ABSTRACT
O objetivo deste estudo foi desenvolver uma formulação de bebida láctea bubalina probiótica adicionada de polpa de morango, comparando os efeitos do uso do leite de búfala e de vaca na elaboração dos produtos e verificando a possibilidade de suplementação com triptofano nos produtos lácteos probióticos. Como primeira etapa do trabalho, bebidas lácteas probióticas foram elaboradas a partir de leite bubalino e bovino, fermentadas com Streptococcus thermophilus TA040, Lactobacillus bulgaricus LB340 e Lactobacillus acidophilus La5, e formuladas com 0, 25 e 50% de soro em sua formulação. As bebidas foram avaliadas quanto à cinética de fermentação das culturas láticas utilizadas, ao teor de proteína, gordura e sólidos totais não gordurosos, pós-acidificação, viabilidade das culturas fermentadoras e sua capacidade de sobrevivência ao estresse gastrointestinal in vitro. As bebidas lácteas bubalinas apresentaram resultados superiores as bebidas bovinas. O uso do leite de búfala na elaboração das bebidas lácteas promoveu benefícios quanto as culturas láticas presentes nos produtos, exercendo efeito protetivo e influindo na preservação da viabilidade das bactérias ao longo do armazenamento refrigerado e durante a simulação do estresse gastrointestinal in vitro. As bebidas lácteas elaboradas com 25% apresentaram os resultados mais próximos aos obtidos pelos produtos controle, sem adição de soro, sendo selecionadas para a segunda parte do estudo. Nesta etapa, as formulações de bebida láctea com 25% de soro, foram acrescidas de um preparado com polpa de morango e bebidas sem adição da fruta, utilizadas como controle. As bebidas lácteas bubalinas frutadas, apresentaram menor teor de gordura e melhores características reológicas, com maior viscosidade e consistência do que os produtos controle, sem afetar a pós-acidificação, o perfil de ácido graxo, assim como, a viabilidade e a resistência às condições de estresse gastrointestinal in vitro das culturas fermentadoras. A avaliação da possibilidade de suplementar lácteos probióticos com triptofano foi realizada em conjunto com a Universidade de Milão. Para isso, iogurtes probióticos receberam adição de triptofano antes ou após a fermentação, sendo avaliados com relação ao perfil de pós-acidificação, quantidade de triptofano nos produtos, número de células viáveis por plaqueamento e citometria de fluxo ao longo do armazenamento a 25° e 4°C. Complementarmente, a influência da presença do triptofano no crescimento e produção de compostos antimicrobianos pelas culturas láticas, também foi avaliada. A adição de triptofano após a fermentação dos iogurtes, que foram armazenados sob refrigeração (4°C), além de não afetar a pós-acidificação dos produtos, apresentou benefícios quanto a viabilidade L. acidophilus, redução do dano e aumento do número de células vivas, promovendo teor maior do aminoácido nos iogurtes. A presença do triptofano nos meios de cultivo, também influenciou de forma positiva o crescimento de S. thermophilus e L. acidophilus, melhorando o desenvolvimento das bactérias durante a fermentação e influindo em uma maior atividade antilistérica por parte do S. thermophilus. Diante da influência positiva da aplicação do leite de búfala na elaboração das bebidas lácteas, assim como, a adição do triptofano em iogurtes probióticos, a suplementação do aminoácido em bebidas lácteas bubalinas frutadas permitiria a obtenção de um produto funcional, onde seus benefícios estariam relacionados tanto ao consumo do probiótico presente no produto quanto a complementação de triptofano na dieta do consumidor
The aim of this study was to develop a formulation of probiotic buffalo dairy beverage added with strawberry pulp, comparing the effects of using buffalo and cow's milk in the preparation of products and verifying the possibility of tryptophan supplementation in probiotic dairy products. As a first stage of the work, probiotic dairy beverages were made from buffalo and bovine milk, fermented with Streptococcus thermophiles TA040, Lactobacillus bulgaricus LB340 and Lactobacillus acidophilus La5, and formulated with 0, 25 and 50% whey in their formulation. The beverages were evaluated for the fermentation kinetics of the used lactic cultures, the levels of protein, fat and total no fat solids, post-acidification, fermenting cultures viability and their ability to survive gastrointestinal stress in vitro. Buffalo milk use in dairy beverages production promoted benefits regarding the lactic cultures present in the products, exerting a protective effect and influencing the viability preservation of bacteria during the cold storage and simulation of gastrointestinal stress in vitro. Dairy beverages made with 25% whey addition showed results similar to those obtained by the control products, without whey addition, being selected for the second part of the study. In this part, the dairy beverages formulations with 25% whey, were added with a preparation were added with a strawberry pulp preparation and dairy beverages without added fruit, used as a control. Fruity bubaline dairy beverages had lower fat content and better rheological characteristics, with higher viscosity and consistency than control products, without affecting post-acidification, fatty acid profile, as well as viability and resistance to in vitro gastrointestinal condition of fermented cultures. The possibility of supplementing probiotic dairy products with tryptophan was evaluated in partnership with the University of Milan. For this, probiotic yogurts received the addition of tryptophan before or after fermentation, being evaluated in relation to the post-acidification profile, tryptophan amount in the products, viable cell number per plating and flow cytometry during storage at 25°C and 4°C. In addition, the influence of the tryptophan presence on the growth and production of antimicrobial compounds by lactic cultures was also evaluated. The addition of tryptophan after the yogurt fermentation, which were stored under refrigeration (4°C), in addition to not affecting the post-acidification of the products, showed benefits to the viability of L. acidophilus, reduced the damage and increased the number of cells promoting higher amino acid content in yogurts. Tryptophan presence in the culture media also positively influenced the growth of S. thermophiles and L. acidophilus, improving the development of bacteria during fermentation and influencing better antilisteric activity in the part of S. thermophiles. In view of the buffalo milk positive influence observed after the application in dairy beverage preparation, as well as the addition of tryptophan in probiotic yoghurts, amino acid supplementation in fruity buffalo dairy beverages would allow to obtain a functional product, where its benefits would be related both to the consumption of the probiotic present in the product as to the supplementation of tryptophan in the consumer's diet
Subject(s)
Beverages/adverse effects , Milk/adverse effects , Tryptophan/classification , Yogurt , In Vitro Techniques/methods , Buffaloes , Cell Count/instrumentation , Chemistry, Pharmaceutical , Probiotics/classification , Streptococcus thermophilus/metabolism , Lactobacillus delbrueckii/metabolism , Growth and Development , Flow Cytometry/methods , Whey/adverse effects , Fruit , Amino Acids/antagonists & inhibitors , Lactobacillus acidophilus/metabolismABSTRACT
O objetivo deste estudo foi desenvolver uma formulação de bebida láctea bubalina probiótica adicionada de polpa de morango, comparando os efeitos do uso do leite de búfala e de vaca na elaboração dos produtos e verificando a possibilidade de suplementação com triptofano nos produtos lácteos probióticos. Como primeira etapa do trabalho, bebidas lácteas probióticas foram elaboradas a partir de leite bubalino e bovino, fermentadas com Streptococcus thermophilus TA040, Lactobacillus bulgaricus LB340 e Lactobacillus acidophilus La5, e formuladas com 0, 25 e 50% de soro em sua formulação. As bebidas foram avaliadas quanto à cinética de fermentação das culturas láticas utilizadas, ao teor de proteína, gordura e sólidos totais não gordurosos, pós-acidificação, viabilidade das culturas fermentadoras e sua capacidade de sobrevivência ao estresse gastrointestinal in vitro. As bebidas lácteas bubalinas apresentaram resultados superiores as bebidas bovinas. O uso do leite de búfala na elaboração das bebidas lácteas promoveu benefícios quanto as culturas láticas presentes nos produtos, exercendo efeito protetivo e influindo na preservação da viabilidade das bactérias ao longo do armazenamento refrigerado e durante a simulação do estresse gastrointestinal in vitro. As bebidas lácteas elaboradas com 25% apresentaram os resultados mais próximos aos obtidos pelos produtos controle, sem adição de soro, sendo selecionadas para a segunda parte do estudo. Nesta etapa, as formulações de bebida láctea com 25% de soro, foram acrescidas de um preparado com polpa de morango e bebidas sem adição da fruta, utilizadas como controle. As bebidas lácteas bubalinas frutadas, apresentaram menor teor de gordura e melhores características reológicas, com maior viscosidade e consistência do que os produtos controle, sem afetar a pós-acidificação, o perfil de ácido graxo, assim como, a viabilidade e a resistência às condições de estresse gastrointestinal in vitro das culturas fermentadoras. A avaliação da possibilidade de suplementar lácteos probióticos com triptofano foi realizada em conjunto com a Universidade de Milão. Para isso, iogurtes probióticos receberam adição de triptofano antes ou após a fermentação, sendo avaliados com relação ao perfil de pós-acidificação, quantidade de triptofano nos produtos, número de células viáveis por plaqueamento e citometria de fluxo ao longo do armazenamento a 25° e 4°C. Complementarmente, a influência da presença do triptofano no crescimento e produção de compostos antimicrobianos pelas culturas láticas, também foi avaliada. A adição de triptofano após a fermentação dos iogurtes, que foram armazenados sob refrigeração (4°C), além de não afetar a pós-acidificação dos produtos, apresentou benefícios quanto a viabilidade L. acidophilus, redução do dano e aumento do número de células vivas, promovendo teor maior do aminoácido nos iogurtes. A presença do triptofano nos meios de cultivo, também influenciou de forma positiva o crescimento de S. thermophilus e L. acidophilus, melhorando o desenvolvimento das bactérias durante a fermentação e influindo em uma maior atividade antilistérica por parte do S. thermophilus. Diante da influência positiva da aplicação do leite de búfala na elaboração das bebidas lácteas, assim como, a adição do triptofano em iogurtes probióticos, a suplementação do aminoácido em bebidas lácteas bubalinas frutadas permitiria a obtenção de um produto funcional, onde seus benefícios estariam relacionados tanto ao consumo do probiótico presente no produto quanto a complementação de triptofano na dieta do consumidor
The aim of this study was to develop a formulation of probiotic buffalo dairy beverage added with strawberry pulp, comparing the effects of using buffalo and cow's milk in the preparation of products and verifying the possibility of tryptophan supplementation in probiotic dairy products. As a first stage of the work, probiotic dairy beverages were made from buffalo and bovine milk, fermented with Streptococcus thermophiles TA040, Lactobacillus bulgaricus LB340 and Lactobacillus acidophilus La5, and formulated with 0, 25 and 50% whey in their formulation. The beverages were evaluated for the fermentation kinetics of the used lactic cultures, the levels of protein, fat and total no fat solids, post-acidification, fermenting cultures viability and their ability to survive gastrointestinal stress in vitro. Buffalo milk use in dairy beverages production promoted benefits regarding the lactic cultures present in the products, exerting a protective effect and influencing the viability preservation of bacteria during the cold storage and simulation of gastrointestinal stress in vitro. Dairy beverages made with 25% whey addition showed results similar to those obtained by the control products, without whey addition, being selected for the second part of the study. In this part, the dairy beverages formulations with 25% whey, were added with a preparation were added with a strawberry pulp preparation and dairy beverages without added fruit, used as a control. Fruity bubaline dairy beverages had lower fat content and better rheological characteristics, with higher viscosity and consistency than control products, without affecting post-acidification, fatty acid profile, as well as viability and resistance to in vitro gastrointestinal condition of fermented cultures. The possibility of supplementing probiotic dairy products with tryptophan was evaluated in partnership with the University of Milan. For this, probiotic yogurts received the addition of tryptophan before or after fermentation, being evaluated in relation to the post-acidification profile, tryptophan amount in the products, viable cell number per plating and flow cytometry during storage at 25°C and 4°C. In addition, the influence of the tryptophan presence on the growth and production of antimicrobial compounds by lactic cultures was also evaluated. The addition of tryptophan after the yogurt fermentation, which were stored under refrigeration (4°C), in addition to not affecting the post-acidification of the products, showed benefits to the viability of L. acidophilus, reduced the damage and increased the number of cells promoting higher amino acid content in yogurts. Tryptophan presence in the culture media also positively influenced the growth of S. thermophiles and L. acidophilus, improving the development of bacteria during fermentation and influencing better antilisteric activity in the part of S. thermophiles. In view of the buffalo milk positive influence observed after the application in dairy beverage preparation, as well as the addition of tryptophan in probiotic yoghurts, amino acid supplementation in fruity buffalo dairy beverages would allow to obtain a functional product, where its benefits would be related both to the consumption of the probiotic present in the product as to the supplementation of tryptophan in the consumer's diet
Subject(s)
Tryptophan/analogs & derivatives , Yogurt/analysis , Beverages/analysis , Chemistry, Pharmaceutical/instrumentation , Milk/classification , Fruit/classification , Buffaloes/classification , Flow Cytometry/methodsABSTRACT
The aim of this research was to characterize a fermented yogurt-type milk drink that was elaborated from whey with the addition of aloe vera crystals and granadilla (Passiflora ligularis Juss). Four formulations for characterization were obtained: F1 (control), F2 (5% aloe vera and 15% granadilla), F3 (10% aloe vera and 10% granadilla) and F4 (15% aloe vera and 5% granadilla). Next, a sensory evaluation through a hedonic test was conducted to choose the formulation with the highest acceptance. After the best formulation was chosen, a bromatological and syneresis characterization was performed. The F4 sample had the best results in the sensory evaluation. Compared to the F1 sample, statistically significant differences (p<0.05) in all parameters except in total carbohydrates was observed for the bromatological analysis. In the percentage of syneresis, at the end of the 15 days, F4 presented a lower value in this parameter with respect to the control sample. It could be determined that the higher percentage of aloe vera and the lower percentage of granadilla had a big influence on the parameters evaluated, where it presented the best results compared to the other samples evaluated.
El objetivo de esta investigación fue caracterizar una bebida láctea fermentada tipo yogur que se elaboró a partir de lactosuero con la adición de cristales de aloe vera y granadilla (Passiflora ligularis Juss). Se obtuvieron cuatro formulaciones para la caracterización: F1 (control), F2 (5% de aloe vera y 15% de granadilla), F3 (10% de aloe vera y 10% de granadilla) y F4 (15% de aloe vera y 5% de granadilla). A continuación, se realizó una evaluación sensorial mediante una prueba hedónica para elegir la formulación de mayor aceptación. Una vez elegida la mejor formulación, se realizó una caracterización bromatológica y de sinéresis. La muestra F4 obtuvo los mejores resultados en la evaluación sensorial. En comparación con la muestra F1, se observaron diferencias estadísticamente significativas (p<0,05) en todos los parámetros, excepto en los carbohidratos totales. En el porcentaje de sinéresis, al final de los 15 días, F4 presentó un valor inferior en este parámetro con respecto a la muestra de control. Se pudo determinar que el mayor porcentaje de aloe vera y el menor porcentaje de granadilla influyeron mucho en los parámetros evaluados, en los que presentó los mejores resultados en comparación con las otras muestras evaluadas.
Subject(s)
Passiflora , Milk , Aloe , Food Analysis , Fermented Foods , Taste , WheyABSTRACT
The aim of this study was to determine the optimal temperature ranges of milk fermentation by the microbial association Tibetan Kefir Grains and to set changes during the storage of the fermented milk product. The optimum technological parameters of milk fermentation by Tibetan Kefir Grains compliance are set. Compliance of these parameters ensures the desired metabolic processes and obtaining a dairy product with good organoleptic properties: fermentation temperature is 28±1 °Ð¡ for 24 hours, acidity of the product is from 80 to 120 % lactic acid, the amount of lactic acid bacteria (2.9±0.22) × 108 CFU/cm3, fungi (3.7±0.27) × 104 CFU/cm3. It was found that during the storage of the fermented milk drink produced on the leaven Tibetan Kefir Grains at the temperature of 4 ± 1 °Ð¡ for 10 days titratable acidity of the product increased by 1.2 times to 108.4 ± 8.3 °Ð¢, the population of lactic acid bacteria (Lactobacillus fermentum and some other) and yeast (Saccharomyces spp and some other) remained at the initial level. This indicates that the finished fermented milk product can be stored without losing functional probiotic properties for at least 10 days and meets the requirements of the standard (ISO 4471). At the same time, at a temperature of +8 ± 1°Ð¡ the expiration date of the fermented milk drink is decreases to 7 days(AU)
El objetivo de este estudio fue determinar los rangos de tempera- tura óptimos de la fermentación de la leche mediante la asociación microbiana de granos de Kéfir Tibetanos y estudiar los cambios durante el almacenamiento del producto lácteo fermentado. Se es- tablecieron los parámetros tecnológicos óptimos de fermentación de la leche utilizando los granos de Kéfir Tibetano. El cumplimien- to de estos parámetros garantiza los procesos metabólicos desea- dos y la obtención de un producto lácteo con buenas propiedades organolépticas: la temperatura de fermentación es de 28 ± 1° С durante 24 horas, la acidez del producto es de 80 a 120% de ácido láctico, la cantidad de bacterias del ácido láctico - (2.9 ± 0.22) × 108 UFC /cm3, hongos - (3.7 ± 0.27) × 104 UFC /cm3. Se encontró que durante el almacenamiento de la bebida láctea fermentada pro- ducida con los granos de Kéfir Tibetanos de levadura a una tempe- ratura de 4 ± 1° С durante 10 días, la acidez titulable del producto aumentó 1.2 veces a 108.4 ± 8.3 ° Т, la población de las bacterias del ácido láctico (Lactobacillus fermentum y algunas otras) y la levadura (Saccharomyces spp y otras) se mantuvieron en el nivel inicial. Esto indica que el producto lácteo fermentado terminado se puede almacenar sin perder propiedades probióticas funcionales durante al menos 10 días y cumple con los requisitos de la norma ISO 4417. Al mismo tiempo, a una temperatura de + 8 ± 1 ° С, la fecha de vencimiento de la bebida de leche fermentada se reduce a 7 días(AU)