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1.
aSEPHallus ; 14(28): 141-158, maio. 2019-out. 2019.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1140105

ABSTRACT

Giorgio Agamben identifica uma recusa do direito em reconhecer uma esfera da ação humana em si extrajurídica. Visando ultrapassar essa barreira, ele eleva uma frase de Schmitt à dignidade de um matema: "Soberano é quem decide sobre o estado de exceção". Matema que articula três elementos indissociáveis: soberania, decisão e estado de exceção. A montagem de sua teoria sobre o estado de exceção se estrutura na articulação entre três elementos fundamentais, os quais definirão o percurso da nossa discussão: primeiro, ele investiga a interseção entre o político e o jurídico; em seguida, questiona a interseção entre o direito e o vivente; e, finalmente, examina a inclusão da vida na política, o que o permite refletir sobre o que significa agir politicamente. Política, direito e vida. Três elos que se enodam a partir do pathos da soberania na civilização moderna. Como ajustar essa amarração borromeana à subjetividade de nossa época


Giorgio Agamben identifie un refus du droit de reconnaître une sphère d'action humaine en soi extra-légale. Pour surmonter cette barrière, il élève une phrase de Schmitt à la dignité de mathème: "Le souverain est celui qui décide de l'état d'exception". Mathème qui articule trois éléments inséparables: la souveraineté, la décision et l'état d'exception. L'assemblage de sa théorie de l'état d'exception est structuré dans l'articulation entre trois éléments fondamentaux, qui définiront le cours de notre discussion: d'abord, il investigue l'intersection entre le politique et le juridique; ensuite, il interroge l'intersection entre la loi et le vivant; et enfin, il examine l'inclusion de la vie dans la politique, ce qui lui permet de réfléchir à ce que signifie agir politiquement. Politique, droit et vie. Trois liens qui sont liés au pathos de la souveraineté dans la civilisation moderne. Comment ajuster ce noeud borroméen à la subjectivité de notre temps


Giorgio Agamben identifies a refusal of the law to recognize a sphere of human action that is in itself extra-legal. Aiming to overcome this barrier, he raises a sentence by Schmitt to the dignity of a matheme: "The sovereign is the one who decides on the exception state".This matheme articulates three inseparable elements: sovereignty, decision and exception state. This theory about the exception state is structured around the articulation between three fundamental elements, which will define the course of our discussion: first, he investigates the intersection between the political and the legal; then, he questions the intersection between the law and the living; and finally, he examines the inclusion of life in politics, which allows him to reflect on what it means to act politically. Politics, law and life. Three links that tie themselves from the pathos of sovereignty in modern civilization. How to adjust this Borromean knotting to the subjectivity of our time


Subject(s)
Politics , Psychoanalysis , Civil Rights , Life , State
2.
Dados rev. ciênc. sociais ; 61(1): 3-45, jan.-mar. 2018.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-890992

ABSTRACT

RESUMO Este artigo examina as transformações das regras internacionais sobre violência a partir de uma perspectiva construtivista de Relações Internacionais. Em particular, analisam-se as mudanças nas práticas sociais internacionais que têm ocorrido desde o fim do último século, discutindo-as em termos de regras internacionais que concomitantemente limitam e constituem as condições de possibilidade para o uso da violência. Na primeira parte, são mapeados e brevemente examinados cinco conjuntos de regras internacionais sobre violência: o direito internacional humanitário, o humanitarismo, o direito internacional dos direitos humanos, o direito internacional criminal e o regime de segurança coletiva. Na segunda parte, analisam-se as transformações político-normativa-sociais e conceituais que vêm ocorrendo na ordem mundial desde a década de 1990, dando particular ênfase à redefinição do conceito de segurança, à ressignificação do conceito de soberania e ao processo de expansão e confluência daqueles cinco conjuntos de regras internacionais. Argumenta-se que tais transformações das regras internacionais sobre violência, de um lado, expressam o deslocamento do dualismo doméstico/internacional e, de outro lado, ratificam o novo lugar do indivíduo nas relações internacionais. Com isso, sugere-se que é possível identificar mudanças significativas na arquitetura constitucional da ordem mundial contemporânea.


ABSTRACT The following article examines transformations to international regulations on violence based on a constructivist perspective of International Relations. A particular focus is awarded to shifts in international social practices to have occurred since the end of the last century, as discussing the terms of international regulations that both restrict and reinforce conditions in which violence may be used. The first section briefly maps and examines five sets of international regulations on violence: international humanitarian law, humanitarianism, international human rights law, international criminal law, and the collective security regime. In the second section, we analyze political-normative-social and conceptual transformations to have occurred to the world order since the 1990s, with a particular emphasis placed on the redefining of the concept of security, the new meaning given to the concept of sovereignty, and the process of expansion and convergence of these five sets of international regulations. We argue that such transformations to international laws on violence are both representative of the dislocation of domestic/international dualism and the new place of the individual in international relations. We therefore suggest that significant shifts may be identified in the constitutional architecture of the contemporary world order.


RÉSUMÉ Cet article examine les transformations des règles internationales relatives à la violence à partir d'une perspective constructiviste des relations internationales. Nous analyserons en particulier les changements dans les pratiques sociales internationales survenus depuis la fin du siècle dernier et en débattrons en termes de règles internationales limitant et constituant concomitamment les conditions de possibilité de l'usage de la violence. Dans la première partie, on cartographiera et examinera brièvement cinq ensembles de règles internationales sur la violence: le droit international humanitaire, l'humanitarisme, le droit international basé sur les Droits de l'homme, le droit pénal international et le régime de sécurité collective. Dans la seconde partie, on analysera les transformations politiques, normatives, sociales et conceptuelles en cours au sein de l'ordre mondial depuis les années 1990 et l'accent sera mis sur la redéfinition des concepts de sécurité et de souveraineté, ainsi que sur le processus d'expansion et de confluence de ces cinq ensembles de règles internationales. D'un côté, ces modifications des règles internationales sur la violence expriment une transformation du dualisme domestique/international, et de l'autre, ratifient la nouvelle place de l'individu ans les relations internationales. On suggère ainsi qu'il est possible d'identifier des changements significatifs dans l'architecture constitutionnelle de l'ordre mondial contemporain.


RESUMEN Este artículo examina las transformaciones de las normas internacionales sobre violencia a partir de una perspectiva constructivista de las relaciones internacionales. En particular, se analizan los cambios en las prácticas sociales internacionales que se han producido desde finales del siglo XX, y se discuten en el marco de las normas internacionales que limitan y constituyen concomitantemente las condiciones para que prolifere el uso de la violencia. En la primera parte, se seleccionan y examinan brevemente cinco conjuntos de normas internacionales sobre violencia: el derecho humanitario internacional, el humanitarismo, el derecho internacional de los derechos humanos, el derecho penal internacional y el régimen de seguridad colectiva. En la segunda parte, se analizan las transformaciones sociales y conceptuales político-normativas que se vienen produciendo en el orden mundial desde la década de 1990, dando particular énfasis a la redefinición del concepto de seguridad, a la redefinición de concepto de soberanía y al proceso de expansión y confluencia de esos cinco conjuntos de normas internacionales. Se argumenta que tales transformaciones de las normas internacionales sobre violencia, por una parte, expresan el desplazamiento del dualismo doméstico/internacional y, por otra, ratifican el nuevo lugar que ocupa el individuo en las relaciones internacionales. Con ello, se sugiere que es posible identificar cambios significativos en la arquitectura constitucional del orden mundial contemporáneo.

3.
Dados rev. ciênc. sociais ; 60(2): 359-393, abr.-jun. 2017. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-890964

ABSTRACT

RESUMO O presente artigo procura mostrar de que modo o giro da accountability na democracia brasileira favoreceu o surgimento de inovações institucionais no sistema judicial, propiciando uma espécie de pretorianismo jurídico. Este, por sua vez, desembocou em um cenário de criminalização da atividade política que coloca em risco a democracia brasileira. Particularmente, a partir da análise da condução da Operação Lava Jato, os autores buscam demonstrar deslocamentos conceituais no campo da representação e do interesse público e a correlata tensão entre controle político e soberania que se estabelece como um dos principais desafios para a democracia brasileira atualmente, diante do tipo de protagonismo que o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Federal assumiram na condução das estratégias de combate à corrupção por parte do Estado.


ABSTRACT The following article seeks to demonstrate how the shift toward accountability to have permeated Brazilian democracy favored the emergence of institutional innovations in the judicial system, promoting a kind of legal Praetorianism. Such Praetorianism, in turn, led to a criminalization of political activities which has shaken the very foundations of Brazilian democracy itself. With a focus on analyzing the Operação Lava Jato [Operation Car Wash] scandal, the authors seek to demonstrate conceptual shifts in the field of representation and public interest. The resultant tension produced between political control and sovereignty is one of the main challenges currently faced by Brazilian democracy, in light of the leading role assumed by the Judiciary Branch, the Public Prosecutor, and the Federal Police in the State's employment of strategies to target corruption.


RÉSUMÉ Le présent article souhaite montrer de quelle manière la montée en puissance de l'accountability dans la démocratie brésilienne a favorisé l'éclosion d'innovations institutionnelles au sein du système judiciaire pour créer une sorte de prétorianisme juridique à la base d'une criminalisation croissante de l'activité politique mettant en péril la démocratie brésilienne. C'est en particulier à partir de l'analyse de l'Opération Lava Jato que les auteurs ont cherché à montrer les altérations conceptuelles intervenues dans le champ de la représentation et de l'intérêt public, et la tension conséquente entre contrôle et souveraineté qui se manifeste aujourd'hui comme l'un des principaux défis de la démocratie brésilienne. Il s'agit ainsi de mettre en lumière l'intense activité du Pouvoir judiciaire, du Ministère public et de la Police fédérale dans le cadre des stratégies de lutte contre la corruption adoptées par l'État.


RESUMEN El presente artículo pretende mostrar hasta qué punto el cambio de rumbo de la accountability en la democracia brasileña ha favorecido el surgimiento de innovaciones institucionales en el sistema judicial, propiciando una especie de pretorianismo jurídico que ha desembocado en un escenario de criminalización de la actividad política que pone en riesgo a la democracia brasileña. En concreto, a partir del análisis de la conducción de la Operación Lava Jato, los autores quieren demostrar la existencia de cambios conceptuales en el campo de la representación y del interés público, y la consecuente tensión entre control político y soberanía que se revela como uno de los principales desafíos actuales para la democracia brasileña, ante la clase de protagonismo que el Poder Judicial, el Ministerio Público y la Policía Federal han asumido en la conducción de las estrategias de lucha contra la corrupción por parte del Estado.

4.
Dados rev. ciênc. sociais ; 53(1): 55-90, 2010.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-562876

ABSTRACT

The article seeks to retrace the theoretical approaches to the problem of exceptionality of power, i.e., the manifestation of sovereign power within a limited government with shared power - as in the tradition of mixed Constitution (longstanding in political thinking) - in the 17th and 18th centuries. Already present in authors like Machiavelli, Harrington, and Locke, the debate bifurcated between England and France in the early 18th century. The specificities of English politics led it to consecrate a tradition of mixed Constitutionalism in which the discretionary element lost relevance in the political system as a whole. In France, on the other hand, the unpopularity of the nobility and the centrality of sovereignty as a concept disaccredited formulas that compromised with the discretionary nature of power. This bifurcation contributed to the formation of two distinct patterns of Constitutional government: the Anglo-Saxon and the French/Continental.


Dans cet article, le propos est de montrer les voies théoriques empruntées par la question de l'exceptionnalité du pouvoir, c'est-à-dire la manifestation du pouvoir souverain à l'intérieur d'un gouvernement limité et au pouvoir partagé - cas de la constitution mixte, vieille tradition de la pensée politique européenne aux XVIIe -XVIIIe siècles. Débat qu'on retrouve déjà chez des auteurs tels que Machiavel, Harrington et Locke, et qui se dédouble au début du XVIIIe siècle entre l'Angleterre et la France. D'un côté, si les spécificités de la politique anglaise l'ont amenée à consacrer une tradition de constitution mixte où l'élément discrétionnaire voyait son importance amoindrie au sein du système politique, de l'autre , en France, l'impopularité de la noblesse et la centralité du concept de souveraineté ont discrédité les formules s'accommodant du caractère discrétionnaire du pouvoir. Cette bifurcation aurait favorisé la formation de deux modèles différents de gouvernement constitutionnel: l'anglo-saxon et le franco-occidental.

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