Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 12 de 12
Filter
1.
Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 23(4): 1311-1332, dez. 2023.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1537965

ABSTRACT

Este trabalho é um recorte de nossa pesquisa de mestrado, que se propôs a investigar, a partir de narrativas de mulheres negras, as percepções e significados de suas experiências enquanto mulheres, como também identificar os marcadores da diferença de suas vivências em torno da feminilidade e o que faz uma mulher negra experimentar a feminilidade de uma forma própria. Apoiamo-nos na perspectiva metodológica da pesquisa psicanalítica dos fenômenos sociais e políticos, por compreender que nossa questão advém de um impasse político-social, que foi examinado a partir da relação transferencial e da indissociabilidade entre teoria, clínica e pesquisa. Utilizamos o recurso de entrevistas enquanto instrumento para a produção do material de análise. Assim, entrevistamos três mulheres negras, convidadas a compartilhar suas histórias e experiências enquanto mulheres. A partir do debate teórico e do material levantado nas entrevistas, foi possível identificar as complexidades do processo de tornar-se mulher e negra, a partir dos marcadores difundidos no laço social, por possuir especificidades subjetivas. Para além disso, pensar no significado dos símbolos utilizados por mulheres negras e contar com uma outra mulher negra para apresentar esses elementos são direções que podem impactar a experiência da feminilidade dessas mulheres.


This work is part of our master's research, which has proposed to investigate, from narratives of black women, the perceptions and meanings of their experiences as women, as well as to identify the markers of the difference in their experiences around femininity and what makes a black woman experience femininity in her own way. We rely on the methodological perspective of psychoanalytic research on social and political phenomena, understanding that our issue stems from a political-social impasse, which has been examined from the transferential relationship and the inseparability between theory, clinic and research. We have used the interview resource as an instrument for the production of analysis material. Thus, we have interviewed three black women, which were invited to share their stories and experiences as women. From the theoretical debate and from the material that have raised in the interviews, it was possible to identify the complexities of the process of becoming woman and black, from the markers scattered through the social bond, as it has subjective specificities. Furthermore, thinking about the meaning of the symbols used by black women and relying on another black woman to present these elements are directions that can impact these women's experience of femininity.


Este trabajo forma parte de nuestra investigación de maestría, que se propuso indagar, a partir de narrativas de mujeres negras, las percepciones y significados de sus experiencias como mujeres, así como identificar los marcadores de la diferencia en sus experiencias en torno a la feminidad y que le permita experimentar la feminidad a su manera. Nos apoyamos en la perspectiva metodológica de la investigación psicoanalítica sobre los fenómenos sociales y políticos, entendiendo que nuestro problema surge de un impasse político-social, que fue examinado desde la relación transferencial y la inseparabilidad entre teoría, clínica e investigación. Utilizamos el recurso de la entrevista como instrumento para la producción de material de análisis. Así, entrevistamos a tres mujeres negras, invitadas a compartir sus historias y experiencias como mujeres. A partir del debate teórico y del material levantado en las entrevistas, fue posible identificar las complejidades del proceso de hacerse mujer y negra, a partir de los marcadores difundidos en el vínculo social, ya que tiene especificidades subjetivas. Además, pensar en el significado de los símbolos utilizados por las mujeres negras y confiar en otra mujer negra para presentar estos elementos son direcciones que pueden impactar la experiencia de la feminidad de estas mujeres.


Subject(s)
Humans , Female , Perception , Psychoanalysis , Women , Black People , Femininity , Life Change Events
2.
Psicol. ciênc. prof ; 43: e249674, 2023. tab
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1422407

ABSTRACT

Este artigo teve como objetivo compreender, a partir de uma análise fenomenológica, o impacto do racismo sobre vivências de mulheres negras. Foram analisados relatos escritos por mulheres que se autodeclaravam negras encontrados em sites e blogs da internet. Esta pesquisa qualitativa fenomenológica foi inspirada na proposta filosófica de Edmund Husserl, consistindo na elaboração de uma narrativa síntese que resumiu os elementos essenciais das vivências dessas mulheres. Os resultados possibilitaram compreender que as experiências de racismo vivenciadas por mulheres negras têm início na infância e as acompanham ao longo de toda a vida, causando impactos sobre sua saúde mental. A insatisfação em relação ao cabelo natural e a cor da pele surgem como sinais concretos de recusa da identidade negra; enquanto o processo de tomada de consciência, reconhecimento e aceitação da negritude impulsionam a autoaceitação e a construção de uma nova identidade como mulher negra. A troca de experiências com outras pessoas negras sobre racismo favoreceu o reconhecimento da negritude. Conclui-se que o suporte emocional de pessoas que vivenciam o mesmo tipo de sofrimento social pode ser de grande relevância no processo de superação, assim como os processos de intervenção psicológica quando pautados por atitudes de empatia e aceitação. Nesse sentido, a formação de psicólogos deve incluir conteúdos e práticas que abordem o tema do racismo como parte da realidade social.(AU)


This article aimed to understand, based on qualitative research, the impact of racism on Black women's experiences. To this end, accounts authored by women who self-identify as Black, found on websites and internet blogs were used as data sources. The phenomenological analysis of data was based on Edmund Husserl's philosophical proposal, and consisted of a narrative synthesis that summed the essential elements of these women's experiences. Results of this research enabled the understanding that experiences of racism, lived by Black women, start during childhood and accompany them throughout their lifetime, impacting their mental health. Dissatisfaction with their natural hair and skin color appear as concrete signs of turning down their Black identity; sharing their experiences with other Black people about racism helps them recognize their Blackness. The process of awareness, recognition and acceptance of Blackness drive them to self-acceptance and the construction of an identity that integrates their condition as Black women. We conclude that the emotional support given by people who live similar social suffering can be essential to the process of overcoming it, as should be the process of psychological intervention, when founded on attitudes of comprehensive empathy and acceptance. In this regard, we suggest that psychologists' education include both courses and practice that encompass the theme of racism as part of our social reality.(AU)


Este artículo tuvo como objetivo comprender, a partir de una investigación cualitativa, el impacto del racismo en las experiencias de las mujeres negras. Fueron utilizados relatos escritos por mujeres que decían ser negras como fuentes de datos, en sitios de Internet y blogs. El análisis fenomenológico de los datos se realizó a partir de la propuesta filosófica de Edmund Husserl y consistió en la construcción de una narrativa síntesis que presentaba los elementos esenciales de las vivencias de estas mujeres. Los resultados permitieron comprender que las experiencias de racismo, vividas por las mujeres negras, comienzan en la infancia y las acompañan a lo largo de la vida, con un impacto en la salud mental. La insatisfacción con el color natural del cabello y la piel aparece como signos concretos de rechazo a la identidad negra; el intercambio de experiencias con otros negros sobre el racismo favorece el reconocimiento de la negritud. El proceso de toma de conciencia, reconocimiento y aceptación de la negritud impulsa la autoaceptación y la construcción de una identidad que integra la condición de la mujer negra. Se concluye que el apoyo emocional que brindan las personas que experimentan el mismo tipo de sufrimiento social puede ser de gran relevancia en el proceso de superación, así como los procesos de intervención psicológica, cuando se guían por actitudes de comprensión y aceptación empáticas. En este sentido, se sugiere que los cursos de formación para psicólogos incluyan contenidos y prácticas que aborden el tema del racismo como parte de la realidad social.(AU)


Subject(s)
Humans , Female , Black or African American , Mental Health , Violence Against Women , Racism , Ethnic Violence , Learning , Prejudice , Psychological Phenomena , Public Policy , Rabies , Self Concept , Socioeconomic Factors , Women's Health , Adolescent , Feminism , Cultural Deprivation , Human Characteristics , Emotions , Social Stigma , Social Marginalization , Physical Appearance, Body , Blog , Political Activism , Social Oppression , Social Privilege , Androcentrism , Freedom , Sadness , Respect , Empowerment , Social Comparison , Social Status , Socioeconomic Disparities in Health , Life Change Events , Loneliness , Mass Media
4.
Porto Alegre; s.n; 2021. 135 f..
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1442511

