Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 3 de 3
Filter
1.
Rev Bras Hiperten ; 27(3): 85-91, 20200910.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1368055

ABSTRACT

As teorias sobre a existência de receptores adrenérgicos foram descritas na literatura em meados da década de 40, sendo reconhecido anos depois que a inibição do sistema nervoso simpático por um determinado composto bloqueador beta- -adrenérgico poderia beneficiar pacientes com arritmias cardíacas e angina pectoris. Nasceram aí as primeiras substâncias bloqueadoras beta adrenérgicas não seletivas, destacando-se o propranolol. Desde então, centenas de bloqueadores beta adrenérgicos (BB) foram sintetizados e dezenas estão disponíveis em todo o mundo para uso clínico. Os mecanismos farmacológicos dos BBs são múltiplos e variam principalmente de acordo o predomínio de ação nos receptores adrenérgicos e com a lipossolubilidade, entre outros. De maneira geral, ligam-se e produzem um antagonismo competitivo e reversível nos receptores distribuídos pelo organismo. Os principais mecanismos fisiopatológicos propostos para explicar a ação medicamentosa dos BBs na hipertensão arterial sistêmica são redução do débito cardíaco, da resistência vascular periférica, do tônus vasomotor e do volume plasmático, inibição de renina, efeitos no sistema nervoso central, melhoria na adesão vascular e redefinição dos níveis de barorreceptores. Atualmente, os BBs não são preconizados como primeira linha de tratamento de hipertensão arterial sem complicações, porém eles são particularmente úteis para o tratamento da hipertensão na presença de algumas comorbidades não cardiovasculares, como a enxaqueca e o tremor essencial. Além disso, os BBs ganham destaque especial em situações cardiovasculares específicas, como angina sintomática, taquiarritmias, pós infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida e como alternativa aos inibidores da ECA ou BRA em mulheres hipertensas mais jovens que planejam engravidar. Vale ressaltar que em algumas destas situações os BBs passam a ter indicação mandatória, mesmo que não associadas à hipertensão arterial


Theories about the existence of adrenergic receptors were described in the mid-40s, being recognized years later that inhibition of the sympathetic nervous system by a beta-adrenergic blocking compound could benefit patients with cardiac arrhythmias and angina pectoris. That's how the first non-selective beta-blocking adrenergic substances appeared, highlighting propranolol. Since then, hundreds of beta-adrenergic blockers have been synthesized and dozens are available worldwide for clinical use. The pharmacological mechanisms of BBs are multiple and vary mainly according to the predominance of action in adrenergic receptors and with liposolubility. In general, they bind and produce a competitive and reversible antagonism in the receptors distributed by the organism. The main pathophysiological mechanisms proposed to explain the action of BBs in systemic arterial hypertension are reduced cardiac output, peripheral vascular resistance, vasomotor tone and plasma volume, renin inhibition, effects on the central nervous system, improvement in vascular adherence and redefinition of baroreceptor levels. Currently, BBs are not recommended as the first line of treatment for non-complicated arterial hypertension, but they are particularly useful for the treatment of hypertension in the presence of some comorbidities, such as migraine and essential tremor. Besides that, BBs gain special prominence in specific cardiovascular situations, such as symptomatic angina, tachyarrhythmias, post-acute myocardial infarction, heart failure with reduced ejection fraction and as an alternative to ACE or ARB inhibitors in younger hypertensive women planning to become pregnant. It is worth mentioning that in some of these situations BBs are mandatory, even if not associated with arterial hypertension

2.
São Paulo; s.n; 2014. [102] p. ilus, tab, graf.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: lil-730863

ABSTRACT

A intolerância ao exercício físico na insuficiência cardíaca (IC) está relacionada a alterações hemodinâmicas e neurohumorais pela complexa interação dos reflexos cardiovasculares. Os quimiorreflexos central e periférico e o ergorreflexo estão envolvidos na hiperventilação de repouso e durante o exercício, contribuindo para intolerância ao esforço. Os objetivos do estudo foram avaliar o efeito da terapêutica com beta-bloqueador (betab) na resposta dos quimiorreflexos central e periférico e do ergorreflexo por meio das alterações da resposta ventilatória durante o teste de caminhada de seis minutos (T6M); e avaliar o efeito da sua otimização também sobre as catecolaminas plasmáticas e peptídeo natriurético do tipo B (BNP). Foram estudados 15 pacientes masculinos, 49.5 ± 2.5 anos, com diagnóstico de IC há mais de 3 meses, sem histórico de tratamento com betab, com fração de ejeção (FEVE) 25.9 ± 2.5%, classe funcional I-III (NYHA). Estes pacientes poderiam estar em uso de inibidores da enzima conversora da angiotensina, bloqueadores do receptor da angiotensina II e antagonista do receptor da aldosterona. Todos os indivíduos realizaram testes: ergoespirométrico em esteira segundo o protocolo de Naughton, três T6M em esteira com controle de velocidade pelo paciente randomizados (um com sensibilização dos quimiorreceptores centrais, um com sensibilização dos quimiorreceptores periféricos e um controle em ar ambiente - AA). Também realizaram T6M com e sem oclusão circulatória regional em membro inferior. Em relação aos exames laboratoriais, foram feitas análises de catecolaminas plasmáticas em repouso e BNP. Os pacientes foram então submetidos a tratamento medicamentoso padrão da Instituição, com introdução e otimização da terapêutica com ßb e, após seis meses, foram reavaliados. Após otimização do betab, houve melhora significativa na FEVE, de 26 ± 2,5 para 33 ± 2,6 (p < 0,05); diminuição de níveis de BNP (775 ± 163 para 257 ± 75; p < 0,01) e...


In heart failure (HF), exercise intolerance is related to hemodynamic and neurohumoral alterations by the complex interaction of cardiovascular reflexes. The central and peripheral chemoreflex and the ergoreflex are involved in hyperventilation at rest and during exercise, contributing to exercise intolerance. The aims of the study were to assess the effect of beta-blocker (betab) therapy on the central and peripheral chemoreflexes and ergoreflex responses through ventilatory changes during the six-minute walk test (6MWT), and to assess the effect of betab optimized therapy on plasma catecholamines and B-type natriuretic peptide (BNP). We studied 15 male patients, 49.5 ± 2.5 years, diagnosed with HF for more than three months, never-treated with ßb, ejection fraction (LVEF) 25.9 ± 2.5%, functional class I-III (NYHA). These patients could be in use of angiotensin-converting enzyme inhibitors, angiotensin receptor blockers and aldosterone antagonists. All subjects underwent the following tests: cardiopulmonary exercise treadmill test according to the Naughton protocol, three randomized treadmill 6MWT with speed controlled by the patient (one with sensitization of central chemoreceptors, one with an awareness of peripheral chemoreceptors and another control in ambiental air - AA). Also all subjects underwent 6MWT with and without regional circulatory occlusion on the lower limb. Regarding laboratory tests, plasma catecholamines concentration at rest and BNP were also analyzed. Patients were then submitted to the institution standard drug therapy, with introduction and optimization of betab and were reassessed six months later. After optimization, there was a significant improvement in LVEF from 26 ± 2.5 to 33 ± 2.6 (p < 0.05); and a decrease in BNP levels (775 ± 163 to 257 ± 75, p < 0.01) and plasma catecholamines (598 ± 104 to 343 ± 40, p < 0.05). There was also a significant decrease in resting heart rate from 95.6 ± 4.5 to 69.0 ± 1.6...


Subject(s)
Humans , Male , Adrenergic beta-Antagonists , Chemoreceptor Cells , Exercise Test , Heart Failure , Hypercapnia , Hypoxia , Pressoreceptors , Reflex/physiology , Ventilation
3.
Arq. bras. cardiol ; 57(6): 435-443, dez. 1991. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-107864

ABSTRACT

Objetivo Investigar os efeitos do uso crônico de reserpina (Res) ou propranolol (Prop), administrados subcutaneamente, na evolução da hipertrofia cardíaca e contratilidade miocárdica após infarto do miocárdio (IM). Métodos Ratos albinos com 3 meses de idade foram submetidos à ligadura dos ramos anteriores da artéria coronária esquerda para a produção de IM. Ratos submetidos a cirurgia fictícia foram usados como grupo controle. Os animais tratados com Res (0,5 mg/kp/dia) foram sacrificados 8-10 dias após a cirurgia e os tratados com Prop (2,5 mg/kg a cada 12h) foram sacrificados 15 (G-15) ou 30 (G-30) dias após. A hipertrofia foi avaliada pelo peso das câmaras cardíacas, corrigido para o peso corporal. A contratilidade miocárdica foi medida através da força (F) desenvolvida por tiras isoladas do ventrículo direito (VD) contraindo-se isometricamente. Resultados A Res inibiu completamente a hipertrofia dos átrios e do VD. A extensão do IM, medida pelo perceptual de área do ventrículo esquerdo (VE) coberta pela cicatriz fibrosa, não foi afetada pelo Prop (32 ± 4% nos animais com IM tratados com solução salina e 30 ± 3% nos tratados com Prop). O Prop também inibiu significativamente a hipertrofia atrial e do VD. No G-30, por exremplo, os pesos relativos (mg/ g) do AD e VD foram menores (P < 0,05) nos animais com IM e tratados com Prop (0,12 ± 0,01 e 0,79 ± 0,07) que naqueles com IM tratados com solução salina (0,22 ± 0,03 e 1,11 ± 0,07). A F basal produzida nos músculos de corações com IM foi 25 a 30% menor que nos controles. Essa queda foi reduzida para apenas 4% (G-15) e 8% (G-30) nos músculos de animais com IM tratados com Prop treatment...


Purpose — To investigate the effects of chronical subcutaneous administration of reserpine (Res) or propranolol (Prop) on the postinfarction myocardial hypertrophy and the effects of Prop treatment on myocardial contractility in rats. Methods — Male albino rats (3-month-old) were submitted to left coronary artery ligation to produce myocardial infarction. Rats submitted to a sham-operation were used as controls. Animals submitted to Res (0.5 mg/Kg/day) were killed 8-10 days after surgery and those submitted to Prop (2.5 mp/kg twice a day) were killed 15 (G-15) or 30 (G-30) days later. Hypertrophy was evaluated according to cardiac chambers weight corrected to body weights. Isometric force (F) developed by isolated right ventricular (RV) strips was used as a contractile index. Results — Atrial and RV hypertrophy were completely blocked by Res. Prop treatment did not significantly change infarct extension, evaluated by the fibrous scar area. Prop therapy also reduced atrial and RV hypertrophy. This effect was less intense compared to Res, however. In the G-30, for example, the relative right atrial and RV weights (mp/g) were 0.10 ± 0.01 and 0.59 ± 0.03 in sham-operated animais (n = 9), 0.12 ± 0.01 and 0.079 ± 0.07 in infarcted animals with Prop (n = 11) and 0.22 ± 0.03 and 1.11 ± 0.07 in those infarcted and treated with saline solution (n = 11). Basal F values were 25 to 30% lower in RV strips from infarcted than in sham-operated hearts. This reduction however was only 4% (G-15) and 8% (G-30) in infarcted hearts under Prop treatment...


Subject(s)
Animals , Male , Rats , Propranolol/pharmacology , Reserpine/pharmacology , Cardiomegaly/pathology , Autonomic Nerve Block , Myocardial Contraction , Propranolol/administration & dosage , Reserpine/administration & dosage , Myocardial Infarction/complications , Myocardial Infarction/pathology
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL