Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 20 de 22
Filter
1.
J. coloproctol. (Rio J., Impr.) ; 43(1): 52-55, Jan.-Mar. 2023. ilus
Article in English | LILACS | ID: biblio-1430687

ABSTRACT

Patients with systemic lupus erythematosus have a higher incidence of neoplasms associated with human papillomavirus infections, such as those that affect the vulva, the vagina, and the cervix; however, little is known about the frequency of anal cancer among these patients. Although there are recommendations for screening for this cancer in immunosuppressed individuals, it is possible that this procedure is not strictly followed. We describe the case of a 47-year-old woman with systemic lupus erythematosus who was treated with immunosuppressants and developed advanced anal squamous cell carcinoma after adequate treatment and healing of a high-grade cervical squamous intraepithelial lesion. Five years after the completion of the anal cancer treatment, the patient presented with cystic hepatic lesions that were histopathologically confirmed to be metastatic squamous cell carcinoma. This report aimed to highlight the need for anal cancer screening in patients with lupus, particularly if there was a history of cervical cytopathological alterations. (AU)


Resumo Pacientes com lúpus eritematoso sistêmico apresentam maior incidência de neoplasias associadas a infecções por HPV, como aquelas que acometem a vulva, a vagina e o colo do útero, mas pouco se sabe sobre a frequência de câncer anal entre essas pacientes. Embora existam recomendações para o rastreamento desse câncer em indivíduos imunossuprimidos, é possível que esse procedimento não esteja sendo rigorosamente seguido. Descrevemos uma mulher de 47 anos com lúpus eritematoso sistêmico, tratada com imunossupressores, que desenvolveu um carcinoma escamocelular anal avançado após tratamento adequado e cicatrização de lesão intraepitelial escamosa cervical de alto grau. Cinco anos após o término do tratamento do câncer anal, a paciente apresentou lesões císticas hepáticas cujo resultado citopatológico confirmou ser carcinoma escamocelular metastático. O presente relato teve como objetivo chamar atenção para a necessidade do rastreamento do câncer anal em pacientes com lúpus, principalmente se houver história prévia de alterações citopatológicas cervicais. (AU)


Subject(s)
Humans , Female , Middle Aged , Anus Neoplasms/diagnosis , Carcinoma, Adenosquamous , Lupus Erythematosus, Systemic , Papillomavirus Infections , Liver Neoplasms/secondary
2.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 44(3): 280-286, Mar. 2022. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-1387885

ABSTRACT

Abstract Objective The purpose of this study was to compare the frequency of the occurrence of high-risk human papillomavirus (HPV) and abnormal anal cytology in immunocompetent women with and without HPV-induced genital lesions. Methods This analytical cross-sectional, observational study was conducted between July 2017 and December 2018 in a specialized outpatient clinic of a tertiary hospital in Fortaleza, CE. Fifty-seven immunocompetent women with and without genital intraepithelial lesions were assessed; they were divided into two groups: group 1 was comprised of women with HPV-associated genital lesions (n=26), and group 2 was comprised of those without HPV-associated genital lesions (n=31). Samples for liquidbased cytology and high-risk DNA-HPV polymerase chain reaction real-time tests were collected from the cervix and anus. All cases were evaluated using high-resolution anoscopy; biopsies were performed when required. The Fisher exact and chi-squared tests were applied for consolidated data in the contingency table, and the Student ttest and Mann-Whitney U-test for independent variables. Results Anal high-risk HPV infections were more frequent in group 1 (odds ratio [OR], 4.95; 95% confidence interval [CI], 1.34-18.3; p=0.012), along with concomitant highrisk HPV infections in the uterine cervix and the anus (OR 18.8; 95% CI, 2.20-160; p<0.001). The incidence of high-risk cervical HPV infection was associated with highrisk anal HPV infection (OR, 4.95; 95% CI, 1.34-18.3; p=0.012). There was no statistical difference concerning abnormal anal cytology or anoscopy between the groups, and no anal intraepithelial lesion was found in either group. Conclusion Immunocompetent women with HPV-associated genital lesions and high-risk cervical HPV were more likely to have high-risk anal HPV.


Resumo Objetivo O objetivo deste estudo foi comparar a frequência de papilomavírus humano (HPV) de alto risco e citologia anal anormal em mulheres imunocompetentes com e sem lesões genitais induzidas por HPV. Métodos Este estudo transversal analítico e observacional foi realizado entre julho de 2017 e dezembro de 2018 em um ambulatório especializado de um hospital terciário em Fortaleza, CE. Cinquenta e sete mulheres imunocompetentes com e sem lesões intraepiteliais genitais foram avaliadas. Foram divididas em dois grupos: grupo 1, composto por mulheres com lesões genitais associadas ao HPV (n=26) e grupo 2, composto pormulheres sem lesões genitais associadas ao HPV (n=31). Amostras para citologia em meio líquido e testes de reação em cadeia da polimerase em tempo real para DNA-HPV de alto risco foram coletadas do colo do útero e do ânus. Todos os casos foram avaliados por anuscopia de alta resolução; sendo realizada biópsia quando necessária. Os testes exatos de Fisher e qui-quadrado foram aplicados para dados consolidados na tabela de contingência; o teste t de Student e o teste U de Mann-Whitney foram aplicados para variáveis independentes. Resultados As infecções anais por HPV de alto risco forammais frequentes no grupo 1 (razão de chances [RC], 4,95; intervalo de confiança [IC] de 95%, 1,34-18,3; p=0,012), assim como infecções concomitantes por HPV de alto risco em colo uterino e ânus (RC 18,8; IC de 95%, 2,20-160; p<0,001). A incidência de infecção de HPV cervical de alto risco foi associada à infecção de HPV anal de alto risco (RC, 4,95; IC de 95%, 1,34-18,3; p=0,012). Não houve diferença estatística em relação à citologia anal anormal ou anuscopia entre os grupos, e não houve caso de lesão intraepitelial anal em nenhum dos grupos. Conclusão Mulheres imunocompetentes com lesões genitais associadas ao HPV e com HPV cervical de alto risco foram mais propensas a ter HPV anal de alto risco.


Subject(s)
Humans , Female , Anus Neoplasms , Papillomaviridae , Polymerase Chain Reaction , Colposcopy , Cell Biology
3.
Rev. Assoc. Méd. Rio Gd. do Sul ; 66(1): 01022105, 20220101.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1425011

ABSTRACT

Introdução: Mulheres que vivem com o vírus da imunodeficiência humana (MVHIV) possuem risco aumentado de coinfecção pelo papilomavírus humano (HPV). A infecção persistente pelo HPV nos órgãos genitais de MVHIV pode resultar em câncer cervical e/ou anal. O objetivo deste estudo foi determinar a frequência da infecção por HPV cervical e anal em MVHIV e estabelecer relações epidemiológicas com os genótipos virais e dados clínicos e sociodemográficos. Métodos: Vinte e três mulheres foram avaliadas. Amostras do colo do útero e do ânus foram coletadas e analisadas por citologia convencional e para detecção do tipo do HPV pela técnica de nested-PCR e sequenciamento. Resultados: O HPV foi detectado em 39,1% das amostras do colo uterino e 47,8% do ânus. Dez tipos de HPV foram identificados, sendo cinco de alto risco e cinco de baixo risco para câncer. O HPV 11 foi o mais prevalente em todas as amostras analisadas. A detecção do HPV foi associada com situação conjugal, níveis linfócitos TCD4+, carga do HIV, citologias cervical e anal anormais. Anormalidade cervical e anal foi observada em 43,5% e 17,4% das mulheres, respectivamente, sendo o genótipo 11 o mais encontrado nesses casos. Conclusão: Tipos de HPV de alto e baixo risco para câncer foram identificados nas amostras. Os resultados destacam a importância da triagem citológica e molecular em MVHIV, mesmo em casos com tipos de HPV de baixo risco.