ABSTRACT

Esta dissertação aborda as dinâmicas do paradigma afrocentrado como potência de cuidado na vida de mulheres negras em territórios majoritariamente brancos, como Venâncio Aires, no interior do estado do Rio Grande do Sul. Por meio deste trabalho busco compreender como esses corpos de mulheres negras vivem em meio a diferenças culturais e olhares opressores na construção da sua identidade, etnicidade, corporeidade, bem como de que forma se compreendem enquanto pertencentes àquele território e como fazem para proteger suas subjetividades e produzir relações de cuidado de si, e consequentemente saúde. Para acessar as respostas a tais indagações, realizei entrevistas não-diretivas, baseada na abordagem metodológica da História de Vida Focal, com 3 mulheres negras, residentes e naturais do cenário em questão. Para esse percurso metodológico tive auxílio de ferramentas como observação participante, meu diário de campo e as fotografias resgatadas e geradas pelas mulheres que participaram deste estudo. Todos os materiais foram analisados de forma interpretativa e as imagens através da sociologia das imagens. Como resultado deste estudo pude perceber a expressão de formas de dominação racial, como as imagens de controle tem efeito direto e de forma consistente nas existências de mulheres negras, bem como tais processos são reiterados por barreiras raciais promovidas pelo território. Mas também me aproximei da magnitude que há na construção de algumas estratégias e possibilidades de proteção da vida e subjetividades neste cenário, como a composição de coletividades afrocentradas e potencializadoras do cuidado; as buscas pela ancestralidade como forma de reconhecimento e manutenção das torrentes de vida; e o autocuidado como um processo coletivo de preservação de si, dos seus e da sua própria cultura.


This thesis talks about the dynamics of the afro-centered paradigm as a power of care in the lives of black women in territories of mostly white people, such as Venâncio Aires, in the countryr of the state of Rio Grande do Sul. Through this research I seek to understand how black women can live in a place of cultural differences and oppressive views in the construction of their identity, ethnicity, corporeality, as well as how they understand themselves as belonging to that territory and how they manage to protect their subjectivities and produce relationships of self- care, and consequently health. To access the answers to such questions, I conducted non-directive interviews, based on the methodological approach of the Focal Life Story, with 3 black women, residents and natives of the scenario in question. For this methodological path I had was helped by the tools such as participant observation, my diary of field and the photographs rescued and made by the women who participated in this study. All materials were analyzed by interpretative method and the images through the sociology of images. As a result of this study, I could see the expression of forms of racial domination, how the control images have a direct and consistent effect on the existence of black women, as well as how such processes are reiterated by racial barriers promoted by the territory. Thus, I got closer to the magnitude of the construction of some strategies and possibilities for protection of life and subjectivities in this scenario, such as the composition of afro-centered collectivities that enhance care; the search for ancestry as a way of recognizing and maintaining the streams of life; and self-care as a collective process of self-preservation, their beloved ones and their own culture.


Subject(s)
Public Health
5.
Rev. psicol. polit ; 20(48): 325-338, maio-ago. 2020.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1127198

ABSTRACT

O presente artigo tem por objetivo investigar as Políticas Públicas Educacionais e Empresariais para o enfrentamento da desigualdade social de mulheres negras no Brasil. Observa-se a ascensão social das mulheres negras, porém estas ainda permanecem sub-re-presentadas. Os dados apresentados neste estudo referem-se ao percentual de mulheres negras na Universidade e em cargos executivos do setor privado. Problematizar o lugar da negritude feminina, enfatizando as políticas afirmativas para enfrentamento das desigualdades é reiterar a necessidade de políticas que atinjam a negritude feminina e a estrutura social. Desse modo, pensar a inserção de mulheres negras no Ensino Superior é também refletir sobre suas possibilidades de desenvolvimento e emancipação.


This article aims to investigate the Public Educational and Business Policies that combat the social inequality of black women in Brazil. It is noted the social ascension of black women, but they still remain underrepresented. The data presented in this study refer to the percentage of black women in the University and in executive positions of the private sector. By emphasizing the Affirmative Policies to face inequalities, to problematize the place offeminine blackness is to reiterate the need for Policies that achieve female blackness and the social structure. This way, thinking about the insertion of black women in Higher Education is also reflecting on their possibilities of development and emancipation.


