atual mostrou que 66,7% dos pré-escolares consumiram quantidades de vitamina A dentro da recomendação para sua faixa etária. Não foi encontrada associação estatisticamente significativa entre os níveis de retinol sérico e o consumo alimentar dos pré-escolares. Considera-se necessário o acompanhamento nutricional das crianças em risco de DVA, para adequação do consumo de vitamina A e dos níveis de retinol sérico.
Subject(s)
Child, Preschool , Vitamin A , Eating , Reference Values , Vitamin A Deficiency , Public Health , Nutritional Status , Food , Age GroupsABSTRACT
Objetivou-se determinar o teor de ácido ascórbico (AA), carotenoides, fenólicos totais e atividade antioxidante em sucos de frutas comercializados em diferentes embalagens. Foram avaliados sucos industrializados dos sabores goiaba e uva de duas marcas (marca A: embalagem plástica e tetrapak; marca B: embalagem em lata, vidro e tetrapak). Os teores de AA e carotenoides foram determinados por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). A atividade antioxidante foi avaliada pelo teste de DPPH e fenólicos totais foram determinados utilizando o reagente de Folin-Ciocalteau. O suco de goiaba da marca A em embalagem tetrapak apresentou maiores teores de licopeno (2,01 ± 1,61 mg/100 mL), enquanto o suco da marca B apresentou maiores teores de AA (22,1 ± 2,0 mg/100 mL) e β-caroteno (4,09 ± 0,54 mg/100 mL). Para ambos os sabores, os sucos da marca B obtiveram os maiores valores de atividade antioxidante e de fenólicos totais, sendo que para o sabor goiaba os maiores valores foram encontrados em embalagem de vidro, enquanto que para o sabor uva obtiveram-se maiores valores em embalagem tetrapak. Observou-se que diferentes marcas de sucos apresentaram diferentes conteúdos dos componentes avaliados e que a embalagem tem grande influencia no valor nutricional dos sucos, sendo a embalagem tetrapak a que apresentou os melhores resultados.