Avaliação radiográfica da evolução do regenerado na tíbia proximal após corticotomias por osteótomo ou serra de Gigli: estudo de 45 pacientes / Radiographic evaluation of the regenerated bone in proximal tibia after corticotomy by osteotome or Gigli's saw: study of 45 patients

Este trabalho consistiu da análise radiográfica do regenerado ósseo após a corticotomia proximal em 46 tíbias de 45 pacientes, nos quais utilizamos o método de Ilizarov, para a realização de alongamentos ou de transportes ósseos. Os pacientes foram subdivididos em dois grupos. No grupo A realizamos corticotomias com osteótomo (Técnica de Catagni) e no grupo B executamos osteotomias com serra de Gigli (Técnica de Paktiss).Os pacientes foram operados no Hospital São Paulo (UNIFESP) e no Hospital Universitário de Taubaté (UNITAU) e acompanhados no período de junho de 2000 a junho de 2004. A idade dos pacientes variou de 14 a 63 anos com média de 30 anos. O lado direito foi o mais acometido (61 por cento), assim como o sexo masculino (74 por cento). Os encurtamentos médios dos grupos A e B foram de 3,4cm, com variação de um a 10,8cm e dois a 9,3cm respectivamente. A falha óssea média no grupo A correspondia a 4,7cm (quatro a 17 cm) e no grupo B a média foi de 3cm (dois a 10,5cm). Com o objetivo de avaliarmos a homogeneidade do regenerado e seu comportamento evolutivo, as imagens radiográficas na incidência de frente e perfil foram digitalizadas e suas áreas transformadas em porcentagem. Para este cálculo utilizamos o programa "lmageJ versão 1.25s." A osteogênese foi estudada em quatro etapas: etapa I(após 30 dias do início da tração); etapa II- (próximo à metade do percurso); etapa III- (terminada a tração); etapa IV- (na consolidação). Nas etapas de I a IV analisamos os parâmetros: Área total; Homogeneidade e Eficácia. Nas etapas II e IV estudamos o IRC (Índice de formação entre o regenerado e a cortical). O tempo médio de seguimento nos dois grupos foi de 22 meses e quatro dias. Observamos maior incidência de complicações relacionadas com a área da corticotomia no grupo A. No ato cirúrgico, 14 pacientes (61 por cento) apresentaram corticotomias irregulares e sete (30,4 por cento) incompletas...

Tratamento das pseudartroses infectadas da tíbia com falhas ósseas pelo método de Ilizarov, utilizando o transporte ósseo / The treatment of infected tibial pseudoarthrosis with bone loss by Ilizarov's method, using bone transport

Foram estudados 31 pacientes, portadores de infecçöes ósseas na tíbia, de diversas etiologias, tratadas pelo método de Ilizarov, no período entre outubro de 1989 e setembro de 1999. Foi executado acurado desbridamento do foco infeccioso, seguido de transporte ósseo. Utilizaram-se antibióticos em todos os pacientes, de acordo com a identificaçäo do agente microbiano, obtido de amostras retiradas no ato operatório. O tempo de seguimento dos pacientes variou de um a nove anos e três meses, com média de três anos e oito meses. Grandes perdas ósseas foram resolvidas em 12 (38,7 por cento) dos pacientes pelo transporte com o ferimento aberto. A falha óssea média corrigida foi de 10,7cm. Das complicaçöes, 50 por cento ocorreram na área de corticotomia. A limitaçäo da amplitude de movimento do tornozelo ocorreu em 61 por cento dos pacientes. O encurtamento residual permaneceu em três pacientes (9,6 por cento). A cura da infecçäo ocorreu em 29 (93,5 por cento) dos pacientes e permaneceu de forma quiescente em dois (6,5 por cento). A consolidaçäo foi obtida em todos os pacientes. Para avaliaçäo dos resultados utilizou-se o critério proposto por Bongiovanni (1993), modificado. Os resultados foram: excelentes em 38,7 por cento; bons em 45,2 por cento; regulares em 9,7 por cento, e ruins em 6,4 por cento. Todos os pacientes retornaram às antigas atividades de trabalho, exceto dois (6,4 por cento), que assumiram funçöes diferentes. Os autores concluem que o desbridamento cirúrgico associado ao transporte ósseo permitiu a consolidaçäo das pseudartroses em 100 por cento e o fim da infecçäo em 93,5 por cento dos pacientes. O método de Ilizarov solucionou as falhas ósseas em 100 por cento dos pacientes, com 83,9 por cento de excelentes e bons resultados.

Tratamento das infecçöes ósseas pelo método de Ilizarov usando o transporte ósseo e/ou a osteossíntese monofocal / Treatment of osseous infections with the Ilizarov method using bone transport and/or monofocal osteosynthesis

Os autores estudaram 44 casos referentes a 43 pacientes portadores de infecçöes ósseas com várias etiologias, tratadas pelo método de Ilizarov, no período de maio de 1988 a fevereiro de 1995, no Hospital Universitário de Taubaté. A limpeza ampla da área infectada seguida de transporte ósseo foi praticada em 19(43,1 por cento) pacientes. A osteossíntese monofocal (compressäo ou compressäo seguida de traçäo de afastamento - distraction) sem limpeza do foco infeccioso foi utilizada em 25(56,8 por cento) pacientes. Em 9(36 por cento) pacientes que apresentavam imagens cavitárias ao RX simples fez-se a osteotomia oblíqua sobre o foco infeccioso, com posterior drenagem por compressäo. A antibioticoterapia foi utilizada em todos os pacientes submetidos ao transporte ósseo, após identificaçäo do agente microbiano pela cultura do material colhido no ato operatório. O seguimento dos 43 pacientes foi no mínimo de 1 ano e 8 meses e no máximo de 6 anos e 9 meses, com acompanhamento médio de 4 anos, 2 meses e 15 dias. Nos 19(43,1 por cento) pacientes em que o transporte ósseo foi usado ocorreram 11(57,9 por cento) consolidaçöes sem recidiva da infecçäo. A infecçäo permaneceu inativa em 13(68,4 por cento) pacientes. A consolidaçäo aconteceu em 14(73,7 por cento) pacientes; 8(42,1porcento) pacientes apresentaram resultados insatisfatórios. Nos 25(56,8 por cento) pacientes em que se utilizou a osteossíntese monofocal, 23(92 por cento) obtiveram consolidaçäo sem recidiva da infecçäo. A consolidaçäo ocorreu em 24(96 por cento), dos quais 1 (4 por cento) manteve a infecçäo ativa. Outro dos pacientes desse grupo de estudo (4porcento) permaneceu em pseudoartrose infectada. Na avaliaçäo do total de 43 pacientes estudados, 37(77,3 por cento) obtiveram a consolidaçäo com foco infeccioso inativo até o presente momento, tendo sido considerado como bom resultado