El presente artículo tiene por objetivo investigar las Políticas Públicas Educacionales y Empresariales para el enfrentamiento de la desigualdad social de las mujeres negras en Brasil. Se observa la ascensión social de las mujeres negras pero todavía siguen sub-representadas. Los datos presentados en este estudio se refieren al porcentaje de mujeres negras en la Universidad y en cargos ejecutivos del sector privado. Problematizar el lugar de la negritud femenina, destacando las Políticas Afirmativas para el enfrentamiento de las desigualdades, es reiterar la necesidad de Políticas dirigidas a la negritud femenina y a la estructura social. De ese modo, pensar la inserción de mujeres negras en la Educación Superior es también reflexionar sobre sus posibilidades de desarrollo y emancipación.


Cet article a pour objectif d'examiner les Politiques Publiques en matière d'éducation et d'entreprise visant à remédier à l'inégalité sociale des femmes noires au Brésil. L'ascension sociale des femmes noires est observée, mais elles sont toujours sous-représentées. Les données présentées dans cette étude se réfèrent au pourcentage de femmes noires à l'université et à des postes de direction dans le secteur privé. Pour problématiser la place de la négritude féminine, insister sur les politiques affirmatives pour faire face aux inégalités revient à réitérer la nécessité de politiques qui affectent la négritude féminine et la structure sociale. De cette façon, réfléchir à l'insertion des femmes noires dans l'enseignement supérieur, c'est aussi réfléchir à leurs possibilités de développement et d'émancipation.

6.
Saúde Soc ; 29(3): e191003, 2020. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS, SES-SP | ID: biblio-1139537

ABSTRACT

Resumo Cerca de 40% da população mundial está acima do peso, sendo a obesidade mais frequente nos estratos com menores rendimentos e tempo de estudo. A relação entre ganho de peso e fatores sociodemográficos é bem documentada, mas poucos pesquisadores buscam associar obesidade com raça/cor. Desta forma, este artigo visa mapear, na literatura científica, a extensão, o alcance e a natureza da relação entre obesidade e raça, por meio de revisão de escopo. As fontes informacionais foram os bancos de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline), Excerpta Medica Database (Embase), Web of Science, Health InterNetwork Access to Research Initiative (Hinari) e Scopus, além da literatura cinza. Foram encontrados 2.526 artigos, permanecendo 10 documentos após eliminadas as duplicatas e aplicados os critérios de inclusão e exclusão. Existe uma relação complexa entre raça, obesidade, nível socioeconômico e gênero, cuja especificidade se dá em função do contexto sócio-histórico. As possíveis explicações para as disparidades raciais na obesidade residem nos efeitos fisiológicos, psicológicos e culturais do estresse devido à discriminação racial. Novos estudos devem ser realizados considerando as diferenças regionais, pois a desigualdade racial, embora aconteça em todos os lugares, assume diferentes formatos.


Abstract About 40% of the world's population is overweight. Obesity is most prevalent among social strata with lower income and education. Although the association between sociodemographic factors and weight gain is well documented, few researchers associated obesity with race/color. This article aims to map the extent, scope, and nature of the association between obesity and race in the scientific literature by conducting a scoping review. Data sources were the Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline), Excerpta Medica Database (Embase), Web of Science, Health InterNetwork Access to Research Initiative (Hinari), and Scopus databases, as well as the gray literature. In total, 2,526 articles were found. After duplicates were excluded and inclusion and exclusion criteria applied, 10 articles remained. Race, obesity, socioeconomic status, and gender are tied into a complex relationship whose specificity lies on the socio-historical context. Racial disparities in obesity may be explained by physiological, psychological, and cultural effects of stress due to racial discrimination. Although racial inequality happens everywhere, it assumes different forms. Considering that, further studies should approach regional differences.


Subject(s)
Women's Health , Racism , Social Determinants of Health , Health of Ethnic Minorities , Obesity
7.
Psicol. rev ; 28(1): 103-124, jun. 2019. ilus
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1016055

ABSTRACT

O crescente acesso de mulheres negras à educação superior no Brasil ainda não permitiu suplantar as desigualdades, a população branca ainda é duas vezes maior que a população negra nesses espaços. Neste contexto, os estudos que investigam a relação da mulher negra com o trabalho de estudar são incipientes. O presente artigo teve como objetivo identificar, sob a ótica da psicodinâmica do trabalho, a dinâmica de prazer e sofrimento e as estratégias de mediação de estudantes negras de graduação. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 8 mulheres estudantes de graduação que se identificaram como negras, com média de idade 21,62 anos e DP = 2,82. Por meio de análise no software Iramuteq, foram identificadas categorias a respeito da vivência dessas mulheres negras, sendo elas sua rede de suporte, a ocupação do espaço universitário, sua rotina acadêmica e as experiências com os racismos sofridos. A partir dessas categorias, foi possível identificar: o epistemicídio e racismo institucional que ocorrem quando a presença na universidade e conhecimentos da população negra não são legitimados; a importância da valorização e do reconhecimento dos familiares e a potencialidade de se engajar em mobilização subjetiva e coletiva por meio da ocupação de espaços públicos e cooperação entre pares.


The increasing access of black women to higher education in Brazil has not yet led to the end of inequality. The white population is still three times larger than the black population in this area. In this context, studies that investigate the relationship between black women and academia are incipient. The present article aimed to identify, from the perspective of work psychodynamics, the dynamics of pleasure and suffering and the mediation strategies of undergraduate black students. Semi-structured interviews were conducted in 8 undergraduate women who identified themselves as black, with an average age of 21.62 years and SD = 2.82. Through analysis in the Iramuteq software, categories were identified regarding the experience of these black women, being their network of support, the occupation of the university space, their academic routine and the experiences with the racisms suffered. From these categories, it was possible to identify: the epistemicide and institutional racism that occur when the presence in the university and knowledge of the black population are not legitimized; the importance of appreciation and recognition of family members and the potential for engaging in subjective and collective mobilization through the use of public spaces and peer cooperation.


El acceso cresciente de mujeres negras a la educación superior en Brasil aún no ha permitido suplantar las desigualdades, la población blanca aún es trés vezes mayor que la población negra en estos espacios. En este contexto, los estudios que investigan la relación de la mujer negra con el trabajo que significa estudiar, son incipientes. El presente artículo tuvo como objectivo identificar, bajo la óptica de la psicodinámica del trabajo, la dinámica de placer y sufrimiento, y las estrategias de mediación de estudiantes negras de pregrado. Se realizaron entrevistas semiestructuradas en ocho mujeres estudiantes de pregrado que se identificaron como negras, con edad promedio de 21,62 años (DT = 2,82). Por medio de análisis en el software Iramuteq, se identificaron categorias acerca de la viviencia de estas mujeres negras, sendo ellas su red de apoyo, la ocupación del espacio universitario, su rutina académica y las experiencias con lo racismo sufrido. A partir de esas categorias, ha sido possible identificar: el epistemicidio y racismo institucional que ocurren cuando la presencia en la universidad y los conocimientos de la población negra no son legitimados, la importancia de la valoración y del reconocimiento de familiares y la potencialidad de involucrarse en mobilización subjetiva y colectiva por medio de la ocupación de espacios públicos y cooperación entre pares.


Subject(s)
Humans , Female , Students , Universities , Women , Black People , Women, Working , Work/psychology , Ethnic Violence , Race Factors
8.
Saúde Soc ; 25(3): 602-618, jul.-set. 2016. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-830851

ABSTRACT

Resumo O objetivo deste trabalho é discutir os fatores determinantes da vulnerabilidade das mulheres negras a HIV/aids. Pela descrição e análise de dados socioeconômicos, de incidência e mortalidade de aids e da mortalidade de outras patologias, desenha-se o quadro epidemiológico que ressalta as iniquidades em saúde da população negra e, em particular, das mulheres desse segmento populacional. Quando comparadas às mulheres brancas, as negras apresentam, repetidamente, maior risco de adoecimento e morte. A discussão sobre violência sexual e doméstica reitera as disparidades e a maior vulnerabilidade social da mulher negra. As desigualdades socioeconômicas e o racismo institucional são as hipóteses explicativas para a alta vulnerabilidade às DST/aids das mulheres negras. Apenas com uma ampla gama de ações multissetoriais, incisivo enfrentamento do racismo institucional pelo Estado e fortalecimento do movimento social será possível iniciar a longa jornada para se alcançar o propalado princípio de equidade na saúde.


Abstract The aim of this paper is to discuss the determinants of the vulnerability of black women to HIV/AIDS. By describing and analyzing socioeconomic data, incidence and mortality by AIDS and other diseases, we have drawn an epidemiological framework that emphasizes health inequities of black people, particularly black women. When compared to white women, black women have repeatedly increased risk of illness and death. The discussion of sexual and domestic violence reiterates disparities and social vulnerability of the black women. Socioeconomic inequalities and institutional racism are explanatory hypotheses for the high vulnerability of black women to STD/AIDS. Only a wide range of multisectoral actions, incisive facing of institutional racism by the governments and strengthening of the social movement will allow the beginning of a long journey to reach the principle of equity in health.


Subject(s)
Humans , Female , Women's Health , Acquired Immunodeficiency Syndrome , HIV , Black People , Violence Against Women , Sexual Health , Socioeconomic Factors , Risk Groups , Mortality , Health Equity , Social Vulnerability , Racism , Human Rights
9.
Saúde Soc ; 25(3): 664-671, jul.-set. 2016.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-830862

ABSTRACT

Resumo Apresentamos e discutimos as circunstâncias da construção e uma parte do impacto entre profissionais e gestores de serviços de saúde e entre movimentos sociais, no Maranhão, de um texto elaborado por integrantes do Núcleo de Extensão e Pesquisa com Populações e Comunidades Rurais, Negras Quilombolas e Indígenas (NuRuNI), do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente (PPGSA), da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), sobre problemas identificados no controle da hipertensão arterial entre negros e sobre os desafios para a efetiva implementação e operacionalização da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra no estado. A necessidade de nossa mobilização para elaboração deste texto (cujo objetivo foi o de alertar autoridades e operadores do Sistema Único de Saúde, bem como militantes de movimentos sociais, sobre a importância e a gravidade desses problemas, uma vez que se trata da nosologia de maior prevalência no estado e no país, e das que acarretam maior número de sequelas e nosologias secundárias graves) e para intervenção no contexto das políticas de saúde no estado nos foi evidenciada em decorrência de aulas ministradas, sobre o assunto, durante o Curso de Especialização em Saúde da Mulher Negra, promovido pelo NuRuNI/PPGSA/UFMA, com apoio da Coordenação-Geral de Saúde das Mulheres, do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, da Secretaria de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, com financiamento do Fundo Nacional de Saúde.


Abstract We present and discuss the circumstances of the construction and a part of the impact among professionals and managers of health services and social movements, in Maranhão, Brazil, of a text drawn up by members of the Núcleo de Extensão e Pesquisa com Populações e Comunidades Rurais, Negras Quilombolas e Indígenas [Research and Extension Center of Rural, Black Quilombolas, and Indigenous Populations and Communities] (NuRuNI), of the Programa de Pós-Gradução em Saúde e Ambiente [Graduate Program in Health and Environment] of the Federal University of Maranhão (UFMA), on problems identified in the control of hypertension among blacks, and the challenges for the effective implementation and operationalization of the National Policy of Integral Health of the Black Population in the state. The need for our mobilization for the elaboration of this text (which objective was to alert the authorities and operators of the Brazilian Unified Health System, as well as activists from social movements, on the importance and the seriousness of these problems, because it is the nosology of higher prevalence in the state and in the country, and that entail greater number of sequels and secondary serious nosologies) and for our intervention in the context of health policies in the state has been highlighted as a result of classes on the subject, during the Graduate Specialization in Black Women's Health, promoted by NuRuNi, with the support of the Coordenação-Geral de Saúde das Mulheres [General Coordination of Women's Health] of the Ministry of Health, with funding from the Fundo Nacional de Saúde [National Health Fund].


Subject(s)
Humans , Male , Female , Women's Health , Black People , Delivery of Health Care , Integrality in Health , Health Services , Hypertension , Unified Health System , Health Strategies
10.
Saúde Soc ; 25(3): 535-549, jul.-set. 2016. graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-830864

ABSTRACT

Resumo A saúde da mulher negra não é uma área de conhecimento ou um campo relevante nas Ciências da Saúde. É inexpressiva a produção de conhecimento científico nessa área e o tema não participa do currículo dos diferentes cursos de graduação e pós-graduação em saúde, com raríssimas exceções. Trata-se de assunto vago que, na maior parte dos casos, é ignorado pela maioria de pesquisadoras e pesquisadores, estudantes e profissionais de saúde no Brasil. Este trabalho pretende apresentar algumas informações acerca dos processos de formulação desse campo conceitual a partir das demandas dos movimentos sociais organizados e das formulações de especialistas. Tais informações serão apresentadas com o objetivo de subsidiar pesquisas e contribuir para a formulação e gestão de políticas públicas adequadas às necessidades expressas nos indicadores sociais e de saúde das mulheres negras brasileiras.


Abstract The health of black women is not an area of knowledge or a relevant field in Health Sciences. The scientific knowledge production in this area is inexpressive and the theme is not part of the curriculum of different undergraduate and graduation programs in health, with very rare exceptions. It is a vague matter, which, in most cases, is ignored by most researchers, students, and health professionals in Brazil. This study intends to present some information on formulation processes of this conceptual field from the demands of organized social movements and experts' formulations. Such information will be presented with the aim of subsidizing research and contributing to the formulation and management of public policies suitable to the needs expressed in the social and health indicators of Brazilian black women.


Subject(s)
Humans , Female , Social Justice , Ethnicity , Women's Health , Health Management , Black People , Health Policy , Racism , Unified Health System , Health Care Reform , Health Services Accessibility
11.
Saúde Soc ; 25(3): 619-630, jul.-set. 2016.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-830868

ABSTRACT

Resumo A Política Nacional de Saúde para a Mulher Negra dispõe de um aparato legal que dá suporte a sua implementação, conquistado pelo movimento negro. Tendo como parâmetro as legislações referentes à saúde da população negra e à saúde da mulher, além dos documentos disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde de Alcântara, este trabalho teve como objetivo geral analisar os serviços básicos de saúde prestados às mulheres negras do povoado Castelo e como objetivos específicos realizar levantamento empírico dos programas e projetos voltados para mulheres negras oferecidos pelo município de Alcântara; verificar se no povoado Castelo há algum atendimento específico para mulheres negras; identificar as principais demandas das mulheres da comunidade ao serviço de saúde local; averiguar como o quesito cor está sendo empregado pela equipe da Estratégia Saúde da Família que atende a comunidade. A metodologia consistiu em identificar, através de documentos disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS), as ações e serviços voltados para as mulheres na comunidade, e por meio de questionário aplicado aos profissionais, seus conhecimentos sobre a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. Concluímos que, apesar do aparato legal, reconhecido e citado pela SEMUS em seu Plano de Saúde atual, as legislações não têm sido suficientes para que esse segmento social tenha suas peculiaridades reconhecidas. Informações básicas para planejamento de ações específicas, como a coleta do quesito cor, por exemplo, não são realizadas pela SEMUS. Não identificamos nenhuma ação planejada que considere as características raciais e étnicas das mulheres da comunidade.


Abstract The Black Women's Health National Policy has a legal apparatus to support its implementation, conquered by the black movement. Taking as reference the laws relating to the black population's health, women's health, and the documents provided by the Health Secretariat of the Municipality of Alcantara, this study's main objective is to analyze the basic health services provided to black women of Castelo village, and its specific objectives are: to identify municipality of Alcantara's programs and projects facing black women; to check for any specific care for black women in Castelo village; to identify the main demands of the community's women to the local health service; to check how the color data are being collected by the local Family Health Strategy team. The methodology adopted consisted in to identify, through documents provided by the city's Health Secretariat, its actions and services towards the community's black women, and through a questionnaire applied to its professionals, their knowledge about the National Policy for Integral Health of the Black Population. We concluded that, despite the legal apparatus cited by the Health Secretariat's in its current health care plan, these legislation's achievements were not enough to improve the recognition of this social group's peculiarities among its health services. The collection of basic informations, which are necessary to the planning of specific actions, as the color data, is not being performed by the Municipality's Health Secretariat. We have not identified any planned action which considers the racial and ethnic characteristics of this village's women.


Subject(s)
Humans , Female , Women's Health , Health Equity , Basic Health Services , Black People , Integrality in Health , Health Policy , Unified Health System , Legislation as Topic , Health Status Indicators , National Health Strategies , Qualitative Research , Health Promotion
12.
Saúde Soc ; 16(2): 87-102, maio-ago. 2007. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-476024

ABSTRACT

As desigualdades raciais, resultantes dos efeitos da exclusão social, são influenciadas pela prática de preconceitos e discriminações. O termo raça pode ser entendido como identidade coletiva ou consciência política que constrói uma auto-estima socialmente positiva. Objetivou-se caracterizar desigualdades raciais na mortalidade de mulheres adultas negras e brancas, residentes em Recife, entre 2001 e 2003. No estudo, tipo transversal, incluíram-se 2.943 óbitos de mulheres de 20 a 59 anos, captados no Sistema de Informação sobre Mortalidade, com raça/cor branca e negra (preta + parda), analisando-se a mortalidade proporcional, coeficientes de mortalidade e razões de taxas. O risco de morte de negras foi 1,7 vezes superior ao de brancas. Entre as negras identificou-se maior risco de morte em todas as faixas etárias e maior proporção de óbitos em hospitais do SUS, de mulheres sem companheiro e que exerciam serviços/atividades domésticas. Quanto às causas básicas, observaram-se maiores coeficientes de mortalidade em todos os capítulos e causas específicas, exceto por neoplasias na faixa de 20 a 29 anos e por câncer de mama nas faixas de 30 a 39 e 50 a 59 anos. Entre negras e brancas, quanto menor a idade, maior a desigualdade do risco de morte por causas externas. Em negras, ressalta-se o maior risco de morte por homicídios; acidentes de transporte; doenças isquêmicas do coração, cerebrovasculares e hipertensivas; diabetes e tuberculose. Os achados revelam iniqüidades na saúde das mulheres negras, decorrentes da violação de direitos que dificultam a ascensão social e o acesso a condições dignas de saúde.


Racial inequalities are effects of social exclusion, being influenced by prejudice and discrimination. The term race is used here meaning group identity or political perception of sharing a particular racial heritage, which builds a positive social self-esteem. The study aimed to characterize the mortality pattern of black and white adult women living in Recife, between 2001 and 2003. In this cross-sectional study, 2,943 deaths of women aged between 20 and 59 years were included, identified in the Mortality Information System of the National Health System (SUS), with race/skin color white or black (black + mestizo). Proportional mortality, mortality rates and ratios were obtained. The risk of dying was 1.7 times higher for black women compared to whites. Black women had higher risk of death in all age groups and higher proportion of deaths in public hospitals, of women who did not have a partner (single, widow or separated), who were housewives or worked as domestic servants, and who were less educated. Regarding the underlying causes, black women had a higher mortality rate for all chapters of the International Classification of Diseases and for specific causes of death, except for neoplasm in women aged 20 to 29 years and for breast cancer in women aged 30 to 39 and 50 to 59 years. As age decreases, a large difference between black and white women was found in the risk of deaths caused by external causes. Among black women, there was an increase in the risk of dying due to homicides, motor vehicle accidents, ischemic heart diseases, cerebral vascular and hypertensive diseases, diabetes, and tuberculosis. The findings showed inequality in health, with disadvantages for the black women, which are the expression of human rights violation that challenges social rise and the access to decent health conditions.


Subject(s)
Mortality , Health Status Disparities , Black People , Mortality , Women , Brazil
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL