ABSTRACT
Evidências têm indicado os benefícios da atividade física sobre a saúde e aptidão física, entretanto, a inatividade física e sedentarismo continuam elevados. Sendo assim, diferentes estratégias, e dentre elas o futebol, podem ser utilizadas para reduzir esses indicadores. Com isso, o objetivo desta revisão é apresentar e discutir os resultados de programas de futebol para melhoria da saúde, aptidão física e do desempenho motor em não atletas. Elementos do modelo PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses) foram utilizados, e as buscas processadas nas bases eletrônicas do PubMed, Science Direct e High Wire, além das específicas por autores. Estudos que tratavam de experimentos em contexto de treinamento competitivo para atletas, incidência e/ou recuperação de lesões, indivíduos com idade inferior a 18 anos, prática de outras modalidades esportivas e investigações tratando de suplementação foram excluídos; porém, não houve restrição quanto ao tempo de duração dos programas de treinamentos utilizados (excetuando-se efeitos agudos), tampouco quanto ao sexo. Doze artigos foram incluídos, sendo que se observaram modificações positivas no percentual de gordura, massas gorda e magra, frequência cardíaca de repouso, pressão arterial sanguínea, consumo máximo de oxigênio e em avaliações de desempenho. A presente revisão demonstra que a prática do futebol recreacional para homens e mulheres, a partir dos jogos em espaço reduzido em períodos de 12 a 16 semanas, pode ser estratégia adequada para produzir melhoras em variáveis antropométricas, fisiológicas e motoras em não atletas...
Several evidences of the benefits of physical activity on health and physical fitness are found, however, physical inactivity and a sedentary lifestyle are still high worldwide. Thus, different strategies can be used to reduce these indicators. Thus, the objective of this review is to present and discuss the results of soccer programs for improving health, physical fitness and motor performance in non-athletes. Elements from PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses) were used, and the searches were processed in PubMed, Science Direct and High Wire databases, as well with specific authors search. Studies with interventions involving competitive training for athletes, incidence and/or recovery of injuries, individuals under 18 years old, associated with other sports and using supplementation procedures were excluded, but there was no restriction on the duration of the training programs used (except for acute effects), either as to sex. Twelve articles were included, were observed positive changes in the fat percentage, fat and lean body mass, resting heart rate, arterial blood pressure, maximum oxygen consumption, and in performance assessments. The present review demonstrates that the recreational practice of soccer for men and women, with the small sided games during periods of 12 to 16 weeks, can be positive and produce improves in physiological and anthropometric variables in non-athletes...
Subject(s)
Humans , Motor Activity , Recreation , Review , SoccerABSTRACT
CONTEXT AND OBJECTIVE: Hypertensive urgencies are defined as severe elevations in blood pressure without evidence of acute or progressive target-organ damage. The need for treatment is considered urgent but allows for slow control using oral or sublingual drugs. If the increase in blood pressure is not associated with risk to life or acute target-organ damage, blood pressure control must be implemented slowly over 24 hours. For hypertensive urgencies, it is not known which class of antihypertensive drug provides the best results and there is controversy regarding when to use antihypertensive drugs and which ones to use in these situations. The aim of this review was to assess the effectiveness and safety of oral drugs for hypertensive urgencies. METHODS: This systematic review of the literature was developed at the Brazilian Cochrane Center, and in the Discipline of Emergency Medicine and Evidence-Based Medicine at the Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), in accordance with the methodology of the Cochrane Collaboration. RESULTS: Sixteen randomized clinical trials including 769 participants were selected. They showed that angiotensin-converting enzyme inhibitors had a superior effect in treating hypertensive urgencies, evaluated among 223 participants. The commonest adverse event for calcium channel blockers were headache (35/206), flushing (17/172) and palpitations (14/189). For angiotensin-converting enzyme inhibitors, the principal side effect was bad taste (25/38). CONCLUSIONS: There is important evidence in favor of the use of angiotensin-converting enzyme inhibitors for treating hypertensive urgencies, compared with calcium channel blockers, considering the better effectiveness and the lower frequency of adverse effects (like headache and flushing).
CONTEXTO E OBJETIVO: Urgências hipertensivas são definidas como elevações graves na pressão arterial sem evidência de danos agudos ou progressivos a órgãos-alvo. A necessidade de tratamento é considerada urgente, mas permite um controle gradual, utilizando-se drogas orais ou sublinguais. Se o aumento na pressão arterial não está associado a risco de vida ou danos a órgãos alvo, o controle pressórico deve ser feito lentamente durante 24 horas. Em relação às urgências hipertensivas, não é conhecida qual a classe de drogas anti-hipertensivas que promove os melhores resultados e há controvérsia em relação a quando e quais as drogas devem ser utilizadas nestas situações. O objetivo desta revisão foi avaliar a efetividade e a segurança de drogas orais para urgências hipertensivas. METODOS: Esta revisão sistemática da literatura foi desenvolvida no Centro Cochrane do Brasil, e na Disciplina de Medicina de Urgência e Medicina Baseada em Evidências da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), de acordo com a metodologia da Colaboração Cochrane. RESULTADOS: Os 16 ensaios clínicos aleatórios selecionados incluíram 769 participantes e demonstraram um efeito superior dos inibidores da enzima conversora de angiotensina no tratamento da urgência hipertensiva, avaliada em 223 participantes. Os efeitos adversos mais frequentes para os bloqueadores de canal de cálcio foram cefaleia (35/206), rubor (17/172) e alterações do ritmo cardíaco (14/189); para os inibidores da enzima conversora de angiotensina, o efeito colateral mais frequente foi disgeusia (25/38). CONCLUSÕES: Há evidências importantes a favor do uso de inibidores da enzima conversora da angiotensina para o tratamento de urgências hipertensivas, quando comparados aos bloqueadores dos canais de cálcio, devido a maior efetividade e à menor frequência de efeitos adversos, como cefaléia e rubor facial.
Subject(s)
Humans , Angiotensin-Converting Enzyme Inhibitors/therapeutic use , Antihypertensive Agents/therapeutic use , Calcium Channel Blockers/therapeutic use , Hypertension/drug therapy , Administration, Oral , Angiotensin-Converting Enzyme Inhibitors/adverse effects , Antihypertensive Agents/adverse effects , Calcium Channel Blockers/adverse effects , Emergencies , Randomized Controlled Trials as TopicABSTRACT
CONTEXT AND OBJECTIVE: It has been estimated that 50 million people worldwide suffer from epilepsy and around 30 percent will not achieve adequate control over the disease. The aim was to evaluate the effectiveness of oxcarbazepine for refractory partial or generalized epilepsy. METHODS: Systematic review. A search was conducted in the PubMed, Lilacs, EMBASE and CENTRAL databases. Studies were analyzed using the Cochrane Collaboration methodology. RESULTS: Four randomized clinical trials of medium to poor methodological quality were included. Among the adult patients, the chances that they would obtain a 50 percent reduction in seizure frequency were greater after using oxcarbazepine at doses of 600 mg (relative risk, RR 2.11; 95 percent confidence interval, CI 1.32 to 3.35), 1,200 mg (RR 3.24; 95 percent CI 2.11 to 4.98) and 2,400 mg (RR 3.83; 95 percent CI 2.59 to 5.97). Among the children, the response in the group using oxcarbazepine was also greater (RR 2.11; 95 percent CI 1.32 to 3.35). The oxcarbazepine doses of 1,200 mg (RR 17.59; 95 percent CI 2.37 to 130.35) and 2,400 mg (RR 25.41; 95 percent CI 6.26 to 103.10) were effective for keeping patients probably free from seizures, but the dose of 600 mg was not. There was no significant difference between oxcarbazepine and carbamazepine for controlling the crises. CONCLUSIONS: There is moderate evidence indicating that oxcarbazepine is effective as an alternative treatment for partial or generalized epilepsy in children and adults who were refractory to previous treatment
CONTEXTO E OBJETIVO: Estima-se que 50 milhões de pessoas no mundo sofrem de epilepsia e cerca de 30 por cento não obterão controle adequado da doença. O objetivo foi de avaliar a efetividade de oxcarbazepina na epilepsia parcial ou generalizada refratária. MÉTODOS: Revisão sistemática. A busca foi nas bases de dados PubMed, Lilacs, EMBASE e CENTRAL. Os estudos foram analisados segundo a metodologia da Cochrane Colaboration. RESULTADOS: Foram incluídos quatro ensaios clínicos aleatórios de média a má qualidade. Entre os pacientes adultos as chances de obterem redução de 50 por cento na frequência de convulsões foram maiores após uso de oxcarbazepina na dose de 600 mg (risco relativo, RR 2.11; intervalo de confiança, IC 95 por cento 1,32 a 3,35; na dose de 1.200 mg (RR 3,24; IC 95 por cento 2,11 a 4,98) e na dose de 2.400 mg (RR 3,83; IC 95 por cento 2,59 a 5,97). Entre as crianças a resposta no grupo usando oxcarbazepina também foi significativamente maior (RR 2,11; IC 95 por cento 1,32 a 3,35). Oxcarbazepina mostrou probabilidade dos pacientes ficarem livre de convulsões, ser eficaz nas doses de 1.200 mg (RR 17,59; IC 95 por cento 2.37 a 130,35) e 2.400 mg (RR 25,41; IC 95 por cento 6,26 a 103,10) não foi eficaz na dose de 600 mg. Não houve diferença estatística significante entre oxcarbazepina e carbamazepina no controle das crises. CONCLUSÕES: Há evidências moderada de que a oxcarbazepina é um tratamento eficaz como alternativa para os casos de epilepsia parcial ou generalizada em crianças e adultos que tenham sido refratários a tratamento prévio.
Subject(s)
Humans , Child , Adult , Anticonvulsants/therapeutic use , Carbamazepine/analogs & derivatives , Epilepsy/drug therapy , Anticonvulsants/adverse effects , Carbamazepine/adverse effects , Carbamazepine/therapeutic use , Randomized Controlled Trials as TopicABSTRACT
A necessidade de reforma da educação médica foi apontada, pela primeira vez, porFlexner (1910), nos Estados Unidos, e por Osler (1913), no Reino Unido. A implantaçãoda aprendizagem baseada em problemas (PBL) a partir da Universidade de McMaster,em 1969, foi uma das principais inovações da educação médica nos últimos 30 anos.O objetivo deste trabalho é rever a dinâmica de funcionamento do PBL e avaliar osprincipais resultados observados com a implantação desta estratégia educacional emcursos médicos. O PBL foi desenvolvido a partir do melhor conhecimento do modo deaprendizado do adulto e da compreensão do funcionamento da memória humana etem quatro propósitos básicos: a) a motivação para o aprendizado; b) o desenvolvimentodo raciocínio clínico; c) a estruturação do conhecimento em contexto clínico; e d) o desenvolvimento de habilidades de auto-aprendizado. Os grupos tutoriais, formados por sete a 10 alunos, são a estratégia central do PBL. Neles são analisados problemas estruturados a partir do currículo, que visam a permitir a discussão contextualizada dos tópicos, favorecendo a recuperação do conhecimento prévio e a aquisição de novos conhecimentos. Além disso, os grupos tutoriais favorecem o desenvolvimento de outras habilidades, como comunicação, trabalho em equipe, solução de problemas e desenvolvimento de postura crítica. A comparação entre o método de ensino tradicionale o PBL apresenta dificuldades metodológicas. Existem poucos estudos randomizados que comparam os dois métodos simultaneamente. A maioria dos trabalhos faz comparações históricas entre turmas da mesma instituição nas provas de qualificação dos Estados Unidos (NBME ou USMLE) e Canadá (MCC). Pode-se concluir que o PBL éum método adequado às necessidades atuais do ensino médico.
The need for the medical education reform was first suggested by Flexner (1910), in the United States, and by Osler (1913), in the United Kingdom. The implantation of problems based learning (PBL) in the McMaster University (Universidade McMaster), in 1969, was one of the main innovations in medical education in the last 30 years...