Introduction: Women living with HIV (WLHIV) have an increased risk of co-infection with human papillomavirus (HPV). Persistent HPV infection in the genital organs of WLHIV may result in cervical and/or anal cancer. The objective of this study was to determine the frequency of cervical and anal HPV infection in WLHIV and establish epidemiological relationships with viral genotypes and clinical and sociodemographic data. Methods: Twenty-three women were evaluated. Cervical and anal samples were collected and analyzed using conventional cytology. HPV type was determined by nested polymerase chain reaction and sequencing. Results: HPV was detected in 39.1% and 47.8% of cervical and anal samples, respectively. Ten types of HPV were identified, of which 5 had high (16, 35, 45, 53, and 56) and 5 had low (11, 44, 61, 70, and 84) oncogenic risk. HPV-11 was the prevalent type among analyzed samples. HPV detection was associated with marital status, CD4+ T lymphocyte count, HIV burden, and abnormal cervical and anal cytology. Cervical and anal abnormalities were observed in 43.5% and 17.4% of women, respectively, with genotype 11 being the most common in these cases. Conclusions: High- and low-oncogenic risk HPV were identified in the samples. The results highlight the importance of cytological and molecular screening in WLHIV, even in cases of low-risk HPV types.


Subject(s)
Papillomavirus Infections
4.
Rev. Ciênc. Méd. Biol. (Impr.) ; 20(2): 229-234, set 29, 2021. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-1354390

ABSTRACT

Introduction: the prevalence of cervical and anal human papillomavirus (HPV) infection in women infected with human immunodeficiency virus (HIV) is high. However, little is known about the differences in the susceptibility of these infections and related lesions. The aim of this study was to describe the association between the prevalence of cervical and anal HPV infection and HPV-related lesions in HIV-positive women. Methods: this study included 88 HIV-positive women attending an outpatient clinic in a university hospital. Ectocervical, endocervical, and anal samples were collected for colpocytology and anal cytology. A polymerase chain reaction-based technique was used to detect HPV deoxyribonucleic acid in endocervical and anal swab samples. Results: the cervical and anal HPV positivity rates were 35.21% and 78.8%, respectively. The presence of HPV-related lesions on colpocytology was associated with anal HPV positivity (P = 0.027). The ratio between cervical HPV infection and cervical HPV-related lesions was 2.5. The ratio between anal HPV infection and anal HPV-related lesions was 4.3. Overall, 30% had concomitant HPV DNA in the cervix and anus. Conclusion: there are differences in the susceptibility of infections and related lesions between the cervix and anus. Despite a higher incidence of anal HPV, the progression to HPV-related lesion does not occur via the same manner in the cervix and anus. Moreover, cervical HPV-related lesions in HIV-positive women may serve as a cue for anal preventive strategies, and further investigations in these women may be useful.


Introdução: as infecções cervicais e anais pelo papilomavírus humano (HPV) em mulheres infectadas com o vírus da imunodeficiência umana (HIV) são muito prevalentes. Entretanto, pouco se sabe sobre as diferenças na suscetibilidade entre essas infecções e as lesões HPV-relacionadas. Objetivo: descrever a associação entre as prevalências de infecção cervical e anal pelo HPV e lesões relacionadas em mulheres HIV-positivas. Metodologia: este estudo incluiu 88 mulheres HIV-positivas atendidas em ambulatório de hospital universitário. Amostras ectocervicais, endocervicais e anais foram coletadas para colpocitologia e citologia anal. Uma técnica baseada na reação em cadeia da polimerase foi usada para detectar o ácido desoxirribonucléico (DNA) do HPV em amostras de swabs endocervical e anal. Resultado: as taxas de positividade do HPV cervical e anal foram de 35,21% e 78,8%, respectivamente. As lesões relacionadas ao HPV na colpocitologia foram associadas à positividade anal para o HPV (P = 0,027). A proporção entre infecção cervical por HPV e lesões cervicais relacionadas foi de 2,5. A proporção entre a infecção anal por HPV e as lesões anais relacionadas foi de 4,3. 30% tinham DNA-HPV concomitante no colo do útero e ânus. Conclusão: existem diferenças na suscetibilidade de infecções e de lesões relacionadas entre o colo e o ânus. Apesar de maior incidência de HPV anal, a progressão para lesões relacionadas não ocorre da mesma forma no colo e no ânus. Além disso, lesões cervicais relacionadas ao HPV em mulheres HIV positivas podem servir como pista para estratégias preventivas anais. Investigações adicionais podem ser úteis.


Subject(s)
Humans , Female , Anus Neoplasms , HIV , Alphapapillomavirus , Cross-Sectional Studies
5.
Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. (Online) ; 21(1): 271-280, Jan.-Mar. 2021. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-1250686

ABSTRACT

Abstract Objectives: to describe life quality of women with HPV and analyze the accuracy of anal visual inspection with acetic acid and lugol compared to high-resolution anoscopy in the detection of anal intraepithelial lesions. Methods: diagnostic evaluation study conducted with adult solid-organ transplant recipients and/or diagnosed with HIV and/or with a history of anogenital neoplasia, attended at the High Resolution Anoscopy outpatient clinic between April and December 2018. To calculate the accuracy parameters, 87 women participated: 44 with lesions and 43 without them. The 44 women with lesions were also subjected to a descriptive study to assess their life quality using the SF-36 questionnaire. Results: it was observed that almost half of the women in the study practiced vaginal, anal and oral intercourse without condom. History of HPV infection and anogenital neoplasia were the most prevailing with percentages of 81% and 72.7%, respectively. In five out of the eight domains of SF-36 they did not perform well in regard to life quality. Visual inspection with acetic acid and lugol presented sensitivity of 22.7% and specificity of 100%. Conclusion: unsatisfactory life quality was evidenced. Direct visual inspection with acetic acid and lugol should not be used in trials to spot intraepithelial HPV lesions, for it presents low sensitivity.


Resumo Objetivos: descrever a qualidade de vida das mulheres com HPVe analisar aacurácia da inspeção visual anal com ácido acético e lugol comparada à anuscopia de alta resolução para detecção de lesão intraepitelial anal. Métodos: estudo de avaliação diagnostica realizado com mulheres adultas transplantadas de órgãos sólidos e/ou diagnosticadas com HIV e/ou com antecedente de neoplasia anogenital, atendidas no ambulatório de AAR entre abril e dezembro de 2018. Para cálculo dos parâmetros de acurácia, participaram 87 mulheres: 44 com lesões e 43 sem lesões. Das 44 mulheres com lesão, também foi realizado um estudo descritivo para a avaliar a qualidade de vida utilizando-seo questionário SF-36. Resultados: Observou-se que quase metade das mulheres do estudo são adeptas ao intercurso vaginal, anal e oralesem preservativo. Os antecedentes de infecção pelo HPV e neoplasia anogenital foram os mais prevalentes com valores de 81% e 72, 7% respectivamente. Cinco, dos oito domínios do SF-36, não apresentaram boa performance em relação à qualidade de vida. A inspeção visual com ácido acético e lugol apresentou sensibilidade de 22,7%o e especificidade de 100,0%o. Conclusão: evidenciou-se qualidade de vida insatisfatória. A inspeção visual anal direta com ácido acético e lugol não deve ser usada na triagem de lesões intraepiteliais por HPV, pois apresenta baixa sensibilidade.


Subject(s)
Humans , Female , Anus Neoplasms/diagnosis , Quality of Life , HIV Infections/diagnosis , Triage , Sickness Impact Profile , Squamous Intraepithelial Lesions/diagnostic imaging , Acetic Acid
6.
DST j. bras. doenças sex. transm ; 30(1): 20-24, 30-03-2018.
Article in English | LILACS | ID: biblio-1122864

ABSTRACT

Introduction: The anal lesions seem to have a natural history that closely resembles cervical lesions, with signs that precede the invasion. Cytological changes of anal epithelium induced by HPV can be detected through cytology, as it is considered an effective screening method. Objective: To identify the frequency of atypical epithelial conventional cytology results by comparing anal samples through Liqui-PREPTM technology in HIV-positive men. Methods: Cross-sectional descriptive and analytical study of 33 men who have sex with men (MSM), HIV-positive and anoreceptive attended at the Gaffrèe and Guinle University Hospital (HUGG), Rio de Janeiro, from June to July, 2016. Collection of anal samples for the conventional cytology and Liqui-PREPTM cytology was carried out. For significance of findings, Fisher exact test with 95% confidence interval was used and cytological Kappa index was employed for concordance between the two cytological methods. Results: The age ranged from 23 to 60 years (mean=39.06). The CD4 cell count was between 200 to 500/mm3 on 16 (48.5%) and 13 (39.4%), and 50% was diagnosed with HIV for more than 6 years. In conventional cytology one case was considered unsatisfactory (3%). Among the cases considered satisfactory, 9 (28.1%) were diagnosed with ASC-US; 4 (12.5%) LSIL; 2 (6.3%) ASC-H, and 2 (6.3%) HSIL. Through Liqui-PREPTM method, 7 cases were considered unsatisfactory (21.2%). Among the satisfactory cases, 7 showed ASC-US (26.9%); 4 (15.4%) ASC-H; 2 (7.7%) LSIL; and 2 (7.7%) HSIL. The difference of unsatisfactory cases between both methods, although higher for Liqui-PREPTM, was not statistically significant (p=0.054). The correlation was moderate (0503; p<0.006 [0.1765­0.8298]). Conclusion: The cytologic atypia is common among MSM HIV (+), and the anal conventional cytology and liquid by Liqui-PREPTM cytology are equivalent, although they are more unsatisfactory in the latter technique.


Introdução: As lesões anais parecem ter uma história natural, que se assemelha às de lesões de colo uterino, com sinais que precedem a invasão. As alterações citológicas do epitélio anal induzidas pelo HPV podem ser detectadas por citologia, um método de rastreio considerado efetivo. Objetivo: Identificar a frequência de atipias epiteliais nos resultados da citologia convencional comparando amostras anais pela tecnologia Liqui-PREP® em homens HIV positivos. Métodos: Estudo transversal, descritivo e analítico de 33 homens que fazem sexo com homens (HSH), HIV positivos e anorreceptivos atendidos no Hospital Universitário Gaffrèe e Guinle (HUGG), Rio de Janeiro, no período de junho a julho de 2016. Os pacientes foram submetidos à coleta de amostras anais para citologia convencional e citologia Liqui-PREP®. Para significância de achados, foi usado o teste exato de Fisher com intervalo de confiança de 95%, e para concordância entre os dois métodos citológicos, foi utilizado o índice de Kappa. Resultados: A idade variou de 23 a 60 anos (média=39,06). A contagem de células CD4 foi entre 200 e 500/mm3 para 16 (48,5%) e 13 (39,4%) dos casos analisados, e 50% tinham o diagnóstico de HIV há mais de seis anos. Na citologia convencional, um caso foi considerado insatisfatório (3%). Entre os casos considerados satisfatórios, 9 (28,1%) foram diagnosticados como células escamosas atípicas de significado indeterminado possivelmente não neoplásicas (ASC-US); 4 (12,5%) como lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL); 2 (6,3%) como células escamosas atípicas não sendo possível excluir lesão intraepitelial de alto grau (ASC-H) e 2 (6,3%) como lesão intraepitelial de alto grau (HSIL). Pelo método Liqui-PREP®, 7 casos foram considerados insatisfatórios (21,2%). Entre os casos satisfatórios, 7 como ASC-US (26,9%); 4 (15,4%) como ASC-H; 2 (7,7%) como LSIL e 2 (7,7%) como HSIL. A diferença de insatisfatório entre os métodos, embora maior para Liqui-PREP®, não foi estatisticamente significativa (p=0,054). A concordância foi moderada (0,503; p<0,006 [0,1765­0,8298]). Conclusão: É frequente a atipia citológica entre HSH HIV (+), e as citologias anal convencional e em meio líquido pela técnica Liqui-PREPTM se equivalem, embora sejam mais insatisfatórias na técnica citológica Liqui-PREP®.


Subject(s)
Humans , Papillomaviridae , Homosexuality , HIV , Sexual Behavior , Cell Biology , Men
7.
J. Health Biol. Sci. (Online) ; 4(3): 174-180, jul-set/2016. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-876852

ABSTRACT

Introdução: Entre as doenças virais sexualmente transmissíveis, a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) configura-se como a mais comum, e sua incidência vem aumentando acentuadamente nos últimos trinta anos. A infecção anal por subtipos específicos do HPV predispõe o indivíduo à neoplasia intraepitelial anal, que pode evoluir para o câncer de forma similar ao colo uterino. Objetivo: avaliar a associação tipo-específica entre infecções anais e cervicais, assim como os aspectos citopatológicos das lesões anais pelo vírus HPV em mulheres de São Luís, Maranhão. Métodos: Estudo analítico transversal com 27 mulheres atendidas no Centro de Pesquisa Clínica da UFMA, entre agosto de 2012 e julho de 2015, mediante entrevista e realização de exames complementares. Resultados: As mulheres tinham, em média, 32 anos. Em relação ao resultado do PCR, 77,7% das pacientes apresentaram resultado positivo para HPV anal, sendo o subtipo 16 o mais frequente (47,6%). Na região cervical, 88,8% apresentaram PCR positivo, sendo o mais comum o subtipo 16 (47,8%). A coinfecção anal e cervical pelo HPV foi observada em 74% das mulheres. 93,3% dos resultados de citologia anal não apresentaram alteração, assim como 72,2% das anuscopias realizadas. Conclusões: A infecção cervical por HPV é um fator sugestivo de risco para o desenvolvimento da infecção na região anal. (AU)


Introduction: Human Papillomavirus (HPV) infection is characterized as the most common among the sexually transmitted viral diseases and its incidence has been increasing dramatically in the last thirty years. Anal infection with specific HPV subtypes predisposes the individual to anal intraepithelial neoplasia, which can develop into cancer similar to the cervix. Objective: to evaluate the type-specific association between anal and cervical infections, as well as cytological aspects of anal lesions by HPV in women of São Luís, Maranhão. Methods: Cross-sectional study with 27 women assisted in the Clinical Research Center of UFMA, between August 2012 and July 2015, by means of interviews and examinations. Results: The patients had an average of 32 years. Regarding the result of PCR, 77.7% of patients tested positive for anal HPV 16 subtype being the most frequent (47.6%). In the cervical region, 88.8% had positive PCR, the most common subtype 16 (47.8%). The anal and cervical HPV co-infection was observed in 74% of women. As for anal cytology, 93,3% of patients had normal results, as well as 72,2% of anuscopias. Conclusion: The cervical HPV is a suggestive risk factor for the development of infection in the anal area. (AU)


Subject(s)
Papillomaviridae , Anus Neoplasms , Uterine Cervical Neoplasms
8.
Rev. bras. cir. plást ; 31(4): 586-590, 2016. ilus
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-827473

ABSTRACT

Perineal and gluteal regions may be affected by a wide spectrum of diseases, and the treatment may require extensive surgery and cause functional, aesthetic, and psychosocial damages at various levels. Wounds in the extensive perineal and gluteal regions after surgical treatment of neoplasia may represent a challenge in local reconstruction. Size, location, and availability of tissue around the lesion may hinder wound primary closure, requiring the use of one or more flaps. This article reports a case of reconstruction of the perineal and gluteal regions after oncological resection at the plastic surgery service of the Hospital das Clínicas at the Federal University of Minas Gerais. The muscle and fasciocutaneous flaps of the gluteus maximus and myocutaneous of the semimembranosus were used.


As regiões glútea e perineal podem ser afetadas por um variado espectro de doenças, cujo tratamento pode demandar extensas mutilações e acarretar em prejuízo funcional, estético e psicossocial em variados graus. Feridas extensas da região perineal e glútea após o tratamento cirúrgico de neoplasias podem representar um desafio para a reconstrução local. Tamanho, localização e disponibilidade de tecido em torno da lesão são fatores que podem impedir o seu fechamento primário, tornando necessário o uso de um ou mais retalhos. Este artigo relata um caso de reconstrução de períneo e região glútea após ressecção oncológica, no serviço de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foram utilizados os retalhos muscular e fasciocutâneo de glúteo máximo e miocutâneo de semimembranoso.


Subject(s)
Humans , Male , Adult , History, 21st Century , Perineum , Surgical Flaps , Buttocks , Carcinoma, Squamous Cell , Plastic Surgery Procedures , Proctectomy , Perineum/anatomy & histology , Perineum/surgery , Surgical Flaps/surgery , Buttocks/anatomy & histology , Carcinoma, Squamous Cell/surgery , Plastic Surgery Procedures/methods , Proctectomy/methods
9.
J. bras. patol. med. lab ; 51(5): 315-322, tab, graf
Article in English | LILACS | ID: lil-764550

ABSTRACT

ABSTRACTIntroduction:Incidence rates of anal cancer have been rising worldwide in the last 20 years. Due to embryological, histological and immunohistochemical similarities between the anal canal and the cervix, routine screening with anal cytology for precursor lesions in high-risk groups has been adopted. Objective: To determine interobserver agreement for the diagnosis of anal neoplasia by anal cytology.Material and methods:A cross-sectional observational study was conducted in 324 women with cervical intraepithelial or invasive cancers, for screening of anal cancer, from December 2008 to June 2009. Three hundred twenty-four cytological samples were analyzed by three cytopathologists. Cytological evaluation was based on the revised Bethesda terminology; samples were also classified into negative and positive for atypical cells. We calculated the kappa statistic with 95% confidence interval (95% CI) to assess agreement among the three cytopathologists.Results:Interobserver agreement in the five categories of the Bethesda terminology was moderate (kappa for multiple raters: 0.6). Agreement among cytopathologists 1, 2 and 3 with a consensus diagnosis was strong (kappa: 0.71, 0.85 and 0.82, respectively).Conclusion:Interobserver agreement in anal cytology was moderate to strong, indicating that cervical cytomorphological criteria are reproducible also in anal samples.


RESUMOIntrodução:O número de casos de câncer de canal anal vem aumentando nos últimos 20 anos no mundo. Devido às similaridades embriológicas, histológicas e imuno-histoquímicas do canal anal com o colo uterino, adotou-se a citologia anal para rastreamento das lesões precursoras desse tipo de câncer em grupos de risco.Objetivo:Determinar a concordância interobservadores na citologia anal e a concordância entre os diagnósticos citológico e histopatológico no rastreamento das neoplasias anais.Material e métodos:Foi realizado um estudo observacional do tipo corte transversal para rastreamento de câncer anal em 324 mulheres com neoplasias intraepiteliais ou invasivas cervicais, no período de dezembro de 2008 a junho de 2009. Foram colhidas amostras citológicas anais, as quais foram analisadas por três citopatologistas; a seguir, elas foram classificadas de acordo com o consenso Bethesda 2001, sendo agrupadas em negativas e positivas para células atípicas. Biópsias e reação em cadeia de polimerase (PCR) para papilomavírus humano (HPV) foram realizadas para verificar a concordância interobservadores. Foi aplicado o coeficiente kappa múltiplo e simples, bem como o seu intervalo de confiança de 95%.Resultados:A concordância interobservadores, incluindo todas as categorias diagnósticas, foi moderada (coeficiente kappa múltiplo: 0,6). A concordância para identificar citologias anormais entre os citopatologistas 1, 2 e 3 com o diagnóstico de consenso foi forte (coeficiente de kappa simples: 0,71; 0,85 e 0,82; respectivamente).Conclusão:A concordância interobservadores na citologia anal foi de moderada a forte, indicando que os critérios citomorfológicos são reprodutíveis na interpretação de material anal.

10.
São Paulo; s.n; 2014. [73] p. ilus, tab, graf.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: biblio-870817

ABSTRACT

Introdução: O carcinoma de células escamosas (CEC) do canal anal é uma neoplasia pouco frequente, correspondendo a 1-5% dos tumores intestinais. Entretanto, o risco de CEC do canal anal vem crescendo. O tratamento padrão do CEC de canal anal nos estádios II-III consiste em 5-fluorouracil infusional associado a mitomicina-C e radioterapia, desde 1974. Estudos clínicos com o objetivo de identificar novos esquemas terapêuticos mais convenientes para câncer do canal anal devem continuar. Métodos: Pacientes com CEC de canal anal T2-4N0M0 ou T (qualquer) N1-3M0, com bom performance clínico, função renal e hematológica normais foram tratados com capecitabina 825 mg/m2 12/12 horas durante a radioterapia associada a dose única de mitomicina-C 15 mg/m2 no Dia 1. O objetivo primário do estudo foi determinar a taxa de controle local em 6 meses da associação de capecitabina, mitomicina-C e radioterapia em pacientes com câncer do canal anal. Os objetivos secundários foram determinar a taxa de toxicidade aguda graus 3-4, conforme os critérios da CTCaev4.0, taxa de resposta completa 6 semanas após término da quimio-radioterapia, sobrevida global e livre de progressão e taxa de colostomia em 1 ano. O tamanho da amostra foi calculado usando a ferramenta "estágio único de Fleming". Considerando 85% de eventos esperados (taxa de controle local em 6 meses), 1 desvio padrão e 5% de erro alfa, o tamanho ideal da amostra foi de 51 pacientes. Resultados: De novembro/2010 a fevereiro/2014, 51 pacientes foram incluídos, sendo avaliados 43 pacientes. Dezessete pacientes (39,5%) tinham estádio II, 11 (25,6%) estádio IIIA e 15 (34,9%) estádio IIIB. O seguimento mediano foi de 23,1 meses. Entre os pacientes que foram avaliados em 6 meses, 3 (7%) apresentaram resposta clínica parcial, 37 (86%) tiveram resposta clínica completa e 3 (7%) apresentaram progressão de doença. O controle loco-regional em 6 meses foi de 86%. Em relação às toxicidades graus 3-4, observaram-se diarreia grau 3, em...


Background: Squamous cell carcinoma (SCC) of the anal canal is an uncommon malignancy accounting for 1-5% of intestinal tumors; however, its incidence has been increasing. Treatment for stage II and III anal canal SCC is infusional 5-fluorouracil associated with mitomycin and radiotherapy, since 1974. More convenient treatments for patients are needed. Methods: Patients with SCC of anal cancer T2-4N0M0 or T (any) N1-3M0, with good performance status, normal blood, and renal function were treated with capecitabine 825 mg/m2 bid during radiotherapy associated with a single dose of mitomycin 15 mg/m2 on day 1. Primary objective was local control rate at 6 months determined by clinical examination and radiological assessment. Sample size was calculated using Fleming single stage design. Results: From november/2010 to february/2014 51 patients were initially included, however 43 patients were assessed. Seventeen patients (39.5%) were stage II, 11 patients (25.6%) stage IIIA, and 15 patients (34.9%) stage IIIB. Four patients (9.3%) were HIV-positive, while 39 (90.7%) were HIV-negative. Median follow-up was 23.1 months. Among patients who finished the treatment and were reevaluated at 6 months 3 patients (7%) presented partial response, 37 patients (86%) had complete response, and 3 patients developed progression of the disease (7%). Regarding grade 3-4 toxicities, 10 patients (23.2%) had grade 3 radiodermitis, 3 patients (6.9%) had grade 3-4 thrombocytopenia, 5 (11.6%) had grade 3 lymphopenia, 1 patient (2.3%) had grade 3 vomiting, 2 patients (4.6%) had grade 3 diarrhea and 3 patients (6.9%) had grade 3 leukopenia. One HIV+ patient had septic shock, pneumonia, herpetic encephalitis and macrophage activation syndrome. Colostomy rate was 18.6%. Conclusions: Capecitabine and mitomycin with radiotherapy seem to be a safe treatment for SCC of the anal cancer, with a complete response rate in 6 months of 86%.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Carcinoma, Squamous Cell , Fluorouracil , Mitomycin , Anus Neoplasms/drug therapy , Anus Neoplasms/radiotherapy , Survival Analysis , Toxicity
11.
São Paulo; s.n; 2014. [151] p. ilus, tab, graf.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: lil-750117

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: O tratamento das neoplasias malignas anorretais exige ressecções que podem levar ao surgimento de defeitos perineais extensos. Esses defeitos necessitam de reconstrução que deve ser realizada, preferencialmente, com retalhos. Dentre eles, destacamos o retalho perfurante da artéria pudenda interna, localizado no sulco glúteo, vascularizado por vasos perfurantes cutâneos da artéria pudenda interna, e inervado por ramos do nervo pudendo e do nervo cutâneo femoral posterior. Esse retalho apresenta diversas vantagens em comparação com os outros utilizados para reconstrução perineal, e os dados relacionados à avaliação de sua sensibilidade cutânea são escassos, discrepantes e sujeitos a críticas metodológicas. OBJETIVO: Avaliar a sensibilidade cutânea do retalho perfurante da artéria pudenda interna após 12 meses da reconstrução perineal em cirurgias de amputação abdominoperineal de reto, e compará-la com a sensibilidade cutânea pré-operatória do sulco glúteo (área doadora do retalho). MÉTODOS: Estudo prospectivo com 25 pacientes submetidos à amputação abdominoperineal de reto por neoplasias malignas anorretais e reconstruídos com o retalho perfurante da artéria pudenda interna de avanço VY bilateral. As modalidades de sensibilidade tátil, dolorosa, térmica e vibratória foram analisadas em quatro áreas do sulco glúteo no pré-operatório e nas quatro áreas correspondentes do retalho 12 meses após a cirurgia. A avaliação da sensibilidade tátil foi realizada com o Pressure Specified Sensory Device(TM) (PSSD(TM)), aparelho que quantifica a pressão aplicada à pele, estática ou em movimento. As outras modalidades de sensibilidade foram analisadas com o método de escolha forçada, utilizando ponta de agulha para sensibilidade dolorosa, contato quente/frio para sensibilidade térmica e diapasão de 128 Hz para sensibilidade vibratória. RESULTADOS: Os limiares de sensibilidade tátil medidos com o PSSD(TM) no retalho perfurante da artéria pudenda interna...


INTRODUCTION: The treatment of anorectal malignancies requires resection that can lead to extensive perineal defects. These defects require reconstruction which should be performed, preferably, with flaps. Among them, we highlight the internal pudendal artery perforator flap, located on the gluteal fold, vascularized by cutaneous perforator vessels from the internal pudendal artery, and innervated by branches from the pudendal nerve and the posterior femoral cutaneous nerve. This flap has many advantages compared to others used for perineal reconstruction, and data related to the evaluation of its cutaneous sensibility are scarce, discrepant and subject to methodological criticisms. OBJECTIVE: To evaluate cutaneous sensibility of the internal pudendal artery perforator flap 12 months after perineal reconstruction in abdominoperineal resection of rectum, and compare it with the preoperative cutaneous sensibility of the gluteal fold (flap donor area). METHODS: A prospective study of 25 patients undergoing abdominoperineal resection of rectum for anorectal malignancies, and reconstruction with the internal pudendal artery perforator flap, in bilateral VY advancement. The modalities of tactile, pain, thermal and vibration sensibility were analyzed in four areas of the gluteal fold preoperatively and in the four corresponding areas of the flap 12 months after surgery. Tactile sensibility was assessed using the Pressure Specified Sensory Device(TM) (PSSD(TM)), a device that measures the pressure applied to the skin, static or moving. The other types of sensibility were analyzed with the forced-choice method, using a needle for pain sensibility, hot/cold contact for thermal sensibility and 128 Hz tuning-fork for vibration sensibility. RESULTS: The tactile sensibility thresholds measured with PSSD(TM) on the internal pudendal artery perforator flap 12 months after perineal reconstruction were similar to tactile sensibility thresholds...


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Perineum , Rectal Neoplasms , Perforator Flap/innervation , Perforator Flap/blood supply , Sensation , Sensory Receptor Cells , Sensory Thresholds , Skin , Touch , Anus Neoplasms
12.
Rev. Col. Bras. Cir ; 38(6): 372-380, nov.-dez. 2011. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-611526

ABSTRACT

OBJETIVO: Analisar a variabilidade interobservadores no diagnóstico de lesões precursoras do câncer anal no cenário mais comum de um serviço constituído por patologistas sem experiência prévia no diagnóstico destas lesões. MÉTODOS: Quinhentas e duas lâminas histopatológicas com espécimes anais retirados de 372 pacientes HIV-positivos e HIV-negativos foram analisadas no Departamento de Patologia da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas por três patologistas com ampla experiência no diagnóstico de doenças tropicais e infecciosas, mas sem experiência prévia importante no diagnóstico de lesões precursoras do câncer anal. As leituras individuais de cada patologista foram comparadas com a que se seguiu a diagnóstico de consenso em microscópio de ótica compartilhada. Os diagnósticos individuais foram confrontados com os de consenso mediante análise da estatística kappa. RESULTADOS: A concordância absoluta entre cada diagnóstico individual e o de consenso correspondente foi ruim (kappa=-0,002). Considerando os resultados apenas positivos ou negativos para lesões intraepiteliais escamosas anais, obteve-se concordância regular entre os observadores (kappa=0,35), enquanto que a concordância foi moderada quando os resultados histopatológicos foram considerados positivos ou negativos para lesão intraepitelial de alto grau ou câncer (kappa=0,52). CONCLUSÃO: A variabilidade interobservadores no diagnóstico histopatológico do câncer anal e de suas lesões precursoras entre patologistas sem grande experiência na área, apesar de experts em outras, é tal que os diagnósticos neste campo e neste cenário comum devem sempre ser de consenso.


OBJECTIVE: To assess interobserver variability in the diagnosis of anal cancer precursor lesions in the usual scenario of a service consisting of pathologists without previous experience in the diagnosis of these lesions. METHODS: Five hundred and two anal specimens taken from 372 HIV-positive and HIV-negative patients were analyzed at the Pathology Department of the Tropical Medicine Foundation of Amazonas by three pathologists with extensive experience in the diagnosis of infectious and tropical diseases, but without significant prior experience in the diagnosis of anal cancer precursor lesions. The individual readings of each pathologist were compared to the one following the consensus diagnosis in shared optical microscope by kappa statistics. RESULTS: The absolute agreement between each individual diagnosis and corresponding consensus was poor (kappa = -0.002). Considering only the positive or negative results for anal squamous intraepithelial lesions, we obtained a fair agreement between observers (kappa = 0.35), while the agreement was moderate when the histopathological findings were considered positive or negative for high-grade squamous intraepithelial lesion or cancer (kappa = 0.52). CONCLUSION: The interobserver variability in histopathologic diagnosis of anal cancer and its precursor lesions among pathologists with little experience in the area is such that the diagnoses in this field and this scenario should always be a consensus.


Subject(s)
Humans , Anus Neoplasms/epidemiology , Anus Neoplasms/pathology , Early Detection of Cancer/statistics & numerical data , Precancerous Conditions/epidemiology , Precancerous Conditions/pathology , Observer Variation
13.
Femina ; 39(11)nov. 2011. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-641403

ABSTRACT

O câncer anal não tem sido considerado problema de saúde pública. No entanto, sua incidência vem aumentando em pessoas que praticam sexo anal receptivo, promíscuos e portadores de doenças sexualmente transmissíveis, principalmente HPV (papilomavírus humanos) e HIV (vírus da imunodeficiência humana). Nos últimos anos, em vários países, a incidência do câncer anal aumentou 1,5 vezes entre os homens e triplicou nas mulheres. Embora a literatura não reforce o rastreamento de rotina das lesões intraepiteliais anais nas populações de risco, seu uso racional baseia-se no sucesso obtido com o rastreamento por meio da citologia cervical na redução da incidência do câncer cervical. Neste artigo revisamos os métodos diagnósticos disponíveis e as possibilidades de tratamentos das lesões precursoras anais a fim de prevenir a evolução para o câncer anal. Os aspectos biológicos das lesões precursoras anais são semelhantes aos das lesões cervicais. Dessa forma, como o ginecologista é o principal responsável pelo acompanhamento das mulheres, poderia


Anal cancer was not considered a neoplasm of public health concern until recently. Nevertheless, it may be object of attention in groups in which its incidence is increasing: people who have anoreceptive intercourse, promiscuous people and people who have sexual transmitted diseases (HPV and HIV infection). The incidence of anal cancer increased 1.5 fold among men and tripled among women in recent years. Although there is no strong literature evidence that document the value of screening for ASILs (anal squamous intraepithelial lesions) in the risk population, the rationale screening relies upon the success of cervical cytology screening in the reduction of cervical cancer incidence. It was reviewed the availability of screening modalities that effectively diagnosis the precursor lesion and the possibility of treatments that can prevent ASILs from progressing to anal cancer. The biologic consequences of anal dysplasia or ASIL are considered analogous of those of cervical dysplasia so the gynecologists may contribute to this diagnosis and to the prevention of anal cancer.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Anal Canal/cytology , Early Detection of Cancer , Early Diagnosis , HIV Infections/pathology , Anus Neoplasms/epidemiology , Anus Neoplasms/pathology , Anus Neoplasms/prevention & control , Precancerous Conditions , Primary Prevention , Carcinoma in Situ/pathology , Papillomavirus Infections/pathology , Sexual Behavior
14.
J. coloproctol. (Rio J., Impr.) ; 31(3): 285-290, July-Sept. 2011. graf, tab
Article in English | LILACS | ID: lil-623476

ABSTRACT

Anus neoplasm accounts for 2 to 4% of colorectal tumors, being more prevalent around the seventh and the eighth decades. Females are mostly affected, and the ratio is 3:1. Its increased prevalence amongst the population in the past years is probably related to the higher number of people that are affected by sexually transmitted diseases, mainly human papillomavirus (types 16 and 18, mostly) and/or the human immunodeficiency virus. Diagnosis is based on clinical findings and anatomopathological tests. The treatment of choice is radiochemotherapy, and the rescue surgery with abdominoperineal resection is used for recurrence and persistence cases. A retrospective and prospective longitudinal observational study was performed with 11 patients diagnosed with anal neoplasm from 2004 to 2010. Six (54.5%) were females and five (45.5%) were males. The incidence was higher in the sixth decade, at the mean age of 54.45 years. The most frequent histological type observed was the epidermoid carcinoma, and the most frequent cell differentiation type was the moderately differentiated. Chemotharapy associated with radiotherapy was used in 81.9% of the patients, and abdominoperineal resection was necessary as a rescue surgery in 18.2% of the patients. (AU)


Neoplasias do ânus correspondem de 2 a 4% dos tumores de intestino grosso, sendo predominante nas sétima e oitava décadas. A maior prevalência é em gênero feminino, com proporção de 3:1. O aumento da prevalência na população nos últimos anos provavelmente está relacionado ao número maior de pessoas com doenças sexualmente transmissíveis, principalmente o papilomavírus humano (tipos 16 e 18, mais comumente) e/ou o vírus da imunodeficiência humana. O diagnóstico é feito a partir de achados clínicos somados ao exame anatomopatológico. O tratamento de escolha baseia-se na radioquimioterapia, sendo a cirurgia de resgate com amputação abdominoperineal utilizada para casos de recidiva ou persistência. Foi feito um estudo observacional longitudinal retrospectivo e prospectivo, com 11 pacientes diagnosticados com neoplasia anal no período de 2004 a 2010. Seis (54,5%) eram do gênero feminino e 5 (45,5%) do masculino. O pico de incidência foi em sexta década, com média de idade de 54,45 anos. O tipo histológico mais encontrado foi o carcinoma epidermoide (72,7%), sendo o moderadamente diferenciado o mais frequente grau de diferenciação. A quimioterapia associada à radioterapia foi instituída em 81,9% dos pacientes, sendo necessária a cirurgia de amputação abdominoperineal como terapia de resgate em 18,2% dos pacientes. (AU)


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Aged , Aged, 80 and over , Anus Neoplasms/diagnosis , Anus Neoplasms/therapy , Anus Neoplasms/epidemiology , Carcinoma , Neoplasm Staging
15.
ABCD (São Paulo, Impr.) ; 24(2): 168-172, abr.-jun. 2011.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-592488

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: O carcinoma espino-celular do canal anal é doença que atinge os adultos de meia idade e corresponde a 4 por cento dos cânceres do trato gastrointestinal baixo. Na população geral a incidência é de 1 em 100.000 habitantes, e entre os homens que fazem sexo com homens essa incidência atinge 35 por 100.000 habitantes, sendo que os portadores de HIV têm esse risco duplicado (70 por 100.000 habitantes). MÉTODO: Foi realizada revisão da literatura com consulta nos periódicos das bases Medline/Pubmed, Scielo e Lilacs cruzando os descritores Rastreamento, Lesões pré-cancerosas, Neoplasias do ânus e HIV. Além da revisão bibliográfica, foi adicionada a este trabalho a experiência pessoal dos autores, e a obtida no Departamento de Gastroenterologia - Divisão Cirúrgica, no ICESP - Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octávio Frias de Oliveira, no Departamento de Moléstias Infeciosas - Casa da AIDS e no Serviço de Coloproctologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, SP, Brasil. CONCLUSÕES: HIV+ é um grande fator de risco no desenvolvimento de carcinoma espino-celular anal em indivíduos infectados por HPV. A avaliação desses pacientes não deve se restringir à erradicação de condilomas, mas principalmente incluir o rastreamento de lesões displásicas subclínicas potencialmente neoplásicas. Apesar dos métodos de rastreamento ainda não serem ideais, o grande benefício do rastreamento baseia-se no fato de oferecer acompanhamento rigoroso, tornando possível à prevenção ou detecção cada vez mais precoce do carcinoma espino-celular anal.


INTRODUCTION: Squamous cell carcinoma of the anal canal is a disease that affects the middle-aged adults and accounts for 4 percent of cancers of the gastrointestinal tract below. In the general population the incidence is 1 in 100,000, and among men who have sex with men the incidence is 35 per 100,000 inhabitants, those with HIV have doubled this risk (70 per 100,000 inhabitants). METHODS: Was performed literature review in consultation with periodic Medline / Pubmed, Lilacs and Scielo crossing Trackingm, Precancerous conditions, Anus neoplasms and HIV descriptors. Besides the review,was added to this work the authors'personal experiences, and obtained at the Department of Gastroenterology - Surgical Division, in ICESP - Cancer Institute of the State of São Paulo Octavio Frias de Oliveira, in Department of Diseases Infectious - House of AIDS and in the Department of Coloproctology, Hospital das Clinicas, University of São Paulo, Brazil. CONCLUSIONS: HIV + is a major risk factor in developing squamous cell carcinoma anal in individuals infected with HPV. The evaluation of these patients should not restrict itself to the eradication of warts, but mainly include the screening of subclinical dysplastic lesions potentially neoplastic. Despite the screening methods are still not ideal, the great benefit of screening is based on the fact offer closely monitored, making possible the prevention or detection of increasingly early anal squamous cell carcinoma.


Subject(s)
Humans , Male , Adult , Carcinoma, Squamous Cell/prevention & control , Condylomata Acuminata/etiology , HIV Infections/complications , Papillomavirus Infections/etiology , Anus Neoplasms/diagnosis
16.
Arq. gastroenterol ; 48(2): 136-145, Apr.-June 2011. ilus, tab
Article in English | LILACS | ID: lil-591164

ABSTRACT

CONTEXT: Anal cancer, although a still rare disease, is being observed in ascending rates among some population segments known to be at risk for the development of the disease. Human papillomavirus (HPV) infection, immunodepression and anal intercourse are some factors associated with the development of the malignancy. Its similarities to cervical cancer have led to many studies aiming to establish guidelines for detecting and treating precursor lesions of anal cancer, with the goal of prevention. High-resolution anoscopy is routinely used for the diagnosis of anal cancer precursor lesions in many centers but the medical literature is still deficient concerning the role of this diagnostic modality. OBJECTIVES: To evaluate diagnostic validation and precision measures of high-resolution anoscopy in comparison to histopathological results of anal biopsies performed in HIV-positive patients treated at the Tropical Medicine Foundation of Amazonas, AM, Brazil. To observe any possible association between some risk factors for the development of anal cancer and the presence of anal squamous intraepithelial lesions. METHODS: A hundred and twenty-eight HIV-positive patients were submitted to anal canal cytological sampling for the detection of HPV infection by a PCR based method. High-resolution anoscopy was then performed after topical application of acetic acid 3 percent in the anal canal for 2 minutes. Eventual acetowhite lesions that were detected were recorded in respect to location, and classified by their tinctorial pattern, distribution aspect, relief, surface and vascular pattern. Biopsies of acetowhite lesions were performed under local anesthesia and the specimens sent to histopathological analysis. The patients were interviewed for the presence of anal cancer risk factors. RESULTS: The prevalences of anal HPV infection and of anal squamous intraepithelial lesions in the studied population were, respectively, 79 percent and 39.1 percent. High-resolution anoscopy showed sensibility of 90 percent, specificity of 19.23 percent, positive predictive value of 41.67 percent, negative predictive value of 75 percent, and a kappa coefficient of 0.076. From the analyzed lesions, high-grade squamous intraepithelial lesions was more frequently observed in association to dense (68 percent), flat (61 percent), smooth (61 percent), non-papillary (83 percent) and normal vascular pattern (70 percent) acetowhite lesions, while low-grade squamous intraepithelial lesions tended to be associated to dense (66 percent), flat-raised or raised (68 percent), granular (59 percent), non-papillary (62 percent) and normal vascular pattern (53 percent) acetowhite lesions. No statistical significance was observed as to the association of epidemiological characteristics and of most of the investigated anal cancer risk factors and presence of acetowhite lesions or anal squamous intraepithelial lesions. However, anal receptive sex and anal HPV infection were significantly associated to anal squamous intraepithelial lesions (P = 0.0493 and P = 0.006, respectively). CONCLUSION: High-resolution anoscopy demonstrated to be a sensitive, but not specific test for the detection of anal squamous intraepithelial lesions. Risk factors anal receptive sex and anal HPV infection were significantly associated to the presence of anal squamous intraepithelial lesions. Based on high-resolution anoscopy image data, acetowhite lesions relief and surface pattern were prone to distinguish between low-grade squamous intraepithelial lesions and high-grade squamous intraepithelial lesions.


CONTEXTO: O câncer anal, muito embora ainda seja uma doença rara, vem sendo observado com frequência ascendente em alguns grupos populacionais considerados sob risco para o desenvolvimento da doença. Infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV), imunossupressão e o sexo anoreceptivo são alguns dos fatores associados ao desenvolvimento da neoplasia. Suas semelhanças com o câncer do colo do útero levaram muitos estudos voltados para o estabelecimento de regras para a detecção e tratamento de lesões precursoras do câncer anal, tudo com o objetivo de prevenir a doença. A anuscopia com magnificação de imagem é rotineiramente utilizada para o diagnóstico de lesões precursoras do câncer anal em muitos centros, mas a literatura médica ainda é escassa a respeito do papel a ser desempenhado por essa modalidade diagnóstica. OBJETIVOS: Avaliar as medidas de validação e precisão diagnósticas da anuscopia com magnificação de imagem em comparação com resultados histopatológicos de biopsias anais realizadas em pacientes HIV-positivos tratados na Fundação de Medicina Tropical do Amazonas, Manaus, AM, Brasil. Observar qualquer possível associação entre alguns fatores de risco para o desenvolvimento do câncer anal e a presença de lesões intraepiteliais escamosas anais. MÉTODOS: Cento e vinte e oito pacientes HIV-positivos foram submetidos a coleta de material celular anal para a realização da detecção da presença de HPV pela reação em cadeia da polimerase. Anuscopias com magnificação de imagem foram realizadas após a aplicação tópica de ácido acético a 3 por cento no canal anal por 2 minutos. As lesões acetobrancas eventualmente observadas foram registradas com respeito a sua localização e classificadas quanto ao seu padrão tintorial, aspecto de distribuição, relevo, características de sua superfície e vascularidade. Foram realizadas biopsias das lesões acetobrancas sob anestesia local e os espécimes foram remetidos para estudo histopatológico. Os pacientes foram entrevistados em relação à presença de fatores de risco para o câncer anal. RESULTADOS: As prevalências de infecção anal pelo HPV e de lesões intraepiteliais escamosas anais na amostra populacional estudada foram de 79 por cento e 39,1 por cento, respectivamente. A sensibilidade e a especificidade da anuscopia com magnificação de imagem foram, respectivamente, de 90 por cento e 19,23 por cento, enquanto que o valor preditivo positivo foi de 41,67 por cento, o valor preditivo negativo foi de 75 por cento e o coeficiente kappa de 0,076. Com respeito às lesões analisadas de alto grau foram mais frequentemente observadas em associação com lesões acetobrancas densas (68 por cento), planas (61 por cento), lisas (61 por cento), não-papilíferas (83 por cento) e com padrão vascular normal (70 por cento), enquanto que lesões de baixo-grau tenderam a se associar a lesões aetobrancas densas (66 por cento), plano-elevadas ou elevadas (68 por cento), granulares (59 por cento), não-papilíferas (62 por cento) e de padrão vascular normal (53 por cento). Não se observou significância estatística na associação entre características epidemiológicas e a maioria dos fatores de risco para o câncer anal e a presença de lesão acetobrancas ou de lesões intraepiteliais escamosas anais. Entretanto, o sexo anorreceptivo e a detecção de infecção anal por HPV, segundo a técnica da reação da cadeia de polimerase, associaram-se significantemente com lesões intraepiteliais escamosas anais (P = 0,0493 e P =0,006, respectivamente). CONCLUSÕES: A anuscopia com magnificação de imagem demonstrou ser um método diagnostico sensível, mas inespecífico para a detecção de lesões intraepiteliais escamosas anais. Os fatores de risco sexo anorreceptivo e infecção anal pelo HPV associaram-se significantemente à presença de lesões intraepiteliais escamosas anais. Com base nos achados da anuscopia com magnificação de imagem, o relevo e o aspecto morfológico da distribuição das lesões acetobrancas na superfície do canal anal tenderam a permitir a distinção entre lesões de baixo e alto grau.


Subject(s)
Humans , Male , Anus Diseases/diagnosis , HIV Seropositivity , Proctoscopy/methods , Anus Diseases/etiology , Anus Neoplasms/diagnosis , Anus Neoplasms/etiology , Biopsy , Cross-Sectional Studies , Carcinoma, Squamous Cell/diagnosis , Carcinoma, Squamous Cell/etiology , Homosexuality, Male , Papillomavirus Infections/diagnosis , Precancerous Conditions/diagnosis , Reproducibility of Results , Risk Factors , Sensitivity and Specificity
17.
Rev. bras. colo-proctol ; 31(1): 71-76, jan.-mar. 2011. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-596212

ABSTRACT

A citologia anal vem sendo usada para rastreamento do carcinoma anal e suas lesões precursoras nas populações de risco. Quando o raspado do canal anal mostra alterações citológicas está indicada o exame com colposcópio e ácido acético para identificar e realizar biópsia para confirmar o achado. Poucos estudos mostram o seguimento dos doentes tratados de condilomas acuminados perianais. Temos usado os métodos em associação e encontrado lesões subclínicas em metade dos doentes, cujo exame proctológico não revelava doença HPV induzida. Essas lesões são tratadas com tópicos. Entretanto, algumas citologias estavam alteradas e a colposcopia anal não revelou doença HPV induzida. O objetivo deste estudo foi observar o comportamento dessas lesões no seguimento semestral, durante 12 meses, e avaliar se a periodicidade da reavaliação foi suficiente para evitar o aparecimento das lesões de alto grau ou superior. Encontramos 58 (21 por cento) entre 273 doentes nessas condições. As reavaliações de 22 deles após um ano mostraram que as colposcopias permaneceram normais em 17 (74 por cento), sendo que em cinco (22 por cento) a citologia voltou aos padrões normais e 12 (52 por cento) persistiram com alterações. Os outros seis (26 por cento) desenvolveram lesões clínicas ou subclínicas provocadas pelo HPV. As contagens de linfócitos T CD4 dos doentes HIV-positivos foram inferiores nos doentes cujas lesões progrediram. Os resultados permitiram concluir que as alterações podem progredir ou regredir neste grupo distinto de doentes, sendo relacionada à imunidade, e que o intervalo de seis meses é suficiente para cada reavaliação.


Anal cytology has been used for screening the anal carcinoma and its precursors in risk populations. When anal canal smear shows cytological alterations, examination with colposcope and acetic acid is indicated to identify and perform biopsy to confirm the finding. Few studies show the follow-up of patients treated with anal HPV induced lesions. We are using both methods in association and subclinical lesions have been found in 50 percent of patients, whose proctological examinations are free from HPV lesions. However, some smears have cytological alterations, despite anal colposcopy being normal. The aim of this study was to observe these lesions' behavior in a six-month follow-up, during a year, and to assess whether this periodicity of re-evaluations was enough to avoid high grade or superior lesions. We have found 58 (21 percent) among 273 patients with these parameters. One year re-evaluations of 22 of the patients showed that anal colposcopies remained normal in 17 (74 percent). In five (22 percent), the cytology returned to normality and in 12 (52 percent), the same abnormality was seen. The other six patients (26 percent) developed clinical or subclinical HPV induced lesions. T CD4+ lymphocytes counts of HIV-positive patients were inferior in those whose lesions progressed. These results permitted us to conclude that cytological alterations can progress or clear in these patients, and they have close relationship with the immunity, and the six-month interval is enough to each re-evaluation.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Anus Neoplasms , Carcinoma, Squamous Cell , Colposcopy , Condylomata Acuminata , Anal Canal/cytology , Papillomavirus Infections
18.
Acta cir. bras ; 26(1): 64-71, jan.-fev. 2011. ilus, tab
Article in English | LILACS | ID: lil-572236

ABSTRACT

Purpose: To investigate the prevalence of anal squamous intraepithelial lesions (ASIL) or anal cancer in patients attended at the Tropical Medicine Foundation of Amazonas. Methods: 344 patients consecutively attended at the institution, in 2007/2008, were distributed in the following strata according to presence/abscense of at risk conditions for anal cancer: Group 1 _ HIV-positive men-who-have-sex-with-men (101); Group 2 _ HIV-positive females (49); Group 3 _ patients without any at risk condition for anal cancer (53); Group 4 _ HIV-positive heterosexual men (38); Group 5 _ HIV-negative patients, without anoreceptive sexual habits, but with other at risk conditions for anal cancer (45); Group 6 _ HIV-negative men-who-have-sex-with-men (26); and Group 7 _ HIV-negative anoreceptive females (32). The histopathological results of biopsies guided by high-resolution anoscopy were analyzed by frequentist and bayesian statistics in order to calculate the point-prevalence of ASIL/cancer and observe any eventual preponderance of one group over the other. Results: The point-prevalence of ASIL for all the patients studied was 93/344 (27 percent), the difference between HIV-positive and negative patients being statistically significant (38.3 percent versus 13.5 percent; p < 0.0001). The prevalence of ASIL for each one of the groups studied was: Group 1 = 49.5 percent, Group 2 = 28.6 percent, Group 3 = 3.8 percent, Group 4 = 21.1 percent, Group 5 = 11.1 percent, Group 6 = 30.8 percent and Group 7 = 18.8 percent. Standard residual analysis demonstrated that ASIL was significantly prevalent in patients of Group 1 and high-grade ASIL in patients of Group 2. The odds for ASIL of Group 1 was significantly higher in comparison to Groups 2, 3, 4, 5 and 7 (p < 0.03). The odds for ASIL of Groups 2, 4 and 6 were significantly higher in comparison to Group 3 (p < 0.03). Conclusions: In the patients studied, ASIL (low and/or high-grade) tended to be significantly more prevalent in HIV-positive patients. Nonetheless, HIV-negative anoreceptive patients also presented great probability to have anal cancer precursor lesions, mainly those of the male gender.


Objetivo: Investigar a prevalência de lesões intraepiteliais escamosas anais (ASIL) ou câncer anal em pacientes atendidos na Fundação de Medicina Tropical do Amazonas. Métodos: 344 pacientes consecutivamente atendidos na instituição, em 2007/2008, foram distribuídos nos seguintes estratos conforme a presença/ausência de fatores de risco para o câncer anal: Grupo 1 _ homens-que-fazem-sexo-com-homens HIV-positivos (101); Grupo 2 _ mulheres HIV-positivas (49); Grupo 3 _ pacientes sem condição de risco para o câncer anal (53); Grupo 4 _ homens heterossexuais HIV-positivos (38); Grupo 5 _ pacientes HIV-negativos, sem hábitos sexuais anorreceptivos, mas com outras condições de risco para o câncer anal (45); Grupo 6 _ homens-que-fazem-sexo-com-homens HIV-negativos (26); e Grupo 7 _ mulheres HIV-negativas, com hábitos sexuais anorreceptivos (32). Os resultados histopatológicos das biópsias anais dirigidas pela colposcopia anal foram analisados por meio de estatística frequentista e bayesiana para a determinação da prevalência-ponto de ASIL/câncer e verificar eventual preponderância estatística de um grupo sobre o outro. Resultados: A prevalência-ponto de ASIL para todos os pacientes estudados foi de 93/344 (27 por cento), sendo significativa a diferença entre HIV-positivos e negativos (38,3 por cento versus 13,5 por cento; p < 0,0001). A prevalência de ASIL para cada um dos grupos estudados foi: Grupo 1 = 49,5 por cento, Grupo 2 = 28,6 por cento, Grupo 3 = 3,8 por cento, Grupo 4 = 21,1 por cento, Grupo 5 = 11,1 por cento, Grupo 6 = 30,8 por cento e Grupo 7 = 18,8 por cento. A análise de resíduos demonstrou prevalência significante de ASIL para o Grupo 1 e de ASIL de alto-grau para o Grupo 2. A razão-de-chances do Grupo 1 para ASIL foi significantemente maior em comparação com os Grupos 2, 3, 4, 5 e 7 (p < 0,03). A razão-de-chances para ASIL dos Grupos 2, 4 e 6 foi significantemente maior em comparação com o Grupo 3 (p < 0.03). Conclusões: Nos pacientes estudados, ASIL (baixo e/ou alto-grau) foi significantemente mais prevalente em pacientes HIV-positivos. Entretanto, pacientes HIV-negativos anorreceptivos também apresentaram grande probabilidade de possuir as lesões, especialmente os do gênero masculino.


Subject(s)
Adult , Female , Humans , Male , Middle Aged , Anus Neoplasms/epidemiology , Carcinoma in Situ/epidemiology , HIV Seronegativity , HIV Seropositivity/complications , Precancerous Conditions/epidemiology , Anus Neoplasms/pathology , Brazil , Cross-Sectional Studies , Carcinoma in Situ/pathology , HIV Seropositivity/epidemiology , Homosexuality, Male/statistics & numerical data , Prevalence , Precancerous Conditions/pathology , Sexual Behavior/statistics & numerical data
19.
Femina ; 39(2): 111-116, fev. 2011. ilus, tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-604883

ABSTRACT

O presente estudo visa realizar uma revisão da literatura em relação ao diagnóstico e tratamento das mulheres com infecção anal pelo HPV. A frequência do câncer anal, antes considerada baixa, tem apresentado elevação considerável nos últimos 30 anos, com aumento de 40% de incidência entre as mulheres. Já é conhecido que a infecção anal por subtipos específicos do HPV predispõe o indivíduo à neoplasia intraepitelial anal, que pode evoluir para o câncer anal, estabelecendo a relação causal entre o vírus e essa neoplasia, com patogenia de transformação maligna similar ao câncer do colo uterino. Nenhuma normatização em relação ao rastreamento das mesmas foi proposta até o momento, mas é estabelecido que, por se tratar de infecções geralmente assintomáticas, seriam necessários exames específicos para seu diagnóstico, como citologia oncótica, anuscopia e técnicas moleculares para a detecção de DNA. Atualmente, há procedimentos tópicos e invasivos ou ablativos para o tratamento dessas lesões. Diante da alta prevalência da infecção anal pelo HPV e do novo conceito de doença sexualmente transmissível para o câncer anal, torna-se necessário o desenvolvimento e aplicação de protocolos de rastreamento, garantindo diagnósticos e tratamentos precoces, com diminuição da morbimortalidade, aumento da sobrevida e melhora da qualidade de vida das pacientes.(AU)


The present study aims to review the literature regarding the diagnosis and treatment of women with anal HPV infection. Despite having been considered low, the frequency of anal cancer has shown an important increase in the last 30 years, with an increment incidence of 40% among women. It is known that anal infection by specific subtypes of HPV predisposes individuals to anal intraepithelial neoplasm, which may progress to anal cancer, establishing the causal relation between the virus and this cancer, with the pathogenesis of malignant transformation similar to cervical cancer. However, no standardization regarding their management has been proposed so far. Being generally asymptomatic, the majority of anal HPV infections would require specific tests such as smear cytology, anuscopy and molecular techniques for detection of DNA for diagnosis. Currently, there are local and invasive procedures or ablative treatment for such lesions. Given the high prevalence of anal HPV infection and the new concept of sexually transmitted disease for anal cancer, it is necessary to develop and implement protocols for screening, ensuring early diagnosis and treatment. Thus, with the decrease of morbidity and mortality, it will be possible to increase survival and improve quality of life of patients.(AU)


Subject(s)
Humans , Female , Anal Canal/pathology , Anus Neoplasms/prevention & control , Papillomavirus Infections/surgery , Papillomavirus Infections/diagnosis , Papillomavirus Infections/prevention & control , Papillomavirus Infections/drug therapy , Risk Factors , Databases, Bibliographic
20.
Rev. bras. colo-proctol ; 30(4): 450-454, out.-dez. 2010. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-589142

ABSTRACT

O carcinoma anal é uma entidade rara que representa 4 por cento dos tumores malignos da região anorretal, dentro os quais o carcinoma epidermoide constitui o tipo histológico mais comum. É relatado o caso de um paciente masculino, 54 anos, com carcinoma epidermoide de canal anal localmente avançado e com metástases ósseas no diagnóstico, feito após complicação infecciosa local com repercussão sistêmica. Descrevemos a evolução do paciente após o diagnóstico da neoplasia e as dificuldades de manejo clínico enconradas neste caso que são secundárias às complicações inerentes à doença de base.


Anal carcinoma is a rare entity that represents 4 percent of anorectal malignant tumors, and the squamous cell carcinoma is the most common histological type. We report the case of 54-year-old male patient with locally advanced squamous cell carcinoma of the anal canal and metastatic bone disease at diagnosis, which was made after local infectious complications with systemic impact. We describe the evolution of the patient after the diagnosis and the difficulties of clinical management that are secondary to the complcations related to the underlying disease.


Subject(s)
Humans , Male , Anal Canal , Carcinoma, Squamous Cell , Anus Neoplasms/complications , Neoplasm Staging
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL